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Parafernalha, CARA DA QUENTINHA NA FESTA JUNINA | PARAFERNALHA

Já comi umas oito paçoquinha. Eu quero é canjica, eu quero é canjica agora!

- Queridão, eu queria uma ficha. - Vai querer mais, não?

- O quê? - A ficha.

- Eu quero. - Ué, você falou que queria, pô.

"Queria" é no passado, quem quer no presente fala "eu quero a ficha."

Ih, tem um comediante aqui agora. Engraçadão. Tá brincando, né, irmão?

- Tô. - Tá o quê, irmão?

Tô de brincadeira, pô. Isso aqui é festa junina. Tudo brincadeira...

Aqui a boca do palhaço, é tudo brincadeira. Você vai na festa junina e espera coisa séria?

- Parece maluco, pô. - Ele tá brincando, amor.

- Aí, tá vendo, ela já pegou. - Ei! Ela nada. Tu fica na tua, aí.

Tô na minha, pô. Eu sou eu você é você, e eu tenho que ficar na minha...

Eu vou tá em você? Se eu estivesse você eu seria um espírito, pô.

Eu não gosto de espírito. Sou evangélico não frequente.

- Vamos jogar, gente? - Vamos jogar, vamos jogar.

Ele que começou, mas vamos jogar. Quer quantas bolas na boca?

O quê? Que bola na boca... Que boca... Que bola é essa?

Que isso. Tá vendo, tá com maldade no coração e na mente, tem que tomar Jesus aí...

Vou falar uma parada tu. Vou te falar uma parada. Tu tá passando dos limites.

Eu não, você que passou aí, porque o limite aqui para jogar é daquela faixa amarela pra trás.

Pra jogar assim perto, até a minha vozinha que já faleceu, acertava.

- Vamos jogar, amor, me dá aí o dinheiro. - Vou te falar que hoje o dia tá horrível.

- Por quê? - Tá cheio de gente lelé da cuca assim, tipo vocês...

que fica na indecisão. Ontem que tava top.

Esse cara tá de sacanagem, ele tá falando... Você tá falando da gente aqui, irmão?

- Ignora. - Peraí.

Me dá só um minutinho. Como é o seu nome?

- O quê? - Seu nome.

É o quê?

- Eu não tô ouvindo, fala alto. - São João.

Ah, vai pra p... que pariu, não vou ficar com esse cara aqui, não.

Não fala palavrão aqui, não, que é family friendly, tá cheio de criança aqui.

- Ignora, ignora . - Me dá uma ficha aí, irmão.

Tá rindo do quê agora?

- Me dá a ficha. - A ficha não é aqui, não, a ficha é lá.

- Tava vazio. - Eu não vou lá, não.

- Não vou pegar ficha lá, não. - Por favor...

Não, a fila tá imensa e ainda vou ter que voltar pra ver a cara desse diabo aqui...

- Diabo é tua tia. - O quê?

- Diabo é tua tia. - Tu não conhece minha tia, irmão.

Ah, mas parece o diabo. Eu não sou diabo, sua tia que é.

Tá bom, eu vou lá pegar a ficha.

- Então vai, pô. - Não vou, não.

- Então não vai, fica. - Você não manda em mim.

- Eu mando. - Eu vou onde eu quiser.

- Então fica. - Não vou ficar.

- Então vai. - Não vou.

- Então fica. - AH! CHEGA!

Chega. Vai lá pegar a ficha, por favor.

- Só porque você pediu com esse carinho. - É, obrigada. Vai. Foi.

Beleza, brigada.

- Pau mandado. - Eu vou jogar porque eu quero essa mochila de prêmio.

Essa vermelha aqui? Isso aqui não é prêmio, não. Essa mochila aqui é que eu entrego quentinha.

Valmir que deixou aqui, que não tinha lugar pra deixar.

- Quem é Valmir? - Valmir é o que trabalha comigo.

- Você não conhece, não. - Tá de sacanagem, né?

Eu não, pô. Olha para minha cara. Eu sou profissional, mano.

Pessoal ignorante. Viu, Rodolfo, como é que o pessoal é?

Fica falando assim, tudo mal amado, né?

Quer um abraço?

