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Foro de Teresina - Podcast (*Generated Transcript*), #259: O espocar dos votos no TSE - Part 2

#259: O espocar dos votos no TSE - Part 2

um pouquinho, foi só no último mês. Agora, das emendas parlamentares deste ano,

desta legislatura, ele já pagou quase 2 bilhões e meio. Então, aquilo que era

controlado pelo Arthur Lira, que dependia do Arthur Lira para o deputado receber,

está perdendo importância relativa para o novo sistema de aluguel de base

parlamentar, que é o dessas emendas individuais. Já pagou quase 2 bilhões e

meio esse ano. E já empenhou, ou seja, já reservou dinheiro, já permitiu que o

parlamentar fosse na sua base dizer, olha, vai sair essa grana aqui para esse

serviço, para essa obra, quase 4 bilhões e meio também.

Então, isso tudo, na minha contabilidade, significa uma perda de poder relativo do

Arthur Lira e o governo, aos poucos, aos trancos e barrancos, com muitos

solavancos, está conseguindo minimamente ajeitar a sua base. E a gente vai ter agora

as votações da reforma tributária, por exemplo, que vão mostrar qual que é o

grau de articulação ou não do governo. O fato é que o Arthur Lira está num momento

muito ruim. Se você pega no Google Trends as buscas sobre ele, Arthur Lira, PF,

enfim, é só coisa negativa. O governo está num momento bom, então, esse trade-off

aí está favorável ao Lula e desfavorável ao Arthur Lira.

Você citou o Eduardo Cunha muito a propósito. E essa semana a Thaís me

dizia, me lembrava, que o Arthur Lira é um pupilo do Eduardo Cunha, cria do Eduardo

Cunha e foi um dos 10 que votaram contra a cassação do Eduardo Cunha, né Thaís?

Que foi até o fim, né?

Como você disse, Zé, as circunstâncias são muito diferentes, né? Não vejo esse

roteiro se desdobrando para esse caminho. O Eduardo Cunha, quando foi acusado pelo

Janot, na época que era o procurador-geral, de ter pedido propina de 5 milhões à

delação daquele empresário. O Julio Camaro, que disse que o Eduardo Cunha

cobrou dele por contratos com a Petrobras, ele rompeu com o governo. O Dilma foi

proposição e saiu atirando, falou que estava sendo vítima de perseguição

política e tal. O Arthur Lira também acha que está sendo vítima de perseguição

política, mas não fala isso em público. Ele pode pressionar no privado, foi lá

tomar café da manhã com o Lula, encontro que não estava na agenda oficial do Lula, etc.

Ele está pressionando, mas ele não está rompendo a ponte. E eu acho que o governo

também, o governo interessa ter o Arthur Lira coado, mas ali.

É isso que você está falando e só para lembrar, tinha um elemento que foi fundamental,

talvez tenha sido até o deflagrador, a espoleta da crise, é que havia um processo contra

o Eduardo Cunha na comissão de ética e ele exigiu do PT fidelidade, que votasse a favor

dele. E o PT não votou, porque a Dilma também lavou as mãos.

Por enquanto, não tem comissão de ética contra o Arthur Lira. Se vier a ter, aí talvez

mude de figura.

Sim, exatamente. Eu apostaria que as complicações vão se desenrolar para o Arthur Lira, além

do desgaste político do noticiário, e noticiário que a meu ver está sendo mais brando do que

o caso mereceria. Parte da imprensa não está dando com muito destaque isso.

Eu acho que tem um timing aí disso, porque tem o julgamento do Bolsonaro no meio do caminho,

enfim.

Pode ser, pode ser. Mas eu acho que os desobramentos vão estar no Supremo, porque o caso vai para

o Supremo, porque o Arthur Lira, presidente da Câmara, tem foro. Tem que ver quem vai

ser o relator desse caso e vai no ritmo da justiça. Se o Arthur Lira conseguir atravessar

esse pior momento político com essas notícias, no Congresso eu não vejo muito ele se enrolando

porque tem muitos interesses amarrados. Ele foi aclamado em fevereiro. Tudo bem que ele

está perdendo o capital político, mas ainda tem muita gordura para queimar, a meu ver.

E o histórico do Arthur Lira no Judiciário é muito bom. Ele sempre saiu por cima usando

de todos os tipos de manobra para que processos caducassem, fossem absolvidos. Então, não

dá para o governo comer a pipoca que ele comprou para assistir a derrocada de Arthur

Lira. Ele não é o Titã, por enquanto.

Perfeito.

Lembrando que na origem desse caso está o orçamento secreto, porque o dinheiro que

saiu do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação saiu por uma emenda do relator.

Então, foram 26 milhões que saíram numa leva, foram aprovados em ritmo completamente

atípico. Então, é um caso que mostra o desvio de dinheiro a partir desse instrumento

do orçamento secreto.

Encerramos o segundo bloco por aqui, fazemos um rápido intervalo. Na sequência, vamos

falar desse assunto sexy, reforma tributária. Orgasmo total nisso daí.

Oi, aqui quem fala é Paula Scarpin e talvez se você ouviu o furo desde o comecinho, você

lembre do meu nome nos créditos, né? Mas eu estou aqui para te convidar a ouvir outro

podcast. Assim que você terminar de ouvir o furo, claro. O Rádio Novelo Apresenta.

Essa semana a gente traz duas histórias sobre missões impossíveis. A primeira, quem te

conta, sou eu, e é sobre a missão da Juliana Graniani de conseguir um presente à altura

do aniversário da avó dela, que vai fazer 100 anos. E a segunda é sobre a missão impossível

de um técnico de som, que tinha que remasterizar alguns dos álbuns mais importantes da música

popular brasileira. É isso, quando acabar o furo, emenda no Rádio Novelo Apresenta.

Já está no ar em todos os aplicativos de podcast.

Muito bem, vamos falar de reforma tributária, José Roberto de Toledo. Você pode começar

pela descrição dos lobbies, pelo que você apurou, ou pelo mérito, pelo que está sendo

proposto em linhas gerais nessa reforma, que deve ser votada, se o cronograma for mantido,

a partir da semana que vem.

Fernando, quando eu fui enviado à Brasília em 1988, tinha acabado de sair do jardim da

infância, o tema da reforma tributária, embora a constituinte ainda não tivesse terminado,

já era um tema que era uma necessidade de se promover essa reforma, mesmo antes da constituinte

acabar. Então faz 35 anos que eu espero o Congresso aprovar a reforma tributária,

entendeu? Por isso, sou um pouquinho cético em relação à aprovação, porque eu já

vi essa novela não acabar faz muito tempo. Dessa vez, parece ser diferente, porque é

uma conjunção de fatores, muitas forças a favor da aprovação. É bom lembrar, o

Brasil é um dos raríssimos países do mundo, deve dar pra contar nas mãos, que não tem

um imposto sobre valor agregado, ele usa uma metodologia medieval de cobrar imposto

em escala, você cobra o produto quando ele é produzido, todos os insumos, então você

vai somando imposto sobre imposto, e por isso que nós temos um sistema tributário péssimo,

complicadíssimo, caro, que o consumidor não sabe quanto daquilo que ele está pagando

é imposto, quanto que é o custo do produto, enfim. Então é muito bem-vinda. O que está

para sair? Eles dividiram a reforma tributária em duas partes, a primeira parte é justamente

essa parte da simplificação, de você ter menos impostos, de ter uma alíquota única

que valha para o país inteiro para acabar com a guerra fiscal entre estados, que você

passe a pagar o imposto exclusivamente na hora que o consumidor vai pagar por aquele

bem ou por aquele serviço, evitando cobrar desde a origem. Então, ele é uma modernização

tardia, muito tardia, porque tem países que já fizeram isso há décadas, absolutamente

necessária e está começando pelo lugar certo. Há um acordo mínimo, porque isso

implica interesses dos prefeitos, dos governadores, do presidente, dos parlamentares, dos lobbies

da indústria, dos lobbies dos serviços, do lobby do agro, do lobby do comércio, né?

