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BBC News 2020 (Brasil), Dica 4 para melhorar a memória: Música

Dica 4 para melhorar a memória: Música

Por que que a gente não consegue tirar aquela música grudenta da cabeça?

O que os cientistas concluíram até agora é que algumas músicas parecem ter propriedades

específicas para captar a atenção do nosso cérebro - por exemplo, melodia simples e repetitivas,

e com alguma palavra curiosa. Isso faz com que esses chicletes musicais criem um circuito

próprio no córtex auditivo do cérebro. Eu sou Paula Adamo Idoeta, repórter da

BBC News Brasil em São Paulo, e este é o quarto vídeo com dicas de memorização.

O tema agora é, justamente, a música! A neurocientista brasileira Suzana

Herculano-Houzel explica em um dos seus livros

que a música ativa várias regiões do cérebro. E quanto mais

a gente escuta algumas músicas, maior a chance de a gente gostar delas, porque nosso cérebro

passa a entender aquela sequência melódica e cria uma expectativa para o que ele vai ouvir.

Essa expectativa é imediatamente atendida pela música, gerando uma sensação de prazer.

Inclusive, a neurocientista explica que um estudo canadense descobriu que o prazer que você sente

quando ouve as músicas que mais ama - aquelas especiais para você, que te deixam arrepiado - é

bem parecido ao prazer proporcionado pela comida ou desencadeado pelas drogas e pelo sexo.

Não é à toa, portanto, que a música seja uma ferramenta tão poderosa, inclusive para a memória.

Diferentes estudos mostram que nossa memória para letras de músicas costuma ser muito mais precisa

do que a memória de outros tipos de textos. Por isso que canções, rimas cantadas e

paródias são uma forma útil de memorizar listas, palavras, conceitos ou fórmulas, por exemplo.

Acho que muitos de nós aprendemos a ordem das letras do alfabeto com aquela musiquinha “a b c d

e f g…”, né? Eu me lembro também de vários jingles de politicos que concorreram em eleições décadas

atrás, quando eu ainda era criança, e vocês? Uma ideia simples para colocar essa técnica

de memorização em prática é usar músicas comuns, cujas letras todo mundo sabe, e,

mantendo o mesmo ritmo, trocar essa letra pelo conteúdo que você quer memorizar.

Essa técnica não é nova, mas é bem eficiente, como bem sabem professores

de cursinho pré-vestibular. Eles são mestres em fazer paródias para ajudar os alunos a

desestressar e a lembrar conceitos importantes. Um exemplo que pode servir de inspiração é

um professor de cursinho que usou a música Como eu Quero, do Kid Abelha,

para ensinar os alunos que as células de bactérias não têm carioteca, uma membrana muito importante

no funcionamento de alguns tipos de células. O professor trocou o refrão “eu quero você

como eu quero” pelo ensinamento que queria passar: “bactéria não tem carioteca”. E ao longo da letra,

ele ensina a divisão celular da bactéria, que não é por mitose, e que ela não faz fagocitose,

e outros conceitos de biologia. Então tenta colocar o que você

quer memorizar em forma de música, e depois conta pra gente o resultado!

Tem gente que defende, também, que a música pode ser útil de outras formas na memória de

estudantes. O autor americano Joseph Cardillo, autor de um livro sobre a importância da música

para as pessoas, defende que a música “otimizar suas habilidades naturais” dos estudantes ao

organizar a mente e ajudar a preparar o cérebro para trabalhar e memorizar melhor.

Ele argumenta, por exemplo, que ouvir músicas que você gosta podem tanto te deixar energizado

quanto te acalmar antes de estudar ou de completar uma tarefa do trabalho - dependendo

da playlist ou da sua intenção! E se você ainda está tentando tirar

uma música grudenta da sua cabeça, a melhor alternativa é ouvir outra música, para tentar

desativar aquela primeira dentro do cérebro. Por hoje é só, e fica de olho aqui no

YouTube da BBC News Brasil para o próximo vídeo de memorização! Tchau


Dica 4 para melhorar a memória: Música

Por que que a gente não consegue tirar  aquela música grudenta da cabeça?

