FAMÍLIA DA NAMORADA | PARAFERNALHA
Aí o cara sai que nem um maluco, na frente de todo mundo, não espera ninguém…
e sai gritando o nick dele, que nem um doido...
Oi, gente. Gente… Oi, família.
Gente, Dudu, meu namorado.
A verdade é que hoje em dia todo mundo quer ser o Leeroy Jenkins da sua geração.
Desculpa, pessoal, eu fava só querendo me enturmar, perdão. Vocês estão falando de quê?
- De nada, amor, nada, relaxa. - Como nada, Catarina? Como nada?
Eduardo, nós estamos falando Wow.
Wolgo?
Wow, Eduardo, World of Warcraft. É um jogo que a nossa família joga online.
Porque você não experimenta jogar um dia, hein, Dudu?
Não começa a tentar comprar o menino, não. Eu hein.
Porque o jogo tem dois lados: a Horda e a Aliança.
- Eu, por exemplo, e a Lúcia somos Horda. - E eu e a Mariana somos da Aliança…
que eu acho que tem mais o seu perfil.
Que perfil? Não começa, não, tá? Já falei para você.
Eu ia falar o seguinte…
Calma, Dudu, come um pão de queijo que é uma receita caseira.
Come um pouquinho da lasanha da Lúcia, você vai adorar.
Então, a Horda tem uns bicho feio, sabe, tipo Orc, uns elfos esquisitão.
Não vem, não, que Aliança também tem elfo pra cacete.
- Mas aliança tem humanos. - Olha o preconceito!
Eu não gosto de jogar com humanos.
Gente, desse jeito vocês não vão convencer o garoto nunca.
Vem cá, vocês não acham que estão passando dos limites dessa vez, não?
Dessa vez?
Deixa o garoto falar, ele tem boca para falar. Fala, meu filho.
É, mas a única coisa que ele não fez até agora foi falar. Mãe, pelo amor de Deus, para.
- Vó, para com isso. - Ah, para de ser chata.
Isso, Dudu, me diz: o que que você está achando?
Particularmente eu não gosto de jogos em geral…
- Quê? - Ih, falei besteira.
- É só um jogo também, né gente… - Sai!
- O bolinho estava bom. - Para que foi abrir a merda da boca?
Edu.
Você é um bosta.
Passas. Nunca gostei…