Impacta a vida de todo mundo. Mas, aparentemente, vai sair esses dois impostos que vão unificar,

um vai unificar o ICMS e o ISS, que são o Imposto Municipal e Estadual sobre Bens

e Serviços, o outro vai unificar os impostos federais do PIS-COFINS, né? E eles vão ter

uma alíquota única, que vai valer para todos os estados, todos os municípios e, em princípio,

para todos os produtos. É uma alíquota que ainda ninguém sabe exatamente quanto vai

ser, mas que se fosse para o achutar, deve ficar em torno de 25% sobre o valor do produto,

do bem ou do serviço. Porém, começam os lobbies para falar, não, mas, pô, o meu

produto, o meu serviço não pode ser tributado como um produto ou um serviço qualquer, ele

é especial, ele precisa de uma alíquota menor. Foros Teresina, por exemplo, o serviço

não pode ser tributado como serviço qualquer. Então, o lobby do Foros Teresina e de outras

instituições menores, como o agro, o comércio e os serviços, dizem, fala, não, os produtos

da cesta básica não podem ter uma alíquota de 25%, tem que ser uma alíquota menor. Então,

já se fala em incluir na Constituição, porque isso que a gente está falando é uma

reforma constitucional, que vai precisar de um voto de três quintos dos deputados e senadores,

é um fórum muito qualificado, difícil de atingir, já vai ter lá prevista qual é

a exceção. Então, os produtos da cesta básica terão ou alíquota zero ou alíquota

com desconto de 50%, só vão pagar metade, 12,5% que seja, por exemplo, né? Agora, o

problema começa nos detalhes, fala, quais são os produtos da cesta básica? E aí o

lobby é tão descarado que já botaram pesticida na cesta básica, entendeu?

Caviar.

Exato. Então, foie gras, entendeu? Tem 1.300 itens, tem proposta de 1.300 itens na cesta

básica. Então, é no detalhe que mora o perigo, como sempre. Além disso, você tem

os lobbies pra você criar o oposto, que seriam alíquotas pra onerar produtos que fazem mal

para a sociedade, né? Tabaco, por exemplo, né? E aí tem o lobby ao contrário, tem

um lobby do bem, que gostaria de onerar com uma alíquota extra, por exemplo, os alimentos

ultraprocessados que são responsáveis por deixar a população doente. Aí tá mais

difícil de fazer esse lobby do bem emplacado que o lobby que quer botar 1.300 itens na

cesta básica, por exemplo. Alguns lobbies são inevitáveis, porque força política,

por exemplo, o lobby da Zona Franca de Manaus vai conseguir manter lá as isenções e benefícios

pra Zona Franca e outros que tais que não vou ficar elencando aqui. Mas, mas, também

não se fala, ficou pras calendas, pra segunda fase, o imposto sobre patrimônio, coisas

que o valha, né? Sobre renda e patrimônio, que seria a segunda parte da reforma tributária,

mas como ficou pra segunda parte... Não, seria relevante, é super importante, mas

ficou pra segunda parte. Não há condições políticas pra isso. Tem uma coisa muito

interessante que, pra ser justo, que as minhas interlocutoras, as coordenadoras são

a Renata Mendes e a Fernanda Mello, elas dizem uma coisa que é muito importante. Toda vez

que você coloca uma isenção ou um desconto num produto, justo ou não, sem trocadilho,

o que acontece? Diminui a arrecadação, certo? Se o foro de Terezina ia ser tributado em

25%, você fala, não, não, não, foro de Terezina é prioritário, ele faz bem pra

saúde, vamos cortar a alíquota do foro pra 12,5%. Essa diferença de 12,5 pontos

percentuais vai pra onde? Vai pra alíquota geral, então aquela alíquota que era de

25% já vai ter que ser 26%, entendeu? Quem vai pagar a conta? Os mais pobres, porque

o peso do consumo pra eles é maior do que pros ricos. Então, faria muito mais sentido

e justiça social você manter tudo mais ou menos com a mesma alíquota e devolver pros

mais pobres o tal do cashback, que é isso que se trata esse cashback. Se você é pobre,

você pagou 25% de alíquota, eu vou te devolver esses 25% em dinheiro, em espécie, entendeu?

Porque daí o dinheiro vai pra quem pagou e pra quem merece, e não pro rico que vai

ter a mesma isenção que o pobre com esse desconto de alíquota. Mas, infelizmente,

esse sistema acho que vai ser implementado, mas não na extensão que ele poderia ser.

De qualquer jeito, se for aprovada essa reforma tributária, vai ser um grande avanço pro Brasil,

pra economia brasileira, pros empresários, pra sociedade e, eventualmente, até pros mais pobres

que vão deixar de pagar imposto acumulado que pesa mais no bolso deles do que no bolso dos ricos.

De qualquer forma, se tudo der certo, isso passa a vigorar...

Em 2027, começa a vigorar em 2027, porque essa é uma condição fundamental. Porque se o governo

não está, digamos, patrocinando isso, embora seja uma iniciativa, como a Thaís disse, do Congresso,

mas se o governo fosse beneficiar disso e se os governadores fossem ser beneficiados ou prejudicados

já por essa reforma nesse mandato, aí que não passava mesmo. Então, só começará a ser implementado

em 2027, a partir dos próximos mandatos de governadores e presidentes.

Mas em 2027, começa a valer em 2027, mas em 2029 começa uma transição do sistema tributário

de 50 anos. O governo Lula será beneficiado imediatamente, daí o interesse do governo em aprovar essa reforma,

porque a aprovação de uma reforma tributária fundamental muda a expectativa de todos os atores econômicos,

do mercado, dos trading e companhia limitada. Então, pro governo ter um desempenho na economia como ele espera,

a reforma tributária é um sinal vital, um sinal importante pra baixar a taxa de juros no mês que vem e assim por diante.

Dá a sensação de casa arrumada, de racionalidade.

Exato, ele vai ganhando apoio de vários setores na economia. Agora, que ainda tem muita disputa e muito lobby pra rolar

até que essa medida seja de fato aprovada, isso é claro e já está visível.

Essa semana mesmo, o governador de São Paulo, Tarsí de Freitas, fez críticas. O Felipe Salto, que é ex-secretário de Fazenda de São Paulo também,

fez duríssimas críticas ao texto. Ainda vai ter muita pressão de prefeitos e de outros grupos de interesse,

mas tem um grupo que está satisfeito, que é o agronegócio, que hoje em dia responde pela maior alta do PIB do país.

