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Gloss Brazilian Portuguese Level 2+, Desenvolvimento Urbano da Amazônia

Desenvolvimento Urbano da Amazônia

Repórter em studio, Luciano Cabral: Na última reportagem da série sobre a Amazônia, que o Via Brasil apresentou ao longo da semana, você vai descobrir o que vem sendo feito pelo povo e pelas autoridades para enfrentar os grandes desafios da região. A busca de novos caminhos para o desenvolvimento urbano da Amazônia, passa pela necessidade de se pesquisar com cuidado a melhor maneira de enriquecer as cidades a partir da própria floresta.

Repórter de campo, Francisco: A metrópole que cresceu de costas para o rio agora vai avançar além dele. Com uma obra gigantesca, uma ponte para ligar as duas margens do Rio Negro. Com a ponte, essa travessia que hoje leva meia hora, 45 minutos e até uma hora, dependendo das condições do rio, vai durar apenas cinco minutos, mas essa, não é a única consequência que a ponte vai trazer. Do outro lado do rio, Iranduba, com pouco mais de 30 mil habitantes, espera mais investimentos, mais turismo. O preço da terra já disparou.

Morador de Iranduba: A gente comprava um terreno aqui por oito, seis...sete mil, mas agora cê não compra mais não.

Repórter de campo, Francisco: Não?

Morador de Iranduba: Compra não.

Repórter de campo, Francisco: Seis, sete mil foi pra quanto?

Morador de Iranduba: Agora é 20 é 15 mil.

Repórter de campo, Francisco: Em sentido contrário, será mais fácil entregar o que Iranduba já produz para Manaus; vegetais, minérios, materiais de construção, mas há quem se preocupe com outras consequências. A senhora tem medo do que vem do lado de lá?

Moradora de Iranduba: É com certeza, por que vai ficar mais fácil para os gaiatão.

Repórter de campo, Francisco: A busca de novos caminhos para o desenvolvimento da cidade é um desafio na Amazônia. A proposta neste lugar é enriquecer a cidade a partir da floresta.

Professor: Todo mundo sabe que é dossel? Dossel? Dossel é o que?

Estudantes: As árvores mais altas.

Professor: As árvores mais altas, beleza.

Repórter de campo, Francisco: A escola da floresta em Rio Branco forma técnicos agrícolas, florestais. Aula ao ar livre. Nesse caso aqui, de coleta de sementes. Esses capacetes todos nas cabeças da rapaziada se justificam pela a altura onde as sementes estão, lá no alto das árvores. Corajosa, hein Leila?

Estudante, Leila: É né exige. O trabalho exige isso.

Repórter de campo, Francisco: É, não é coragem é necessidade?

Estudante, Leila: Necessidade, né? Para ajudar as comunidades, outras pessoas...

Repórter de campo, Francisco: Aprender?

Estudante, Leila: Aprender e passar a diante.

Repórter de campo, Francisco: Estes alunos aprendem a aproveitar melhor outro tesouro amazônico: técnicas de corte, cuidados sanitários que podem ajudar as pequenas cidades de onde eles vêm.

Aluno: Se o produtor não sabendo mexer com o peixe, como é que ele vai ter mais renda no Mercado né, o peixe?

Repórter de campo, Francisco: Para sustentar cidades, manter populações no interior; castanhas, que o mundo inteiro já identifica com a Amazônia e com o Brasil, óleos das árvores, cosméticos, medicinais, madeira também, como não? Criada nos tempos da exploração predatória e ilegal, Fátima hoje lidera os madeireiros do Acre na produção sustentável.

Fátima, líder dos madereiros: Aqui, a gente teve a oportunidade de compreender que a floresta, ela é como os seres humanos. Ela tem seu ciclo de vida, mas você tem que respeitar. Você tem que entrar, conhecer a floresta, tirar só aquilo que ela pode te oferecer.

Repórter de campo, Francisco: E uma nova saída para o mundo pelo outro lado do continente anima a região. A rodovia transoceânica até o Pacífico vai virando realidade.

Engenheiro local: Nesse entorno de Rio Branco, entre a Bolívia e o Peru, nós temos um mercado consumidor aí de mais de 30 milhões de pessoas que com certeza não vão ser atendida por empresas do Sul do país.

Repórter de campo, Francisco : Será que a nossa Amazônia ainda vai exportar idéias, para as cidades do futuro?

Professor: Não é o mundo que tem que pensar a Amazônia, é a partir da Amazônia, a partir da ciência que nós produzimos aqui e do conhecimento de nossa gente que a gente tem que pensar no mundo. Eu acredito na Amazônia.


