Ponteio (Edu Lobo), O ARRANJO #33, (English subtitles)
Edu Lobo, aos 21 anos, foi o compositor vencedor do primeiro festival da chamada Era dos Festivais, o festival da TV Excelsior, em 1965
Arrastão, a sua parceria com o poeta Vinícius de Moraes fez com que ele e Elis Regina, a intérprete da música,
ficassem imediatamente famosos - Vinícius já era muito famoso
Dois anos depois ele não estava interessado em se inscrever para o festival da TV Record daquele ano, não tinha música nova
Mas o seu grande amigo Dori Caymmi compôs uma melodia, que depois ficaria conhecida como O Cantador,
e insistia pra que Edu fizesse a letra para ele inscrever no festival
Edu nunca foi letrista, escreveu pouquíssimas letras na vida, e a princípio recusou, mas a música era linda, era uma toada moderna
"Aí eu saí de carro, eu me lembro, de madrugada, Aí tinha uma hora que a música fazia (canta), isso é O Cantador, né
Aí me veio uma ideia assim: Ah, quem dera agora eu tivesse a viola pra cantar
Falei, Baiano, eu descobri uma mote aí legal, acho que vou fazer a letra, sim e tal
No dia seguinte ele me ligou porque tinha uma confusão com o Nelsinho Motta, porque eles eram parceiros,
falei Dori, faz o seguinte, esquece essa parceria da gente, eu não quero mesmo entrar no festival, deixa pra lá,
vai você, a tua música é linda, de repente você ganha, e tal, e ficou por isso mesmo"
Quem dera agora eu tivesse a viola pra cantar... esse verso ficou na cabeça do Edu
Nessa época ele tinha um caderno onde ele anotava nomes de prováveis futuras músicas,
e procurou ali um nome que se encaixasse com aqueles versos e encontrou um que lhe pareceu perfeito, e ele fez uma nova música: Ponteio
Eu sou Flávio Mendes, músico e arranjador, esse é O ARRANJO, seja bem vindo
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Ponteio é uma parceria de Edu Lobo e Capinam, e foi a vencedora do festival da TV Record de 1967
Capinam é um poeta baiano, nascido na pequena Entre Rios, no litoral norte do estado da Bahia
Ele era estudante de direito e de teatro em Salvador quando conheceu uma turma jovem que em poucos anos estaria no primeiro time da música brasileira:
Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethania, Gracinha, futura Gal Costa, e Tom Zé
Capinam era um militante na política estudantil, fazia parte do CPC da UNE,
e com o golpe militar de 1964 teve que sair de Salvador para não ser preso
Pegou um trem e foi pra São Paulo, e através dos seus contatos no CPC conheceu Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal,
do Teatro de Arena, e se enturmou com o meio artístico de São Paulo
Foi no teatro de arena que Capinam conheceu Edu Lobo, compositor das músicas do grande sucesso do Teatro de Arena, o Arena Conta Zumbi
Edu procurou Capinam para que ele fizesse a letra de Ponteio, ele já tinha o refrão pronto, adaptado da letra que seria pro Dori, e o título
E tinha o prazo: faltavam só 3 dias pra encerrarem as inscrições e a música foi inscrita da tarde do último dia
O arranjo que eu vou analisar é o apresentado nesse festival,
Edu canta com Marília Medalha acompanhado do Quarteto Novo e do grupo vocal Momento 4, e o arranjo é um arranjo coletivo
UM POUCO DE HISTÓRIA
Edu Lobo é filho de dois pernambucanos, Dona Carminha e Fernando Lobo, jornalista e compositor
Fernando Lobo foi parceiro de Francisco Alves em Chuvas de Verão, de Dorival Caymmi em Saudade,
e do também pernambucano e jornalista Antônio Maria, na icônica música de samba canção de fossa Ninguém me ama
Os pais de Edu se separaram quando ele era pequeno e até os 18 anos Edu passava todas as férias de verão em Recife, sempre viajando de navio
Eram pelo menos 3 meses de férias, ou 1/4 do ano, de dezembro até depois do carnaval e Edu se hospedava na casa de tios maternos
Edu era filho único e em Recife era um outro mundo, com muitos tios, primos, eram casas felizes, segundo ele
"Eu ia pra Recife todas as férias grandes, todos os anos, até 18, 19 anos eu ia, ficava 3 meses lá,
adorava a cidade e ouvia aquelas coisas o tempo inteiro, os frevos, os maracatus, é lógico que isso entranhou em mim de alguma maneira
A vontade de estar em Recife nas férias era tanta, que ele se empenhava nos estudos
"Na época do colégio eu estudei no Santo Inácio, que era um colégio muito puxado, dos jesuítas e tal,
mas eu estudava muito, eu percebi isso anos depois, eu estudava muito por interesse mesmo
