31.05.23 - Gripe aviária no Brasil – quais os riscos?
Um vírus conhecido há mais de 20 anos e que, a partir dos anos 2000, começou a ter surtos mais frequentes.
Nos últimos anos, os casos explodiram em várias partes do mundo.
No ano passado, foram sacrificados mais de 600 milhões de animais no mundo por causa dessa doença,
especialmente na Europa e nos Estados Unidos.
Esse é o procedimento que se faz de erradicação para controlar a disseminação do vírus.
A ameaça atravessou continentes e chegou aos nossos vizinhos.
Estamos com um surto de gripe aviária na Bolívia, que é vizinho aqui do Mato Grosso Sul, vizinho do Mato Grosso também.
E nós temos que evitar de todas as formas que, obviamente, que essa gripe aviária chegue no território,
não só do sul Mato Grosso e do Oceano, mas chegue no Brasil.
Em maio, casos foram descobertos em aves silvestres aqui no Brasil,
levando o Ministério da Agricultura a decretar emergências ou sanitária.
O Brasil registrou o primeiro caso de gripe aviária na história do país.
O Brasil tem 13 focos de gripe aviária em espécies silvestres,
todas no Rio de Janeiro, Espírito Santo e também aqui no Rio Grande do Sul.
Um risco para um país que nunca registrou casos em suas granjas
e que na última década se tornou o maior exportador de frangos do mundo.
O Brasil bateu recorde com a exportação de frango em 2022.
O Brasil teve um desempenho histórico com as vendas de carne e de frango em 2022.
As exportações tiveram alta de 4,6%, com um total de 4,8 milhões de toneladas de frango embarcadas para o exterior.
Da redação do G1, eu sou Nathuzan Nery e o assunto hoje é a gripe aviária no Brasil.
Um episódio para entender quais as chances de a doença se espalhar,
atingir as granjas comerciais, ser transmitida para humanos e afetar a economia.
Para isso, eu recebo Paula Salatti, repórter de agro do G1,
e o economista Fernando Henrique Iglesias, analista e consultor da Safras e Mercado.
Quarta-feira, 31 de maio.
Paula, quero começar bem do comecinho.
O que é a gripe aviária?
Como essa gripe é transmitida e como ela se espalha mundo afora?
O H5N1 é um subtipo da influenza, como o H1N1, por exemplo, que a gente está mais habituado.
Só que tem uma diferença crucial, o H5N1 acomete predominantemente as aves.
O H5N1 foi detectado pelos cientistas pela primeira vez em 1996 na China.
No ano seguinte, a gente teve o primeiro caso em humano também na China.
O H5N1 faz parte dos vírus de alta patogenicidade.
O que é alta patogenicidade?
É um vírus que se espalha rapidamente e tem uma alta taxa de mortalidade.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal,
mais de 500 milhões de aves morreram de gripe aviária a partir dos anos 2000,
quando o vírus começou a se espalhar da Ásia para outros continentes.
Apesar do H5N1 ter surgido ali, ter sido identificado, na verdade, no final dos anos 90,
é a partir dos anos 2000 que a gente começa a ter surtos de influência ali na Ásia.
A partir de 2003 da Ásia, ela vai se espalhando para a Europa, para a África,
e mais recentemente, nos últimos três anos, a H5N1 começa a se espalhar aqui pelas Américas.
É importante falar que nas Américas, no geral, ela surgiu primeiro nos Estados Unidos em 2014.
Mas por que tem uma preocupação maior agora?
Porque o H5N1, desde o final do ano passado, ele começou a descer pela América do Sul
e começou a vir para países que antes não tinham H5N1.
No final do ano passado, a gente teve casos, por exemplo, em aves, tá?
No Chile, na Bolívia, entre fevereiro e março, chegou nos nossos vizinhos aqui,
Argentina, Uruguai, e em maio chegou no Brasil.
Eu escuto podcasts do setor e até escuto que alguns especialistas acham que demorou
para chegar no Brasil, porque entre eles era uma questão de quando ia chegar.