Desenvolvimento Urbano da Amazônia Urban Development in the Amazon

**Repórter em studio**, **Luciano Cabral**: Na última reportagem da série sobre a Amazônia, que o Via Brasil apresentou ao longo da semana, você vai descobrir o que vem sendo feito pelo povo e pelas autoridades para enfrentar os grandes desafios da região. A busca de novos caminhos para o desenvolvimento urbano da Amazônia, passa pela necessidade de se pesquisar com cuidado a melhor maneira de enriquecer as cidades a partir da própria floresta.

**Repórter de campo**, **Francisco**: A metrópole que cresceu de costas para o rio agora vai avançar além dele. Com uma obra gigantesca, uma ponte para ligar as duas margens do Rio Negro. Com a ponte, essa travessia que hoje leva meia hora, 45 minutos e até uma hora, dependendo das condições do rio, vai durar apenas cinco minutos, mas essa, não é a única consequência que a ponte vai trazer. Do outro lado do rio, Iranduba, com pouco mais de 30 mil habitantes, espera mais investimentos, mais turismo. O preço da terra já disparou.

**Morador de Iranduba**: A gente comprava um terreno aqui por oito, seis...sete mil, mas agora cê não compra mais não.

**Repórter de campo**, **Francisco**: Não?

**Morador de Iranduba**: Compra não.

**Repórter de campo**, **Francisco**: Seis, sete mil foi pra quanto?

**Morador de Iranduba**: Agora é 20 é 15 mil.

**Repórter de campo**, **Francisco**: Em sentido contrário, será mais fácil entregar o que Iranduba já produz para Manaus; vegetais, minérios, materiais de construção, mas há quem se preocupe com outras consequências. A senhora tem medo do que vem do lado de lá?

**Moradora de Iranduba**: É com certeza, por que vai ficar mais fácil para os gaiatão.

**Repórter de campo**, **Francisco**: A busca de novos caminhos para o desenvolvimento da cidade é um desafio na Amazônia. A proposta neste lugar é enriquecer a cidade a partir da floresta.

**Professor**: Todo mundo sabe que é dossel? Dossel? Dossel é o que?

**Estudantes**: As árvores mais altas.

**Professor**: As árvores mais altas, beleza.

**Repórter de campo**, **Francisco**: A escola da floresta em Rio Branco forma técnicos agrícolas, florestais. Aula ao ar livre. Nesse caso aqui, de coleta de sementes. Esses capacetes todos nas cabeças da rapaziada se justificam pela a altura onde as sementes estão, lá no alto das árvores. Corajosa, hein Leila?

**Estudante**, **Leila**: É né exige. O trabalho exige isso.

**Repórter de campo**, **Francisco**: É, não é coragem é necessidade?

**Estudante**, **Leila**: Necessidade, né? Para ajudar as comunidades, outras pessoas...

**Repórter de campo**, **Francisco**: Aprender?

**Estudante**, **Leila**: Aprender e passar a diante.

**Repórter de campo**, **Francisco**: Estes alunos aprendem a aproveitar melhor outro tesouro amazônico: técnicas de corte, cuidados sanitários que podem ajudar as pequenas cidades de onde eles vêm.

**Aluno**: Se o produtor não sabendo mexer com o peixe, como é que ele vai ter mais renda no Mercado né, o peixe?

**Repórter de campo**, **Francisco**: Para sustentar cidades, manter populações no interior; castanhas, que o mundo inteiro já identifica com a Amazônia e com o Brasil, óleos das árvores, cosméticos, medicinais, madeira também, como não? Criada nos tempos da exploração predatória e ilegal, Fátima hoje lidera os madeireiros do Acre na produção sustentável.

**Fátima**, **líder dos madereiros**: Aqui, a gente teve a oportunidade de compreender que a floresta, ela é como os seres humanos. Ela tem seu ciclo de vida, mas você tem que respeitar. Você tem que entrar, conhecer a floresta, tirar só aquilo que ela pode te oferecer.

**Repórter de campo**, **Francisco**: E uma nova saída para o mundo pelo outro lado do continente anima a região. A rodovia transoceânica até o Pacífico vai virando realidade.

**Engenheiro local**: Nesse entorno de Rio Branco, entre a Bolívia e o Peru, nós temos um mercado consumidor aí de mais de 30 milhões de pessoas que com certeza não vão ser atendida por empresas do Sul do país.

**Repórter de campo**, **Francisco** : Será que a nossa Amazônia ainda vai exportar idéias, para as cidades do futuro?

**Professor**: Não é o mundo que tem que pensar a Amazônia, é a partir da Amazônia, a partir da ciência que nós produzimos aqui e do conhecimento de nossa gente que a gente tem que pensar no mundo. Eu acredito na Amazônia.