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Foro de Teresina - Podcast (*Generated Transcript*), #252: Morreu e foi para a cadeia - Part 2

#252: Morreu e foi para a cadeia - Part 2

Então, não me surpreenderia se antes do julgamento do artigo 19 pelo Supremo, chegasse algum acordo incluindo as plataformas, não todas elas, porque o Telegram já deu sinais de que tá no terrorismo apenas, né?

E até a meta, né? Que a dona do Facebook e do Instagram falou quando o Telegram soltou aquela barbaridade lá, mensagem não solicitada pra toda a sua base, falou, não, não, me inclua fora dessa, não tenho nada a ver com isso, né?

Pulou fora do barco. Então eu quero dizer com isso, eu acho que é capaz de haver um acordo, não vai ser a melhor legislação do mundo, mas talvez venha alguma legislação na qual as plataformas passem a sofrer algum tipo de responsabilização por esse conteúdo.

Tem uma solução péssima sendo engendrada aí de transformar a Anatel na agência reguladora dos conteúdos da internet.

É, que é um desastre, né? Aquilo que eu já falei aqui, né? Quem tá satisfeito com a sua operadora de telefonia e confia na Anatel que vai resolver o problema da internet agora, bom.

Enfim, mas eu concordo com a Thaís, eu acho que o Supremo tá mais pressionando pra que o Congresso decida do que querendo decidir.

Agora, se o Congresso postergar de novo, eu acho que eles vão, como usar o verbo da Thaís, vão canetar, sim, e aí vai ser pior pras plataformas.

Eu divido o mundo entre as pessoas que falam Instagram e Facebook e as pessoas que falam Insta e Face.

Acabei de perceber que eu tô do outro lado do mundo do José Roberto.

Thaís, você tá do lado do alto comando do exército, dos primeiros da classe, e eu tô do lado ali do...

Instagram e Facebook!

Do fundão.

Me fez lembrar a sua Xará, cantora Thaís Gulin, tava vendo o Instagram dela outro dia, ela postou um negócio assim,

o mundo se divide entre dois tipos de pessoas, evite os dois.

Maravilhoso!

Então é isso, assim nós vamos encerrando o segundo bloco do programa, vamos direto pro número da semana?

Evite os dois. Vamos lá, Mari, qual é o número da semana?

Fernando, o número da semana é 713 mil.

No Brasil, 713 mil jovens que menstruam não têm banheiro em casa,

o que significa que eles não têm como lidar com a menstruação todo mês da maneira mais higiênica e confortável.

E mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas.

O Igualdades dessa semana, assinado pela Maria Júlia Vieira e pela Renata Buono,

analisa dados e impactos da pobreza menstrual no Brasil.

Esse é um assunto que a gente fala pouco, quase nada, que o bolsonarismo e o bolsonaro tentaram empurrar

pra dentro do obscurantismo, mas que é de uma perversidade inacreditável, assim.

Essa igualdade é uma das igualdades mais chocantes que eu li nos últimos tempos,

sobre quão grave é para uma menina, uma mulher pobre, não ter acesso ao absorvente

e como isso impacta dramaticamente a vida delas.

É realmente um assunto que deveria ter muito mais atenção até na imprensa.

É medieval, porque você mantém a menstruação como um tabu e a feminilidade, enfim, as questões da mulher

como coisas que não podem ser tratadas nem pelas próprias mulheres.

Então, é uma visão de mundo ultrapassada.

E que tá aí, né? E que é vivenciada por isso, por 4 milhões de meninas que não têm acesso

nas escolas a absorventes e outros itens.

Quem tem chamado muita atenção pra esse efeito coisas é a deputada Tabata Amaral, né?

Ela que fez o projeto pela distribuição dos absorventes, né?

É uma marca do mandato dela.

Desculpa, tem um número aqui que é inacreditável, que é a quantidade de mulheres que deixaram de trabalhar

porque não tinham absorvente é duas vezes a população do Salvador.

É inacreditável, né?

É chocante. É um problema de saúde pública, de... teria fácil solução.

Como já virou comum falar, se fosse homem que menstruasse já tinha resolvido esse problema faz muito tempo, né?

Sim.

Exatamente.

Sim.

Bom, a gente encerra assim o número da semana.

No terceiro bloco nós vamos falar de economia, de banco central.

A gente já volta.

Oi, aqui é o Tiago Rogero.

E eu tô aqui pra te convidar a ouvir o episódio desta semana do Rádio Novelo Apresenta,

que se chama O que Há Num Nome?

A primeira história é sobre o curioso hábito que algumas pessoas têm de apelidar eletrodomésticos.

Um monte de gente fica dando nome pra robozinha aspirador, por exemplo.

Outra história é sobre o fato da gente estar falando errado.

Há séculos, o nome de duas personalidades importantes pra história do Brasil.

E por fim a gente conta a história de uma mulher que descobriu uma palavra bomba que mudou tudo na vida dela.

E assim, não é modo de dizer. Mudou tudo mesmo.

Quando terminar de ouvir o foro, procura a gente aí.

Rádio Novelo Apresenta.

Toda quinta, um episódio novo.

Muito bem, Thaís Bilenk.

Começamos com você.

A indicação do Gabriel Galípolo, número 2 do Fernando Haddad,

para a diretoria de política monetária do Banco Central,

como se sabe, é vista como um passo para que ele assuma o banco

no momento em que o mandato do Campos Neto acabar.

Você andou apurando aí a relação dele com o Haddad.

Queria que você contasse o que você descobriu.

O Fernando Haddad está enfrentando um terremoto e não é político.

É verdade, ele acordou às quatro horas da manhã, de quarta para quinta-feira no Japão,

onde ele foi para participar do G7, com as sirenes altíssimas.

Foi um tremor de cerca de 10 segundos que alarmou o Japão, só se fala nisso lá.

Ninguém está falando do Haddad lá, nem do Galípolo, só do terremoto.

Por que será?

Ninguém dormiu mais.

Enfim, mas não que no Brasil as coisas estejam calmas para o Haddad.

Mas está tudo bem, não aconteceu nada, foi só um tremor.

Eles se assustaram porque acordaram no meio da noite com isso.

Bom, o Haddad indicou o Galípolo para essa diretoria de política monetária,

a mais importante do Banco Central.

Agora ele vai ser aprovado, deve ser pelos senadores, um dos diretores do COPOM.

Então ele não tem poder de mudar a taxa de juros.

O COPOM é formado por oito diretores e o presidente do Banco Central.

Ele e mais um foram indicados para o governo agora,

então mesmo assim são dois, eu já vou chegar na matemática.

O que eu quero dizer?

Que a intenção número um é pressionar o Campos Neto, uma pressão a mais,

dar um calorzinho no Campos Neto nesse objetivo do governo de baixar a taxa de juros.