E você vê, de março, que chegou ali na Argentina e no Uruguai, até aqui são três meses.
A gente está vivenciando a maior crise de influência viária de todos os tempos.
É uma doença que está cometida nos principais produtores e exportadores de carne de frango do mundo.
Essa doença causa sintomas nervosos e respiratórios nas aves, né?
Coriza, tosse, espirro, corrimento no bico da ave, coordenação motora, torcicolo, apatia, né?
E também pode ocorrer, de repente, uma alta mortalidade de aves, sem nenhum sintoma aparente.
Você mencionou que a gripe aviária atinge principalmente as aves, mas num ponto da sua fala,
você cita o caso da China e diz quando isso aconteceu, quando afetou pela primeira vez humanos.
Você pode, Paula, nos explicar como é essa transmissão da ave para o humano
e quais são os riscos para as pessoas?
Porque eu queria dimensionar o tamanho do perigo para os humanos.
É possível pegar gripe aviária, por exemplo, comendo carne de frango ou ovo?
Não, não é possível pegar gripe aviária comendo carne de frango e nem de ovo.
Essa é uma orientação do Ministério da Agricultura e da Organização Mundial de Saúde.
A OMS, ela tem um dado que eu acho que ilustra bem qual que é o cenário hoje que a gente tem
de transmissão da H5N1 de aves para humanos, tá?
De 2005 até abril de 2023, 874 pessoas foram contaminadas com H5N1 e metade delas morreu, 458.
Em resumo é o seguinte, é raro pegar, mas é grave pegar também, porque tem uma taxa alta de mortalidade.
O que a gente tem hoje é o seguinte, o humano pega H5N1 em contato com as aves, tá?
As aves, elas expelem o H5N1 pelas fezes e pelas secreções respiratórias.
Então é um contato muito próximo, tá?
Eu li um relatório também do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
e o que que eles falam nesse relatório?
Que eles têm percebido que essa contaminação de ave para o humano se dá em situações
em que não houve uma proteção respiratória e nem ocular da pessoa que estava em contato com as aves, né?
Nas Américas nós tivemos três casos de humanos infectados que a gente sabe, tá?
Que a OMS registrou.
Nos Estados Unidos ocorreu em abril de 2022, no Equador em janeiro de 2023 e no Chile em março de 2023.
Um desses casos nos Estados Unidos estava relacionado com um homem que trabalhava numa granja
onde aves com H5N1 foram detectadas.
E a vacina para humanos?
Elas estão em estudos, tá?
O Instituto Butantan, ele está desenvolvendo uma vacina desde janeiro de 2023, né?
A partir de cepas vacinais que a OMS concedeu, mas elas estão em estudos por enquanto.
As pesquisas começaram em janeiro, quando a Organização Mundial de Saúde mandou para o Brasil
cepas de vírus responsáveis pelo maior número de casos de gripe aviária.
Os tipos H5N1 e H5N8.
A partir de então, os cientistas do Instituto Butantan em São Paulo
trabalharam no desenvolvimento da matéria-prima.
No caso do vírus H5N1, o produto está pronto para a fase pré-clínica,
o que significa que já pode começar a ser testado em animais.
A comunidade médica acendeu um alerta aí nos últimos meses, né?
Eu conversei com três infectologistas.
Qual que é a preocupação?
Mais recentemente, H5N1 começou a infectar mamíferos.
No início do ano, a gente teve um caso no Peru, onde mais de 3 mil leões marinhos morreram.
Os médicos que acompanham essa situação suspeitam que a H5N1 possa ter feito uma mutação genética
para ser passada de mamífero para mamífero.
Por que que acendeu a preocupação com relação à infecção humano-humano?
Porque as células dos mamíferos são muito mais semelhantes às nossas do que as células de uma ave.
Então, essa seria a grande preocupação, se o vírus vai conseguir se adaptar
ao ponto de ser transmitido de homem para homem.
