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Portuguese With Leo, Tour por Lisboa com a Eating Europe

Tour por Lisboa com a Eating Europe

Olá e bem vindos de volta ao Portuguese With Leo! Antes de começarmos o episódio de hoje,

quero anunciar que esta semana atingimos uma nova meta: chegámos aos 3000 subscritores no Youtube,

o que me deixa muito feliz! Por isso quero agradecer a todos

vocês que vêm os meus vídeos, põem gosto, comentam e que estão subscritos ao canal.

Finalmente, como já é costume fazer, quero agradecer também às pessoas que nas últimas

duas semanas fizeram doações para apoiar o Portuguese With Leo. Essas pessoas foram o

Dario Alfredo Rolla, a MJ Pearce, o Derek Smitt, o Philippe Pinero, o Avi Kerry, a Karen Brady,

a Sylwia Aderek e o Thomas Lopes. Muito obrigado a todos vocês!

O episódio de hoje vai ser um pouco diferente do habitual. Uma coisa que a maioria de vocês

provavelmente não sabe sobre mim é que trabalho como guia turístico em Lisboa.

Por isso é que tenho tanta paixão por História e por promover a língua e a cultura portuguesas

através do canal Portuguese With Leo. O episódio de hoje vai ser diferente

porque vamos sair aqui do “estúdio” e vamos para as ruas de Lisboa para fazer um tour virtual pela

cidade. Este episódio é feito em parceria com a Eating Europe, que é uma das empresas

de turismo com as quais eu trabalho como guia. Na Eating Europe fazemos tours gastronómicos,

ou seja, tours em que vamos pela cidade e provamos diferentes pratos típicos portugueses.

O tour que nós fazemos oferece uma excelente combinação de História,

cultura, lugares muito bonitos da cidade e comida típica deliciosa.

Hoje vou levar-vos pelos diferentes lugares onde fazemos o tour da Eating Europe em Lisboa,

e se gostarem do vídeo e quiserem marcar o tour da próxima vez que vierem a Lisboa,

podem fazê-lo através do link na descrição. Quando marcarem o tour usem o código de

desconto “Leonardo” para terem dez por cento (10%) de desconto e para me terem a mim

como vosso guia, se assim o desejarem. Feita esta introdução, vamos então para

o centro de Lisboa, para começar o tour de História e comida da Eating Europe.

Estamos na praça dos Restauradores, que é o ponto de partida do nosso tour de História e comida.

Esta praça celebra a Restauração da Independência de Portugal, que ocorreu a 1 de Dezembro de 1640.

Portugal é um país muito antigo, com quase 900 anos. Desde o século XII que Portugal

é um país soberano, ou seja, um país independente de qualquer outro país.

No entanto, no século XVI houve uma crise de sucessão ao trono. Uma crise de sucessão acontece

quando um rei morre sem deixar herdeiros, e neste caso, o Rei português D. Sebastião

morreu em 1578 sem deixar filhos nem filhas para lhe sucederem no trono. Dois anos mais tarde,

em 1580, acabou por ser o Rei de Espanha, D. Filipe II, a tornar-se Rei de Portugal,

e Portugal esteve durante 60 anos sob o domínio do Império Espanhol. Ou seja, durante esses anos,

Portugal deixou de ser independente. A 1 de Dezembro de 1640 ocorreu então uma revolta

para restaurar a independência portuguesa, e desde então Portugal voltou a ser um reino soberano e

independente, com um novo rei, o Rei D. João IV. O dia 1 de Dezembro é um feriado nacional em que

celebramos a Restauração da Independência, e nesse dia vou fazer um episódio a falar com mais detalhe

sobre este acontecimento histórico. Desde a praça dos Restauradores,

vamos até à Rua das Portas de Santo Antão para visitar um lugar especial.

O lugar onde vamos entrar agora é um dos segredos mais bem escondidos da Baixa lisboeta. É um lugar

que mesmo muitos lisboetas não conhecem, e aqui vamos explorar um pouco da História dos mouros

em Portugal. A palavra mouros é a palavra usada para falar dos habitantes muçulmanos do Norte de

África na Idade Média. Em inglês diz-se Moors. Embora sejam originalmente do Norte de África,

os mouros viveram em Portugal durante muitos anos, desde o

século VIII (oito) até ao século XIII (treze). Este lugar que estamos a visitar chama-se Casa

do Alentejo. O Alentejo é a maior região de Portugal, situado entre o rio Tejo e o Algarve,

e a Casa do Alentejo é um centro cultural alentejano em Lisboa.