Fica assim não. Ninguém vai te levar não, tá?


Já comi umas oito paçoquinha. Eu quero é canjica, eu quero é canjica agora!

- Queridão, eu queria uma ficha. - Vai querer mais, não?

- O quê? - A ficha.

- Eu quero. - Ué, você falou que queria, pô.

"Queria" é no passado, quem quer no presente fala "eu quero a ficha."

Ih, tem um comediante aqui agora. Engraçadão. Tá brincando, né, irmão?

- Tô. - Tá o quê, irmão?

Tô de brincadeira, pô. Isso aqui é festa junina. Tudo brincadeira...

Aqui a boca do palhaço, é tudo brincadeira. Você vai na festa junina e espera coisa séria?

- Parece maluco, pô. - Ele tá brincando, amor.

- Aí, tá vendo, ela já pegou. - Ei! Ela nada. Tu fica na tua, aí.

Tô na minha, pô. Eu sou eu você é você, e eu tenho que ficar na minha...

Eu vou tá em você? Se eu estivesse você eu seria um espírito, pô.

Eu não gosto de espírito. Sou evangélico não frequente.

- Vamos jogar, gente? - Vamos jogar, vamos jogar.

Ele que começou, mas vamos jogar. Quer quantas bolas na boca?

O quê? Que bola na boca... Que boca... Que bola é essa?

Que isso. Tá vendo, tá com maldade no coração e na mente, tem que tomar Jesus aí...

Vou falar uma parada tu. Vou te falar uma parada. Tu tá passando dos limites.

Eu não, você que passou aí, porque o limite aqui para jogar é daquela faixa amarela pra trás.

Pra jogar assim perto, até a minha vozinha que já faleceu, acertava.

- Vamos jogar, amor, me dá aí o dinheiro. - Vou te falar que hoje o dia tá horrível.

- Por quê? - Tá cheio de gente lelé da cuca assim, tipo vocês...

que fica na indecisão. Ontem que tava top.

Esse cara tá de sacanagem, ele tá falando... Você tá falando da gente aqui, irmão?

- Ignora. - Peraí.

Me dá só um minutinho. Como é o seu nome?

- O quê? - Seu nome.

É o quê?

- Eu não tô ouvindo, fala alto. - São João.

Ah, vai pra p... que pariu, não vou ficar com esse cara aqui, não.

Não fala palavrão aqui, não, que é family friendly, tá cheio de criança aqui.

- Ignora, ignora . - Me dá uma ficha aí, irmão.

Tá rindo do quê agora?

- Me dá a ficha. - A ficha não é aqui, não, a ficha é lá.

- Tava vazio. - Eu não vou lá, não.

- Não vou pegar ficha lá, não. - Por favor...

Não, a fila tá imensa e ainda vou ter que voltar pra ver a cara desse diabo aqui...

- Diabo é tua tia. - O quê?

- Diabo é tua tia. - Tu não conhece minha tia, irmão.

Ah, mas parece o diabo. Eu não sou diabo, sua tia que é.

Tá bom, eu vou lá pegar a ficha.

- Então vai, pô. - Não vou, não.

- Então não vai, fica. - Você não manda em mim.

- Eu mando. - Eu vou onde eu quiser.

- Então fica. - Não vou ficar.

- Então vai. - Não vou.

- Então fica. - AH! CHEGA!

Chega. Vai lá pegar a ficha, por favor.

- Só porque você pediu com esse carinho. - É, obrigada. Vai. Foi.

Beleza, brigada.

- Pau mandado. - Eu vou jogar porque eu quero essa mochila de prêmio.

Essa vermelha aqui? Isso aqui não é prêmio, não. Essa mochila aqui é que eu entrego quentinha.

Valmir que deixou aqui, que não tinha lugar pra deixar.

- Quem é Valmir? - Valmir é o que trabalha comigo.

- Você não conhece, não. - Tá de sacanagem, né?

Eu não, pô. Olha para minha cara. Eu sou profissional, mano.

Pessoal ignorante. Viu, Rodolfo, como é que o pessoal é?

Fica falando assim, tudo mal amado, né?

Quer um abraço?

Fica assim não. Ninguém vai te levar não, tá?