A intenção número dois é posicionar ele para a sucessão do Campos Neto.

O mandato dele acaba no final de 2024, um ano e meio pela frente ainda, portanto.

O Haddad, ao anunciar o Galípolo, disse que ouviu pela primeira vez a ideia de ter o Galípolo no Banco Central.

No Banco Central ele ouviu da boca do Campos Neto.

Ele ouviu isso da boca do Campos Neto no almoço que os dois fizeram a sós, só os dois, na Índia.

E nessa mesma conversa, segundo eu apurei, o Campos Neto sugeriu que eventualmente,

talvez, quem sabe, poderia até antecipar a transição dele, ou seja, sair um pouco antes

para facilitar o caminho do Galípolo caso as coisas caminhassem nesse sentido.

Essa história circula no Ministério da Fazenda, pode se concretizar ou não,

mas de efeito imediato mesmo não se espera nada, porque o COPOM é formado por oito diretores,

o Governador Lula indicou dois, tem mais dois para indicar em dezembro,

com isso o governo ficaria com quatro diretores, ainda não formaria a matemática.

Tem uma diretora do Banco Central, que é a Carolina Barros, que o Haddad percebeu

que tem ali uma possibilidade de convencimento maior e aí, nesse caso,

quando tiver quatro diretores indicados pelo governo, pode ser que em dezembro

ele conforme maioria para baixar os juros para a Fazenda, antes disso não existe possibilidade

da Selic baixar antes de dezembro, e dezembro ainda com otimismo, isso é na visão da Fazenda.

Tem também um motivo menos público, que não vai ser admitido, que é o fato de o Galípolo

ter um protagonismo muito grande, como número dois no Ministério da Fazenda,

como secretário executivo, muito ambicioso, inclusive politicamente, dá muita entrevista,

então é também uma forma de solucionar essa questão, essa saída dele.

Curiosidades, o Haddad e o Galípolo moram no mesmo hotel em Brasília e fazem ginástica juntos

às seis horas da manhã, todo dia se encontram, o Galípolo é todo piadista,

a relação deles é muito boa, obrigada, não tem nada público sobre essa situação,

mas a situação é mencionada também. E também a relação do Galípolo com o Roberto Campos Neto,

o Galípolo já falou isso várias vezes, é muito bom, eles se falam quase todo dia,

eles têm uma boa relação, o Roberto Campos Neto parabenizou o Galípolo pela indicação,

disse que o Banco Central é um lugar muito bom para se trabalhar,

mas de toda forma, de objetivos práticos mesmo, o governo só espera algo para o ano que vem.

No mercado, eu ouvi de analistas que existe uma expectativa de baixar os juros antes,

antes mesmo da previsão da Fazenda, lá por agosto ou setembro,

a depender de como anda a economia e a aprovação do marco fiscal no Congresso

é importantíssima para isso acontecer, para isso se concretizar.

O marco fiscal deve entrar em votação no Congresso na semana que vem,

essa é a previsão do Lira, o Lira está empenhado nisso e o Lira está empenhado também

em dizer para o governo que não adianta ele querer reverter as reformas liberais

que foram aprovadas nos últimos anos. E daí a explicação que eu ouvi de um político

experientíssimo sobre esses ataques reiterados do Lula ao Roberto Campos Neto

e a taxa de juros estratosférica do Brasil. O que esse político fala é que o Lula

não tem expectativa, num curto médio prazo, de baixar juros, ele bate, ele critica

e ataca o Roberto Campos Neto porque ele sabe que vai ter que apertar as contas,

contingenciar se precisar e aprovar um pacote austero, mais austero do que talvez

o governo tenha proposto, então ele precisa também acenar para o eleitorado mais de esquerda,

para a base, para os, enfim, deputados de esquerda, mas na prática a expectativa

é algo mais duro. A moral da história do que a Thais acaba de dizer é que o Galípolo

é o candidato a se tornar o alvo do governo nos dois últimos anos de mandato.

É um pouco esse o resumo da ópera e essa informação que a Thais deu assim,

a ampaçã de uma certa, apesar da ginástica junta às seis horas da manhã,

tal de um certo desconforto, vamos dizer assim, não é briga, mas o estilo do Galípolo

ocupando os espaços, tudo, atrapalha um pouco, incomoda um pouco o Haddad

que também gosta de ocupar os espaços e tudo.

E o Galípolo, como diretor de política monetária do Banco Central,

uma das funções mais técnicas de Brasília, já começou a possível,

o possível exercício do cargo, ele não foi nem aprovado ainda, nem sabatinado,

nem nada, mas já está dando entrevista, é a primeira vez que um diretor de política monetária

já começou dando entrevista às suas atividades.

O Galípolo era o banqueiro, entre parências, que era o banqueiro que foi no Natal dos catadores.

É, essa história que a gente contou aqui.

Mas tem uma diferença fundamental do Galípolo para os atuais diretores de política monetária

recentes do Banco Central, ele não estudou na PUC do Rio, é o contrário.

Ele tem uma formação muito mais heterodoxa do que os ortodoxos frequentadores da PUC do Rio.

E é muito inteligente, persuasivo, bem formado.

Sem dúvida.

Capacitado, enfim.

Volto de novo com a relatora, não tenho muito mais a acrescentar sobre essa questão do Banco Central.

A relatora está arrasando.

Ele falou voto com a relatora no bloco passado e abriu a divergência, só para registrar, mas não faz mal.

Vamos ver agora qual é a divergência.

Não, não, não tem nenhuma divergência.

Eu concordo, acho que é exatamente isso.

A Thais resumiu muito bem a ópera.

O que eu tenho a acrescentar apenas é que o cenário desse governo Lula macroeconômico

é muito diferente do cenário dos mandatos anteriores.

E, portanto, os instrumentos que o Lula usou para ter um bom desempenho na economia

e alcançar uma popularidade recorde na história dos presidentes do Brasil

não vão funcionar, pelo menos não vão funcionar com a mesma eficácia que funcionaram nos dois primeiros mandatos.

Saiu nessa quinta-feira um estudo do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira

da Fundação Getúlio Vargas aqui de São Paulo, escrito pelo Lauro Gonzales, João Pedro Haddad e Júlio Leandro,

mostrando os limites do crédito, especialmente do crédito pessoa física atualmente no Brasil.

A gente já bateu no teto.

Não tem mais por onde emprestar, dar crédito para pessoa física,

tirando aquele crédito bom e desejável, como, por exemplo, o crédito habitacional, que esse continua baixo.

Mas o crédito de cartão de crédito, o crédito do consignado, esse crédito para consumo, está nos píncaros da glória.

Ou seja, não dá para aumentar mais, não vai ser por aí que o Lula vai conseguir trazer as pessoas

numa situação desconfortável econômica para uma situação de conforto financeiro.

