T3E4
TÁXI!
O que você está fazendo?
Vamos para o aeroporto.
Para o aeroporto?
Não, não sinto muito.
O que você está fazendo?
Para onde você está indo?
Para o meu hotel.
Você vai fingir que nada disso aconteceu?
Não, eu não sei não.
Você não tem o direito de ficar confuso.
Você não ouviu essa mulher?
A gente tem que deter ela, a gente tem uma responsabilidade.
Você e eu, desconhecidos, fazendo alguma coisa que vai nos afetar.
Eu falei para você que eu ia ouvir e ouvi.
Mais do que o suficiente.
É mentira, Beatriz.
É tudo mentira.
Essa moça alterada contaminou a gente com esse delírio.
Uma pessoa alterada depois de uma separação.
Ela parece convincente, mas ninguém consegue criar um vírus inspirado no livro.
E ninguém consegue tirar um vírus de um laboratório que nem esse.
É assim que começam as conspirações.
E a gente não sabe o que vai acontecer.
A gente não sabe o que vai acontecer.
E a gente não sabe o que vai acontecer.
É assim que começam as conspirações.
Todas.
Alguém mente, alguém acredita.
Aí você junta os erros das pessoas e o fato de elas não admitirem os erros e o medo.
Uma fórmula que afeta todo mundo hoje em dia.
E a gente já sabe como acaba.
Você estava lá.
Ouviu tudo.
A gravação da Maria, aquilo que eu passei, a minha tatuagem.
É real.
Isso não significa nada para você?
Você já ouviu falar de lembranças falsas?
Síndrome da memória falsa?
Eu estudei isso quando rolou o problema com a minha memória.
Você pode fazer uma pessoa lembrar nitidamente até de alguma coisa que nunca aconteceu com ela.
É algo que já foi estudado.
Eu acho que o que você tem é pavor da verdade.
Eu tenho pavor da loucura, pavor da ignorância.
Eu acho que a maioria das coisas inexplicáveis tem uma explicação sim.
Eu acho que chegamos à Lua sim.
Eu acho que a Terra é redonda sim.
E que existem explicações, matemática e probabilidades.
Não tem nada mágico.
Acontece que somos muitas pessoas.
7,8 bilhões de pessoas.
Você sabe quantas estão cortando o cabelo agora e fazendo tatuagem de asas?
Milhares.
Ok, vai.
Digamos umas dezenas.
Ah, ok.
Uma só.
Você e a personagem da Beatriz fizeram algo super lógico numa época de crise.
Cortaram o cabelo.
Todo mundo faz isso.
Todo mundo.
Cortar o cabelo e fazer uma tatuagem, embora você não acredite, é super comum nas crises.
Tatuagens de asas.
É a primeira coisa que vem na cabeça.
O que você acha mais sensato?
Isso ou que a cena de uma história de um livro de ficção,
viagem ao passado, entre na tua mente e faça você cortar o cabelo,
fazer uma tatuagem e desmaiar no banheiro.
Ah, e com relação a essa mulher, ela mesma confessou.
Ela leu o livro.
Por amor as pessoas fazem ou dizem qualquer coisa.
E o frasco?
Sério que você vai botar no seu sangue um negócio que uma desconhecida te deu
depois que acabou de fazer um discurso que, sem querer ofender,
era para ser caso de internação?
Beatriz, sinto muito.
A única coisa que eu sei é quem sou eu.
E olha lá, não me peça para salvar o mundo, eu não sei nem como me salvar.
Eu nem acho que isso seja possível.
Eu escolho não acreditar.
A gente é muito improvável, mas não precisa de um universo alternativo
para explicar nossa vida.
Desculpa se eu estou te decepcionando.
Eu não sou o Pedro Reuter.
Paciente 63.
Temporada 3.
Episódio 4.
Ghostwriter.
Piano 13.
Episódio 4.
Episódio 4.
Pois não?
Sr. Trindade, o Sr. Gaspar Marim o espera aqui embaixo.
Como?
O Sr. Gaspar Marim está esperando o senhor no lobby.
Antônio Trindade, certo?
A Beatriz mandou você, né?
Fala para essa mulher.
Não, não, ninguém me mandou.
Eu vim por vontade própria.
Atravessei o Atlântico só para ter essa conversa.
Eu fiz um esforço.
Eu sou um pouco medroso.
Eu acho que você pode compreender que esse não é exatamente um bom momento
para vir para a Europa, né?
Por favor, nem perca seu tempo.
Eu acabei de sair do culto que essa psiquiatra inventou
com seu grupinho de pacientes influenciáveis.
Se você não for embora agora, eu vou chamar a segurança.
Antônio, fui eu quem mandou para você, em meados de 2020,
a transcrição da conversa entre a psiquiatra e o Pedro Reuter.
O quê?
