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Gramática da Língua Portuguesa, Prefixos e sufixos: formação de palavras

Prefixos e sufixos: formação de palavras

RKA2G - Olá a todos! Sejam muito bem-vindos à nossa aula de hoje sobre afixos.

Esses morfemas, ou pequenas partículas,

que equilibramos todos os dias para formar as palavras

que utilizamos no nosso dia a dia.

Estudaremos o prefixo, aquele que vem antes do radical ou base das palavras,

e também o sufixo, que é o afixo que vem depois da base ou radical das palavras.

É muito importante entendermos um pouco mais da origem da nossa língua.

Por isso, a etimologia irá nos apresentar

um panorama sobre a origem e evolução das palavras.

E nós vamos descobrir que ela vem do latim e também do grego.

Por isso, vamos aprender um pouco mais

sobre a influência desses afixos na nossa vida diária.

Você já ouviu falar alguma vez sobre neologismos?

Pois é o surgimento de palavras novas

com base nas palavras que já existem na língua.

Observem comigo esta célebre frase:

"O plano é imexível",

que foi dita pelo então ministro do trabalho nos anos 90, Antônio Rogério Magri.

Ele criou a palavra "imexível" que, logo depois, se tornou dicionarizada.

Observe agora que isso também acontece na poesia e na música,

como em um fragmento da música O Leãozinho, de Caetano Veloso,

com a palavra "desentristecer".

Ele criou essa palavra para falar desse sentimento.

Note que isso também acontece o tempo todo nas mídias sociais,

como neste post "Pratique o Deboísmo", criado pelos internautas.

Para compreendermos melhor, vamos estudar agora os prefixos,

aquelas partículas que vêm antes do radical das palavras

e que têm suas origens no latim e no grego principalmente.

Cada prefixo apresenta o seu sentido ou significado próprio.

O processo de formação das palavras com base na adição de prefixos

é chamado de derivação prefixal. Já ouviu falar nela?

Acompanhe comigo a leitura do poema

para entendermos melhor este processo em contexto.

"Apareceu não sei como.

Queria por toda lei desaparecer num relâmpago.

Foi encurralada e é recolhida,

ao pátio dos pavões estupefatos.

Lá está, infeliz, roendo o tempo.

Eu faço o mesmo." Carlos Drummond de Andrade.

Vamos destacar aqui as palavras que apresentam prefixos.

"Desaparecer", "encurralada",

"recolhida", "estupefatos" e "infeliz".

Todas essas palavras já estão com seu prefixo destacado.

Agora, irei destacar para você

possibilidades de significados ou sentidos para estes prefixos.

Em azul, separação ou ação contrária.

Em laranja, movimento para trás ou repetição.

Também podemos ver, em branco, o estado anterior.

Em amarelo, nós iremos destacar aqueles que têm posição anterior

ou para dentro como sentido.

E, em rosa e por último, a negação ou privação de algo.

Convido você a antecipar comigo

o sentido ou significado desses prefixos destacados, de acordo com a legenda.

Aceita o desafio? Vamos começar com "infeliz":

negação ou privação de algo (de felicidade, neste caso).

"Encurralada":

posição anterior ou para dentro.

Que tal "recolhida"?

Movimento para trás ou repetição.

"Estupefatos":

estado anterior. Eles ficaram paralisados, pararam de fazer o que estavam fazendo.

E, por último, "desaparecer",

que é a ação contrária de aparecer.

Percebeu? É importante estudar os prefixos dentro do contexto.

Isso também irá se aplicar ao próximo afixo: os sufixos.

Eles vêm depois do radical ou base das palavras,

apresentam, também, sentidos próprios

e são divididos em três: os nominais, os verbais

e os sufixos adverbiais.

Acompanhe comigo a leitura do próximo texto

para entendermos melhor esses sufixos em contexto.

"Vicente Matheus foi um dos personagens mais controversos do futebol brasileiro.

Esteve à frente do Paulista Corinthians em várias ocasiões entre 59 e 90.

Voluntarioso e falastrão,

o uso que fazia da língua portuguesa nem sempre era aquele reconhecido pelos livros.

Uma vez, querendo deixar bem claro que o craque do Timão

não seria vendido ou emprestado para outro clube,

afirmou que 'o Sócrates é invendável e imprestável'.

Em outro momento, exaltando a versatilidade dos atletas,

criou uma pérola da linguística e da zoologia:

'jogador tem que ser completo como o pato,

que é um bicho aquático e gramático'."

Durante a leitura,

já comecei a destacar para você algumas palavras

que apresentam sufixos.