A consequência desse super acesso ao crédito e de um crédito ruim, que cobra juros altíssimos e escorxantes,

é que você tem 70 milhões de pessoas negativadas no Brasil.

Tem acesso ao crédito negado porque não pagaram suas dívidas.

A gente tem uma taxa de uso de cartão de crédito de 60%, que é maior do que a média dos países de alta renda, que é 51%.

Está vivendo de rolar a dívida do cartão de crédito, que é a pior dívida que ele pode ter.

Antigamente era o cheque especial, agora é o cartão de crédito, são juros inacreditáveis.

Então, a conclusão é meio clara, cristalina.

Quer dizer, pelo lado da demanda, dizem eles aqui, o crédito ao consumo provavelmente se expandiu

como forma de mitigar os efeitos negativos da estagnação de renda e do aumento da informalidade.

Ou seja, o crédito hoje virou um complemento de renda.

E pelo lado da oferta, a falta de crédito imobiliário e a queda do crédito de pessoa jurídica, que é pior.

Quer dizer, você justamente teria que estar incentivando o crédito para a construção civil,

para a pessoa ter acesso à moradia, tem um déficit habitacional gigante no Brasil,

e dar crédito para a empresa, dar juros baratos para elas investirem, gerarem emprego e aumentarem a renda.

Essa é a dinâmica desejável.

Agora, não resolve o problema, você mitiga a falta de renda com um crédito caro, insustentável,

que transforma as pessoas em devedoras, inadimplentes.

Então, esse modelo dançou, acabou.

O governo vai precisar fazer uma política muito mais estruturada,

acho até que o caminho que eles estão apontando é esse,

mas os efeitos para serem colhidos são muito mais demorados.

Não bate com o calendário eleitoral, talvez.

Muito bem, então a gente encerra o terceiro bloco do programa.

Temos um rápido intervalo e na volta, Kinder Whale.

O filme de Léa Mizzius acompanha o passado de uma família repleta de segredos incendiários.

O mistério está solto em um enredo de desejo, preconceito e vingança.

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Muito bem, momento Kinder Ovo.

Muito a expectativa, tensão entre os concorrentes.

Solta aí, Mari.

Todo mundo só fala bem de Rita Linda, não aparece uma pessoa para dizer

aquela filha da puta, aquela cachorra sem vergonha,

passou na minha porta, bulinho com meu filho, roubou a sua minha.

Arrasou, frações de segundos ele ganha.

Ninguém tem isso para dizer da Rita Linda.

Tem o detalhe de ela ser uma das raras pessoas honestas do mundo todo.

Não é negócio da música.

Tom Zé.

Rita Li.

Rita Li.

Eu perdi, mas todos ganhamos com esse Tom Zé sobre a Rita Li.

Todos ganhamos.

Boa.

Eu vou fazer que nem jogador de futebol no final da partida.

Queria dividir esse prêmio com a equipe.

Não rebaixa sua vitória, Fernando.

Jogador de futebol, diante desse escândalo das betes, também baixa.

Melhor não fazer essa comparação.

Não tem moral nenhuma.

É verdade.

Agora é o seguinte, o Toledo se comprometeu a fazer uma serenata de Rita Li,

então ao final do programa será cobrado.

Certo, Fernando?

Um sarau.

Um sarau.

Uma apresentação.

Dia 30 de fevereiro de 2024, está marcado.

Nós tivemos dificuldade, inclusive, de começar a gravação,

porque ele estava no violão.

Eu queria parar.

É mania de vocês.

Essa não escapa.

Mania de vocês.

Bom, é a homenagem que a gente faz, mínima homenagem que a gente faz para a Rita Li.

Enfim, ficamos todos abalados, essa que é a verdade, com a morte da Rita Li.

Como diria o outro, a Rita levou meu sorriso, no sorriso dela, meu assunto.

Sim.

É isso.

Então, para registro aqui no programa, quem falou foi o cantor, compositor,

Tom Zé, no extra do DVD Ovelha Negra, que integra uma série sobre a carreira de Rita Li.

É isso?

Olha, eu nem tenho esse DVD, nem se usa mais DVD.

Não se usa mais.

Onde você põe seu DVD?

DVD da minha época.

Fomos ultrapassados pela história.

Tem que mandar o aparelho junto.

Mandar o aparelho.

Pior que eu tenho aparelho de DVD, mas está lá.

Você acha que tem, ele já quebrou, você nem se percebeu.

Exato, exato.

Mas é isso.

O cara falar que tem um aparelho de DVD em casa, é pior dizer que tem uma coleção de CDs.

É porque o CD já é retro, é vintage.

Eu tenho coleção de CD também.

Eu também, sabe? É chique.

Bom, depois desse momento Kinder Ovo especial, vamos para o Correio Elegante.

Que é sempre especial, né?

Versão populista, sempre especial.

São vocês, isso daí.

Bom, eu vou começar com o Marcos Fidelis.

Que mandou, segundo a produção, uma longa carta com drama, suspense e toques novelescos.

Mas a Mari avisa a gente que teve que encurtar a história para caber no programa.

Ele diz o seguinte.

Em 2016, eu trabalhava na Câmara dos Deputados e conjuntei me preparar para um possível concurso para o Senado.

Pela estabilidade, bom salário, etc.

Um detalhe que eu trabalhava no mesmo corredor dos Bolsonaro, pai e filho.

Que tinham unido gabinetes contigos.

E a fachada era decorada com cartaz de cartolina e pôsteres sobre kit gay.

Mas voltando ao concurso, um amigo me indicou um cursinho de um pessoal de Brasília

que anunciava uma metodologia de resultado garantido.

O aluno teria um mentor personalizado e passaria por leituras e questões semanais

e as avaliaria ao longo da preparação.

Os professores do curso eram quase todos ex-militares aprovados nos concursos mais disputados no país.

Me inscrevi, soube que meu mentor seria um dos sócios da empresa.

Estranhei.

Só que mais perto da aula acabei desistindo.

Corta para o governo Temer.

E meu ex-mentor estava no jornal assumindo uma secretaria.

Dois anos depois, ele foi anunciado ministro e em 2022 eleito governador de São Paulo.

Quando é que aquele mentor Tarcísio de Freitas cogitaria que em seis anos seria cotado para liderar a direita no Brasil?

E a sua esposa, a secretária do cursinho, a primeira dama de São Paulo?

Ou seja, para ser governador de São Paulo você tem que ter sido professor de cursinho,

porque Alckmin, Tarcísio, é isso. Essa é a moral da história.

Nossa, é uma história ótima.

O Haddad foi querer ser professor de universidade e se ferrou, tá vendo?

Bom, eu vou ler o bilhete do Renato Harmonim, não vou ser.

Trinta e nove semanas e meia de gestação e nada da nossa pequena Mariana querer nascer.

