×

Мы используем cookie-файлы, чтобы сделать работу LingQ лучше. Находясь на нашем сайте, вы соглашаетесь на наши правила обработки файлов «cookie».


image

Gramática da Língua Portuguesa, O que é o preconceito linguístico?

O que é o preconceito linguístico?

RKA2G

"E aí, quando é que nós vai?"

"Que feio, não sabe falar, não?"

"Tá errado, fala assim porque não estudou!"

Estas frases demonstram uma postura bastante preconceituosa.

E este é o tema da nossa aula de hoje:

preconceito linguístico,

que é achar que uma forma de se expressar é melhor do que a outra.

Quando a gente vê uma frase como esta,

a gente tem que pensar, primeiro, que a língua carrega informações sobre quem somos.

De acordo com as normas padrão da língua,

"quando é que nós vai" não é adequado.

Isso não significa que, ao ouvir uma frase como esta,

eu deva fazer qualquer juízo de valor a respeito de quem a falou.

O objetivo principal, que é comunicar, foi cumprido.

Cada um de nós tem a sua história, suas experiências,

passou por um tipo de dificuldade, teve mais ou menos oportunidades.

E todo mundo erra e aprende e erra de novo.

Ridicularizar ou condenar alguém pelo modo como fala

é uma discriminação.

E mais do que dar a entender que o outro não sabe, não entende, não tem,

este tipo de discriminação vai além da linguagem.

Ele se apoia em estereótipos.

Do gênero, da raça, da idade...

Se baseia em estereótipos daqueles relacionados

às condições socioeconômicas e socioculturais dos indivíduos.

Então, neste caso,

é bom a gente sempre lembrar

que não tem essa de "falar certo" ou "falar errado".

O que existe são registros diferentes.

Estes registros podem ser formais ou informais.

E a gente tem que lembrar, também, que a língua é muito dinâmica.

O que um dia foi considerado errado pode ser natural hoje. Quer um exemplo?

"Vossa mercê". Lá no passado, as pessoas se tratavam assim. "Vossa mercê."

Mas era meio comprido, né? "Vossa mercê"... "Vosmecê".

"Vosmecê" também é um pouco comprido.

Isso foi se transformando até chegar ao que a gente tem hoje como "você".

O que poderia ser visto como uma forma errada de se expressar

hoje é norma padrão da língua portuguesa e você pode ver por esta palavra.

Quando a gente pensa em tudo isso, a gente conclui o quê?

Que é preciso entender o contexto em que a comunicação se dá.

Claro que há contextos que exigem maior formalidade, maior atenção ao padrão da língua.

Mas também é verdade que a expressão da língua se baseia na diversidade cultural.

E ela tem que ser respeitada, tem que ser valorizada em todas as suas diferenças.

Muito bem, e aí?

E aí, você já sabe quando é que nós vai?

Espero que você tenha gostado desta aula, tenha aprendido bastante sobre preconceito linguístico

e a gente se encontra em uma próxima oportunidade. Até mais!

O que é o preconceito linguístico? Was ist ein sprachliches Vorurteil? What is linguistic prejudice? ¿Qué son los prejuicios lingüísticos? Czym są uprzedzenia językowe?

RKA2G

"E aí, quando é que nós vai?"

"Que feio, não sabe falar, não?"

"Tá errado, fala assim porque não estudou!"

Estas frases demonstram uma postura bastante preconceituosa.

E este é o tema da nossa aula de hoje:

preconceito linguístico,

que é achar que uma forma de se expressar é melhor do que a outra.

Quando a gente vê uma frase como esta,

a gente tem que pensar, primeiro, que a língua carrega informações sobre quem somos.

De acordo com as normas padrão da língua,

"quando é que nós vai" não é adequado. "when are we going" is not appropriate.

Isso não significa que, ao ouvir uma frase como esta, That doesn't mean that when you hear a sentence like this,

eu deva fazer qualquer juízo de valor a respeito de quem a falou.

O objetivo principal, que é comunicar, foi cumprido. The main objective, which is to communicate, has been fulfilled.

Cada um de nós tem a sua história, suas experiências,

passou por um tipo de dificuldade, teve mais ou menos oportunidades.

E todo mundo erra e aprende e erra de novo.

Ridicularizar ou condenar alguém pelo modo como fala

é uma discriminação.

E mais do que dar a entender que o outro não sabe, não entende, não tem,

este tipo de discriminação vai além da linguagem.

Ele se apoia em estereótipos.

Do gênero, da raça, da idade...

Se baseia em estereótipos daqueles relacionados

às condições socioeconômicas e socioculturais dos indivíduos.

Então, neste caso,

é bom a gente sempre lembrar

que não tem essa de "falar certo" ou "falar errado".

O que existe são registros diferentes. What exists are different records.

Estes registros podem ser formais ou informais.

E a gente tem que lembrar, também, que a língua é muito dinâmica.

O que um dia foi considerado errado pode ser natural hoje. Quer um exemplo?

"Vossa mercê". Lá no passado, as pessoas se tratavam assim. "Vossa mercê."

Mas era meio comprido, né? "Vossa mercê"... "Vosmecê".

"Vosmecê" também é um pouco comprido.

Isso foi se transformando até chegar ao que a gente tem hoje como "você".

O que poderia ser visto como uma forma errada de se expressar

hoje é norma padrão da língua portuguesa e você pode ver por esta palavra.

Quando a gente pensa em tudo isso, a gente conclui o quê?

Que é preciso entender o contexto em que a comunicação se dá.

Claro que há contextos que exigem maior formalidade, maior atenção ao padrão da língua.

Mas também é verdade que a expressão da língua se baseia na diversidade cultural.

E ela tem que ser respeitada, tem que ser valorizada em todas as suas diferenças.

Muito bem, e aí?

E aí, você já sabe quando é que nós vai? So, do you know when we're going?

Espero que você tenha gostado desta aula, tenha aprendido bastante sobre preconceito linguístico I hope you enjoyed this lesson and learned a lot about linguistic prejudice

e a gente se encontra em uma próxima oportunidade. Até mais!