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Danilo Brito (Música Choro), BRASILEIRINHO - Waldir Azevedo o GÊNIO do CAVAQUINHO

BRASILEIRINHO - Waldir Azevedo o GÊNIO do CAVAQUINHO

Eu tenho certeza que você já ouviu pelo menos uma dessas três músicas

Essas que são as três composições mais famosas do genial mestre do cavaquinho WALDIR AZEVEDO

São elas: Pedacinhos do Céu, Delicado e Brasileirinho

Waldir Azevedo além de brilhante intérprete, ele era um compositor muito comunicativo

As músicas dele são dessas que ficam no nosso ouvido por horas

A propósito

Eu comecei tocando cavaquinho - e bandolim paralelamente - ainda muito criança

E a minha grande referência, ao cavaquinho, sempre foi o Waldir Azevedo

Da mesma maneira que eu aprendi a tocar bandolim

Ouvindo os discos de vinil

Ouvindo as gravações do Jacob

Eu aprendi cavaquinho ouvindo as gravações do Waldir

As 3 músicas que eu aprendi, foram justamente essas

Pedacinhos do Céu, Delicado e Brasileirinho

Acho que não nessa ordem

Acho que primeiro eu aprendi o Brasileirinho

Waldir Azevedo

Em 1949

Recém-casado com Dona Olinda

ele era funcionário da Light e, também,

Fazia parte do Regional do Dilermando Reis

Aquele grande violonista

E, certa vez, nos corredores da gravadora Continental

Ele estava improvisando uma melodia na primeira corda

E aí chegou o João de Barro, o Braguinha

Compositor e diretor artístico dessa gravadora, chegou:

"Escuta, Waldir, você não quer gravar um disco como solista?"

Waldir: "não, imagina, o que é isso? Eu faço parte do regional do Dilermando como acompanhador"

"Não, você grava, você grava o disco!"

Insistiu muito

Braguinha sabia que precisava substituir

O grande Jacob do Bandolim que tinha saído da Continental

E ido para a RCA Victor

E aí o Waldir acabou sendo convencido

e gravou o disco e foi um sucesso imediato

Estrondoso

Que música era?

Brasileirinho

Que coisa!

Waldir tinha esse negócio de ser comunicativo não só como intérprete

Como compositor

As gravações dele eram muito bem feitas

Com um balanço, assim, que era raro de se ouvir

Em grande parte a culpa desse balanço todo

Era do notável violonista JORGE SANTOS

O Regional era formado por:

Risadinha, pandeiro; Jorge Santos, violão de seis cordas e Francisco Sá, violão de 7 cordas

E havia um contrabaixo, também

O Waldir, com esse sucesso todo

Acabou seguindo carreira como solista

E foi emplacando um sucesso atrás do outro

Em 1950

Isto é, um ano depois, ele grava um baião de sua autoria chamado "Delicado"

E, aí, foi um sucesso maior ainda

E, dessa vez, ultrapassando os limites do Brasil

Foi sucesso no mundo inteiro

Uma orquestra americana gravou

Regravou o Delicado

E vendeu, naquela ocasião, um milhão de cópias

Waldir Azevedo ficou rico logo

Tem até uma historinha

Uma vez, ele excursionando pelo oriente médio

Uma dessas turnês

Entre um concerto e outro

Ele entrou numa lojinha de souvenirs

E comprou uma caixinha de música

Para trazer de lembrança para Dona Olinda Azevedo

E, quando abriu a caixinha, estava tocando o seu baião

Seu famoso baião, Delicado

Que coisa, não?

Eu me lembro do meu pai contando, que o Waldir, quando

Quando chegava em São Paulo, que ia até a loja Del Vecchio

Loja de instrumentos musicais no centro da cidade, na Rua Aurora

Entrava para comprar corda, tal

O trânsito parava na rua Aurora

Porque o pessoal falava "Waldir Azevedo está aí"

Então corria todo mundo, parava os carros ali

E entravam para ver o Waldir Azevedo

Que época, hein? Imagine!

Pensar que isso não faz tanto tempo assim, não é?

Em 1951

Waldir Azevedo lança um Choro romântico chamado Pedacinhos do Céu

E imagine, outro grande sucesso!

Essa música ele dedicou à sua família, sua esposa, filhas

E à casa onde viviam

Eu tenho um registro de um show

Gravado em São Paulo em 2008 ou 2009

Em que eu toco cavaquinho, e eu toco, justamente, essas três músicas

Esses três grandes sucessos de Waldir

Com arranjo do próprio Waldir

Eu começo com Pedacinhos do Céu

Eu toco a primeira parte, depois, Delicado

A primeira parte, também, e emendo com Brasileirinho

Engraçado que, recentemente, esse vídeo rodou bastante por aí

E chegou até mim, através de um amigo, e ele fez o seguinte comentário:

"Ah, agora, sim, hein, Danilo? Gostei de ver!

"Emagreceste, tiraste a barba"

Ele não se atentou que era um vídeo de 2008

Está valendo, está tudo bem [risos]

🎶 [Music] <p >[Applause] <p >Gostou? Inscreva-se! Faça seus comentários aqui! <p >Você, cavaquinhista, prestou atenção no "engasga gato"? <p >É "engasga gato" [risos] Eu explico <p >É esse trecho, aqui, da música: <p >Eu não sei muito porque é que chama "engasga gato" <p >Na verdade é, um amigo, antigamente, chegava, falava assim: <p >"Escuta, Danilo, me ensina o "engasga gato" aí" <p >Oxe! Ensinar o que, "home"? <p >O "engasga gato" aquele trecho do Brasileirinho [risos] <p >É um trecho bem enroscado mesmo, sabe? <p >Que puxa, repuxa, recontrapuxa <p >Cada um toca de um jeito <p >Mas o jeito certinho, conforme o compositor, é este aqui: <p >Bem devagarinho: <p >Eu tenho na memória algo que me felicita <p >Em uma dessas homengens ao Waldir Azevedo <p >Eu recebi um telefonema de um número desconhecido <p >Olhei, Rio de Janeiro <p >Quando eu atendi era Dona Olinda <p >Dona Olinda Azevedo, viúva do Waldir <p >E eu fiquei emocionado na hora <p >Eu não sei como ela chegou até mim, como ela conseguiu meu telefone <p >Acho que foi um amigo dela que estava na plateia, em um desses shows <p >Contou a ela que viu esse show <p >E ela me ligou para agradecer por ter feito essa homenagem a Waldir <p >E eu fiquei desconcertado. Eu fiquei emocionado com aquilo, sabe? <p >Ela de uma uma gentileza, de uma doçura <p >E, infelizmente, ela faleceu três meses depois <p >É... histórias e histórias... <p >Muito obrigado por essa audiência <p >Temos muito mais músicas, aqui, pela frente <p >Um grande forte abraço!

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