Não se assuste.
Eu não estou acusando você de plágio.
Isso aqui pode ser tudo, menos uma ameaça ou uma extorsão.
Todos nós estamos ligados.
A gente faz parte de uma rede.
Os seus movimentos são os meus movimentos.
A gente pode sentar lá só um pouquinho, por favor?
Eu prometo que vai ser rápido.
Por favor.
Eu vou ouvir você, mas não por muito tempo.
Eu já ouvi demais hoje.
Eu vou direto ao ponto.
Assim como nós, humanos, podemos sonhar com coisas
que aconteceram numa outra linha,
ecos de eventos futuros na nossa memória,
os registros digitais também deixam ecos e pegadas,
rastros em diferentes tipos de suporte,
no interior de campos aleatórios.
São os eventos Garnier-Malais das máquinas.
Sons e gravações digitais recuperadas de outras linhas
podem deixar marcas nessa e serem, de fato,
uma forma efetiva de comunicação.
As pessoas do projeto sabem disso.
As pessoas do projeto?
Sim, e elas podem mandar informações para o passado desse jeito.
Elas usam páginas de números aleatórios,
como folhas em branco, para escrever as mensagens.
Você quer receber informação do futuro?
Compre uma boa máquina de números aleatórios,
ou RNGs, baseados no tunelamento quântico.
Ou então, entre em páginas que codifiquem
campos de números aleatórios causados por raios na estratosfera,
e você vai ver que antes de eventos importantes,
antes de catástrofes gigantes, tudo se altera.
Você não acredita em mim?
Procura projeto GCP no Google.
Quer anotar essa sigla?
Não.
Mas deveria.
É um esforço internacional para investigar
se a atenção social compartilhada por milhões de pessoas
quando acontecem determinados eventos relevantes
pode ser medida e validada cientificamente.
Eu faço parte desse grupo.
Eu faço parte de muitos grupos, mas esse é o mais importante agora.
A rede GCP opera há 35 anos.
Diante de um acontecimento extraordinário,
os computadores analisam números ao acaso
e extraem informações sensíveis.
Qualquer vórtice, por exemplo, Rússia ou Cránia.
Mas também há alguns anos, os incêndios na Amazônia.
Antes, a seca na Somália em 2017,
o Katrina em 2005,
o tsunami do sudeste asiático,
o Michoud, a erupção em La Palma, a Ômicron.
Tudo gera uma alteração na aleatoriedade alguns dias antes,
como se os eventos deixassem uma pegada prévia na realidade
e disparassem muitas linhas de realidades possíveis.
Um dia, num fórum, apareceu uma charada.
Senhor Marinho, sinceramente, eu não faço ideia do que o senhor está falando.
E com mais sinceridade ainda, eu confesso que não me interessa.
Não hoje.
Me permita continuar.
A charada se chamava Cicada 3301.
E eu a acompanhei até o fim.
Todas as etapas.
Foram dois anos.
Eu quase acabei com a minha carreira pra resolver.
Emerson, William Blake, Numerologia Maya, cálculos matemáticos.
Tudo pra chegar a um QR Code.
E esse código foi a chave.
Uma criptografia.
Senhor Marinho...
Desculpa, desculpa.
Eu vou simplificar.
Eles, os caras do projeto, me deram a chave criptográfica
pra dar uma ordem ao caos.
E o que aconteceu quando apliquei?
Informação.
Eu não estou autorizado a contar tudo pra você ainda.
Mas dez anos atrás, eu tive que encanar um personagem,
imprimir documentos, resgatar uma mulher e mostrar pra ela uma gravação.
Mas eu não tinha noção do grande desenho.
Quando tudo acabou, o que eu tinha vivido era tão extraordinário
que depois nada fazia sentido.
Eu entrei numa depressão profunda.
Um buraco do qual eu não conseguia sair.
Mais uma noite, em 2013,
dois meses depois da morte da mulher no aeroporto,
quando eu achava que o meu papel já tinha acabado,
chegou uma nova enxurrada de informação.
Eu acho que eu estou deixando você confuso, né?
Eu falo como se você já soubesse de tudo e você não sabe.
Eu vou tentar explicar melhor.
Por favor.
No dia 22 de janeiro de 2013,
eu recebi uma nova leva de informações,
na forma de som puro.
Números aleatórios convertidos a hertz.
Uma faixa de 77 a 482 hertz.
De repente, apareceu um som humano.
Uma conversa que demorou sete anos e dez meses para terminar de baixar.
Eu lembro muito bem como começava.
Uns sons que, depois que eu apliquei filtros para tirar o ruído,
percebi que eram passos.
E depois um apito, que era o bip de um gravador.
E a voz de uma mulher que dizia,
Hora 10h30, 22 de outubro de 2022.
Primeira sessão, paciente 63 para o registro.
