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Buenas Ideias, MARQUESA DE SANTOS: A PRIMEIRA AMANTE | EDUARDO BUENO

MARQUESA DE SANTOS: A PRIMEIRA AMANTE | EDUARDO BUENO

De um lado uma princesa, na verdade uma arquiduquesa austríaca, brilhante,

refinada, de fino trato e fria como todo o austríaco.

Do outro lado uma luso brasileira volumosa, voluptuosa, de olhos negros

esverdeados, que escrevia tudo errado, mas por linhas certas, e que era caliente.

Mui Caliente.

Essas mulheres dividiram não apenas um coração, elas dividiram também uma nação.

A sua nação. O Brasil.

Flechada, flechada. O coração de Dom Pedro foi atingido pelo cupido.

Claro que você já sabe de quem estou falando.

Você vê novela o tempo inteiro....

...e esse realmente é um caso novelesco. É o ménage à trois que abalou o Brasil.

Era o caso de adultério público mais escandaloso da história do país.

Dom Pedro I, no centro dele, galã, conquistador, e claro, galã conquistador

mesmo. Você verá um episódio dedicado a ele que virá a seguir.

Do outro lado a princesa austríaca, evidentemente a Dona Leopoldina que

também terá um episódio dedicado só ela. Porque agora nós estamos aqui para

falar exclusivamente da Domitila de Castro Canto e Mello, a mulher que

viraria a Marqueza de Santos. A mulher que viraria a cabeça do Dom Pedro I.

Pois a Domitila nasceu em 1797, mais

precisamente em 27 de dezembro de 1797, o que a torna uma capricorniana.

Obstinada, focada. Com 16 anos de idade se casou com um tal Felício Coelho Pinto.

Eles ficaram casados seis anos quando ele a encontrou se refestelando aos pés

de um fauno numa fonte em São Paulo. Deu umas facadas na mina.

Falando sério, deu uma facada nela mesmo. E aí houve um caso rumoroso e ela

encaminhou seu divórcio. Ela teve a coragem de encaminhar um divórcio e aí

em 24 de agosto de 1822 ela viria a conhecer o príncipe que mudou sua vida.

O príncipe era Dom Pedro I, que estava indo a São Paulo

e a conheceu ali porque ela era irmã de um dos seus acompanhantes um

dos guardas que o acompanhavam naquela viagem que irá resultar no

descobrimento do Bra... não, tu entendeu. Aquela viagem a São Paulo

que ia resultar na independência do Brasil. No dia em que

conheceu a Domitila, Dom Pedro a conheceu duplamente: a conheceu socialmente e

depois conheceu biblicamente. E aconteceu alguma coisa muito misteriosa ali

porque ele que teve milhões de mulheres quase que literalmente milhões de

mulheres pra não foram milhões mas foram centenas, talvez tenham sido

milhares as amantes que o Dom Pedro tinha...

Essa foi a única que ele manteve. Inclusive a levou para viver no Rio de

Janeiro, no bairro de Matar Porcos, que ela que ficava entre o centro do Rio de

Janeiro e o Palácio da Quinta da Boa Vista, onde ele morava. Mata Porcos é

hoje o bairro que hoje se chama Estácio.

Ali ela ficou morando antes de se transferir para a frente do palácio

Porque ela se tornou a amante oficial do Dom Pedro e todo mundo sabia desse caso.

O povo brasileiro adorava a imperatriz Dona Leopoldina por motivos

corretíssimos, porque ela era de fato uma mulher extraordinária, justamente

por isso o povo passou a odiar a Domitila. Mas onde é que estão as

feministas que não se erguem para defender a Marquesa de Santos, porque por

exemplo o divórcio dela. Ela era casada com esse Felício e o Dom Pedro queria

que ela se separasse. Então ele articulou e o divórcio dos

dois saiu em 48 horas. Mais rápido que soltura de filho de desembargador. É

impressionante o tribunal religioso em 48 horas, pah!, o divórcio Domitila foi

um dos últimos divórcios concedidos no Brasil, porque em 1827 o divórcio foi

proibido no país e só voltou a ser legalizado com a emenda constitucional

de 1977. Além do divórcio, a Domitila abriu as

portas do Palácio Real para o povo. Claro que o povo era a família dela, né.