E, para matar o tempo, minha querida Beatriz fazia palavras cruzadas.

Ao deparar-se com a questão tipo de governo no qual o chefe de estado é o mais despreparado,

de pronto, como se fosse uma disputa de Kinder Ovo, bradeia em voz alta.

Caxiocracia!

Que era de fato a resposta certa.

Provavelmente animada com o meu acerto, poucas horas depois iniciaram-se as contrações

e nossa Mariana nasceu naquela madrugada para iluminar nossas vidas.

E, por meio da Alexia, ela também escuta o foro durante as trocas de fralda.

Um abraço a todos vocês, PS. Acho que o editor das palavras cruzadas também ouve o foro.

Eu também acho. Com certeza.

Quem que pôria a caxtocracia nas palavras cruzadas e não ouve?

José Roberto de Toledo é um parteiro da história.

É verdadeiro que é um parteiro da história. Felicidades.

Bom, e por falar em ouvir o foro de Teresina, a Natália Arantes voltou,

depois de um tweet de sucesso que já tinha sido lido aqui no foro, com um e-mail.

Um e-mail muito bacana.

Queridos, sou fã assídua e ouço o foro com tanta dedicação que obriguei minha mãe

a ouvir um episódio enquanto estava me visitando.

Diz que na minha casa a gente ouve o programa bem alto no sábado de manhã.

Ela gostou e foi assim que o tweet surgiu.

Ela realmente me perguntou como fazer para ouvir todas as semanas.

Funcionou, tá? E a campanha do Toledo também,

porque ela não só ouve o foro de Teresina, como indica e ensina para as amigas a ouvirem.

Acho que, dado o sucesso da missão, posso pedir um opa, um salve e um beijo

muito especial para minha mãezinha, de quem morro de saudade todo dia, desde que mudei.

Um feliz dia das mães para minha e para todas as mamães que fazem e ouvem o foro de Teresina.

Desejo o futuro melhor que o Piauí ajude a construir para todas nós.

Abraços. Muito bom. Aí as mães de Teresina.

Conseguiu emplacar a mãezinha dela.

A Natália Arantes. E a mãe. A mãe da Natália.

A mãe da Natália. Um beijo, feliz dia das mães.

E para as mães, eu desejo de presente de dia das mães, um valenite para todas as mães,

que é mais importante a noite das mães do que o dia.

O foro de Teresina é composto por mães e filhos das mães.

Valenite. Perdemos a Thaís Bileng, Toledo. Valenite.

Esse valenite dela vai durar. Por isso que ela chegou atrasada hoje para gravar o foro.

Thaís foi vista pela última vez, usufruindo do seu valenite.

Do seu noite das mães. Muito bem. Acabamos, né? Acabamos.

Já deu. A gente vai fazer alguma coisa da Rita Lee?

Acho que tem que tocar. Vamos fazer uma votação aí. Eu voto em Ovilha Negra.

Era mania de você que você tinha votado. Você está mudando a vida, cavaca.

Vocês podiam escolher qualquer música para eu tocar da Rita Lee, desde que fosse mania de você.

Mania de você. Cadê seu violão?

Não, está ali. Pega lá.

A gente faz backing vocal, né, Fernanda? A gente faz backing vocal. O meu som sumiu. Você faz backing vocal.

O meu som sumiu, só que eu estou te ouvindo.

O cara toca violão. Ele é jornalista por... Você tem que... Não pode esconder o violão.

Mostra.

Está dando a sua vez?

Não?

De suor, de tanta gente ser queixou. De tanta gente ter nada. Loucura.

A gente faz amor.

Aê! Ela merece a Rita Lee. O cara é um sucesso.

José Roberto de Toledo, arrasante.

Agora vocês entenderam porque eu fui fazer jornalismo, né?

Arrasou.

Você vê, Thaís, o talento do cara. Multitalento.

Ele é esgotável. Quando você acha que acabou, tem mais um.

E a gente achando que ele era apenas um jornalista de dados.

Domina as notas. Muito bem, Zé.

Grande Rita Lee. Foi uma das mortes que mais repercutiu, que eu me lembro. E muito impressionante os relatos todos.

Realmente foi o... A Rita tinha uma dimensão que todo mundo sabia, mas parecia que estava combinado que ninguém ia comentar com a expressão toda que ela tinha.

E que veio à tona agora.

É verdade. É verdade.

Luminosa. Vida luminosa.

Desculpa, tem uma história inacreditável. Não sei se vocês leram.

Saiu no Guardian, dizendo que numa festa, o agora rei, Charles III, pediu, não, pega, põe um disco da Rita Lee.

E botaram pra tocar o disco e ele sabia de cor as músicas.

Então a rainha, ela foi rainha antes do Charles ser rei.

Olha isso, genial. Não ouvi essa história.

Saiu no Guardian, né? Não sei se dá pra confiar. É o melhor jornal da imprensa europeia, mas tudo bem.

Não, eu também ouvi isso.

Muito bem, a gente vai terminando assim o programa de hoje.

Se você gostou, não deixe de seguir. Se você gostou do violão do Toledo, dá 5 stars pra ele.

Vai criar um monte de uma estrelinha agora.

Faz uma pergunta pra gente no Spotify.

Você pode seguir também a gente no Apple Podcast, na Amazon Music, favoritar na Deezer e se inscrever no Google Podcast, no Cashbox ou no YouTube.

O Foro de Terezinha é uma produção da Rádio Novelo para a revista Piauí com a coordenação geral da Evelyn Argenta.

A direção é da Mari Faria, a produção do Marcos Amoroso.

O papel de produção é da Bárbara Rubira. A edição é da Evelyn Argenta e do Tiago Picado.

A finalização e a mixagem são do Luiz Rodrigues e do João Jabás, do Pipoca Sound.

Jabás que é também o intérprete da nossa melodia tema, composta por Vânia Salles e Beto Boreno.

A nossa coordenação digital é feita pela Fecriz Vasconcelos e pela Bia Ribeiro.

A checagem do programa é do João Felipe Carvalho e a ilustração no site do Fernando Carvalho.

O Foro foi gravado nas nossas casas em São Paulo e eu me despeço dos meus amigos José Roberto de Toledo.

Eu quero me despedir de vocês, foi muito bom, foi inarravável esse encontro, mas o meu recado final é pro João Jabás,

pedindo pra ele, pelo amor de Deus, ligar o autotune na hora de mixar o programa, pra eu aparecer no mínimo, pelo menos minimamente afinado.

Coisa mais linda. Está aí a missão para o João Jabás.

Taís Bilencki, você também está comovida como eu, Taís?

Eu estou comovida, mas eu jamais pediria uma tarefa como essa pro João Jabás.

Então é isso, gente. Programa dedicado à memória da grandissíssima Rita Ali.

Boa semana a todos e até a semana que vem.