Quando tocar o bip, a gente pode começar?
Eu demorei meses para isolar palavras específicas
ou compreender o sentido de palavras perdidas ou distorcidas.
Foi um trabalho rigoroso e exaustivo.
Nove sessões.
Uma delas foi impossível de recuperar naquele momento.
Mas o resto eu organizei e dei um sentido para esse estranho encontro
entre a psiquiatra Elisa Amaral e seu paciente.
Eu estava muito nervoso.
Eu estava muito nervoso.
Eu estava muito nervoso.
Eu estava muito nervoso.
Enquanto eu fazia esse trabalho de recuperação,
eu não parava de me perguntar
quem naquela linha alternativa tinha recuperado esse gravador
quando a doutora desapareceu no aeroporto.
E quem teria subido os arquivos
para que os caras do projeto reenviassem para mim
e eu os recuperasse nessa linha?
E agora vem o mais louco.
Agora que vem o mais louco?
Eu mesmo.
Gaspar Marim.
Parece que eu tenho feito isso em muitas linhas.
Em todas elas.
Recuperar gravações, enviar gravações.
Receber gravações, entregar gravações.
Eu sou um mensageiro.
E finalmente, neste caso, nesta linha,
que é a única linha que eu conheço,
eu compilei essas gravações
que as pessoas do projeto fizeram eu baixar para você.
No começo foi um choque.
Eu era o escritor amador de ficção científica.
Se essa história e tudo o que me aconteceu
viessem a público, seria eu.
Mas as instruções eram claras.
Eu sou um mensageiro.
E a última instrução, a instrução final,
era que eu devia plantar essa semente,
passar essa história integralmente para alguém desconhecido.
Um homem chamado Antônio Trindade.
E então, no dia 20 de junho de 2020,
num gesto de humildade do qual eu me orgulho,
eu compreendi que, embora fosse eu quem deveria ter exposto,
eu quem poderia ter publicado o livro,
peguei as gravações da terapia, transcrevi,
hackeei remotamente o seu computador
e coloquei elas numa pasta dos seus documentos
para o bem do projeto.
Para, para.
Eu vou ignorar tudo que...
Tudo que você contou para mim.
Eu vou fazer só uma pergunta que vai
suar mais maluca ainda.
A minha senha.
Para poder acreditar, fala a minha senha.
Se você...
1363.
E o teu e-mail, joker1363.
A primeira letra é maiúscula.
Posso continuar?
Eu tenho outra opção?
No desenho completo, cabia a você ser o autor da história.
Logo depois, você fez o que qualquer pessoa faria,
trazer à luz a história chamada Paciente 63.
Embora você nunca tenha conseguido explicar
como recebeu essas 222 páginas,
ajudou muito o fato de você não hesitar em usar o material.
Porque você já tinha sonhado que escrevia um livro
sobre o futuro distópico e viagens no tempo.
E você já tinha feito isso.
E você acreditou que estava obcecado pelo tema.
Porque a mente, para não enlouquecer,
se adapta para corrigir anomalias lógicas.
O ego reescreve infinitamente a realidade.
Para você, o livro Paciente 63,
dois anos depois da sua publicação,
é a tua criação.
Talvez você tenha razão.
Mas num sentido bem mais profundo do que você pensa.
Você está bem?
Não.
Não estou nada bem, estou péssimo.
Me dá licença.
Você está pálido.
Você precisa se hidratar.
Mas beba água filtrada.
Você sabia que o flúor calcifica a glândula pineal?
Ah, por favor.
Pode continuar.
É preciso que isso se acabe de uma vez.
Ok, ok.
A espécie de flúor que você usa
é o que faz com que a glândula pineal
sejam mais e mais pálida.
E a glândula pineal está muito mais pálida
do que o flúor que você usa.
Então, você está bem?
Ok, ok.
A história da transcrição do paciente 63,
essa grande semeadura, como resolveram chamar,
tem uma só finalidade.
A ativação única de uma pessoa especial.
Uma pessoa que vai fazer o último movimento.
O movimento que vai fechar o grande desenho.
Antônio, a minha participação acaba por aqui.
Eu já entrei em contato com as outras duas pessoas importantes.
Já cumpri meu papel.
E como todo bom semeador, eu preciso desaparecer.
Fazer algo para os outros, sem esperar ser reconhecido.
Talvez seja eu o herói dessa história.
Seja qual for meu papel e meu sucesso.
O tempo é crítico.
Eu espero que você compreenda isso.
E eu também espero que essa noite
você tome a decisão certa.
Eu não gostaria de estar no seu lugar.
Antes de ir embora, eu vou te dar um presente.
É um procedimento antigo. Coisa de 5 mil anos.
Deixa eu ver...
Ah, aqui.
Três objetos. Uma moeda, um gravador e um relógio.