Eu não podia imaginar a possibilidade de ter uma segunda época e cortar as férias ao meio"
No colégio Edu conheceu dois amigos que também seguiriam a carreira musical: Marcos Valle e Theo de Barros
Theo de Barros, que mais tarde se consagraria como compositor com Menino das Laranjas e Disparada,
foi a primeira pessoa da sua idade que Edu viu tocar violão muito bem
Na época Edu, como grande parte dos adolescentes, estudava acordeom, o instrumento da moda nos anos 50, mas ele não gostava muito
Com a chegada da bossa nova, que teve grande impacto em todos da sua geração, Edu resolveu aprender violão
Theo de Barros foi o primeiro professor informal de violão do Edu, que depois se matriculou na academia de violão do Roberto Menescal
Com 18 anos montou um grupo com o seu amigo de colégio Marcos Valle e Dori Caymmi, filho de Dorival,
o que segundo Edu foi muito importante pra ele, porque os dois amigos já estavam mais avançados musicalmente na época e ele aprendeu muito
O trio durou mais ou menos um ano, e depois logo Edu gravaria o seu primeiro compacto duplo, um disco de 4 músicas, todas compostas por ele
A ideia foi do pai dele, Fernando Lobo, que era amigo do diretor da gravadora Copacabana,
e Edu considera as músicas desse disco uma parte da sua pré história musical
Nessa época ele nem estava pensando na música de forma profissional, ele fazia faculdade de direito
"A minha ideia era fazer a faculdade de direito pra entrar no Itamaraty, fazer o curso de diplomata
E já no primeiro ano de faculdade já havia muito aquela coisa de diretório, a gente se juntava muito e tinha muito negócio de violão"
E foi encontrando um diplomata de verdade que a vida do Edu mudou pra sempre, ele desistiu da ideia de ser diplomata e se concentrou na música
Edu foi convidado para uma festa na casa da amiga Olivia Hime, na verdade uma reunião dos pais da Olivia,
e entre os convidados estava o poeta e diplomata Vinicius de Moraes
Como era comum nas festas e reuniões daquela época, o violão foi passando de mão em mão até chegar nas mãos do Edu, e o Vinicius estava atento
"Eu comecei a mostrar as músicas que eu tinha feito e de repente ele diz assim: Você não teria um sambinha na gaveta, uma coisa sem letra"
Edu, por sorte, tinha, mas falou depois que mesmo que não tivesse inventaria uma ali mesmo
Vinicus pegou papel e caneta e fez a letra na hora e entregou o papel pro novo parcerinho
"Eu lembro que, tamanho o medo de perder esse papel, esse documento precioso pra mim no momento,
eu guardei o papel dentro do sapato, fui pra minha casa com aquele papelzinho dentro do sapato"
Vinicius ainda determinou o nome artístico dele: no disco de estreia o nome na capa era Eduardo Lobo,
e o poeta perguntou: Alguém te chama de Eduardo? Não, então é Edu Lobo e ponto final
Edu largou a faculdade e foi trabalhar com o dramaturgo Oduvaldo Viana Filho, o Vianinha,
escrevendo as músicas para uma peça que inauguraria o Teatro da UNE, a União Nacional dos Estudantes, na praia do Flamengo
Mas a peça nem estreou: com o golpe militar de abril de 64 o prédio da UNE foi incendiado por grupos de extrema direita
O grande autor e ator Gianfrancesco Guarnieri convidou Edu para ir pra São Paulo para eles trabalharem em um musical para o Teatro de Arena
"Ao chegar em São Paulo eu descobri que não tinha nenhum musical programado,
ele só tinha a ideia de fazer um musical comigo porque ele já conhecia as minha músicas um pouco"
Guarnieri não tinha ideia nenhuma para fazer o musical, e pediu então que Edu cantasse as músicas dele, até que surgisse alguma ideia
Uma das que ele tocou era uma parceria com Vinicius chamada Zambi, que tem uma história curiosa de como foi feita
"Eu tentei fazer a letra dessa música, Vinícius tava fora e acho que o Ruy também tava,
e a ideia que me veio na cabeça pra fazer foi a ideia do Zambi, e eu não consegui fazer porque eu não transo bem com as palavras
Quando eu entreguei essa música pro Vinicius eu não toquei no assunto Zambi, e ele de cara fez: 'É Zambi na noite, é Zambi"
Guarnieri falou, é isso vamos falar sobre Zumbi dos Palmares, a apresentação do processo da dominação do branco sobre o negro
Enquanto o elenco ensaiava o espetáculo Arena Conta Zumbi, Edu voltou ao Rio para gravar o seu primeiro LP,
pela prestigiosa gravadora Elenco, com produção do dono da gravadora, Aloysio de Oliveira
Edu gravou esse LP com o Tamba Trio, com arranjos do Luizinho Eça pra clássicos do Edu como Arrastão
