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Porta Dos Fundos 2016, INDIGNADO

INDIGNADO

[Repórter] ─ Estamos ao vivo aqui da comunidade do Cumburió com o morador,

o senhor Djalma Lopes que veio relatar um episódio lamentável de violência urbana.

Seu Djalma o que aconteceu?

[Morador] ─ Primeiramente porra fala para vocês que eu sou nascido e criado aqui, tá ligado?

Porra, um morador pai de família mesmo, sofri violência ali na rua de baixo.

[Repórter] ─ Mas, o que que houve?

[Morador] ─ Houve que a gente tava, porra, na boa bebendo ali, entendeu?

Como a gente sempre bebe de vez em quando de segunda a sexta ali parado com os amigos, porra

todo mundo bebendo uma cervejinha, fumando uma maconha, então tem os amigos que até que gosta de cheira mesmo,

pararam um maluco com a porra de um carro piscando alto para caralho gritando com a gente.

Falei: - Que porra e essa maluco? Ele: Porra vamos embora! Eu falei: vamos embora para onde? Vamos para onde irmão?

Algemaram a gente, tapa na cara, bico na costela. Soltaram a gente em Irajá, ali na altura da Av.Brasil ali.

Porra! Todo mundo machucado, arrebentado, eu te falo. Até a Katia viu, a minha mulher ali olhando.

Tá apavorada.

[Repórter] ─ É realmente é lamentável, mas você conhece esses agressores?

[Morador] ─ Não conheço senhora. Não conheço, só vi que os malucos tava com uma roupa azul,

a roupa toda bordadinha, entendeu? Os malucos com capizinho

Porra os malucos são até que abusados vou de falar que tava com o nome na camisa. Foda-se não tão nem querendo saber.

Com a porra de um cassetete desse tamanho no lado esquerdo e a pistola do lado direito, fiquei olhando para pistola dele e falei

É hoje que eu vou morrer!

Graças aí ao meu Deus, porque eu sou da Assembleia de Deus,

graças aí ao meu Deus que me protegeu nessa hora. Nesse momento eu agradeço a oração dos irmãos.

[Repórter] ─ Seu Djalma, pelo o que o Senhor tá descrevendo, era a polícia!

[Morador] ─ Não, a polícia não, policia a gente pensou em chama, mas nessas horas nunca aparece. Os malucos são marginais mesmo,

tu acha que a polícia vai pega o maluco que e preto, que e vagabundo?

Vagabundo porque não tem trabalho ainda, sentando no bar bebendo com a gente,

fumando maconha, vai leva?

Isso é coisa de marginal, marginal que leva!

[Repórter] ─ Então, é a polícia!

[Morador] ─ É.... É a polícia que fez isso?

Então tamo vivendo e aprendendo. Que eu imaginei... tu me faz até pensa sabe o quê?

Então os malucos du-du-du da roupa bege com caminhãozão vermelho então que... caralho, fiz merda!

Bombeiro?

Bombeiro! Pô, sabia que isso era bombeiro não.

Porque tava pegando fogo outro dia aqui na casa do Kléber, nosso amigo.

Que aqui na comunidade a gente ajudar um ao outro.

Começou a pegar fogo pegando vários ba-balde de agua e jogando, jogando,

Acabo que esses malucos do bombeiro, pararam do lado, encostaram e começaram a pegar o móvel e ir tirando,

Eu falei: vou saber que essa porra é bombeiro! Metemos lá porrada achamos que era ladrão, achamos que era a gangue da van branca porra!

Caralho fiz merda mesmo.

[Repórter] ─ A gangue da van branca e aquela que chegar e tira uma maca de madeira coloca alguém em cima e bota de novo na van?

[Morador] ─ Isso ai, isso ai! Ela conhece! O povo brasileiro conhece, essa porra tem que acabar de van branca, irmão!

Outro dia um amigo meu caiu ali de moto, os malucos em cinco minutos chegaram, encostaram,

botaram o maluco nessa porra de cama de madeira e sumiram com o maluco e nunca mais voltou.

Não sei até hoje onde ta! A gangue da van branca, vamos acabar com essa porra! Alô Prefeito!

[Repórter] ─ Seu Djalma, é ambulância!

[Morador] ─ Brulância?

[Repórter] ─ Ambulância!

[Morador] ─ Sáporra mesmo! Tem que acabar! todos contra brulância, todos contra, vamos acabar com essa porra!

[Repórter] ─ Voltamos daqui a pouco ao vivo daqui da comunidade

[Morador] ─ Não! Voltamos rapidinho que vou aproveita a oportunidade de o jornalismo ta aqui, que porra que nem água chega aqui quando mais jornalismo!

E aproveita e fala para vocês: Alô, rapaziada que usa aquela porra daquela camisa laranja lá, abróba

ou sei, lá que porra e aquela que fica desfilando lá no carnaval, irmão,

essas porra depois que acaba o carnaval fica tudo solto por aqui catando o nosso lixo, limpando nossa calçada, tudo espalhado pela rua.

Vai arrumar uma porra para fazer!

Vai arrumar um lugar para morar, prefeito novamente, arruma um lugar para esses caras! irmão.

Graças a Deus, mandar um abraço pro meu Pastor!

[Reporter ] ─ Evaristo!

[Morador] - Sai, sai desgraça

Ei! sai daqui desgraçado!

Safado, vai colocar papel na cadeia, era um amarelão Kátia.