O que os cientistas concluíram até agora é  que algumas músicas parecem ter propriedades

específicas para captar a atenção do nosso cérebro  - por exemplo, melodia simples e repetitivas,

e com alguma palavra curiosa. Isso faz com  que esses chicletes musicais criem um circuito

próprio no córtex auditivo do cérebro. Eu sou Paula Adamo Idoeta, repórter da

BBC News Brasil em São Paulo, e este é  o quarto vídeo com dicas de memorização.

O tema agora é, justamente, a música! A neurocientista brasileira Suzana

Herculano-Houzel explica em um dos seus livros

que a música ativa várias regiões do cérebro. E quanto mais

a gente escuta algumas músicas, maior a chance  de a gente gostar delas, porque nosso cérebro

passa a entender aquela sequência melódica e  cria uma expectativa para o que ele vai ouvir.

Essa expectativa é imediatamente atendida  pela música, gerando uma sensação de prazer.

Inclusive, a neurocientista explica que um estudo  canadense descobriu que o prazer que você sente

quando ouve as músicas que mais ama - aquelas  especiais para você, que te deixam arrepiado - é

bem parecido ao prazer proporcionado pela  comida ou desencadeado pelas drogas e pelo sexo.

Não é à toa, portanto, que a música seja uma  ferramenta tão poderosa, inclusive para a memória.

Diferentes estudos mostram que nossa memória para  letras de músicas costuma ser muito mais precisa

do que a memória de outros tipos de textos. Por isso que canções, rimas cantadas e

paródias são uma forma útil de memorizar listas,  palavras, conceitos ou fórmulas, por exemplo.

Acho que muitos de nós aprendemos a ordem das  letras do alfabeto com aquela musiquinha “a b c d

e f g…”, né? Eu me lembro também de vários jingles  de politicos que concorreram em eleições décadas

atrás, quando eu ainda era criança, e vocês? Uma ideia simples para colocar essa técnica

de memorização em prática é usar músicas  comuns, cujas letras todo mundo sabe, e,

mantendo o mesmo ritmo, trocar essa letra  pelo conteúdo que você quer memorizar.

Essa técnica não é nova, mas é bem  eficiente, como bem sabem professores

de cursinho pré-vestibular. Eles são mestres  em fazer paródias para ajudar os alunos a

desestressar e a lembrar conceitos importantes. Um exemplo que pode servir de inspiração é

um professor de cursinho que usou a  música Como eu Quero, do Kid Abelha,

para ensinar os alunos que as células de bactérias  não têm carioteca, uma membrana muito importante

no funcionamento de alguns tipos de células. O professor trocou o refrão “eu quero você

como eu quero” pelo ensinamento que queria passar:  “bactéria não tem carioteca”. E ao longo da letra,

ele ensina a divisão celular da bactéria, que  não é por mitose, e que ela não faz fagocitose,

e outros conceitos de biologia. Então tenta colocar o que você

quer memorizar em forma de música, e  depois conta pra gente o resultado!

Tem gente que defende, também, que a música  pode ser útil de outras formas na memória de

estudantes. O autor americano Joseph Cardillo,  autor de um livro sobre a importância da música

para as pessoas, defende que a música “otimizar  suas habilidades naturais” dos estudantes ao

organizar a mente e ajudar a preparar o  cérebro para trabalhar e memorizar melhor.

Ele argumenta, por exemplo, que ouvir músicas  que você gosta podem tanto te deixar energizado

quanto te acalmar antes de estudar ou de  completar uma tarefa do trabalho - dependendo

da playlist ou da sua intenção! E se você ainda está tentando tirar

uma música grudenta da sua cabeça, a melhor  alternativa é ouvir outra música, para tentar

desativar aquela primeira dentro do cérebro. Por hoje é só, e fica de olho aqui no

YouTube da BBC News Brasil para  o próximo vídeo de memorização! Tchau