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Dobra Espacial - Ciência e Tecnologia, O novo airlock da Estação Espacial

O novo airlock da Estação Espacial

A primeira missão de carga da nova cápsula da SpaceX está prestes a acontecer.

E ela vai levar um novo airlock para a Estação Espacial que vai ajudar com o lançamento de pequenos satélites e experimentos.

Esse novo 'airlock' foi desenvolvido pela empresa Nanoracks em parceria com a Boeing.

Essa vai ser a primeira vez que hardware com propósitos comerciais vai ser adicionado permanentemente na Estação Espacial.

E quando eu digo "comerciais", eu quero dizer que instituições privadas ou públicas poderão pagar para coisas serem colocadas no espaço através desse equipamento.

'Airlocks' são basicamente os equipamentos que permitem a passagem de pessoas ou carga de um ambiente pressurizado para um ambiente não-pressurizado.

Algo entra nesse lugar, o ar é removido quase completamente e a porta externa se abre, permitindo o acesso sem a completa despressurização da Estação.

Para voltar é o caminho inverso.

Os americanos realizam EVAs a partir do airlock 'Quest' e os russos a partir dos airlocks do Módulo 'Zvezda'.

No Módulo Japonês há um outro airlock que não permite a passagem de pessoas, apenas de equipamento.

Esse módulo japonês conta com uma parte pressurizada e uma parte não pressurizada, chamada de Exposed Facility.

Ela é basicamente uma plataforma exposta ao vácuo onde experimentos podem ser lançados ou colocados no espaço.

Os astronautas colocam hardware lá dentro, o volume é despressurizado e um braço robótico próprio do Módulo chamado de 'Remote Manipulator System' agarra essa carga e coloca ela na plataforma ou, no caso de pequenos satélites, os lança para o espaço.

A Nanoracks já lançava 'Cubesats' da ISS com ajuda desse sistema.

E apesar de funcionar bem é preciso dividir espaço com vários outros experimentos e atividades.

Esse novo airlock foi criado pra resolver esse problema e ampliar algumas possibilidades.

Ele é chamado de Bishop Airlock.

Com um formato que eu chamaria de "tampinha de garrafa", ele funciona de uma maneira um pouco diferente do usual.

Ele não tem uma escotilha interna e uma escotilha externa.

O Bishop Airlock conta com apenas uma abertura, que fica conectada à Estação durante sua operação pressurizada.

E na hora de liberar satélites ou expor experimentos ao vácuo, ele conta com a ajuda do 'Canadarm', o braço robótico da estação, que agarra o airlock e o coloca nas posições necessárias.

Para liberar Cubesats, a Nanoracks desenvolveu um dispenser chamado de "HayBale" que é liberado em órbita como um todo e libera os pequenos satélites ao longo do tempo até estar completamente vazio e deorbitar gradualmente, queimando na atmosfera.

A região externa do Bishop também conta com pontos de fixagem para as chamadas "Hosted Payloads", que podem segurar coisas, como experimentos em seu lado externo por um tempo maior enquanto fornece energia e conexão.

Além disso, o Bishop também oferece uma nova maneira de se livrar do lixo gerado dentro da Estação.

Atualmente, roupas já utilizadas e lixo são retornados para a Terra dentro das naves de reabastecimento como a 'Cygnus', a 'Progress' e a 'Dragon'.

A Cygnus e Progress queimam na atmosfera e a Dragon pousa.

Ao invés disso, vai ser possível colocar todos estes itens dentro de um container especial que (será) vai ser liberado em órbita e vai reentrar na atmosfera, queimando completamente no caminho.

O Bishop Airlock também poderá ser usado para mover e segurar hardware e ferramentas que os astronautas precisam durante caminhadas espaciais.

Agora, você talvez você esteja se perguntando como algo tão grande vai ser levado à bordo de uma Dragon.

Esse tipo de carga não vai dentro da cápsula, mas sim no "porta-malas" da nave.

Além de carregar os paineis solares e radiadores de calor, a estrutura cilíndrica que fica conectada à (nave) cápsula também pode carregar carga despressurizada.

E é lá dentro que o Bishop vai viajar.

Com a ajuda de uma estrutura de suporte, a parte arredondada do airlock vai ficar virada para a parte de baixo.

E depois de chegar na estação, essa Dragon vai se conectar em uma das portas do Módulo Harmony.

Lembre-se que já tem uma Dragon na Estação, a que levou a tripulação da Crew-1 há poucas semanas.

Então, vai ser bem interessante ver duas Dragons na ISS ao mesmo tempo pela primeira vez.

Depois da nave se conectar, o braço robótico da estação vai agarrar a estrutura de manipulação do airlock e colocá-lo em sua devida porta.

As possibilidades dessa nova adição são bem grandes.

Assim como a nova Dragon, esse equipamento vai expandir as possibilidades de uso da ISS e eu fico realmente impressionado com o quão bem aproveitada a estação vai ser nos próximos anos.

Esse é um lançamento bastante importante para a SpaceX e bastante importante para a NASA, e eu vou acompanhar tudo de perto na minha primeira live, que vai começar 30 minutos antes da decolagem.

Até o momento da gravação desse vídeo, a CRS-21 está marcada para decolar no dia 5 de Dezembro.

É claro que isso pode mudar, então se você quiser assistir é melhor você se guiar pelo horário da live que eu vou deixar linkada aqui nesse vídeo ou me seguir lá no twitter para mais informações.

Eu vou ficando por aqui e até lá!"