É o caso de "voluntarioso", que apresenta o sufixo "oso", formador de adjetivo.

Já "falastrão" apresenta o sufixo "ão",

que é formador de aumentativo.

Já o sufixo "vel" é formador de adjetivo que provém de verbo,

como "tico", que é formador de adjetivo que vem de substantivo.

Perceba agora a palavra destacada: "invendável".

Você observou essa palavra?

Percebeu que ela não existe na língua portuguesa?

Foi um neologismo criado pelo jogador.

Igualmente, nós temos "imprestável", que foi ressignificada:

é uma palavra que existe, mas não foi atribuída ao seu sentido original.

Estes foram exemplos de sufixos nominais.

Agora, vamos ver um pouco da formação dos sufixos verbais.

Geralmente, eles são acompanhados pelo sufixo "ar", mais adjetivo e substantivo

para formar um verbo.

É o caso de "esqui", que é um substantivo, mais "a": "esquiar".

"Nível", "nivelar". Percebeu?

Em geral, é assim que acontece.

Agora, para o sufixo adverbial,

que termina em "mente" e é um sufixo único,

só existe este sufixo formador de advérbio.

Geralmente ele é formado por um adjetivo ou substantivo,

mais a partícula "mente".

Feliz, felizmente. Cruel, cruelmente. Amorosa, amorosamente.

Percebeu? Muito bem, que tal recapitularmos

tudo o que aprendemos até agora?

Os afixos são esses pequenos morfemas ou partículas.

Nós aprendemos um pouco mais sobre os prefixos (aqueles que vêm antes do radical)

e os sufixos (aqueles que vêm depois do radical ou base das palavras).

Lembrando que eles atuam em contexto

e, assim, nós conseguimos inferir ou descobrir o seu sentido ou significado.

Eles são os formadores da maioria das classes de palavras que conhecemos.

Familiarize-se com eles

e, assim, você vai estar mais e mais atento

à formação de palavras novas da língua

e, quem sabe, também vai poder contribuir para a formação desses neologismos?

Que tal utilizar tudo que aprendemos no nosso dia a dia?

Vamos praticar? Até logo!

Prefixos e sufixos: formação de palavras Prefixes and suffixes: word formation Prefijos y sufijos: formación de palabras 接頭辞と接尾辞:単語の形成

RKA2G - Olá a todos! Sejam muito bem-vindos à nossa aula de hoje sobre afixos.

Esses morfemas, ou pequenas partículas,

que equilibramos todos os dias para formar as palavras that we balance every day to form the words

que utilizamos no nosso dia a dia.

Estudaremos o prefixo, aquele que vem antes do radical ou base das palavras,

e também o sufixo, que é o afixo que vem depois da base ou radical das palavras.

É muito importante entendermos um pouco mais da origem da nossa língua.

Por isso, a etimologia irá nos apresentar

um panorama sobre a origem e evolução das palavras.

E nós vamos descobrir que ela vem do latim e também do grego.

Por isso, vamos aprender um pouco mais

sobre a influência desses afixos na nossa vida diária.

Você já ouviu falar alguma vez sobre neologismos?

Pois é o surgimento de palavras novas

com base nas palavras que já existem na língua.

Observem comigo esta célebre frase:

"O plano é imexível", "The plan is immovable."

que foi dita pelo então ministro do trabalho nos anos 90, Antônio Rogério Magri. which was said by the then Minister of Labor in the 1990s, Antonio Rogério Magri.

Ele criou a palavra "imexível" que, logo depois, se tornou dicionarizada. He coined the word "imexible" which, soon after, became dictionarized.

Observe agora que isso também acontece na poesia e na música,

como em um fragmento da música O Leãozinho, de Caetano Veloso,

com a palavra "desentristecer".

Ele criou essa palavra para falar desse sentimento.

Note que isso também acontece o tempo todo nas mídias sociais,

como neste post "Pratique o Deboísmo", criado pelos internautas.

Para compreendermos melhor, vamos estudar agora os prefixos,

aquelas partículas que vêm antes do radical das palavras

e que têm suas origens no latim e no grego principalmente.

Cada prefixo apresenta o seu sentido ou significado próprio.

O processo de formação das palavras com base na adição de prefixos

é chamado de derivação prefixal. Já ouviu falar nela?

Acompanhe comigo a leitura do poema

para entendermos melhor este processo em contexto.

"Apareceu não sei como.

Queria por toda lei desaparecer num relâmpago.

Foi encurralada e é recolhida,

ao pátio dos pavões estupefatos.

