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Gloss Brazilian Portuguese Level 2+, A psicologia da mentira

A psicologia da mentira

Repórter (Elisângela): Lorota, cascata, lenda... E dizem que tem perna curta também. Todo o mundo já sabe o que é, afinal quem nunca caiu numa conversa fiada, né? Num conto da carochinha. Olha, de sinônimos pra 'mentira' o dicionário tá assim. Agora nós vamos entender esse assunto. Vamos saber por que as pessoas mentem, quando isso se torna uma doença, e principalmente né, como identificar um mentiroso.

Ao meu lado esta o psicólogo e professor do Centro Universitário UNA, Rodrigo Costa Vidal. Bom dia.

Entrevistado (Psicólogo Rodrigo Costa Vidal): Bom dia Elisângela.

Repórter: Porque nós mentimos né, qual é o conceito de mentira?

Entrevistado: Olha, ótima introdução. Porque a gente tem que entender que a mentira, ela é a negação intencional da realidade e da verdade. Ela é uma coisa intencional, não é, não pode ser confundida com um esquecimento, ou um erro de percepção, ou um erro de raciocínio. Mentir é distorcer, é alterar a verdade. E a origem da mentira são diversas, diversas.

Existem três Elisângela, e caro tele-expectador, que são fundamentais: O orgulho: a pessoa quer aparentar uma realidade que não é a dela. Então ela pode mentir por orgulho. Segundo, por desonestidade: a pessoa quer dar um golpe, quer alterar pra poder prejudicar o outro. Um famoso exemplo é quando a pessoa quer vender um veículo usado ...

Repórter: Esse é comum ...

Entrevistado: ... volta o velocímetro do carro. O carro está com 150 mil quilômetros, ele coloca lá com 15 mil.

Repórter: Eles falam sempre: uma mentirinha boba, não altera.

Entrevistado: E a terceira fonte da mentira junto com o orgulho e com a desonestidade, é exatamente a fragilidade emocional. Quando a pessoa mente por medo da crítica, por medo da rejeição, medo da conseqüência do que ela fez, por fragilidade emocional.

Repórter: Agora existe aquela mentirinha boa, vamos dizer assim: "Ah, eu menti pra não te fazer sofrer, pro seu bem..." Existe isso, mentir pro bem?

Entrevistado: Existe. A gente poderia chamar como se fosse uma "mentira branca". Tem um exemplo assim, que eu vou dar até mais radical pra ilustrar: Imagina uma mulher, uma senhora idosa, que tá tomando conta de um bebezinho. Aí bate na porta da casa dela um grupo de raptadores de crianças e pergunta: "tem algum bebê na sua casa minha senhora?" O quê que ela vai falar? Que não, que não tem. Em sã consciência ela vai falar que não tem. É justamente o que? É uma "mentira branca" pra evitar um prejuízo maior. Então existe esse tipo de, de caminho.


A psicologia da mentira The psychology of lying

**Repórter (Elisângela):** Lorota, cascata, lenda... E dizem que tem perna curta também. Todo o mundo já sabe o que é, afinal quem nunca caiu numa conversa fiada, né? Num conto da carochinha. Olha, de sinônimos pra 'mentira' o dicionário tá assim. Agora nós vamos entender esse assunto. Vamos saber por que as pessoas mentem, quando isso se torna uma doença, e principalmente né, como identificar um mentiroso.

Ao meu lado esta o psicólogo e professor do Centro Universitário UNA, Rodrigo Costa Vidal. Bom dia.

**Entrevistado (Psicólogo Rodrigo Costa Vidal):** Bom dia Elisângela.

**Repórter:** Porque nós mentimos né, qual é o conceito de mentira?

**Entrevistado:** Olha, ótima introdução. Porque a gente tem que entender que a mentira, ela é a negação intencional da realidade e da verdade. Ela é uma coisa intencional, não é, não pode ser confundida com um esquecimento, ou um erro de percepção, ou um erro de raciocínio. Mentir é distorcer, é alterar a verdade. E a origem da mentira são diversas, diversas.

Existem três Elisângela, e caro tele-expectador, que são fundamentais: O orgulho: a pessoa quer aparentar uma realidade que não é a dela. Então ela pode mentir por orgulho. Segundo, por desonestidade: a pessoa quer dar um golpe, quer alterar pra poder prejudicar o outro. Um famoso exemplo é quando a pessoa quer vender um veículo usado ...

**Repórter:** Esse é comum ...

**Entrevistado:** ... volta o velocímetro do carro. O carro está com 150 mil quilômetros, ele coloca lá com 15 mil.

**Repórter:** Eles falam sempre: uma mentirinha boba, não altera.

**Entrevistado:** E a terceira fonte da mentira junto com o orgulho e com a desonestidade, é exatamente a fragilidade emocional. Quando a pessoa mente por medo da crítica, por medo da rejeição, medo da conseqüência do que ela fez, por fragilidade emocional.

**Repórter:** Agora existe aquela mentirinha boa, vamos dizer assim: "Ah, eu menti pra não te fazer sofrer, pro seu bem..." Existe isso, mentir pro bem?

**Entrevistado:** Existe. A gente poderia chamar como se fosse uma "mentira branca". Tem um exemplo assim, que eu vou dar até mais radical pra ilustrar: Imagina uma mulher, uma senhora idosa, que tá tomando conta de um bebezinho. Aí bate na porta da casa dela um grupo de raptadores de crianças e pergunta: "tem algum bebê na sua casa minha senhora?" O quê que ela vai falar? Que não, que não tem. Em sã consciência ela vai falar que não tem. É justamente o que? É uma "mentira branca" pra evitar um prejuízo maior. Então existe esse tipo de, de caminho.