O novo airlock da Estação Espacial Die neue Luftschleuse der Raumstation The Space Station's New Airlock La nueva esclusa de la Estación Espacial La nuova camera di compensazione della Stazione Spaziale 宇宙ステーションの新しいエアロック

A primeira missão de carga da nova cápsula da SpaceX está prestes a acontecer.

E ela vai levar um novo airlock para a Estação Espacial que vai ajudar com o lançamento de pequenos satélites e experimentos.

Esse novo 'airlock' foi desenvolvido pela empresa Nanoracks em parceria com a Boeing.

Essa vai ser a primeira vez que hardware com propósitos comerciais vai ser adicionado permanentemente na Estação Espacial.

E quando eu digo "comerciais", eu quero dizer que instituições privadas ou públicas poderão pagar para coisas serem colocadas no espaço através desse equipamento.

'Airlocks' são basicamente os equipamentos que permitem a passagem de pessoas ou carga de um ambiente pressurizado para um ambiente não-pressurizado.

Algo entra nesse lugar, o ar é removido quase completamente e a porta externa se abre, permitindo o acesso sem a completa despressurização da Estação.

Para voltar é o caminho inverso.

Os americanos realizam EVAs a partir do airlock 'Quest' e os russos a partir dos airlocks do Módulo 'Zvezda'.

No Módulo Japonês há um outro airlock que não permite a passagem de pessoas, apenas de equipamento.

Esse módulo japonês conta com uma parte pressurizada e uma parte não pressurizada, chamada de Exposed Facility.

Ela é basicamente uma plataforma exposta ao vácuo onde experimentos podem ser lançados ou colocados no espaço.

Os astronautas colocam hardware lá dentro, o volume é despressurizado e um braço robótico próprio do Módulo chamado de 'Remote Manipulator System' agarra essa carga e coloca ela na plataforma ou, no caso de pequenos satélites, os lança para o espaço.

A Nanoracks já lançava 'Cubesats' da ISS com ajuda desse sistema.

E apesar de funcionar bem é preciso dividir espaço com vários outros experimentos e atividades.

Esse novo airlock foi criado pra resolver esse problema e ampliar algumas possibilidades.

Ele é chamado de Bishop Airlock.

Com um formato que eu chamaria de "tampinha de garrafa", ele funciona de uma maneira um pouco diferente do usual.

Ele não tem uma escotilha interna e uma escotilha externa.

O Bishop Airlock conta com apenas uma abertura, que fica conectada à Estação durante sua operação pressurizada.

E na hora de liberar satélites ou expor experimentos ao vácuo, ele conta com a ajuda do 'Canadarm', o braço robótico da estação, que agarra o airlock e o coloca nas posições necessárias.

Para liberar Cubesats, a Nanoracks desenvolveu um dispenser chamado de "HayBale" que é liberado em órbita como um todo e libera os pequenos satélites ao longo do tempo até estar completamente vazio e deorbitar gradualmente, queimando na atmosfera.

A região externa do Bishop também conta com pontos de fixagem para as chamadas "Hosted Payloads", que podem segurar coisas, como experimentos em seu lado externo por um tempo maior enquanto fornece energia e conexão.

Além disso, o Bishop também oferece uma nova maneira de se livrar do lixo gerado dentro da Estação.

Atualmente, roupas já utilizadas e lixo são retornados para a Terra dentro das naves de reabastecimento como a 'Cygnus', a 'Progress' e a 'Dragon'.

A Cygnus e Progress queimam na atmosfera e a Dragon pousa.

Ao invés disso, vai ser possível colocar todos estes itens dentro de um container especial que (será) vai ser liberado em órbita e vai reentrar na atmosfera, queimando completamente no caminho.

O Bishop Airlock também poderá ser usado para mover e segurar hardware e ferramentas que os astronautas precisam durante caminhadas espaciais.

Agora, você talvez você esteja se perguntando como algo tão grande vai ser levado à bordo de uma Dragon.

Esse tipo de carga não vai dentro da cápsula, mas sim no "porta-malas" da nave.

Além de carregar os paineis solares e radiadores de calor, a estrutura cilíndrica que fica conectada à (nave) cápsula também pode carregar carga despressurizada.

E é lá dentro que o Bishop vai viajar.

Com a ajuda de uma estrutura de suporte, a parte arredondada do airlock vai ficar virada para a parte de baixo.

E depois de chegar na estação, essa Dragon vai se conectar em uma das portas do Módulo Harmony.

Lembre-se que já tem uma Dragon na Estação, a que levou a tripulação da Crew-1 há poucas semanas.

Então, vai ser bem interessante ver duas Dragons na ISS ao mesmo tempo pela primeira vez.

Depois da nave se conectar, o braço robótico da estação vai agarrar a estrutura de manipulação do airlock e colocá-lo em sua devida porta.

As possibilidades dessa nova adição são bem grandes.

Assim como a nova Dragon, esse equipamento vai expandir as possibilidades de uso da ISS e eu fico realmente impressionado com o quão bem aproveitada a estação vai ser nos próximos anos.

Esse é um lançamento bastante importante para a SpaceX e bastante importante para a NASA, e eu vou acompanhar tudo de perto na minha primeira live, que vai começar 30 minutos antes da decolagem.

Até o momento da gravação desse vídeo, a CRS-21 está marcada para decolar no dia 5 de Dezembro.

É claro que isso pode mudar, então se você quiser assistir é melhor você se guiar pelo horário da live que eu vou deixar linkada aqui nesse vídeo ou me seguir lá no twitter para mais informações.

Eu vou ficando por aqui e até lá!"