Então, não é à toa que eles estão contentes. E é também a mais encorpada e organizada das bancadas na Câmara dos Deputados.

Eles têm, então, algumas concessões. A principal é a que o Toledo falou, que é o tratamento diferenciado da alíquota,

ou seja, eles pagarão uma porcentagem menor do que vários outros setores e esses valores ainda vão ser definidos

quando o projeto for regulamentado. É uma etapa seguinte à tramitação da reforma tributária.

E outras vitórias também, por exemplo, conseguiram derrubar no Nascedor a ideia de cobrar IPVA de grandes máquinas e tratores.

Existia uma ideia de começar a cobrar o imposto e eles conseguiram derrubar antes disso avançar.

Isso beneficia diretamente os grandes empresários do agro. E eles conseguiram também a isenção para o pequeno produtor,

porque dos pequenos produtores, pequenos e médios produtores, 80% são pessoas físicas.

E aí a bancada fez esse apelo para que dos produtores que tenham até R$4.800,00 de renda, eles não sejam tributados e conseguiram.

Teve outras ideias e iniciativas do agro que não foram contempladas, mas o agro vai trabalhar a favor, está trabalhando a favor,

está se reunindo com o Aguinaldo, se reunindo com o Haddad e tendo o apoio dessa bancada, que é muito grande,

você já tem uma base de votos sólida para aprovar. Então não é à toa que eles conseguiram essas concessões tão vitais para eles.

Pegando o gancho do agro da Taís, essa grande latifundiária, se os bolsonaristas estão contra, é porque deve ser bom também.

Esse é um bom parâmetro sempre para a gente usar. E o levantamento da Palver aqui, que é aquela empresa que faz o monitoramento

de 25 mil grupos públicos de WhatsApp, as manifestações bolsonaristas são todas contra a reforma tributária,

dizendo que vai aumentar imposto, que é a reforma do Lula, que é a reforma do PT, que tem que ser contra.

E se eles estão de um lado, é porque o Brasil deveria estar do outro, mas não estão tendo sucesso, eles estão muito desarticulados, os bolsonaristas.

E tem uma coisa, que o governo Lula está escolhendo melhor, como a gente falou, as guerras que ele compra.

Essa não é uma guerra que ele compra, muito pelo contrário. O Lula lançou essa semana um plano safra maior do que o plano safra do último ano Bolsonaro.

E ao mesmo tempo ele vai sediar o foro de São Paulo em Brasília. Então, assim, o Lula não vai comprar essa guerra com essas pessoas,

ele precisa desse tipo de medida prática para aprovar medidas como a reforma tributária, e aí depois recebe o foro de São Paulo, Maduro, etc.

Isso é o Lula fazendo política.

Muito bem, nós fazendo política aqui, já estouramos o nosso tempo, eu encerro o terceiro bloco do programa, vamos direto, sem intervalo, para o Kinder Ovo.

Vamos ver se diminua a distância de Thaís Bilenk, Thaís Bilenk está que nem o Botafogo, na ponta, lá na frente. Quem diria?

Quem diria? Todos diríamos, era uma questão de tempo.

Não, eu tô falando do Botafogo.

Ah.

Solta aí, Mari.

É, o meu posicionamento político...

É gaúcha? O sotaque parece do sul, não?

...se faz um lugar onde a gente consegue ter certeza de nada.

Já não acredito mais em ninguém, por isso que eu acho que a gente tem que fazer política dentro da casa da gente.

Nas entrevistas que a gente dá, no trabalho que a gente faz, todos nós aqui hoje estamos fazendo política.

Quem é que politicamente meio vaga é a... não é a Anitta, tem certeza?

Ah, pô, essa...

Ah...

Era difícil essa. Atriz Luana Piovani.

É isso!

Entrevista a Tati Bernardi, no Universo.

Mano, como eu vacilei.

Nossa, que vacilo.

Eu assisti, é maravilhoso.

Vocês não vão explicar quem é a Luana Piovani?

Pô, atriz...

Contenha-se, Toledo, contenha-se.

Muito prazer.

Bom, constatado o fiasco coletivo diante de Luana Piovani, vamos direto para o Momento Cabeção.

Momento em que a gente dá umas dicas de coisas que a gente viu, leu, ou vai ler, ou quer ver.

Eu vou começar com a Thaís Bilenk.

Bom, eu tenho uma indicação multilinguagens, tá?

Então, assim, inspirada na discussão sobre a reforma tributária, eu vou indicar o single que o Lucas Santana,

esse músico que eu gosto muito, lançou, chamado Maria Antonieta.

É uma música muito legal, fala de privilégios, acho que tem a ver pra gente ouvir a reforma tributária com um pouco mais de humor.

Trilha sonora para a reforma tributária por Thaís Bilenk.

E o Lucas, enfim, adoro a produção dele, então quero indicar.

Antes do meu momento cabecinha, eu vou fazer uma graça aqui com um livro que o Fernando, inclusive, que me deu,

do Pedro Vinícius, chamado Tirando Tudo Tá Tudo Bem.

Que é um chargista, é um menino adolescente que fez uma mesa colarete enquanto a gente estava fazendo a do foro,

por isso nenhum de nós três vimos.

Mas ele tem umas tiradas ótimas, tiradas ótimas.

Não sai da minha cabeça, não à toa, é a da paranoia, que ele fala alguma coisa assim.

Se eu fosse tirar todas as paranoias da minha cabeça, era mais fácil tirar a cabeça.

E por aí vai.

O livro chama Tirando Tudo Tá Tudo Bem, da Cobogó.

Da ótima editora Cobogó.

E para o meu momento cabecinha, eu quero indicar o livro que eu já estou lendo faz tempo,

do Gregório Duvivier, do João Pestana.

Por que que eu decidi indicar agora?

Porque mesmo depois de um tempo sem ler, porque a gente leu aqui em casa e aí mudando de assunto e tal,

mas o meu pequeno voltou a falar de alguns conceitos,

porque o livro tem uma profundidade sem querer ser profundo assim, sem querer ficar sendo pernóstico.

E aí ele ecoa, percebi que ecoa na cabeça dos pequenos e volta, volta depois de um tempo, é bem legal.

Eu vou hoje indicar duas séries, ou minisséries.

Uma que acabou de entrar no ar na Apple, que chama-se Hijack, que é com o Idris Elba,

que é uma série de suspense, trata de, como o nome já diz, o sequestro de um avião.

Mas é muito fora do comum, não tem correria, é mais parada do que uma série de ação seria normalmente.

E eu tô gostando, só tem dois capítulos que foram ao ar até agora, eu gostei bastante, estou recomendando, curioso para ver os próximos.

A outra é uma série completamente diferente, a Small Light, que seria em Portugal, uma pequena luxo.

É a história do casal que abriga, ou que ajuda a esconder a família do Otto Frank,

que vem a ser o pai da garota que escreveu o diário mais famoso da história, a Anne Frank.

A Anne Frank faz uma ponta na série, ponto eu estou sendo exagerado, os protagonistas são o pai, o Otto Frank,

e a secretária dele, que é quem fica do lado de fora tentando enganar os nazistas junto com o marido dela.