Safado!


INDIGNADO INDIGNED

[Repórter] ─ Estamos ao vivo aqui da comunidade do Cumburió com o morador,

o senhor Djalma Lopes que veio relatar um episódio lamentável de violência urbana.

Seu Djalma o que aconteceu?

[Morador] ─ Primeiramente porra fala para vocês que eu sou nascido e criado aqui, tá ligado?

Porra, um morador pai de família mesmo, sofri violência ali na rua de baixo.

[Repórter] ─ Mas, o que que houve?

[Morador] ─ Houve que a gente tava, porra, na boa bebendo ali, entendeu?

Como a gente sempre bebe de vez em quando de segunda a sexta ali parado com os amigos, porra

todo mundo bebendo uma cervejinha, fumando uma maconha, então tem os amigos que até que gosta de cheira mesmo,

pararam um maluco com a porra de um carro piscando alto para caralho gritando com a gente.

Falei: - Que porra e essa maluco? Ele: Porra vamos embora! Eu falei: vamos embora para onde? Vamos para onde irmão?

Algemaram a gente, tapa na cara, bico na costela. Soltaram a gente em Irajá, ali na altura da Av.Brasil ali.

Porra! Todo mundo machucado, arrebentado, eu te falo. Até a Katia viu, a minha mulher ali olhando.

Tá apavorada.

[Repórter] ─ É realmente é lamentável, mas você conhece esses agressores?

[Morador] ─ Não conheço senhora. Não conheço, só vi que os malucos tava com uma roupa azul,

a roupa toda bordadinha, entendeu? Os malucos com capizinho

Porra os malucos são até que abusados vou de falar que tava com o nome na camisa. Foda-se não tão nem querendo saber.

Com a porra de um cassetete desse tamanho no lado esquerdo e a pistola do lado direito, fiquei olhando para pistola dele e falei

É hoje que eu vou morrer!

Graças aí ao meu Deus, porque eu sou da Assembleia de Deus,

graças aí ao meu Deus que me protegeu nessa hora. Nesse momento eu agradeço a oração dos irmãos.

[Repórter] ─ Seu Djalma, pelo o que o Senhor tá descrevendo, era a polícia!

[Morador] ─ Não, a polícia não, policia a gente pensou em chama, mas nessas horas nunca aparece. Os malucos são marginais mesmo,

tu acha que a polícia vai pega o maluco que e preto, que e vagabundo?

Vagabundo porque não tem trabalho ainda, sentando no bar bebendo com a gente,

fumando maconha, vai leva?

Isso é coisa de marginal, marginal que leva!

[Repórter] ─ Então, é a polícia!

[Morador] ─ É.... É a polícia que fez isso?

Então tamo vivendo e aprendendo. Que eu imaginei... tu me faz até pensa sabe o quê?

Então os malucos du-du-du da roupa bege com caminhãozão vermelho então que... caralho, fiz merda!

Bombeiro?

Bombeiro! Pô, sabia que isso era bombeiro não.

Porque tava pegando fogo outro dia aqui na casa do Kléber, nosso amigo.

Que aqui na comunidade a gente ajudar um ao outro.

Começou a pegar fogo pegando vários ba-balde de agua e jogando, jogando,

Acabo que esses malucos do bombeiro, pararam do lado, encostaram e começaram a pegar o móvel e ir tirando,

Eu falei: vou saber que essa porra é bombeiro! Metemos lá porrada achamos que era ladrão, achamos que era a gangue da van branca porra!

Caralho fiz merda mesmo.

[Repórter] ─ A gangue da van branca e aquela que chegar e tira uma maca de madeira coloca alguém em cima e bota de novo na van?

[Morador] ─ Isso ai, isso ai! Ela conhece! O povo brasileiro conhece, essa porra tem que acabar de van branca, irmão!

Outro dia um amigo meu caiu ali de moto, os malucos em cinco minutos chegaram, encostaram,

botaram o maluco nessa porra de cama de madeira e sumiram com o maluco e nunca mais voltou.

Não sei até hoje onde ta! A gangue da van branca, vamos acabar com essa porra! Alô Prefeito!

[Repórter] ─ Seu Djalma, é ambulância!

[Morador] ─ Brulância?

[Repórter] ─ Ambulância!

[Morador] ─ Sáporra mesmo! Tem que acabar! todos contra brulância, todos contra, vamos acabar com essa porra!

[Repórter] ─ Voltamos daqui a pouco ao vivo daqui da comunidade

[Morador] ─ Não! Voltamos rapidinho que vou aproveita a oportunidade de o jornalismo ta aqui, que porra que nem água chega aqui quando mais jornalismo!

E aproveita e fala para vocês: Alô, rapaziada que usa aquela porra daquela camisa laranja lá, abróba

ou sei, lá que porra e aquela que fica desfilando lá no carnaval, irmão,

essas porra depois que acaba o carnaval fica tudo solto por aqui catando o nosso lixo, limpando nossa calçada, tudo espalhado pela rua.

Vai arrumar uma porra para fazer!

Vai arrumar um lugar para morar, prefeito novamente, arruma um lugar para esses caras! irmão.

Graças a Deus, mandar um abraço pro meu Pastor!

[Reporter ] ─ Evaristo!

[Morador] - Sai, sai desgraça

Ei! sai daqui desgraçado!

Safado, vai colocar papel na cadeia, era um amarelão Kátia.

Safado!