Mas eu quero deixar um recado final aqui que todos eles reforçaram nas entrevistas.
Nesse momento, não é motivo para alarde.
No caso das aves, Paulo, o Brasil identificou até agora 13 focos da gripe aviária.
Por que o Ministério da Agricultura decretou a emergência que eles chamam de zoossanitária por 6 meses?
O que que isso significa na prática?
Natuza, estado de emergência zoossanitária, ele é decretado quando você tem um risco de
contaminação de uma doença entre os animais, tá?
É um estado de emergência relacionado à saúde animal, a gente não tá falando de saúde humana aqui.
E o que que isso na prática ajuda?
Ele desburocratiza alguns processos da administração pública.
Eu conversei com o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal e ele me deu alguns exemplos.
Por exemplo, eu preciso enviar um médico veterinário para um parque no Espírito Santo
onde aves foram contaminadas.
Então, ao invés de eu ter que abrir uma licitação para isso ou para comprar um equipamento
para ajudar no combate à gripe aviária, eu acelero esse processo.
É para acelerar o processo, eu posso, por exemplo, isso foi uma informação que o Ministério da Agricultura me deu,
eu posso contratar, por exemplo, um funcionário por tempo determinado para ajudar ali.
Na contenção.
Na contenção.
E por que que o Ministério da Agricultura decretou esse estado de emergência zoossanitária?
Porque a principal preocupação é evitar que a gripe aviária chegue nas granjas.
Por orientação das autoridades de saúde, as propriedades ficam fechadas
e cada veículo que entra ou sai passa por uma barreira de desinfecções.
Esse é o procedimento recomendado pela Organização Mundial do Saldo Animal.
O Ministério da Agricultura e Pecuária afirma, em nota, que não há evidências de que a doença
possa ser transmitida às pessoas por meio de alimentos devidamente preparados e bem cozidos.
Para eliminar o foco, você sacrifica todas as aves que tem naquele local.
E é importante sempre destacar que os 13 focos de gripe aviária que a gente tem hoje no Brasil
são de aves silvestres.
O que que são silvestres? Aves que vivem na natureza.
Não são aves de criação, não são as aves que estão nas granjas
e por isso que o Ministério decretou esse estado de emergência
para evitar que a principal preocupação aqui chegue até as granjas.
E isso do ponto de vista comercial seria muito ruim naturalmente, né?
Se houvesse uma contaminação dentro das granjas.
Sim, até porque o Brasil hoje é o principal exportador de carne de frango do mundo.
A gente exporta para países muito variados, né?
Para os Emirados Árabes, para a Ásia, para o Japão.
Então, realmente seria, numa situação limite, vou sempre destacar isso,
seria um prejuízo muito grande, num primeiro momento, para as granjas aqui do Brasil.
E é um setor que movimenta muito a economia do agro.
A contaminação de criações comerciais causaria grandes prejuízos,
além de poder prejudicar o acesso do frango brasileiro a alguns mercados internacionais.
Todos os animais de uma granja afetada teriam que ser sacrificados.
Justamente pelo Brasil ser um grande exportador de carne de frango,
há muito tempo as autoridades sanitárias, o Ministério da Agricultura,
órgãos de agricultura estaduais estão monitorando essa situação.
O governo federal já elaborava planos de contingência.
E tem um caso curioso que eu queria te falar, porque assim,
quando os casos de H5N1 começaram a chegar aqui na América do Sul,
o Brasil reforçou essas medidas de segurança.
Te dar um exemplo.
No final de dezembro, nós do G1 Agro, a gente queria fazer uma reportagem numa granja de produção de ovos.
Bastos, que é um município que fica no interior de São Paulo,
ele é um dos principais produtores de ovos do Brasil.
A gente não conseguiu fazer reportagem lá.
Por causa de medidas de segurança, o que eles alegaram?
Que todas as granjas estavam fechadas por conta dessa preocupação com a gripe aviária.