E a série é muito bem feita, muito bem contada, dá um bom retrato do nazismo, do que foi a perseguição a judeus durante a segunda guerra na Holanda.

Bom, eu vou indicar primeiro um livro do Alberto Martins, uma novela do Alberto Martins.

O Alberto Martins que é poeta também, e é um dos editores da Editora 34, trabalha na Editora 34,

escreveu uma novela que chama Violeta, que é uma novela muito simpática.

Ele mandou um livro pra gente do foro, dizendo que se Violeta fosse viva seria ouvinte assídua do foro.

Salve, Fernando!

Violeta é o seguinte, é uma novela sobre um grupo de teatro amador que tenta montar uma peça do Majakovski em Santos na década de 40.

E daí, a partir desse relato, que é um relato que mistura vida real com ficção,

essa montagem acaba se tornando um momento, vamos dizer, decisivo na vida de vários deles.

E vou indicar dois livros de poesia.

Foi relançado pela Companhia das Letras, um livro que estava há muito tempo fora de catálogo, que é do William Carlos Williams,

chama A Cidade Esquecida e Outros Poemas.

É uma coletânea dos poemas desse poeta americano, que foi um dos responsáveis pela modernização da poesia americana.

E tô lendo também um livrinho de poemas da Marília Garcia, uma poeta brasileira,

que chama Expedição 2. Nebulosa, que foi lançado recentemente, que eu indico pra vocês também.

É isso.

Bom, encerramos assim o momento cabeção, vamos para o momento de vocês, o Correio Elegante.

Eu vou começar, então, lendo um e-mail do Saulo Barbosa, que diz o seguinte.

Sou doutorando em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe.

Minha tese é sobre o que ficou conhecido como Movimento de Renovação Política, ali pelos idos de 2017 e 2018.

E ao pesquisar, me deparei com um artigo intitulado Renovar é Preciso, no Estadão.

Até então, nada demais. Minha surpresa foi ver que quem assinava o artigo era José Roberto de Toledo.

Ah, meu mundo caiu. Não parecia com o Toledo de opiniões firmes e críticas, ao qual me acostumei.

Respirei, tomei coragem e recomecei o trabalho.

E para meu alívio, percebi que troquei gato por lebre.

O título, na verdade, era Renovar é Impreciso, cujo conteúdo era genuinamente tolediano.

Um dos poucos que desafinava o coro dos contentes em mais de 200 matérias.

O mundo era de novo mundo, com tudo em seu lugar.

Parabéns para o foro e obrigado por fazer parte da minha rotina há tanto tempo,

mas especialmente nos últimos meses que vivo em Florença, onde faço o Doutorado Sanduíche.

O foro é uma horinha de matar a saudade, passar raiva e rir com as tragédias, esse país que tanto amo.

E por fim, peço opas e salves aos queridos amigos.

Talita, Jonatha e Felipe. E meu irmão Aelton.

Salves e opas aí.

Opa Toledo. Opa Jonatha. Opa Talita.

Saulo, eu fico muito envaidecido de em vez de você ir lá tomar um café aos pés do Davi e do Michelangelo,

você vai ler uma coluna desse colunista de Quinta.

A Vanessa Bezerra mandou o seguinte.

Nada mais sugestivo que nas festividades juninas mandar um correio elegante.

Esse é para o meu ex-namorado Tiago, vulgo Tiago Odi, que durante pouco mais de dois anos de namoro me mostrou o foro.

Desde então, vocês foram testemunhas auditivas do nosso amor e companheirismo.

Hoje não estamos mais juntos, mas gostaria de dar uma prova de amor e admiração enviando esse correio elegante.

Para dizer que hoje o amo de um jeito diferente.

Que penso nele todos os dias, com muito carinho.

Gostaria muito que pudéssemos ser amigos, afinal amor também é sobre amizade.

Em junho ele faz aniversário, então feliz aniversário Ti, que você continue vencendo na vida e obrigada por ter feito parte da minha.

Eu tenho duas mensagens aqui.

Uma é do Ivanir PB, que faz um registro muito simpático.

Que o canal da Piauí no YouTube, onde são publicados os cortes, chamados cortes do foro de Teresina,

finalmente chegou a 100 mil inscritos.

Ele tá perguntando, vai ter plaquinha?

Acho que pra ter plaquinha precisa ter uns 10 vezes isso aqui, mas tudo bem.

Pra gente já é muito.

Agora uma mensagem do Lucas Gonçalves.

Eu distou da escuta romântica de quem ouve o podcast com os respectivos cônjuges.

Faço parte da pastoral do menor e da pastoral carcerária.

E todos os sábados escutava o foro durante o trajeto pra visitar meninas e meninos encarcerados.

Infelizmente, por falta de agentes voluntários, encerrarei este meu ciclo.

Me dá um aperto no coração.

Sinto que fui derrotado na batalha contra um mundo sem prisões, mas tenho certeza que em breve mais e mais agentes somarão nessa luta.

E eu encontrarei outro dia da semana pra ouvir o foro.

Pois foi a partir dele que descobri o papel da política governamental nas dinâmicas microscópicas da punição juvenil.

Agradeço a todos por terem me acompanhado no trajeto.

Parabéns, Fernando, pela quebra parcial da invencibilidade da Thaís.

Um beijo com Pequi, em cada um, de um goiano sem dupla sertaneja e sem caiado no sobrenome.

Perdido em São Paulo.

Muito bom, Lucas Gonçalves.

Legal, Lucas. Gostei demais.

É bom ter notícias de bons goianos, porque essa semana um deputado de Goiás, do PL, um bolsonarista,

deputado de primeiro mandato, que eu não vou dar o nome pra não dar moral pra ele,

ele conseguiu difamar um continente inteiro.

E se houver justiça no Brasil, ele vai ser caçado por racismo.

O continente, no caso, é a África.

Não vou repetir o que ele falou, porque é uma barbaridade muito grande.

Bom, vamos encerrando, então, o programa de hoje.

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O Foro de Teresina é uma produção da Rádio Novelo pra revista Piauí, com a coordenação geral da Evelyn Argenta.

A direção é da Mari Faria e a produção é da Maria Júlia Vieira.

O apoio de produção é da Bárbara Rubira, a edição da Evelyn Argenta e do Thiago Picado.

A finalização e a mixagem são do Luiz Rodrigues e do João Jabás, do Pipoca Sound.

Jabás, que é também o intérprete da nossa melodia-tema, composta por Vânia Salles e Beto Boreno.

A nossa coordenação digital foi feita pela Bia Ribeiro, a checagem é do João Felipe Carvalho

e a ilustração no site do Fernando Carvalho.

O Foro de Teresina foi gravado nas nossas casas e eu me despeço dos meus amigos.

José Roberto de Toledo, tchau Toledo!

Tchau Fernando, tchau Thaís, até a semana que vem com mais assuntos palpitantes no nível de reforma tributária.

Muito bem! Thaís Bilencki, tchau Thaís!

Tchau Fernando, tchau Toledo, até a semana que vem!

É isso gente, boa semana a todos e até a semana que vem!