Quando viveram em Portugal, os mouros estabeleceram-se durante

mais tempo no Sul do país, e por isso a sua influência sente-se sobretudo no Sul,

nas regiões do Alentejo e do Algarve. Para comemorar esta influência dos mouros,

a Casa do Alentejo tem uma decoração ao estilo do Norte de África, quase que

parece que estamos em Marrocos ao entrar aqui. Esta influência moura também se sente na língua

portuguesa, e existem na verdade centenas de palavras portuguesas que vêm do árabe. A maioria

destas palavras são fáceis de identificar, porque começam quase todas com al-, como por exemplo,

a palavra aldeia, que é o nome que se dá a uma pequena povoação rural. Em inglês diz-se village.

Em seguida passamos à praça de S. Domingos, onde está a famosa igreja de São Domingos,

que muitas pessoas acreditam estar amaldiçoada. Acredita-se que esta igreja *esteja* amaldiçoada

porque no dia 19 de Abril de 1506, esta igreja e esta praça foram o lugar onde se iniciou um dos

acontecimentos mais tristes da História de Lisboa: o massacre dos judeus que viviam em Lisboa, que

foi um massacre que durou três dias e durante o qual foram mortos mais de dois mil (2000) judeus.

Desde esse acontecimento, esta igreja foi destruída em três ocasiões diferentes ao

longo da História: duas vezes por terramotos e uma terceira vez por causa de um incêndio

que a queimou por dentro em 1959. Por causa de tudo isto, as pessoas

começaram a acreditar que a igreja estava amaldiçoada, e decidiu-se deixá-la destruída

e pintá-la de vermelho para representar o sangue derramado durante o massacre e o fogo do incêndio.

Esta igreja é um lugar muito único e muito especial e para se falar com detalhe sobre

toda a sua história seria necessário um episódio inteiro dedicado a ela.

Se isso vos interessar, por favor digam nos comentários.

De seguida atravessamos a Praça da Figueira, uma das principais praças do centro de Lisboa,

e subimos umas escadinhas escondidas chamadas Escadinhas de S. Cristóvão.

Aqui encontramos um mural emblemático feito pelo ilustrador Nuno Saraiva em 2013 como

tributo ao Fado português, o estilo musical mais importante em Portugal e que nasceu aqui,

nas ruas dos bairros de Alfama e da Mouraria. Se quiserem saber mais sobre a história do Fado, a

forma como surgiu em Portugal e a sua importância para os portugueses, sugiro que vejam o vídeo que

eu fiz dedicado inteiramente a este tema. Depois de continuar a subir as escadas,

chegamos finalmente ao restaurante onde vamos provar 2 deliciosos pratos típicos portugueses.

O restaurante onde vamos comer chama-se Tasquinha Canto do Fado e é a única casa

de fados da Mouraria. Vamos provar 2 pratos típicos portugueses: o bacalhau à Brás e a

vitela assada com puré de batata, e este último é um prato especial que não está no menu,

mas que o chef João, o cozinheiro do restaurante, faz especialmente para o tour da Eating Europe. E

agora, o chef vai explicar um pouco como é que se cozinha cada um destes pratos. Mas atenção,

ele fala um pouco mais rápido do que eu, por isso vai ser um desafio perceber tudo o que ele diz.

“Hoje vamos servir o bacalhau à Brás com uma salada de alface e tomate,

com molho gourmet, e em seguida vamos servir a carne assada de vitela com puré de batata.

O bacalhau à Brás é um prato tradicional português, é feito com cebola, é refogado o alho,

é refogado juntamente o bacalhau, a seguir leva batata palha, juntamente com ovos,

é tudo misturado, leva um bocadinho de sal q.b. (quanto baste) e um bocadinho de pimenta

preta, e está um bacalhau perfeito.” O bacalhau à Brás é um dos pratos mais populares

em Portugal e é uma das centenas de maneiras que há de cozinhar o bacalhau em Portugal. O

seu nome vem da pessoa que inventou a receita, um taberneiro de Lisboa que se chamava Brás.