Porque ela de emprego para toda a família. E a irmã dela a Maria Bendita

se tornou a Baronesa de Sorocaba. Essa realmente representa um caso bem

interessante, porque o Dom Pedro I embora de fato fosse apaixonado pela

Marquesa de Santos, também teve um caso com a irmã da Marquesa de Santos. Depois que

a imperatriz Dona Leopoldina morreu, e um dos motivos foi de desgosto, que ela tinha

do caso público e notório do Dom Pedro com a Marquesa. Ele disse para a

Marquesa que ela deveria ir embora do Rio de Janeiro em maio de 1828. Ela

deveria se retirar por razões de Estado realmente os brasileiros estavam

indignados com o caso público do Dom Pedro e ele disse minha cara titília

você vai ter que se retirar. Ela não entendeu como é que ele

poderia trocar o império pelo amor dela própria e continuam morando na frente

do palácio só que daí ela descobriu que ele tinha um caso também com a sua

própria irmã. Então estava um dia Maria Bendita, Baronesa de Sorocaba

sendo conduzido em sua carruagem quando leva um tiro, sofre um atentado e

logo depois pega uma das criadas da própria Domina com revólver ainda

quente nas mãos. Ou seja a irmã manou matar a

própria irmã. Bom, daí foi demais né, isso foi no dia

15 de agosto e de 1828 e aí finalmente então ela é mandado embora do Rio de

Janeiro. Vai morar em São Paulo... mas não acaba a história dessa mulher porque em

São Paulo ela viveria até os 70 anos de idade

faria muita caridade, se tornara uma figura pública muito conhecida em São

Paulo e seu enterro no cemitério da Consolação arrastou multidões. Multidões

subiam a rua da Consolação, já engarrafada, claro, e ela é enterrada

num túmulo bem grande cemitério da consolação está lá até hoje. Eu acho

que o povo que odeia Domitila está errado. Eu acho também que o Dom Pedro

não tinha por que escolher entre uma e outra eu faria o mesmo que ele: ficaria

com as duas. Por isso que essa história certamente

não vai cair no ENEM.

Tchaaau!

O que você acaba de ver está repleto de generalizações e simplificações,

mas o quadro geral era aí mesmo.

Agora, se você quiser saber como as coisas de fato foram, então você vai ter que ler

FLOCKS.TV


MARQUESA DE SANTOS: A PRIMEIRA AMANTE | EDUARDO BUENO MARQUESA DE SANTOS: THE FIRST MISTRESS | EDUARDO BUENO

De um lado uma princesa, na verdade uma arquiduquesa austríaca, brilhante,

refinada, de fino trato e fria como todo o austríaco.

Do outro lado uma luso brasileira volumosa, voluptuosa, de olhos negros

esverdeados, que escrevia tudo errado, mas por linhas certas, e que era caliente.

Mui Caliente.

Essas mulheres dividiram não apenas um coração, elas dividiram também uma nação.

A sua nação. O Brasil.

Flechada, flechada. O coração de Dom Pedro foi atingido pelo cupido.

Claro que você já sabe de quem estou falando.

Você vê novela o tempo inteiro....

...e esse realmente é um caso novelesco. É o ménage à trois que abalou o Brasil.

Era o caso de adultério público mais escandaloso da história do país.

Dom Pedro I, no centro dele, galã, conquistador, e claro, galã conquistador

mesmo. Você verá um episódio dedicado a ele que virá a seguir.

Do outro lado a princesa austríaca, evidentemente a Dona Leopoldina que

também terá um episódio dedicado só ela. Porque agora nós estamos aqui para

falar exclusivamente da Domitila de Castro Canto e Mello, a mulher que

viraria a Marqueza de Santos. A mulher que viraria a cabeça do Dom Pedro I.

Pois a Domitila nasceu em 1797, mais

precisamente em 27 de dezembro de 1797, o que a torna uma capricorniana.

Obstinada, focada. Com 16 anos de idade se casou com um tal Felício Coelho Pinto.

Eles ficaram casados seis anos quando ele a encontrou se refestelando aos pés

de um fauno numa fonte em São Paulo. Deu umas facadas na mina.

Falando sério, deu uma facada nela mesmo. E aí houve um caso rumoroso e ela

encaminhou seu divórcio. Ela teve a coragem de encaminhar um divórcio e aí

em 24 de agosto de 1822 ela viria a conhecer o príncipe que mudou sua vida.