Aliás, o lançamento do LP foi atrasado porque Arrastão, parceria com Vinicius, como eu falei,
estava concorrendo no Festival da TV Excelsior, cujas finais foram no Rio de Janeiro
Naquela época, 1965, não existiam as redes de televisão, o que era transmitido no Rio não passava ao vivo em São Paulo,
onde Edu continuava ensaiando para a estreia da peça
Calculando mais ou menos a hora em que seriam anunciados os vencedores, Edu foi com Guarnieri no Bar Redondo,
que Guarnieri frequentava muito porque ficava perto do Teatro de Arena
Interurbano era caríssimo, mas Guarnieri era um artista famoso e conseguiu que Edu ligasse de lá para a casa da mãe, no Rio
Logo que Dona Carminha atendeu, ela disse que tinham anunciado o segundo lugar, uma música do Baden Powell com Vinícius
Edu desanimou, era improvável que dessem o primeiro e o segundo lugar pro Vinícius, mas Guarnieri pegou o telefone e disse:
você vai ganhar e logo começou a gritar: você ganhou seu filho da p., e tomaram um porre homérico
Com a vitória, a vida do Edu mudou do dia pra noite: o prêmio em dinheiro era muito bom,
e ele apareceu em revistas e jornais do Brasil inteiro
E virou um artista de palco: participou de um espetáculo na boate Zum-zum
em que dividia o palco com Nara Leão e o Tamba Trio, com 3 meses de casa lotada, de terça a domingo
Enquanto isso, em São Paulo, o musical Arena Conta Zumbi foi um grande sucesso, também com casa lotada
Segundo a grande dama do teatro brasileiro, Fernanda Montenegro,
Arena Conta Zumbi é o espetáculo mais importante da modernização do teatro brasileiro
Com o sucesso de Arrastão na voz da Elis, Edu foi mostrar as músicas novas pra ela
"Eu fiquei uns dois ou três dias mostrando as músicas do Arena Conta Zumbi pra Elis,
e quando eu passava por Upa Neguinho ela falava, 'é essa que eu quero'; não espera aí, vamos lá
E as outras, as baladas, as músicas mais lentas, que eu gosto mais,
achava que a harmonia era mais bonita, mas rica, enfim, e ela grudava no Upa, Neguinho
Finalmente ela me convenceu, ela queria essa música, e foi essa que ela quis e estourou e tal"
A música era quase uma vinheta, mas valeu o ouvido apurado da Elis pra escolher repertório,
e é uma das músicas mais gravadas do Edu no mundo inteiro
Edu fez uma turnê de mais de um mês pela europa no meio de 66, dividindo o show com outros artistas
como Sylvia Telles e Rosinha de Valença, e acompanhados por um grupo excepcional de músicos:
Dom Salvador, Sergio Barroso, JT Meirelles, Chico Batera, Rubens Bassini e Jorginho Arena, um dream team de músicos
A última etapa dessa turnê era em Paris, e Edu resolveu ficar, e esticar a estadia até quando o dinheiro deixasse
Ficou alguns meses por lá, e quando chegou o inverno bateu uma saudade, e não foi da sua cidade, o Rio, que ele sentiu falta,
mas sim da Recife de suas férias
Daí veio a inspiração pra compor uma das poucas músicas em que ele fez a letra,
Voltou pro Brasil com o mundo da música se preparando para o II Festival da TV Record,
já se sabia que Gilberto Gil vinha com uma música muito forte e Chico Buarque estava preparando uma também
Mas nada daquilo empolgou Edu, que depois da vitória com Arrastão tinha tido experiências não tão bem sucedidas em festivais
Basta dizer que um dos seus clássicos eternos, Canto Triste, com Vinicius,
interpretada por Elis Regina no I Festival Internacional da Canção, não ficou nem entre as 3 primeiras
Esse festival da Record de 67 é considerado o melhor festival de todos os tempos, por tantas músicas excepcionais apresentadas
Tinha Domingo no parque, do Gil, Roda Viva, do Chico, Alegria Alegria, do Caetano
E ainda tinha O cantador, de Dori Caymmi e Nelson Motta e Eu e a Brisa, de Johnny Alf
Edu realmente se empolgou com a canção escrita com Capinam, e inscreveu Ponteio pra ganhar o festival
"Eu tava tão ansioso na época de talvez retomar o lugar que eu achei que tinha perdido um pouco
Tava um pouco ansioso em talvez brilhar de novo, e tal, eu tenho a impressão que eu me preparei demais pra ganhar,
pra tirar o primeiro lugar, quando música não tem isso"
E se preparou mesmo, com um nível de profissionalismo que era raro na época, e Edu apresentou um número perfeito
1. MELODIA A música já começa com um acorde bem dissonante, um acorde menor com sétima maior e a melodia na nona
E no segundo acorde a melodia está na sétima maior, é uma melodia muito rica
Ponteio se aproxima de um baião, mas eu acho que o mais correto seria pensar numa releitura do baião