#259: O espocar dos votos no TSE - Part 2 #259: Das Stimmengewirr bei der TSE - Teil 2 #259: The splattering of votes at the TSE - Part 2 #259: Recuento de votos en el TSE - Parte 2 #第259回:東証票の飛び交い-その2 #259: Wyniki głosowania na TSE - część 2 #259: Підрахунок голосів на ТВО - частина 2

um pouquinho, foi só no último mês. Agora, das emendas parlamentares deste ano,

desta legislatura, ele já pagou quase 2 bilhões e meio. Então, aquilo que era

controlado pelo Arthur Lira, que dependia do Arthur Lira para o deputado receber,

está perdendo importância relativa para o novo sistema de aluguel de base

parlamentar, que é o dessas emendas individuais. Já pagou quase 2 bilhões e

meio esse ano. E já empenhou, ou seja, já reservou dinheiro, já permitiu que o

parlamentar fosse na sua base dizer, olha, vai sair essa grana aqui para esse

serviço, para essa obra, quase 4 bilhões e meio também.

Então, isso tudo, na minha contabilidade, significa uma perda de poder relativo do

Arthur Lira e o governo, aos poucos, aos trancos e barrancos, com muitos

solavancos, está conseguindo minimamente ajeitar a sua base. E a gente vai ter agora

as votações da reforma tributária, por exemplo, que vão mostrar qual que é o

grau de articulação ou não do governo. O fato é que o Arthur Lira está num momento

muito ruim. Se você pega no Google Trends as buscas sobre ele, Arthur Lira, PF,

enfim, é só coisa negativa. O governo está num momento bom, então, esse trade-off

aí está favorável ao Lula e desfavorável ao Arthur Lira.

Você citou o Eduardo Cunha muito a propósito. E essa semana a Thaís me

dizia, me lembrava, que o Arthur Lira é um pupilo do Eduardo Cunha, cria do Eduardo

Cunha e foi um dos 10 que votaram contra a cassação do Eduardo Cunha, né Thaís?

Que foi até o fim, né?

Como você disse, Zé, as circunstâncias são muito diferentes, né? Não vejo esse

roteiro se desdobrando para esse caminho. O Eduardo Cunha, quando foi acusado pelo

Janot, na época que era o procurador-geral, de ter pedido propina de 5 milhões à

delação daquele empresário. O Julio Camaro, que disse que o Eduardo Cunha

cobrou dele por contratos com a Petrobras, ele rompeu com o governo. O Dilma foi

proposição e saiu atirando, falou que estava sendo vítima de perseguição

política e tal. O Arthur Lira também acha que está sendo vítima de perseguição

política, mas não fala isso em público. Ele pode pressionar no privado, foi lá

tomar café da manhã com o Lula, encontro que não estava na agenda oficial do Lula, etc.

Ele está pressionando, mas ele não está rompendo a ponte. E eu acho que o governo

também, o governo interessa ter o Arthur Lira coado, mas ali.

É isso que você está falando e só para lembrar, tinha um elemento que foi fundamental,

talvez tenha sido até o deflagrador, a espoleta da crise, é que havia um processo contra

o Eduardo Cunha na comissão de ética e ele exigiu do PT fidelidade, que votasse a favor

dele. E o PT não votou, porque a Dilma também lavou as mãos.

Por enquanto, não tem comissão de ética contra o Arthur Lira. Se vier a ter, aí talvez

mude de figura.

Sim, exatamente. Eu apostaria que as complicações vão se desenrolar para o Arthur Lira, além

do desgaste político do noticiário, e noticiário que a meu ver está sendo mais brando do que

o caso mereceria. Parte da imprensa não está dando com muito destaque isso.

Eu acho que tem um timing aí disso, porque tem o julgamento do Bolsonaro no meio do caminho,

enfim.

Pode ser, pode ser. Mas eu acho que os desobramentos vão estar no Supremo, porque o caso vai para

o Supremo, porque o Arthur Lira, presidente da Câmara, tem foro. Tem que ver quem vai

ser o relator desse caso e vai no ritmo da justiça. Se o Arthur Lira conseguir atravessar

esse pior momento político com essas notícias, no Congresso eu não vejo muito ele se enrolando

porque tem muitos interesses amarrados. Ele foi aclamado em fevereiro. Tudo bem que ele

está perdendo o capital político, mas ainda tem muita gordura para queimar, a meu ver.

E o histórico do Arthur Lira no Judiciário é muito bom. Ele sempre saiu por cima usando

de todos os tipos de manobra para que processos caducassem, fossem absolvidos. Então, não

dá para o governo comer a pipoca que ele comprou para assistir a derrocada de Arthur

Lira. Ele não é o Titã, por enquanto.

Perfeito.

Lembrando que na origem desse caso está o orçamento secreto, porque o dinheiro que

saiu do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação saiu por uma emenda do relator.

Então, foram 26 milhões que saíram numa leva, foram aprovados em ritmo completamente

atípico. Então, é um caso que mostra o desvio de dinheiro a partir desse instrumento

do orçamento secreto.

Encerramos o segundo bloco por aqui, fazemos um rápido intervalo. Na sequência, vamos

falar desse assunto sexy, reforma tributária. Orgasmo total nisso daí.

Oi, aqui quem fala é Paula Scarpin e talvez se você ouviu o furo desde o comecinho, você

lembre do meu nome nos créditos, né? Mas eu estou aqui para te convidar a ouvir outro

podcast. Assim que você terminar de ouvir o furo, claro. O Rádio Novelo Apresenta.

Essa semana a gente traz duas histórias sobre missões impossíveis. A primeira, quem te

conta, sou eu, e é sobre a missão da Juliana Graniani de conseguir um presente à altura

do aniversário da avó dela, que vai fazer 100 anos. E a segunda é sobre a missão impossível

de um técnico de som, que tinha que remasterizar alguns dos álbuns mais importantes da música

popular brasileira. É isso, quando acabar o furo, emenda no Rádio Novelo Apresenta.

Já está no ar em todos os aplicativos de podcast.

Muito bem, vamos falar de reforma tributária, José Roberto de Toledo. Você pode começar

pela descrição dos lobbies, pelo que você apurou, ou pelo mérito, pelo que está sendo

proposto em linhas gerais nessa reforma, que deve ser votada, se o cronograma for mantido,

a partir da semana que vem.

Fernando, quando eu fui enviado à Brasília em 1988, tinha acabado de sair do jardim da

infância, o tema da reforma tributária, embora a constituinte ainda não tivesse terminado,

já era um tema que era uma necessidade de se promover essa reforma, mesmo antes da constituinte

acabar. Então faz 35 anos que eu espero o Congresso aprovar a reforma tributária,

entendeu? Por isso, sou um pouquinho cético em relação à aprovação, porque eu já

vi essa novela não acabar faz muito tempo. Dessa vez, parece ser diferente, porque é

uma conjunção de fatores, muitas forças a favor da aprovação. É bom lembrar, o

Brasil é um dos raríssimos países do mundo, deve dar pra contar nas mãos, que não tem

um imposto sobre valor agregado, ele usa uma metodologia medieval de cobrar imposto

em escala, você cobra o produto quando ele é produzido, todos os insumos, então você

vai somando imposto sobre imposto, e por isso que nós temos um sistema tributário péssimo,

complicadíssimo, caro, que o consumidor não sabe quanto daquilo que ele está pagando

é imposto, quanto que é o custo do produto, enfim. Então é muito bem-vinda. O que está

para sair? Eles dividiram a reforma tributária em duas partes, a primeira parte é justamente

essa parte da simplificação, de você ter menos impostos, de ter uma alíquota única

que valha para o país inteiro para acabar com a guerra fiscal entre estados, que você

passe a pagar o imposto exclusivamente na hora que o consumidor vai pagar por aquele

bem ou por aquele serviço, evitando cobrar desde a origem. Então, ele é uma modernização

tardia, muito tardia, porque tem países que já fizeram isso há décadas, absolutamente

necessária e está começando pelo lugar certo. Há um acordo mínimo, porque isso

implica interesses dos prefeitos, dos governadores, do presidente, dos parlamentares, dos lobbies

da indústria, dos lobbies dos serviços, do lobby do agro, do lobby do comércio, né?