Interessante, então os próprios proprietários rurais, as empresas que atuam nesse ramo,
já aumentam a sua vigilância antes mesmo de um caso chegar aqui?
Isso, desde que os casos começaram a chegar aqui mais perto da gente, do Brasil,
as visitas às granjas já estavam restritas.
E no início do ano, o governo até proibiu feiras com animais ao ar livre.
Paula, muito obrigada.
A gente tá falando aqui juntinha uma da outra.
Foi importante você ter feito esses esclarecimentos.
Eu espero que você volte.
Obrigada, Natuza, obrigada pela oportunidade.
Espera um instante que eu já volto para falar com o Fernando Henrique Iglesias.
Fernando, eu quero te pedir para dimensionar o mercado de aves no Brasil.
Basicamente, o mercado de aves,
a nossa projeção que nós temos aqui para a produção de carne de frango em 2023
é de 15 milhões de toneladas.
O Brasil é o segundo maior produtor em escala global.
Ele é o maior exportador.
O Brasil deve exportar entre 4,9 e quase 5 milhões de toneladas nesse ano.
Só para dar uma proporção do que é tudo isso que eu estou falando,
anualmente o Brasil aloja em torno de 6,9 bilhões de pintinhos
com a finalidade de produzir carne de frango.
Então, é essa a dimensão do mercado brasileiro,
essa proporção no contexto global.
O Brasil hoje é um terço da exportação de carne de frango ao redor do mundo.
Então, de cada 3 quilos de frango que o mundo exporta,
pelo menos 1 quilo é de carne de frango do Brasil.
Adotamos todas as medidas porque sabemos da responsabilidade que recai nos nossos ombros.
Atender a população brasileira com quase 60% da nossa produção
e atender mais de 165 países.
Antes de conversar com você, eu falava com a repórter do G1, a Paula Salatti,
e ela me contava que a chance de a gripe aviária afetar a produção de frango
que a gente vende lá para fora, para exportação, é quase zero.
Diante disso, eu te pergunto, mesmo sem risco,
o que o Brasil perde ao registrar casos da doença?
Bom, se porventura os casos ocorrerem em granjas comerciais, acontecer isso,
vamos ter graves consequências do ponto de vista do mercado.
Primeiro que os acordos bilaterais com os nossos principais importadores de carne de frango,
Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Japão e a China,
deslobram a possibilidade de fechamento temporário das vendas brasileiras
com destino a esses mercados.
É temporário, mas ia gerar impacto aqui no mercado
porque esse produto que deveria ser exportado fica aí aqui no mercado interno
e provavelmente ia gerar desequilíbrio de preço,
ia gerar queda das cotações aqui no mercado interno,
enfim, ia gerar uma série de transtornos até tudo se normalizar.
Então, teríamos problemas com relação a isso.
E assim como ocorreu no passado, existe um risco de embargo do nosso frango exportado?
Eu queria tentar dar uma ideia do tamanho desse risco.
Para o consumidor brasileiro, há um risco também?
Para o mercado externo, o único problema vai acontecer
se realmente tivermos casos em grandes comerciais.
Tirando isso, não teremos grandes problemas,
não devemos ter consequências maiores com relação à influência aviária.
O risco fica mais restrito a esses grandes importadores de carne de frango do Brasil
que tem esses acordos bilaterais.
O Brasil segue a risco os principais protocolos de sanidade animal,
então, nós temos uma certa tranquilidade para passar por essa crise.
As medidas do MAPA...
MAPA, quando você fala, é Ministério da Agricultura, né?
Exatamente, o Ministério da Agricultura,
das Secretarias de Agricultura dos Estados,
da BPA, as organizações que regem o setor,
elas são muito assertivas para poder combater esse problema de uma maneira mais eficiente,
sem gerar esse tipo de transtorno, sem gerar esse tipo de consequência.
E para o consumidor brasileiro, ele tem que ficar tranquilo,
pode consumir os produtos avícolas do Brasil com tranquilidade
e não vai ter o menor problema com relação a isso.