#252: Morreu e foi para a cadeia - Part 2 #252: Gestorben und ins Gefängnis gegangen - Teil 2 #252: Died and gone to jail - Part 2 #第252回:死んで刑務所へ -後編

Então, não me surpreenderia se antes do julgamento do artigo 19 pelo Supremo, chegasse algum acordo incluindo as plataformas, não todas elas, porque o Telegram já deu sinais de que tá no terrorismo apenas, né?

E até a meta, né? Que a dona do Facebook e do Instagram falou quando o Telegram soltou aquela barbaridade lá, mensagem não solicitada pra toda a sua base, falou, não, não, me inclua fora dessa, não tenho nada a ver com isso, né?

Pulou fora do barco. Então eu quero dizer com isso, eu acho que é capaz de haver um acordo, não vai ser a melhor legislação do mundo, mas talvez venha alguma legislação na qual as plataformas passem a sofrer algum tipo de responsabilização por esse conteúdo.

Tem uma solução péssima sendo engendrada aí de transformar a Anatel na agência reguladora dos conteúdos da internet.

É, que é um desastre, né? Aquilo que eu já falei aqui, né? Quem tá satisfeito com a sua operadora de telefonia e confia na Anatel que vai resolver o problema da internet agora, bom.

Enfim, mas eu concordo com a Thaís, eu acho que o Supremo tá mais pressionando pra que o Congresso decida do que querendo decidir.

Agora, se o Congresso postergar de novo, eu acho que eles vão, como usar o verbo da Thaís, vão canetar, sim, e aí vai ser pior pras plataformas.

Eu divido o mundo entre as pessoas que falam Instagram e Facebook e as pessoas que falam Insta e Face.

Acabei de perceber que eu tô do outro lado do mundo do José Roberto.

Thaís, você tá do lado do alto comando do exército, dos primeiros da classe, e eu tô do lado ali do...

Instagram e Facebook!

Do fundão.

Me fez lembrar a sua Xará, cantora Thaís Gulin, tava vendo o Instagram dela outro dia, ela postou um negócio assim,

o mundo se divide entre dois tipos de pessoas, evite os dois.

Maravilhoso!

Então é isso, assim nós vamos encerrando o segundo bloco do programa, vamos direto pro número da semana?

Evite os dois. Vamos lá, Mari, qual é o número da semana?

Fernando, o número da semana é 713 mil.

No Brasil, 713 mil jovens que menstruam não têm banheiro em casa,

o que significa que eles não têm como lidar com a menstruação todo mês da maneira mais higiênica e confortável.

E mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas.

O Igualdades dessa semana, assinado pela Maria Júlia Vieira e pela Renata Buono,

analisa dados e impactos da pobreza menstrual no Brasil.

Esse é um assunto que a gente fala pouco, quase nada, que o bolsonarismo e o bolsonaro tentaram empurrar

pra dentro do obscurantismo, mas que é de uma perversidade inacreditável, assim.

Essa igualdade é uma das igualdades mais chocantes que eu li nos últimos tempos,

sobre quão grave é para uma menina, uma mulher pobre, não ter acesso ao absorvente

e como isso impacta dramaticamente a vida delas.

É realmente um assunto que deveria ter muito mais atenção até na imprensa.

É medieval, porque você mantém a menstruação como um tabu e a feminilidade, enfim, as questões da mulher

como coisas que não podem ser tratadas nem pelas próprias mulheres.

Então, é uma visão de mundo ultrapassada.

E que tá aí, né? E que é vivenciada por isso, por 4 milhões de meninas que não têm acesso

nas escolas a absorventes e outros itens.

Quem tem chamado muita atenção pra esse efeito coisas é a deputada Tabata Amaral, né?

Ela que fez o projeto pela distribuição dos absorventes, né?

É uma marca do mandato dela.

Desculpa, tem um número aqui que é inacreditável, que é a quantidade de mulheres que deixaram de trabalhar

porque não tinham absorvente é duas vezes a população do Salvador.

É inacreditável, né?

É chocante. É um problema de saúde pública, de... teria fácil solução.

Como já virou comum falar, se fosse homem que menstruasse já tinha resolvido esse problema faz muito tempo, né?

Sim.

Exatamente.

Sim.

Bom, a gente encerra assim o número da semana.

No terceiro bloco nós vamos falar de economia, de banco central.

A gente já volta.

Oi, aqui é o Tiago Rogero.

E eu tô aqui pra te convidar a ouvir o episódio desta semana do Rádio Novelo Apresenta,

que se chama O que Há Num Nome?

A primeira história é sobre o curioso hábito que algumas pessoas têm de apelidar eletrodomésticos.

Um monte de gente fica dando nome pra robozinha aspirador, por exemplo.

Outra história é sobre o fato da gente estar falando errado.

Há séculos, o nome de duas personalidades importantes pra história do Brasil.

E por fim a gente conta a história de uma mulher que descobriu uma palavra bomba que mudou tudo na vida dela.

E assim, não é modo de dizer. Mudou tudo mesmo.

Quando terminar de ouvir o foro, procura a gente aí.

Rádio Novelo Apresenta.

Toda quinta, um episódio novo.

Muito bem, Thaís Bilenk.

Começamos com você.

A indicação do Gabriel Galípolo, número 2 do Fernando Haddad,

para a diretoria de política monetária do Banco Central,

como se sabe, é vista como um passo para que ele assuma o banco

no momento em que o mandato do Campos Neto acabar.

Você andou apurando aí a relação dele com o Haddad.

Queria que você contasse o que você descobriu.

O Fernando Haddad está enfrentando um terremoto e não é político.

É verdade, ele acordou às quatro horas da manhã, de quarta para quinta-feira no Japão,

onde ele foi para participar do G7, com as sirenes altíssimas.

Foi um tremor de cerca de 10 segundos que alarmou o Japão, só se fala nisso lá.

Ninguém está falando do Haddad lá, nem do Galípolo, só do terremoto.

Por que será?

Ninguém dormiu mais.

Enfim, mas não que no Brasil as coisas estejam calmas para o Haddad.

Mas está tudo bem, não aconteceu nada, foi só um tremor.

Eles se assustaram porque acordaram no meio da noite com isso.

Bom, o Haddad indicou o Galípolo para essa diretoria de política monetária,

a mais importante do Banco Central.

Agora ele vai ser aprovado, deve ser pelos senadores, um dos diretores do COPOM.

Então ele não tem poder de mudar a taxa de juros.

O COPOM é formado por oito diretores e o presidente do Banco Central.

Ele e mais um foram indicados para o governo agora,

então mesmo assim são dois, eu já vou chegar na matemática.

O que eu quero dizer?

Que a intenção número um é pressionar o Campos Neto, uma pressão a mais,

dar um calorzinho no Campos Neto nesse objetivo do governo de baixar a taxa de juros.