Impacta a vida de todo mundo. Mas, aparentemente, vai sair esses dois impostos que vão unificar,

um vai unificar o ICMS e o ISS, que são o Imposto Municipal e Estadual sobre Bens

e Serviços, o outro vai unificar os impostos federais do PIS-COFINS, né? E eles vão ter

uma alíquota única, que vai valer para todos os estados, todos os municípios e, em princípio,

para todos os produtos. É uma alíquota que ainda ninguém sabe exatamente quanto vai

ser, mas que se fosse para o achutar, deve ficar em torno de 25% sobre o valor do produto,

do bem ou do serviço. Porém, começam os lobbies para falar, não, mas, pô, o meu

produto, o meu serviço não pode ser tributado como um produto ou um serviço qualquer, ele

é especial, ele precisa de uma alíquota menor. Foros Teresina, por exemplo, o serviço

não pode ser tributado como serviço qualquer. Então, o lobby do Foros Teresina e de outras

instituições menores, como o agro, o comércio e os serviços, dizem, fala, não, os produtos

da cesta básica não podem ter uma alíquota de 25%, tem que ser uma alíquota menor. Então,

já se fala em incluir na Constituição, porque isso que a gente está falando é uma

reforma constitucional, que vai precisar de um voto de três quintos dos deputados e senadores,

é um fórum muito qualificado, difícil de atingir, já vai ter lá prevista qual é

a exceção. Então, os produtos da cesta básica terão ou alíquota zero ou alíquota

com desconto de 50%, só vão pagar metade, 12,5% que seja, por exemplo, né? Agora, o

problema começa nos detalhes, fala, quais são os produtos da cesta básica? E aí o

lobby é tão descarado que já botaram pesticida na cesta básica, entendeu?

Caviar.

Exato. Então, foie gras, entendeu? Tem 1.300 itens, tem proposta de 1.300 itens na cesta

básica. Então, é no detalhe que mora o perigo, como sempre. Além disso, você tem

os lobbies pra você criar o oposto, que seriam alíquotas pra onerar produtos que fazem mal

para a sociedade, né? Tabaco, por exemplo, né? E aí tem o lobby ao contrário, tem

um lobby do bem, que gostaria de onerar com uma alíquota extra, por exemplo, os alimentos

ultraprocessados que são responsáveis por deixar a população doente. Aí tá mais

difícil de fazer esse lobby do bem emplacado que o lobby que quer botar 1.300 itens na

cesta básica, por exemplo. Alguns lobbies são inevitáveis, porque força política,

por exemplo, o lobby da Zona Franca de Manaus vai conseguir manter lá as isenções e benefícios

pra Zona Franca e outros que tais que não vou ficar elencando aqui. Mas, mas, também

não se fala, ficou pras calendas, pra segunda fase, o imposto sobre patrimônio, coisas

que o valha, né? Sobre renda e patrimônio, que seria a segunda parte da reforma tributária,

mas como ficou pra segunda parte... Não, seria relevante, é super importante, mas

ficou pra segunda parte. Não há condições políticas pra isso. Tem uma coisa muito

interessante que, pra ser justo, que as minhas interlocutoras, as coordenadoras são

a Renata Mendes e a Fernanda Mello, elas dizem uma coisa que é muito importante. Toda vez

que você coloca uma isenção ou um desconto num produto, justo ou não, sem trocadilho,

o que acontece? Diminui a arrecadação, certo? Se o foro de Terezina ia ser tributado em

25%, você fala, não, não, não, foro de Terezina é prioritário, ele faz bem pra

saúde, vamos cortar a alíquota do foro pra 12,5%. Essa diferença de 12,5 pontos

percentuais vai pra onde? Vai pra alíquota geral, então aquela alíquota que era de

25% já vai ter que ser 26%, entendeu? Quem vai pagar a conta? Os mais pobres, porque

o peso do consumo pra eles é maior do que pros ricos. Então, faria muito mais sentido

e justiça social você manter tudo mais ou menos com a mesma alíquota e devolver pros

mais pobres o tal do cashback, que é isso que se trata esse cashback. Se você é pobre,

você pagou 25% de alíquota, eu vou te devolver esses 25% em dinheiro, em espécie, entendeu?

Porque daí o dinheiro vai pra quem pagou e pra quem merece, e não pro rico que vai

ter a mesma isenção que o pobre com esse desconto de alíquota. Mas, infelizmente,

esse sistema acho que vai ser implementado, mas não na extensão que ele poderia ser.

De qualquer jeito, se for aprovada essa reforma tributária, vai ser um grande avanço pro Brasil,

pra economia brasileira, pros empresários, pra sociedade e, eventualmente, até pros mais pobres

que vão deixar de pagar imposto acumulado que pesa mais no bolso deles do que no bolso dos ricos.

De qualquer forma, se tudo der certo, isso passa a vigorar...

Em 2027, começa a vigorar em 2027, porque essa é uma condição fundamental. Porque se o governo

não está, digamos, patrocinando isso, embora seja uma iniciativa, como a Thaís disse, do Congresso,

mas se o governo fosse beneficiar disso e se os governadores fossem ser beneficiados ou prejudicados

já por essa reforma nesse mandato, aí que não passava mesmo. Então, só começará a ser implementado

em 2027, a partir dos próximos mandatos de governadores e presidentes.

Mas em 2027, começa a valer em 2027, mas em 2029 começa uma transição do sistema tributário

de 50 anos. O governo Lula será beneficiado imediatamente, daí o interesse do governo em aprovar essa reforma,

porque a aprovação de uma reforma tributária fundamental muda a expectativa de todos os atores econômicos,

do mercado, dos trading e companhia limitada. Então, pro governo ter um desempenho na economia como ele espera,

a reforma tributária é um sinal vital, um sinal importante pra baixar a taxa de juros no mês que vem e assim por diante.

Dá a sensação de casa arrumada, de racionalidade.

Exato, ele vai ganhando apoio de vários setores na economia. Agora, que ainda tem muita disputa e muito lobby pra rolar

até que essa medida seja de fato aprovada, isso é claro e já está visível.