Lá está, infeliz, roendo o tempo.

Eu faço o mesmo." Carlos Drummond de Andrade.

Vamos destacar aqui as palavras que apresentam prefixos.

"Desaparecer", "encurralada",

"recolhida", "estupefatos" e "infeliz".

Todas essas palavras já estão com seu prefixo destacado.

Agora, irei destacar para você

possibilidades de significados ou sentidos para estes prefixos.

Em azul, separação ou ação contrária.

Em laranja, movimento para trás ou repetição.

Também podemos ver, em branco, o estado anterior.

Em amarelo, nós iremos destacar aqueles que têm posição anterior

ou para dentro como sentido.

E, em rosa e por último, a negação ou privação de algo.

Convido você a antecipar comigo

o sentido ou significado desses prefixos destacados, de acordo com a legenda.

Aceita o desafio? Vamos começar com "infeliz":

negação ou privação de algo (de felicidade, neste caso).

"Encurralada":

posição anterior ou para dentro.

Que tal "recolhida"?

Movimento para trás ou repetição.

"Estupefatos":

estado anterior. Eles ficaram paralisados, pararam de fazer o que estavam fazendo.

E, por último, "desaparecer",

que é a ação contrária de aparecer.

Percebeu? É importante estudar os prefixos dentro do contexto.

Isso também irá se aplicar ao próximo afixo: os sufixos.

Eles vêm depois do radical ou base das palavras,

apresentam, também, sentidos próprios

e são divididos em três: os nominais, os verbais

e os sufixos adverbiais.

Acompanhe comigo a leitura do próximo texto

para entendermos melhor esses sufixos em contexto.

"Vicente Matheus foi um dos personagens mais controversos do futebol brasileiro.

Esteve à frente do Paulista Corinthians em várias ocasiões entre 59 e 90.

Voluntarioso e falastrão,

o uso que fazia da língua portuguesa nem sempre era aquele reconhecido pelos livros.

Uma vez, querendo deixar bem claro que o craque do Timão

não seria vendido ou emprestado para outro clube,

afirmou que 'o Sócrates é invendável e imprestável'.

Em outro momento, exaltando a versatilidade dos atletas,

criou uma pérola da linguística e da zoologia:

'jogador tem que ser completo como o pato,

que é um bicho aquático e gramático'."

Durante a leitura,

já comecei a destacar para você algumas palavras

que apresentam sufixos.

É o caso de "voluntarioso", que apresenta o sufixo "oso", formador de adjetivo.

Já "falastrão" apresenta o sufixo "ão",

que é formador de aumentativo.

Já o sufixo "vel" é formador de adjetivo que provém de verbo,

como "tico", que é formador de adjetivo que vem de substantivo.

Perceba agora a palavra destacada: "invendável".

Você observou essa palavra?

Percebeu que ela não existe na língua portuguesa?

Foi um neologismo criado pelo jogador.

Igualmente, nós temos "imprestável", que foi ressignificada:

é uma palavra que existe, mas não foi atribuída ao seu sentido original.

Estes foram exemplos de sufixos nominais.

Agora, vamos ver um pouco da formação dos sufixos verbais.

Geralmente, eles são acompanhados pelo sufixo "ar", mais adjetivo e substantivo

para formar um verbo.

É o caso de "esqui", que é um substantivo, mais "a": "esquiar".

"Nível", "nivelar". Percebeu?

Em geral, é assim que acontece.

Agora, para o sufixo adverbial,

que termina em "mente" e é um sufixo único,

só existe este sufixo formador de advérbio.

Geralmente ele é formado por um adjetivo ou substantivo,

mais a partícula "mente".

Feliz, felizmente. Cruel, cruelmente. Amorosa, amorosamente.

Percebeu? Muito bem, que tal recapitularmos

tudo o que aprendemos até agora?

Os afixos são esses pequenos morfemas ou partículas.

Nós aprendemos um pouco mais sobre os prefixos (aqueles que vêm antes do radical)

e os sufixos (aqueles que vêm depois do radical ou base das palavras).

Lembrando que eles atuam em contexto

e, assim, nós conseguimos inferir ou descobrir o seu sentido ou significado.

Eles são os formadores da maioria das classes de palavras que conhecemos.

Familiarize-se com eles

e, assim, você vai estar mais e mais atento

à formação de palavras novas da língua

e, quem sabe, também vai poder contribuir para a formação desses neologismos?

Que tal utilizar tudo que aprendemos no nosso dia a dia?

Vamos praticar? Até logo!