A intenção número dois é posicionar ele para a sucessão do Campos Neto.

O mandato dele acaba no final de 2024, um ano e meio pela frente ainda, portanto.

O Haddad, ao anunciar o Galípolo, disse que ouviu pela primeira vez a ideia de ter o Galípolo no Banco Central.

No Banco Central ele ouviu da boca do Campos Neto.

Ele ouviu isso da boca do Campos Neto no almoço que os dois fizeram a sós, só os dois, na Índia.

E nessa mesma conversa, segundo eu apurei, o Campos Neto sugeriu que eventualmente,

talvez, quem sabe, poderia até antecipar a transição dele, ou seja, sair um pouco antes

para facilitar o caminho do Galípolo caso as coisas caminhassem nesse sentido.

Essa história circula no Ministério da Fazenda, pode se concretizar ou não,

mas de efeito imediato mesmo não se espera nada, porque o COPOM é formado por oito diretores,

o Governador Lula indicou dois, tem mais dois para indicar em dezembro,

com isso o governo ficaria com quatro diretores, ainda não formaria a matemática.

Tem uma diretora do Banco Central, que é a Carolina Barros, que o Haddad percebeu

que tem ali uma possibilidade de convencimento maior e aí, nesse caso,

quando tiver quatro diretores indicados pelo governo, pode ser que em dezembro

ele conforme maioria para baixar os juros para a Fazenda, antes disso não existe possibilidade

da Selic baixar antes de dezembro, e dezembro ainda com otimismo, isso é na visão da Fazenda.

Tem também um motivo menos público, que não vai ser admitido, que é o fato de o Galípolo

ter um protagonismo muito grande, como número dois no Ministério da Fazenda,

como secretário executivo, muito ambicioso, inclusive politicamente, dá muita entrevista,

então é também uma forma de solucionar essa questão, essa saída dele.

Curiosidades, o Haddad e o Galípolo moram no mesmo hotel em Brasília e fazem ginástica juntos

às seis horas da manhã, todo dia se encontram, o Galípolo é todo piadista,

a relação deles é muito boa, obrigada, não tem nada público sobre essa situação,

mas a situação é mencionada também. E também a relação do Galípolo com o Roberto Campos Neto,

o Galípolo já falou isso várias vezes, é muito bom, eles se falam quase todo dia,

eles têm uma boa relação, o Roberto Campos Neto parabenizou o Galípolo pela indicação,

disse que o Banco Central é um lugar muito bom para se trabalhar,

mas de toda forma, de objetivos práticos mesmo, o governo só espera algo para o ano que vem.

No mercado, eu ouvi de analistas que existe uma expectativa de baixar os juros antes,

antes mesmo da previsão da Fazenda, lá por agosto ou setembro,

a depender de como anda a economia e a aprovação do marco fiscal no Congresso

é importantíssima para isso acontecer, para isso se concretizar.

O marco fiscal deve entrar em votação no Congresso na semana que vem,

essa é a previsão do Lira, o Lira está empenhado nisso e o Lira está empenhado também

em dizer para o governo que não adianta ele querer reverter as reformas liberais

que foram aprovadas nos últimos anos. E daí a explicação que eu ouvi de um político

experientíssimo sobre esses ataques reiterados do Lula ao Roberto Campos Neto

e a taxa de juros estratosférica do Brasil. O que esse político fala é que o Lula

não tem expectativa, num curto médio prazo, de baixar juros, ele bate, ele critica

e ataca o Roberto Campos Neto porque ele sabe que vai ter que apertar as contas,

contingenciar se precisar e aprovar um pacote austero, mais austero do que talvez

o governo tenha proposto, então ele precisa também acenar para o eleitorado mais de esquerda,

para a base, para os, enfim, deputados de esquerda, mas na prática a expectativa

é algo mais duro. A moral da história do que a Thais acaba de dizer é que o Galípolo

é o candidato a se tornar o alvo do governo nos dois últimos anos de mandato.

É um pouco esse o resumo da ópera e essa informação que a Thais deu assim,

a ampaçã de uma certa, apesar da ginástica junta às seis horas da manhã,

tal de um certo desconforto, vamos dizer assim, não é briga, mas o estilo do Galípolo

ocupando os espaços, tudo, atrapalha um pouco, incomoda um pouco o Haddad

que também gosta de ocupar os espaços e tudo.

E o Galípolo, como diretor de política monetária do Banco Central,

uma das funções mais técnicas de Brasília, já começou a possível,

o possível exercício do cargo, ele não foi nem aprovado ainda, nem sabatinado,

nem nada, mas já está dando entrevista, é a primeira vez que um diretor de política monetária

já começou dando entrevista às suas atividades.

O Galípolo era o banqueiro, entre parências, que era o banqueiro que foi no Natal dos catadores.

É, essa história que a gente contou aqui.

Mas tem uma diferença fundamental do Galípolo para os atuais diretores de política monetária

recentes do Banco Central, ele não estudou na PUC do Rio, é o contrário.

Ele tem uma formação muito mais heterodoxa do que os ortodoxos frequentadores da PUC do Rio.

E é muito inteligente, persuasivo, bem formado.

Sem dúvida.

Capacitado, enfim.

Volto de novo com a relatora, não tenho muito mais a acrescentar sobre essa questão do Banco Central.

A relatora está arrasando.

Ele falou voto com a relatora no bloco passado e abriu a divergência, só para registrar, mas não faz mal.

Vamos ver agora qual é a divergência.

Não, não, não tem nenhuma divergência.

Eu concordo, acho que é exatamente isso.

A Thais resumiu muito bem a ópera.

O que eu tenho a acrescentar apenas é que o cenário desse governo Lula macroeconômico

é muito diferente do cenário dos mandatos anteriores.

E, portanto, os instrumentos que o Lula usou para ter um bom desempenho na economia

e alcançar uma popularidade recorde na história dos presidentes do Brasil

não vão funcionar, pelo menos não vão funcionar com a mesma eficácia que funcionaram nos dois primeiros mandatos.

Saiu nessa quinta-feira um estudo do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira

da Fundação Getúlio Vargas aqui de São Paulo, escrito pelo Lauro Gonzales, João Pedro Haddad e Júlio Leandro,

mostrando os limites do crédito, especialmente do crédito pessoa física atualmente no Brasil.

A gente já bateu no teto.

Não tem mais por onde emprestar, dar crédito para pessoa física,

tirando aquele crédito bom e desejável, como, por exemplo, o crédito habitacional, que esse continua baixo.

Mas o crédito de cartão de crédito, o crédito do consignado, esse crédito para consumo, está nos píncaros da glória.

Ou seja, não dá para aumentar mais, não vai ser por aí que o Lula vai conseguir trazer as pessoas

numa situação desconfortável econômica para uma situação de conforto financeiro.