A produção de aves envolve também a produção de insumos agrícolas, de grãos.
Então, eu vou te pedir para nos explicar, Fernando,
qual seria o impacto no setor agropecuário como um todo,
caso a cadeia comercial seja afetada?
Bom, o mercado acionário já está precificando, antevendo esse tipo de problema,
tanto que já impactou na ação dos grandes frigoríficos ali,
que tem produção avícola relevante.
Mas, de qualquer forma, um aspecto muito interessante para nós ponderarmos aqui
é que os Estados Unidos seguem produzindo mais de 20 milhões de toneladas de carne de frango anualmente,
Estados Unidos é o maior produtor,
mesmo com focos mais graves do que acontece aqui na América do Sul com relação à influência aviária.
Então, os Estados Unidos teve que sacrificar mais de 48 milhões de aves no ano passado em função da doença,
e mesmo assim não houve grande impacto sobre o consumo de milho,
sobre a produção de carne de frango, o mesmo se aplica aqui ao mercado brasileiro.
Por mais que a influência aviária seja um problema grave,
realmente exige a seriedade com que o problema está sendo encarado,
mas ela não deve trazer grandes transtornos do ponto de vista de consumo de milho,
de consumo de insumos que são usados na nutrição animal.
Então, eu não vejo esse tipo de problema acontecendo aqui no mercado brasileiro em função de focos da doença.
O que pode afetar é a avicultura de postura, essa sim teria problemas maiores.
Traduz isso para a gente.
A avicultura de postura é a avicultura que é destinada à produção de ovos.
Na média, o preço do ovo subiu 18,70% nos últimos 12 meses,
três vezes acima do IPCA 15.
Na região metropolitana de Curitiba, o ovo virou extravagância, com alta de quase 34%.
O que aconteceu nos Estados Unidos e na Europa foi um impacto maior nesse segmento.
Por quê?
A avicultura de corte possui um ciclo mais curto.
43 dias no animal, o frango tende para o mate.
Ele nasceu, 43 dias depois ele está sendo abatido.
Na avicultura de postura, o ciclo é mais alongado, demora mais.
Para essa ave atingir a maturidade, para conseguir botar os ovos e começar a produzir.
A média é mais ou menos de 130, 140 dias para essa ave produzir ovos.
É exatamente isso que aconteceu no mercado norte-americano e no mercado europeu.
A influência aviária trouxe um grande impacto na avicultura de postura,
na que se dedica a produção de ovos.
A avicultura de corte é dedicada à produção da carne e de frango especificamente.
Bom, e se houver uma redução da oferta de ovos ou até mesmo de carne de frango,
como é que fica o impacto na inflação?
E aí por consequência, se a inflação eventualmente aumentar,
o Banco Central tem mais dificuldade de reduzir juros
e aí você tem um problema macroeconômico sistêmico no país.
Exatamente isso, mas só para tranquilizar alguém que está nos ouvindo aqui no podcast,
é que tem outro ponto, é que mesmo nos Estados Unidos e na Europa
realmente houve um descontrole de preços em relação ao mercado de ovos,
o mercado de carne nem tanto.
Já faltam ovos nos Estados Unidos e na Europa,
onde uma onda de gripe aviária e a guerra na Ucrânia mudaram a referência de preços.
E aqui para o mercado brasileiro, o Brasil é referência mundial
nas questões que envolvem biosseguridade.
Então, diferente do que aconteceu na Europa, nos Estados Unidos,
é mais difícil da influência aviária se propagar aqui no território brasileiro
em função de todos os protocolos sanitários que o Brasil segue à risca.
Então, para gerar impacto com relação a descontrole inflacionário,
precisaria realmente de um descontrole muito grande em termos de produção,
em termos de oferta, teria que causar um impacto muito grande, muito severo,
o que não parece ser o caso.
Fernando, obrigada por ter topado falar com a gente.
Gostei de ter conversado com você.
Bom, é sempre um prazer participar. Obrigado, gente. Agradeço.
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