Como o Brasil produz GRAFENO - o material do futuro?
Grafeno.
Nos últimos 15 anos, muito tem se comentado sobre as propriedades deste promissor material.
O grafeno é uma das formas cristalinas do carbono, assim como o diamante, o carvão,
e o grafite.
Basicamente, o grafeno é um material constituído por uma camada extremamente fina de grafite,
com a diferença de que possui uma estrutura hexagonal cujos átomos individuais estão
distribuídos, gerando uma fina camada de carbono.
Com isso, o grafeno é o material mais forte, mais leve e mais fino que existe.
Além disso, ele é um excelente condutor de calor e eletricidade, o que o torna perfeito
para a fabricação de semicondutores, ou seja, chips para eletrônicos.
E também tem a aplicação em roupas, deixando-as praticamente à prova de balas, e em naves
espaciais - além de várias outras indústrias.
Não é a toa que o grafeno é visto por muita gente como uma das maiores invenções científicas
dos últimos tempos - tanto é que os japoneses já estão de olho aqui no Brasil.
Mas como fazer grafeno?
Bom, uma das maneiras é espantosamente simples: basta grudar e desgrudar uma fita adesiva
em que se colocou uma lâmina de grafite, o mesmo material usado no interior dos lápis,
até restar apenas uma camada de átomos de carbono.
Foi assim que uma dupla de físicos caracterizou as propriedades do grafeno em 2004 e, em 2010,
ganharam o Prêmio Nobel de Física.
De lá para cá, os pesquisadores dessa área desenvolveram métodos mais sofisticados,
raramente registrados em imagens porque não é fácil fotografar um material praticamente
invisível nem espiar o que se passa dentro um forno a 1.000 graus Celsius.
Essas imagens que você está vendo são registros do processo realizado no Centro de Pesquisas
Avançadas em Grafeno, Nanomateriais e Nanotecnologias, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em
São Paulo.
É claro que, como toda nova tecnologia, geralmente leva alguns anos para que ela transforme as
nossas vidas.
Enquanto isso, ficamos no aguardo.