A consequência desse super acesso ao crédito e de um crédito ruim, que cobra juros altíssimos e escorxantes,

é que você tem 70 milhões de pessoas negativadas no Brasil.

Tem acesso ao crédito negado porque não pagaram suas dívidas.

A gente tem uma taxa de uso de cartão de crédito de 60%, que é maior do que a média dos países de alta renda, que é 51%.

Está vivendo de rolar a dívida do cartão de crédito, que é a pior dívida que ele pode ter.

Antigamente era o cheque especial, agora é o cartão de crédito, são juros inacreditáveis.

Então, a conclusão é meio clara, cristalina.

Quer dizer, pelo lado da demanda, dizem eles aqui, o crédito ao consumo provavelmente se expandiu

como forma de mitigar os efeitos negativos da estagnação de renda e do aumento da informalidade.

Ou seja, o crédito hoje virou um complemento de renda.

E pelo lado da oferta, a falta de crédito imobiliário e a queda do crédito de pessoa jurídica, que é pior.

Quer dizer, você justamente teria que estar incentivando o crédito para a construção civil,

para a pessoa ter acesso à moradia, tem um déficit habitacional gigante no Brasil,

e dar crédito para a empresa, dar juros baratos para elas investirem, gerarem emprego e aumentarem a renda.

Essa é a dinâmica desejável.

Agora, não resolve o problema, você mitiga a falta de renda com um crédito caro, insustentável,

que transforma as pessoas em devedoras, inadimplentes.

Então, esse modelo dançou, acabou.

O governo vai precisar fazer uma política muito mais estruturada,

acho até que o caminho que eles estão apontando é esse,

mas os efeitos para serem colhidos são muito mais demorados.

Não bate com o calendário eleitoral, talvez.

Muito bem, então a gente encerra o terceiro bloco do programa.

Temos um rápido intervalo e na volta, Kinder Whale.

O filme de Léa Mizzius acompanha o passado de uma família repleta de segredos incendiários.

O mistério está solto em um enredo de desejo, preconceito e vingança.

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Muito bem, momento Kinder Ovo.

Muito a expectativa, tensão entre os concorrentes.

Solta aí, Mari.

Todo mundo só fala bem de Rita Linda, não aparece uma pessoa para dizer

aquela filha da puta, aquela cachorra sem vergonha,

passou na minha porta, bulinho com meu filho, roubou a sua minha.

Arrasou, frações de segundos ele ganha.

Ninguém tem isso para dizer da Rita Linda.

Tem o detalhe de ela ser uma das raras pessoas honestas do mundo todo.

Não é negócio da música.

Tom Zé.

Rita Li.

Rita Li.

Eu perdi, mas todos ganhamos com esse Tom Zé sobre a Rita Li.

Todos ganhamos.

Boa.

Eu vou fazer que nem jogador de futebol no final da partida.

Queria dividir esse prêmio com a equipe.

Não rebaixa sua vitória, Fernando.

Jogador de futebol, diante desse escândalo das betes, também baixa.

Melhor não fazer essa comparação.

Não tem moral nenhuma.

É verdade.

Agora é o seguinte, o Toledo se comprometeu a fazer uma serenata de Rita Li,

então ao final do programa será cobrado.

Certo, Fernando?

Um sarau.

Um sarau.

Uma apresentação.

Dia 30 de fevereiro de 2024, está marcado.

Nós tivemos dificuldade, inclusive, de começar a gravação,

porque ele estava no violão.

Eu queria parar.

É mania de vocês.

Essa não escapa.

Mania de vocês.

Bom, é a homenagem que a gente faz, mínima homenagem que a gente faz para a Rita Li.

Enfim, ficamos todos abalados, essa que é a verdade, com a morte da Rita Li.

Como diria o outro, a Rita levou meu sorriso, no sorriso dela, meu assunto.

Sim.

É isso.

Então, para registro aqui no programa, quem falou foi o cantor, compositor,

Tom Zé, no extra do DVD Ovelha Negra, que integra uma série sobre a carreira de Rita Li.

É isso?

Olha, eu nem tenho esse DVD, nem se usa mais DVD.

Não se usa mais.

Onde você põe seu DVD?

DVD da minha época.

Fomos ultrapassados pela história.

Tem que mandar o aparelho junto.

Mandar o aparelho.

Pior que eu tenho aparelho de DVD, mas está lá.

Você acha que tem, ele já quebrou, você nem se percebeu.

Exato, exato.

Mas é isso.

O cara falar que tem um aparelho de DVD em casa, é pior dizer que tem uma coleção de CDs.

É porque o CD já é retro, é vintage.

Eu tenho coleção de CD também.

Eu também, sabe? É chique.

Bom, depois desse momento Kinder Ovo especial, vamos para o Correio Elegante.

Que é sempre especial, né?

Versão populista, sempre especial.

São vocês, isso daí.

Bom, eu vou começar com o Marcos Fidelis.

Que mandou, segundo a produção, uma longa carta com drama, suspense e toques novelescos.

Mas a Mari avisa a gente que teve que encurtar a história para caber no programa.

Ele diz o seguinte.

Em 2016, eu trabalhava na Câmara dos Deputados e conjuntei me preparar para um possível concurso para o Senado.

Pela estabilidade, bom salário, etc.

Um detalhe que eu trabalhava no mesmo corredor dos Bolsonaro, pai e filho.

Que tinham unido gabinetes contigos.

E a fachada era decorada com cartaz de cartolina e pôsteres sobre kit gay.

Mas voltando ao concurso, um amigo me indicou um cursinho de um pessoal de Brasília

que anunciava uma metodologia de resultado garantido.

O aluno teria um mentor personalizado e passaria por leituras e questões semanais

e as avaliaria ao longo da preparação.

Os professores do curso eram quase todos ex-militares aprovados nos concursos mais disputados no país.

Me inscrevi, soube que meu mentor seria um dos sócios da empresa.

Estranhei.

Só que mais perto da aula acabei desistindo.

Corta para o governo Temer.

E meu ex-mentor estava no jornal assumindo uma secretaria.

Dois anos depois, ele foi anunciado ministro e em 2022 eleito governador de São Paulo.

Quando é que aquele mentor Tarcísio de Freitas cogitaria que em seis anos seria cotado para liderar a direita no Brasil?

E a sua esposa, a secretária do cursinho, a primeira dama de São Paulo?

Ou seja, para ser governador de São Paulo você tem que ter sido professor de cursinho,

porque Alckmin, Tarcísio, é isso. Essa é a moral da história.

Nossa, é uma história ótima.

O Haddad foi querer ser professor de universidade e se ferrou, tá vendo?

Bom, eu vou ler o bilhete do Renato Harmonim, não vou ser.

Trinta e nove semanas e meia de gestação e nada da nossa pequena Mariana querer nascer.