Essa semana mesmo, o governador de São Paulo, Tarsí de Freitas, fez críticas. O Felipe Salto, que é ex-secretário de Fazenda de São Paulo também,

fez duríssimas críticas ao texto. Ainda vai ter muita pressão de prefeitos e de outros grupos de interesse,

mas tem um grupo que está satisfeito, que é o agronegócio, que hoje em dia responde pela maior alta do PIB do país.

Então, não é à toa que eles estão contentes. E é também a mais encorpada e organizada das bancadas na Câmara dos Deputados.

Eles têm, então, algumas concessões. A principal é a que o Toledo falou, que é o tratamento diferenciado da alíquota,

ou seja, eles pagarão uma porcentagem menor do que vários outros setores e esses valores ainda vão ser definidos

quando o projeto for regulamentado. É uma etapa seguinte à tramitação da reforma tributária.

E outras vitórias também, por exemplo, conseguiram derrubar no Nascedor a ideia de cobrar IPVA de grandes máquinas e tratores.

Existia uma ideia de começar a cobrar o imposto e eles conseguiram derrubar antes disso avançar.

Isso beneficia diretamente os grandes empresários do agro. E eles conseguiram também a isenção para o pequeno produtor,

porque dos pequenos produtores, pequenos e médios produtores, 80% são pessoas físicas.

E aí a bancada fez esse apelo para que dos produtores que tenham até R$4.800,00 de renda, eles não sejam tributados e conseguiram.

Teve outras ideias e iniciativas do agro que não foram contempladas, mas o agro vai trabalhar a favor, está trabalhando a favor,

está se reunindo com o Aguinaldo, se reunindo com o Haddad e tendo o apoio dessa bancada, que é muito grande,

você já tem uma base de votos sólida para aprovar. Então não é à toa que eles conseguiram essas concessões tão vitais para eles.

Pegando o gancho do agro da Taís, essa grande latifundiária, se os bolsonaristas estão contra, é porque deve ser bom também.

Esse é um bom parâmetro sempre para a gente usar. E o levantamento da Palver aqui, que é aquela empresa que faz o monitoramento

de 25 mil grupos públicos de WhatsApp, as manifestações bolsonaristas são todas contra a reforma tributária,

dizendo que vai aumentar imposto, que é a reforma do Lula, que é a reforma do PT, que tem que ser contra.

E se eles estão de um lado, é porque o Brasil deveria estar do outro, mas não estão tendo sucesso, eles estão muito desarticulados, os bolsonaristas.

E tem uma coisa, que o governo Lula está escolhendo melhor, como a gente falou, as guerras que ele compra.

Essa não é uma guerra que ele compra, muito pelo contrário. O Lula lançou essa semana um plano safra maior do que o plano safra do último ano Bolsonaro.

E ao mesmo tempo ele vai sediar o foro de São Paulo em Brasília. Então, assim, o Lula não vai comprar essa guerra com essas pessoas,

ele precisa desse tipo de medida prática para aprovar medidas como a reforma tributária, e aí depois recebe o foro de São Paulo, Maduro, etc.

Isso é o Lula fazendo política.

Muito bem, nós fazendo política aqui, já estouramos o nosso tempo, eu encerro o terceiro bloco do programa, vamos direto, sem intervalo, para o Kinder Ovo.

Vamos ver se diminua a distância de Thaís Bilenk, Thaís Bilenk está que nem o Botafogo, na ponta, lá na frente. Quem diria?

Quem diria? Todos diríamos, era uma questão de tempo.

Não, eu tô falando do Botafogo.

Ah.

Solta aí, Mari.

É, o meu posicionamento político...

É gaúcha? O sotaque parece do sul, não?

...se faz um lugar onde a gente consegue ter certeza de nada.

Já não acredito mais em ninguém, por isso que eu acho que a gente tem que fazer política dentro da casa da gente.

Nas entrevistas que a gente dá, no trabalho que a gente faz, todos nós aqui hoje estamos fazendo política.

Quem é que politicamente meio vaga é a... não é a Anitta, tem certeza?

Ah, pô, essa...

Ah...

Era difícil essa. Atriz Luana Piovani.

É isso!

Entrevista a Tati Bernardi, no Universo.

Mano, como eu vacilei.

Nossa, que vacilo.

Eu assisti, é maravilhoso.

Vocês não vão explicar quem é a Luana Piovani?

Pô, atriz...

Contenha-se, Toledo, contenha-se.

Muito prazer.

Bom, constatado o fiasco coletivo diante de Luana Piovani, vamos direto para o Momento Cabeção.

Momento em que a gente dá umas dicas de coisas que a gente viu, leu, ou vai ler, ou quer ver.

Eu vou começar com a Thaís Bilenk.

Bom, eu tenho uma indicação multilinguagens, tá?

Então, assim, inspirada na discussão sobre a reforma tributária, eu vou indicar o single que o Lucas Santana,

esse músico que eu gosto muito, lançou, chamado Maria Antonieta.

É uma música muito legal, fala de privilégios, acho que tem a ver pra gente ouvir a reforma tributária com um pouco mais de humor.

Trilha sonora para a reforma tributária por Thaís Bilenk.

E o Lucas, enfim, adoro a produção dele, então quero indicar.

Antes do meu momento cabecinha, eu vou fazer uma graça aqui com um livro que o Fernando, inclusive, que me deu,

do Pedro Vinícius, chamado Tirando Tudo Tá Tudo Bem.

Que é um chargista, é um menino adolescente que fez uma mesa colarete enquanto a gente estava fazendo a do foro,

por isso nenhum de nós três vimos.

Mas ele tem umas tiradas ótimas, tiradas ótimas.

Não sai da minha cabeça, não à toa, é a da paranoia, que ele fala alguma coisa assim.

Se eu fosse tirar todas as paranoias da minha cabeça, era mais fácil tirar a cabeça.

E por aí vai.

O livro chama Tirando Tudo Tá Tudo Bem, da Cobogó.

Da ótima editora Cobogó.

E para o meu momento cabecinha, eu quero indicar o livro que eu já estou lendo faz tempo,

do Gregório Duvivier, do João Pestana.

Por que que eu decidi indicar agora?

Porque mesmo depois de um tempo sem ler, porque a gente leu aqui em casa e aí mudando de assunto e tal,

mas o meu pequeno voltou a falar de alguns conceitos,

porque o livro tem uma profundidade sem querer ser profundo assim, sem querer ficar sendo pernóstico.

E aí ele ecoa, percebi que ecoa na cabeça dos pequenos e volta, volta depois de um tempo, é bem legal.

Eu vou hoje indicar duas séries, ou minisséries.

Uma que acabou de entrar no ar na Apple, que chama-se Hijack, que é com o Idris Elba,

que é uma série de suspense, trata de, como o nome já diz, o sequestro de um avião.

Mas é muito fora do comum, não tem correria, é mais parada do que uma série de ação seria normalmente.

E eu tô gostando, só tem dois capítulos que foram ao ar até agora, eu gostei bastante, estou recomendando, curioso para ver os próximos.

A outra é uma série completamente diferente, a Small Light, que seria em Portugal, uma pequena luxo.

É a história do casal que abriga, ou que ajuda a esconder a família do Otto Frank,

que vem a ser o pai da garota que escreveu o diário mais famoso da história, a Anne Frank.

