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Enraizando, Triste Fim de Policarpo Quaresma - Biblioteca Enraizando #1

Triste Fim de Policarpo Quaresma - Biblioteca Enraizando #1

"Não se sabia onde nascera...

mas não fora, decerto, em São Paulo...

nem no Rio Grande do Sul, nem no Pará.

Errava quem quisesse encontrar nele algum regionalismo.

Quaresma era, antes de tudo...

brasileiro."

Obra de Lima Barreto...

"Triste Fim de Policarpo Quaresma" foi lançado em 1911 como folhetim semanal...

sendo compilado em livro em 1915...

com edição e publicação do próprio autor.

Descendente de escravos...

Lima Barreto adotou em sua obra um discurso de temática social...

criticando os poderosos e a elite de sua época.

Utilizava uma linguagem simples...

acessível ao leitor popular.

Incompreendido, o meio intelectual da época o condenou à marginalidade...

chamando-o de semianalfabeto.

Morreu aos 41 anos, internado em um sanatório, em estado de abandono e miséria.

Destino não menos trágico teve o protagonista de sua obra.

A narrativa, conduzida em terceira pessoa...

nos apresenta ao Major Policarpo Quaresma...

subsecretário no Arsenal de Guerra durante os primeiros anos da República.

Embora respeitado e querido por seus vizinhos e amigos...

estes o viam com certa estranheza por sua enorme coleção de livros sobre o Brasil...

e seu patriotismo inflamado.

Tal estranheza aumenta quando Policarpo decide aprender a tocar violão..

instrumento visto como vulgar na época...

mas que ele julgava como a expressão máxima da brasilidade.

Amante inconteste do Brasil...

a inocência de Policarpo Quaresma pode ser comparada à de Dom Quixote.

Ao sugerir que o tupi-guarani torne-se a língua oficial do país...

Policarpo tem sua idéia recusada...

e é ridicularizado.

Indignado, escreve um ofício para o Ministro do Exército...

mas, sem que perceba, o faz em tupi.

Como consequência, é considerado louco...

e internado por 6 meses em um sanatório.

Ao sair, muda-se para o interior e compra um sítio...

esperando que as terras brasileiras lhe provenham tudo de que precisa.

Acaba frustrado, pois percebe a infertilidade daquelas terras...

seus poucos cultivos são atacados por uma invasão de formigas saúvas...

e, ao recusar favor a um tenente...

os políticos locais começam a atacá-lo com diversas tributações.

Sua derrocada se dá quando estoura a revolta da Esquadra da Marinha, no Rio de Janeiro.

Policarpo volta à capital para apoiar o presidente Floriano Peixoto...

e, findado o conflito, indigna-se com o tratamento dado aos prisioneiros derrotados.

Quaresma se vê acusado de traição...

e é enviado para a Ilha das Cobras para aguardar seu triste fim...

concluindo que a pátria tão amada e defendida não existia...

e sua luta por ideais e a transformação do Brasil...

foi em vão.


Triste Fim de Policarpo Quaresma - Biblioteca Enraizando #1 Das traurige Ende von Policarpo Quaresma - Enraigrating Library #1 The Sad End of Policarpo Lent - Enraigrating Library #1 El triste final de Policarpo Quaresma - Biblioteca Enraizante nº 1 La triste fin de Policarpo Quaresma - Biblioteca Enraizando #1

"Não se sabia onde nascera...

mas não fora, decerto, em São Paulo...

nem no Rio Grande do Sul, nem no Pará.

Errava quem quisesse encontrar nele algum regionalismo.

Quaresma era, antes de tudo...

brasileiro."

Obra de Lima Barreto...

"Triste Fim de Policarpo Quaresma" foi lançado em 1911 como folhetim semanal...

sendo compilado em livro em 1915...

com edição e publicação do próprio autor.

Descendente de escravos...

Lima Barreto adotou em sua obra um discurso de temática social...

criticando os poderosos e a elite de sua época.

Utilizava uma linguagem simples...

acessível ao leitor popular.

Incompreendido, o meio intelectual da época o condenou à marginalidade...

chamando-o de semianalfabeto.

Morreu aos 41 anos, internado em um sanatório, em estado de abandono e miséria.

Destino não menos trágico teve o protagonista de sua obra.

A narrativa, conduzida em terceira pessoa...

nos apresenta ao Major Policarpo Quaresma...

subsecretário no Arsenal de Guerra durante os primeiros anos da República.

Embora respeitado e querido por seus vizinhos e amigos...

estes o viam com certa estranheza por sua enorme coleção de livros sobre o Brasil...

e seu patriotismo inflamado.

Tal estranheza aumenta quando Policarpo decide aprender a tocar violão..

instrumento visto como vulgar na época...

mas que ele julgava como a expressão máxima da brasilidade.

Amante inconteste do Brasil...

a inocência de Policarpo Quaresma pode ser comparada à de Dom Quixote.

Ao sugerir que o tupi-guarani torne-se a língua oficial do país...

Policarpo tem sua idéia recusada...

e é ridicularizado.

Indignado, escreve um ofício para o Ministro do Exército...

mas, sem que perceba, o faz em tupi.

Como consequência, é considerado louco...

e internado por 6 meses em um sanatório.

Ao sair, muda-se para o interior e compra um sítio...

esperando que as terras brasileiras lhe provenham tudo de que precisa.

Acaba frustrado, pois percebe a infertilidade daquelas terras...

seus poucos cultivos são atacados por uma invasão de formigas saúvas...

e, ao recusar favor a um tenente...

os políticos locais começam a atacá-lo com diversas tributações.

Sua derrocada se dá quando estoura a revolta da Esquadra da Marinha, no Rio de Janeiro.

Policarpo volta à capital para apoiar o presidente Floriano Peixoto...

e, findado o conflito, indigna-se com o tratamento dado aos prisioneiros derrotados.

Quaresma se vê acusado de traição...

e é enviado para a Ilha das Cobras para aguardar seu triste fim...

concluindo que a pátria tão amada e defendida não existia...

e sua luta por ideais e a transformação do Brasil...

foi em vão.