SÉRGIO ASSAD o VIOLÃO BRASILEIRO consagrado NO MUNDO - entrevista por DANILO BRITO (3)
tocamos com - estava lá o Altamiro, também,- tocamos com o Altamiro, tocamos com o Jacob.
Ele gostou muito, falou "Vocês vão comigo".
Imagina, doze anos de idade, subindo no teatro Record, aquele teatro cheio.
A estreia... "Pô, não quero outra vida!" [risos]
"É isso que eu quero fazer da vida!" Foi maravilhoso!
Ao lado de Jacob do Bandolim, Altamiro Carrilho. Que beleza!
Que beleza!
O Sérgio vem de uma família de músicos
e cresceu na música, os irmãos músicos, Badi Assad,
grande musicista, um dos maiores nomes de nossa música, também,
irmã de Sérgio, vocês já sabem da dupla com Odair.
Mas você também é pai de Clarice.
Como é que você sente isso?
Essa carreira brilhante?
Eu sei que é claro que perguntar o negócio desse,
obviamente, você está muito orgulhoso disso.
Mas a carreira brilhante que sua filha faz como musicista...
Parodiando o pai de Paulinho da Viola, "Minha melhor criação foi a Clarice!"
A Clarice é um assombro como musicista.
Mas eu vi aquilo brotando.
Com quatro anos de idade, ela já conseguia criar canções.
Eu comecei empurrando um pouquinho, você sempre ajuda primeiro e tal.
A segundo pega um pouquinho no tranco, a terceira ela já foi sozinha!
E foi criando coisas ela mesma.
Tudo de ouvido, um ouvido fabuloso.
A Clarice não decolou nessa história de "vou ler, vou aprender", durante muitos anos.
Ela acabou indo estudar nos Estados Unidos.
Ela já tinha 18 anos, com uma bagagem enorme, mas tudo de ouvido, ela não sabia ler.
Chegou lá, ela entrou numa escola
para fazer música erudita, né?
Ela teve que... mas os professores percebiam, né?
Tinham um tempo para dedicar a ela separadamente.
"Você precisa de um apoio aqui."
Também aprendeu rápido! Ela saiu de aluno
meio médio, a melhor aluno da turma.
Acabou fazendo mestrado em composição.
Virou uma orquestradora dessas, realmente, de você tirar o chapéu.
Que beleza!
Obrigado, Sérgio, por isso!
Ela está agora em grande evidência, escrevendo para grandes orquestras.
- Maestrina! - Motivo de um orgulho incrível!
E é gostoso quando junta... É muito raro juntar a família toda...
Os filhos da Dona Ica. A gente tinha um irmão mais velho.
Jorge, também, cujo apelido era Cito.
Grande pandeirista, que nos deixou muito cedo.
E quando ele foi embora, eu compus uma música
que não tinha palavras.
Não tinha... Eram coisas que vieram do fundo do coração
para ele, em sua memória.
Mas há pouco tempo, não muito tempo, durante a pandemia,
eu pedi à Clarice, a minha filha, que botasse uma letra.
Então, virou uma música em homenagem ao CIto,
chamada Menino, com a letra da Clarice.
A gente juntou a família toda, quando se podia, meu pai ainda era vivo...
Aquilo foi um ato de coragem, porque,
meus pais aqui no interior de São Paulo,
Eu queria que eles vivenciassem um pouco daquilo que a gente sabia, fazer tour...
Ir nos teatros e tudo...
E a gente acabou fazendo uma turnê nos Estados Unidos, e lá foi meu pai, minha mãe.
Completamente amadores, né?
E a estreia deles foi
no Metropolitan Museum, no Museu Metropolitano de Nova Iorque.
Foi a estreia! A gente fez uma turnê, uns dez concertos, a gente viajou pelos Estados Unidos, bem...
E não decepcionaram!
E meu pai morria de medo, né?
Eu me lembro dos bastidores, "Quando é que a gente entra? Quando é que a gente entra?"
Mas não decepcionou... É de raça mesmo. [risos]
Agora minha mãe roubava o show!
Aliás, Dona Ica, eu tive o privilégio de fazer uma serenata para ela!
Eu não sou cantor nem nada, ela, sim, é cantora!
E nós cantamos, quando eu estive aqui no festival, nós cantamos ao luar.
"A lua vem surgindo cor de prata..."
Ela começou a cantar, também, a gente na calçada...
Que beleza! Grande figura!
Mas foi muito legal!
E aquilo foi registrado. Existe um DVD daquilo, muito bonito.
Foi feito no momento certo.
Porque um ano a mais, outro, não teria dado certo.
E ficou o registro aí.
Dona Ica está fazendo aniversário?
- Esse dia 31, 92 anos. - Que beleza!
E agora ela tem medo de cantar...
Diz que ficou mais rouca e tal...
Ela não tem mais o controle, né? Mas se não tiver muitos altos e baixos, ela canta muito lindo ainda
É sempre um prazer.
Eu fico provocando a memória dela.
Ela canta aquelas coisas de quando ela tinha dez anos de idade.
Com essa história do YouTube, você tem tudo ali.
Eu vou procurando assim,
Orlando Silva, vou botando as coisas que ela cantava.
- Ela vai cantando... - Ah, nós cantamos um monte de Orlando Silva!
Aí, outro dia, eu coloquei Osny Silva cantando Manolita.
A letra do Manolita é um negócio assim, é uma história, parece um livro.
Ela cantou todinha! A última vez que ela cantou isso foi há 80 anos!
Que coisa, Sérgio!
Meus amigos, muito obrigado pela audiência!
É uma honra ter Sérgio Assad
como brasileiro e divulgador de nossa música.
Grande figura humana! Muito obrigado!
É um prazer tocar contigo! Danilo é um virtuose,
um instrumentista fabuloso,
mas de uma sensibilidade ímpar.
- Parabéns! - Não fale isso, não!
- Muito bacana o que você faz, muito legal! - As suas palavras me honram muito!
- Muito obrigado! - Um grande prazer!
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