A Anne Frank faz uma ponta na série, ponto eu estou sendo exagerado, os protagonistas são o pai, o Otto Frank,

e a secretária dele, que é quem fica do lado de fora tentando enganar os nazistas junto com o marido dela.

E a série é muito bem feita, muito bem contada, dá um bom retrato do nazismo, do que foi a perseguição a judeus durante a segunda guerra na Holanda.

Bom, eu vou indicar primeiro um livro do Alberto Martins, uma novela do Alberto Martins.

O Alberto Martins que é poeta também, e é um dos editores da Editora 34, trabalha na Editora 34,

escreveu uma novela que chama Violeta, que é uma novela muito simpática.

Ele mandou um livro pra gente do foro, dizendo que se Violeta fosse viva seria ouvinte assídua do foro.

Salve, Fernando!

Violeta é o seguinte, é uma novela sobre um grupo de teatro amador que tenta montar uma peça do Majakovski em Santos na década de 40.

E daí, a partir desse relato, que é um relato que mistura vida real com ficção,

essa montagem acaba se tornando um momento, vamos dizer, decisivo na vida de vários deles.

E vou indicar dois livros de poesia.

Foi relançado pela Companhia das Letras, um livro que estava há muito tempo fora de catálogo, que é do William Carlos Williams,

chama A Cidade Esquecida e Outros Poemas.

É uma coletânea dos poemas desse poeta americano, que foi um dos responsáveis pela modernização da poesia americana.

E tô lendo também um livrinho de poemas da Marília Garcia, uma poeta brasileira,

que chama Expedição 2. Nebulosa, que foi lançado recentemente, que eu indico pra vocês também.

É isso.

Bom, encerramos assim o momento cabeção, vamos para o momento de vocês, o Correio Elegante.

Eu vou começar, então, lendo um e-mail do Saulo Barbosa, que diz o seguinte.

Sou doutorando em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe.

Minha tese é sobre o que ficou conhecido como Movimento de Renovação Política, ali pelos idos de 2017 e 2018.

E ao pesquisar, me deparei com um artigo intitulado Renovar é Preciso, no Estadão.

Até então, nada demais. Minha surpresa foi ver que quem assinava o artigo era José Roberto de Toledo.

Ah, meu mundo caiu. Não parecia com o Toledo de opiniões firmes e críticas, ao qual me acostumei.

Respirei, tomei coragem e recomecei o trabalho.

E para meu alívio, percebi que troquei gato por lebre.

O título, na verdade, era Renovar é Impreciso, cujo conteúdo era genuinamente tolediano.

Um dos poucos que desafinava o coro dos contentes em mais de 200 matérias.

O mundo era de novo mundo, com tudo em seu lugar.

Parabéns para o foro e obrigado por fazer parte da minha rotina há tanto tempo,

mas especialmente nos últimos meses que vivo em Florença, onde faço o Doutorado Sanduíche.

O foro é uma horinha de matar a saudade, passar raiva e rir com as tragédias, esse país que tanto amo.

E por fim, peço opas e salves aos queridos amigos.

Talita, Jonatha e Felipe. E meu irmão Aelton.

Salves e opas aí.

Opa Toledo. Opa Jonatha. Opa Talita.

Saulo, eu fico muito envaidecido de em vez de você ir lá tomar um café aos pés do Davi e do Michelangelo,

você vai ler uma coluna desse colunista de Quinta.

A Vanessa Bezerra mandou o seguinte.

Nada mais sugestivo que nas festividades juninas mandar um correio elegante.

Esse é para o meu ex-namorado Tiago, vulgo Tiago Odi, que durante pouco mais de dois anos de namoro me mostrou o foro.

Desde então, vocês foram testemunhas auditivas do nosso amor e companheirismo.

Hoje não estamos mais juntos, mas gostaria de dar uma prova de amor e admiração enviando esse correio elegante.

Para dizer que hoje o amo de um jeito diferente.

Que penso nele todos os dias, com muito carinho.

Gostaria muito que pudéssemos ser amigos, afinal amor também é sobre amizade.

Em junho ele faz aniversário, então feliz aniversário Ti, que você continue vencendo na vida e obrigada por ter feito parte da minha.

Eu tenho duas mensagens aqui.

Uma é do Ivanir PB, que faz um registro muito simpático.

Que o canal da Piauí no YouTube, onde são publicados os cortes, chamados cortes do foro de Teresina,

finalmente chegou a 100 mil inscritos.

Ele tá perguntando, vai ter plaquinha?

Acho que pra ter plaquinha precisa ter uns 10 vezes isso aqui, mas tudo bem.

Pra gente já é muito.

Agora uma mensagem do Lucas Gonçalves.

Eu distou da escuta romântica de quem ouve o podcast com os respectivos cônjuges.

Faço parte da pastoral do menor e da pastoral carcerária.

E todos os sábados escutava o foro durante o trajeto pra visitar meninas e meninos encarcerados.

Infelizmente, por falta de agentes voluntários, encerrarei este meu ciclo.

Me dá um aperto no coração.

Sinto que fui derrotado na batalha contra um mundo sem prisões, mas tenho certeza que em breve mais e mais agentes somarão nessa luta.

E eu encontrarei outro dia da semana pra ouvir o foro.

Pois foi a partir dele que descobri o papel da política governamental nas dinâmicas microscópicas da punição juvenil.

Agradeço a todos por terem me acompanhado no trajeto.

Parabéns, Fernando, pela quebra parcial da invencibilidade da Thaís.

Um beijo com Pequi, em cada um, de um goiano sem dupla sertaneja e sem caiado no sobrenome.

Perdido em São Paulo.

Muito bom, Lucas Gonçalves.

Legal, Lucas. Gostei demais.

É bom ter notícias de bons goianos, porque essa semana um deputado de Goiás, do PL, um bolsonarista,

deputado de primeiro mandato, que eu não vou dar o nome pra não dar moral pra ele,

ele conseguiu difamar um continente inteiro.

E se houver justiça no Brasil, ele vai ser caçado por racismo.

O continente, no caso, é a África.

Não vou repetir o que ele falou, porque é uma barbaridade muito grande.

Bom, vamos encerrando, então, o programa de hoje.

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O Foro de Teresina é uma produção da Rádio Novelo pra revista Piauí, com a coordenação geral da Evelyn Argenta.

A direção é da Mari Faria e a produção é da Maria Júlia Vieira.

O apoio de produção é da Bárbara Rubira, a edição da Evelyn Argenta e do Thiago Picado.

A finalização e a mixagem são do Luiz Rodrigues e do João Jabás, do Pipoca Sound.

Jabás, que é também o intérprete da nossa melodia-tema, composta por Vânia Salles e Beto Boreno.

A nossa coordenação digital foi feita pela Bia Ribeiro, a checagem é do João Felipe Carvalho

e a ilustração no site do Fernando Carvalho.

O Foro de Teresina foi gravado nas nossas casas e eu me despeço dos meus amigos.

José Roberto de Toledo, tchau Toledo!

Tchau Fernando, tchau Thaís, até a semana que vem com mais assuntos palpitantes no nível de reforma tributária.

Muito bem! Thaís Bilencki, tchau Thaís!

Tchau Fernando, tchau Toledo, até a semana que vem!

É isso gente, boa semana a todos e até a semana que vem!