E, para matar o tempo, minha querida Beatriz fazia palavras cruzadas.

Ao deparar-se com a questão tipo de governo no qual o chefe de estado é o mais despreparado,

de pronto, como se fosse uma disputa de Kinder Ovo, bradeia em voz alta.

Caxiocracia!

Que era de fato a resposta certa.

Provavelmente animada com o meu acerto, poucas horas depois iniciaram-se as contrações

e nossa Mariana nasceu naquela madrugada para iluminar nossas vidas.

E, por meio da Alexia, ela também escuta o foro durante as trocas de fralda.

Um abraço a todos vocês, PS. Acho que o editor das palavras cruzadas também ouve o foro.

Eu também acho. Com certeza.

Quem que pôria a caxtocracia nas palavras cruzadas e não ouve?

José Roberto de Toledo é um parteiro da história.

É verdadeiro que é um parteiro da história. Felicidades.

Bom, e por falar em ouvir o foro de Teresina, a Natália Arantes voltou,

depois de um tweet de sucesso que já tinha sido lido aqui no foro, com um e-mail.

Um e-mail muito bacana.

Queridos, sou fã assídua e ouço o foro com tanta dedicação que obriguei minha mãe

a ouvir um episódio enquanto estava me visitando.

Diz que na minha casa a gente ouve o programa bem alto no sábado de manhã.

Ela gostou e foi assim que o tweet surgiu.

Ela realmente me perguntou como fazer para ouvir todas as semanas.

Funcionou, tá? E a campanha do Toledo também,

porque ela não só ouve o foro de Teresina, como indica e ensina para as amigas a ouvirem.

Acho que, dado o sucesso da missão, posso pedir um opa, um salve e um beijo

muito especial para minha mãezinha, de quem morro de saudade todo dia, desde que mudei.

Um feliz dia das mães para minha e para todas as mamães que fazem e ouvem o foro de Teresina.

Desejo o futuro melhor que o Piauí ajude a construir para todas nós.

Abraços. Muito bom. Aí as mães de Teresina.

Conseguiu emplacar a mãezinha dela.

A Natália Arantes. E a mãe. A mãe da Natália.

A mãe da Natália. Um beijo, feliz dia das mães.

E para as mães, eu desejo de presente de dia das mães, um valenite para todas as mães,

que é mais importante a noite das mães do que o dia.

O foro de Teresina é composto por mães e filhos das mães.

Valenite. Perdemos a Thaís Bileng, Toledo. Valenite.

Esse valenite dela vai durar. Por isso que ela chegou atrasada hoje para gravar o foro.

Thaís foi vista pela última vez, usufruindo do seu valenite.

Do seu noite das mães. Muito bem. Acabamos, né? Acabamos.

Já deu. A gente vai fazer alguma coisa da Rita Lee?

Acho que tem que tocar. Vamos fazer uma votação aí. Eu voto em Ovilha Negra.

Era mania de você que você tinha votado. Você está mudando a vida, cavaca.

Vocês podiam escolher qualquer música para eu tocar da Rita Lee, desde que fosse mania de você.

Mania de você. Cadê seu violão?

Não, está ali. Pega lá.

A gente faz backing vocal, né, Fernanda? A gente faz backing vocal. O meu som sumiu. Você faz backing vocal.

O meu som sumiu, só que eu estou te ouvindo.

O cara toca violão. Ele é jornalista por... Você tem que... Não pode esconder o violão.

Mostra.

Está dando a sua vez?

Não?

De suor, de tanta gente ser queixou. De tanta gente ter nada. Loucura.

A gente faz amor.

Aê! Ela merece a Rita Lee. O cara é um sucesso.

José Roberto de Toledo, arrasante.

Agora vocês entenderam porque eu fui fazer jornalismo, né?

Arrasou.

Você vê, Thaís, o talento do cara. Multitalento.

Ele é esgotável. Quando você acha que acabou, tem mais um.

E a gente achando que ele era apenas um jornalista de dados.

Domina as notas. Muito bem, Zé.

Grande Rita Lee. Foi uma das mortes que mais repercutiu, que eu me lembro. E muito impressionante os relatos todos.

Realmente foi o... A Rita tinha uma dimensão que todo mundo sabia, mas parecia que estava combinado que ninguém ia comentar com a expressão toda que ela tinha.

E que veio à tona agora.

É verdade. É verdade.

Luminosa. Vida luminosa.

Desculpa, tem uma história inacreditável. Não sei se vocês leram.

Saiu no Guardian, dizendo que numa festa, o agora rei, Charles III, pediu, não, pega, põe um disco da Rita Lee.

E botaram pra tocar o disco e ele sabia de cor as músicas.

Então a rainha, ela foi rainha antes do Charles ser rei.

Olha isso, genial. Não ouvi essa história.

Saiu no Guardian, né? Não sei se dá pra confiar. É o melhor jornal da imprensa europeia, mas tudo bem.

Não, eu também ouvi isso.

Muito bem, a gente vai terminando assim o programa de hoje.

Se você gostou, não deixe de seguir. Se você gostou do violão do Toledo, dá 5 stars pra ele.

Vai criar um monte de uma estrelinha agora.

Faz uma pergunta pra gente no Spotify.

Você pode seguir também a gente no Apple Podcast, na Amazon Music, favoritar na Deezer e se inscrever no Google Podcast, no Cashbox ou no YouTube.

O Foro de Terezinha é uma produção da Rádio Novelo para a revista Piauí com a coordenação geral da Evelyn Argenta.

A direção é da Mari Faria, a produção do Marcos Amoroso.

O papel de produção é da Bárbara Rubira. A edição é da Evelyn Argenta e do Tiago Picado.

A finalização e a mixagem são do Luiz Rodrigues e do João Jabás, do Pipoca Sound.

Jabás que é também o intérprete da nossa melodia tema, composta por Vânia Salles e Beto Boreno.

A nossa coordenação digital é feita pela Fecriz Vasconcelos e pela Bia Ribeiro.

A checagem do programa é do João Felipe Carvalho e a ilustração no site do Fernando Carvalho.

O Foro foi gravado nas nossas casas em São Paulo e eu me despeço dos meus amigos José Roberto de Toledo.

Eu quero me despedir de vocês, foi muito bom, foi inarravável esse encontro, mas o meu recado final é pro João Jabás,

pedindo pra ele, pelo amor de Deus, ligar o autotune na hora de mixar o programa, pra eu aparecer no mínimo, pelo menos minimamente afinado.

Coisa mais linda. Está aí a missão para o João Jabás.

Taís Bilencki, você também está comovida como eu, Taís?

Eu estou comovida, mas eu jamais pediria uma tarefa como essa pro João Jabás.

Então é isso, gente. Programa dedicado à memória da grandissíssima Rita Ali.

Boa semana a todos e até a semana que vem.