Enquanto no baião tradicional o baixo toca duas notas por compasso,
em Ponteio Edu coloca uma nota a mais no baixo
Enquanto a levada tradicional parece que puxa a música pra trás,
a nova linha de baixo parece que empurra a música pra frente, empolga mesmo
É uma marca do Edu principalmente no início de carreira, pegar algo da tradição musical brasileira, especialmente a nordestina,
e fazer algo um tanto épico, o que dava um contraste com a estética intimista da bossa nova
Mas mesmo usando elementos regionalistas ele nunca regrediu musicalmente pra uma harmonia pré-bossanova,
ou foi melodicamente simplista, ele sempre seguiu o refinamento e a sofisticação da bossa nova
A letra de Capinam também é excepcional, com muitas aliterações, como 'Que soubesse que eu sou violeiro', ou 'Violência, viola, violeiro'
E muito política também, com recados claros sobre a resistência ao regime ditatorial que existia na época,
nos versos como 'Certo dia que sei por inteiro, eu espero não vá demorar, esse dia estou certo que vem', ou 'vou ver o tempo mudado'
Essas frases inflamavam a plateia, e mais importante, eram muito boas em si, literariamente,
não eram planfletárias no sentido mais vazio, tanto que envelheceram muito bem, a letra não ficou datada
2. ORQUESTRAÇÃO Edu dividiu a interpretação de Ponteio com a atriz e cantora Marília Medalha, que ele já conhecia do Teatro de Arena
Para o acompanhamento instrumental ele convidou o grupo do seu amigo de infância, Theo de Barros,
o Quarteto Novo, que ainda contava com Heraldo do Monte, Airto Moreira e Hermeto Pascoal
Edu tocava violão, Theo violão e contrabaixo, mais a viola do Heraldo, a percussão de Airto e a flauta do Hermeto, essa era a orquestração
E ainda tinha o quarteto vocal Momento 4, de Zé Rodrix, Ricardo Sá, Maurício Maestro e David Tygel,
esses últimos seriam a metade do grupo Boca Livre, formado mais ou menos dez anos depois
E ainda teve o diretor Augusto Boal dando um acabamento visual na postura e nos movimentos da Marília e do Edu
e na posição dos grupos no palco, era quase um encenador da canção
Nos exaustivos ensaios, eles desenvolveram coletivamente o arranjo,
e pelo nível da ficha técnica já dá pra ver o porquê dessa apresentação ter sido tão profissional
3. A FORMA DO ARRANJO Ponteio tem duas partes, AB, sendo o B o refrão; são 3 letras diferentes pra parte A, ou seja são 3 vezes AB
Nesse arranjo a forma é assim: uma introdução com 8 compassos só com violão,
e depois 16 compassos, agora com flauta e percussão também
Segue a música inteira, AB, com um intermezzo de 8 compassos, outra vez a música inteira com os 8 compassos de intermezzo
Depois o último AB e agora uma ponte de 8 compassos pra modular, o tom sobe um tom e meio para repetir o refrão
com um acelerando no final, pra terminar de forma apoteótica
Para a gravação e apresentação no festival o Edu afinou o violão dele meio tom acima, pra usar as cordas soltas do violão
Para tocar junto ou você afina o violão também meio tom acima ou você usa o capo traste na primeira casa do violão
A introdução começa com os dois violões e depois entra flauta e percussão
No primeiro A o acompanhamento é só dos violões
Na primeira vez do refrão se mantém o acompanhamento só dos violões, mas na repetição entra baixo, bateria e percussão
Voltam as frases da introdução na flauta no intermezzo, mas com a metade do tamanho
No segundo A tem perguntas e respostas da viola caipira com a flauta
A flauta toca no limite da extensão dela no agudo, e esse timbre lembra os pífanos
O grupo vocal abre vozes nos acordes de preparação,
e faz uma frase de contraponto no refrão
Vozes abertas no segundo intermezzo
No último A as vozes fazem a cama harmônica e a flauta faz uma frase de contraponto
De novo o vocal nos acordes de preparação e na frase de contraponto no refrão
Frases de flauta
E tem palmas sincopadas, que ao vivo foram feitas pelo grupo vocal
A ponte pra modular, pra subir o tom, é cantada em uníssono do Edu com o vocal e a Marilia oitava acima
Breque e modulação, com vozes e a viola
No refrão final tem solo da viola e o contraponto do vocal
Agora um acelerando, pra chegar no final apoteótico
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Muito obrigado, até uma próxima
"O Edu, galantemente, tirou o time de campo
E não passaram, dois meses depois ele tava com 'Quem me dera agora eu tivesse a viola pra cantar'