O príncipe era Dom Pedro I, que estava indo a São Paulo

e a conheceu ali porque ela era irmã de um dos seus acompanhantes um

dos guardas que o acompanhavam naquela viagem que irá resultar no

descobrimento do Bra... não, tu entendeu. Aquela viagem a São Paulo

que ia resultar na independência do Brasil. No dia em que

conheceu a Domitila, Dom Pedro a conheceu duplamente: a conheceu socialmente e

depois conheceu biblicamente. E aconteceu alguma coisa muito misteriosa ali

porque ele que teve milhões de mulheres quase que literalmente milhões de

mulheres pra não foram milhões mas foram centenas, talvez tenham sido

milhares as amantes que o Dom Pedro tinha...

Essa foi a única que ele manteve. Inclusive a levou para viver no Rio de

Janeiro, no bairro de Matar Porcos, que ela que ficava entre o centro do Rio de

Janeiro e o Palácio da Quinta da Boa Vista, onde ele morava. Mata Porcos é

hoje o bairro que hoje se chama Estácio.

Ali ela ficou morando antes de se transferir para a frente do palácio

Porque ela se tornou a amante oficial do Dom Pedro e todo mundo sabia desse caso.

O povo brasileiro adorava a imperatriz Dona Leopoldina por motivos

corretíssimos, porque ela era de fato uma mulher extraordinária, justamente

por isso o povo passou a odiar a Domitila. Mas onde é que estão as

feministas que não se erguem para defender a Marquesa de Santos, porque por

exemplo o divórcio dela. Ela era casada com esse Felício e o Dom Pedro queria

que ela se separasse. Então ele articulou e o divórcio dos

dois saiu em 48 horas. Mais rápido que soltura de filho de desembargador. É

impressionante o tribunal religioso em 48 horas, pah!, o divórcio Domitila foi

um dos últimos divórcios concedidos no Brasil, porque em 1827 o divórcio foi

proibido no país e só voltou a ser legalizado com a emenda constitucional

de 1977. Além do divórcio, a Domitila abriu as

portas do Palácio Real para o povo. Claro que o povo era a família dela, né.

Porque ela de emprego para toda a família. E a irmã dela a Maria Bendita

se tornou a Baronesa de Sorocaba. Essa realmente representa um caso bem

interessante, porque o Dom Pedro I embora de fato fosse apaixonado pela

Marquesa de Santos, também teve um caso com a irmã da Marquesa de Santos. Depois que

a imperatriz Dona Leopoldina morreu, e um dos motivos foi de desgosto, que ela tinha

do caso público e notório do Dom Pedro com a Marquesa. Ele disse para a

Marquesa que ela deveria ir embora do Rio de Janeiro em maio de 1828. Ela

deveria se retirar por razões de Estado realmente os brasileiros estavam

indignados com o caso público do Dom Pedro e ele disse minha cara titília

você vai ter que se retirar. Ela não entendeu como é que ele

poderia trocar o império pelo amor dela própria e continuam morando na frente

do palácio só que daí ela descobriu que ele tinha um caso também com a sua

própria irmã. Então estava um dia Maria Bendita, Baronesa de Sorocaba

sendo conduzido em sua carruagem quando leva um tiro, sofre um atentado e

logo depois pega uma das criadas da própria Domina com revólver ainda

quente nas mãos. Ou seja a irmã manou matar a

própria irmã. Bom, daí foi demais né, isso foi no dia

15 de agosto e de 1828 e aí finalmente então ela é mandado embora do Rio de

Janeiro. Vai morar em São Paulo... mas não acaba a história dessa mulher porque em

São Paulo ela viveria até os 70 anos de idade

faria muita caridade, se tornara uma figura pública muito conhecida em São

Paulo e seu enterro no cemitério da Consolação arrastou multidões. Multidões

subiam a rua da Consolação, já engarrafada, claro, e ela é enterrada

num túmulo bem grande cemitério da consolação está lá até hoje. Eu acho

que o povo que odeia Domitila está errado. Eu acho também que o Dom Pedro

não tinha por que escolher entre uma e outra eu faria o mesmo que ele: ficaria

com as duas. Por isso que essa história certamente

não vai cair no ENEM.

Tchaaau!

O que você acaba de ver está repleto de generalizações e simplificações,

mas o quadro geral era aí mesmo.

Agora, se você quiser saber como as coisas de fato foram, então você vai ter que ler

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