A palavra taberneiro significa o dono de uma taberna, e uma taberna é o nome

que se dá a um restaurante pequeno, rústico e acolhedor. É o equivalente a tavern em inglês.

Já a vitela assada é uma receita mais típica do Norte de Portugal, e é um prato caseiro e que

é tipicamente servido em almoços de família. Em Portugal adoramos os nossos almoços de família,

e normalmente acabamos sempre por comer demais! “A vitela é estufada primeiro com legumes. 45

minutos a estufar a vitela e depois mais 45 minutos assada no forno. Depois vou reduzir aquele

molho na Bimby e faço o puré de batata com batata mesmo batata, não é cá puré de pacote, e leva

manteiga, pimenta branca, sal q.b. (quanto baste) e é tudo misturado e tudo passado como deve ser.”

Agora, vamos provar os pratos que o cozinheiro, o João, acabou de apresentar: o bacalhau à Brás

e a vitela assada, acompanhados com um excelente copo de vinho tinto.

Depois desta fantástica refeição, está na hora da sobremesa, e se vocês viram o meu

primeiro episódio, sabem exatamente qual é que é a sobremesa mais típica

e mais deliciosa em Portugal: o pastel de nata! Hoje vamos à Pastelaria Santo António, que ganhou

em 2019, o ano passado, o prémio de melhor pastel de nata de Portugal. Por isso, vamos entrar.

Sempre com a máscara, sempre em segurança.

Para aqueles de vocês que quiserem saber mais sobre a história e tradição do pastel de nata,

sugiro que vão ver o meu vídeo sobre o café e o pastel de nata.

Depois desta deliciosa sobremesa,

falta tomar um digestivo para completar a nossa experiência gastronómica.

Por isso vamos ao bairro de Alfama, o bairro mais antigo de Lisboa,

e pelo caminho vamos parar num dos miradouros mais bonitos da cidade, o miradouro de Santa Luzia.

A última especialidade que vamos provar é a famosa ginjinha de Óbidos. A ginjinha é um

licor feito à base de ginja, que é uma espécie de cereja e que é confecionada

sobretudo na região de Óbidos, perto de Lisboa. Esta bebida foi criada no século XVII por um

frade num convento em Óbidos, que aproveitou a existência de ginjas

em grande quantidade para fazer esta bebida. É uma bebida muito típica, e muita gente faz

a sua própria ginjinha em casa, como é o caso da Dora, que a vende aqui no bairro de Alfama.

Estamos a entrar no coração do bairro mais antigo de Lisboa, Alfama, e vamos beber uma

das bebidas mais típicas de Portugal, uma ginjinha caseira. Obrigado Dora! Saúde!

“Olá, boa tarde, eu sou a Dora, nasci em Alfama e vendo ginjinha,

a melhor ginjinha de Alfama, na Rua Norberto de Araújo, e é caseira.”

Depois de toda esta comida e ginjinha deliciosas, não há nada melhor do que um passeio por Alfama,

o bairro mais antigo de Lisboa e um dos bairros com mais encanto.

Como o nome indica, o bairro de Alfama foi fundado pelos mouros,

e o nome do bairro vem do árabe Al-Hamma, que significa “matéria-prima” ou “fonte natural”.

Ao longo dos séculos este bairro sempre foi um dos mais importantes e mais tradicionais de Lisboa,

e hoje em dia é um dos locais onde celebramos as nossas festas populares no mês de junho em

honra ao Santo António, o santo patrono de Lisboa, e conhecidas como Santos Populares.

Depois de um passeio pelas ruas de Alfama, chegamos finalmente à igreja mais antiga

de Lisboa, a Sé. Esta igreja começou a ser construída em 1147, após a conquista da cidade

aos mouros e como forma de demonstrar que Lisboa era agora uma cidade cristã do Reino de Portugal.

É uma igreja velhinha e emblemática, que já sobreviveu a um grande terramoto, e é o local

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