Eu sei. É o que eu estou vendo. Por quê?
O que eu vou fazer agora exige que você abra completamente a mente
para todas as possibilidades.
Eu preciso que você encare isso como uma história.
Não suponha nada ainda. Eu só quero que você escute.
Estamos perto de atravessar uma linha sem retorno.
É como no filme.
Eu não tenho uma pílula vermelha e outra azul.
Eu só tenho a obrigação de perguntar se você quer atravessar essa linha.
Ok, estou te escutando.
Não fique na defensiva.
Vai, continua, por favor.
Olha essa foto.
Você conhece esse homem? Olha bem.
Não, não conheço.
O nome dele é... Foi.
Vicente Correa.
Ele morreu de um ataque cardíaco no dia 6 de junho de 2019.
Ok.
Para uma entidade nascer, uma outra precisa morrer.
E isso dá continuidade às linhas.
E em todos os universos em progressão se obedece essa mesma regra.
Morrer, nascer.
Mas nesta linha aconteceu algo fora do comum.
Um salto.
Uma migração de uma entidade sem passar por um nascimento.
Não estou entendendo porra nenhuma do que você está falando.
A entidade Vicente Correa morreu e continuou, digamos, num caminho alternativo.
Num outro caminho.
Escapou do nascimento.
Ocupou um corpo adulto que tinha acabado de ser abandonado.
A entidade Vicente Correa abandonou o corpo.
Morto por um infarto, uma morte súbita.
E por algum motivo ocupou um outro corpo adulto disponível.
O corpo de um engenheiro mecânico viúvo e sem filhos
que tinha acabado de sofrer uma parada cardíaca
e que pra todo mundo esteve morto durante oito minutos.
Mas isso é o aparente.
O real é que esse homem, chamado Antônio Trindade, morreu sim.
E esse corpo, por um momento subitamente vazio, recebeu um novo ocupante.
Recebeu Vicente Correa.
A viagem gera um esquecimento.
A viagem altera a memória.
Por isso você não lembra quem você é realmente, Vicente.
Não é possível.
Por que isso aconteceu?
Eu me perguntei isso muitas vezes, muitas.
Por que interromper o mecanismo de morte e pular o nascimento?
Eu tenho uma teoria.
Pra um ciclo se completar, ele precisa ter um começo.
Uma entrada.
Uma ocupação conveniente pro projeto.
Um ajuste.
Você é o ajuste.
Você, Vicente.
Você está aqui pra tudo se encaixar no futuro.
Você é o começo do ciclo.
Não. Não.
Não, não.
Eu sei que não é fácil de compreender.
Olha, esse é o seu atestado de óbito.
Olha a hora.
É a mesma hora em que você estava clinicamente morto.
É sério que você está me dizendo que...
É. É simples.
No fundo, no fundo, é simples.
Pra completar o desenho,
uma entidade não pode existir se outra não tiver morrido na mesma linha.
O doutor Correa morreu.
E ocupou um outro corpo.
Esse que eu estou vendo agora.
Você é Vicente Correa.
E no futuro, você vai ser Pedro Reuter.
Eu sei.
Dá um tempo pra você.
Eu acho que eu sei como você se sente.
Quer água?
Não. Não.
Guarda essa foto, mas não olha pra ela ainda.
Deixa ela virada.
Agora, olha pra esses três objetos.
Uma lira italiana, um gravador e um relógio.
Qual você escolhe?
Moeda.
Agora, olha pra foto.
Você não vai se reconhecer. Você está diferente.
O seu corpo é diferente, mas presta atenção.
Esse jovem médico de 23 anos na Fontana de Treve.
Da viagem que você fez depois de se formar.
Você consegue ver o que tem na mão?
Uma moeda.
A tua moeda da sorte.
Você achou ela em Roma.
Você falava que te dava sorte.
E resolveu não jogar.
E guardou ela com você.
Estou enjoado de novo.
Calma, calma. Inspira.
Inspira, segura.
Isso. E depois solta o ar pela boca e segura. Vai.
Isso. Faz de novo.
Isso vai te acalmar. Vai.
Boa.
O relógio é meu.
Você pode ficar com o gravador.
Você lembra que tinha uma sessão entre Pedro Reuter e a doutora que eu não conseguia decodificar?
Então, finalmente, depois de muito esforço, eu consegui.
Tirei o ruído de fundo, utilizei um algoritmo de inteligência artificial para recuperar o tom.
Eu gravei o arquivo aí.
Você e a Beatriz deveriam ouvir.
Isso muda tudo.
Realmente, muda tudo.
Eu estou consultando os campos de números aleatórios. Eles estão todos enlouquecidos.
Eu nunca vi uma comoção desse tipo antes.
Nem no começo do ano.
O grande vórtice está se aproximando.
Seja qual for a linha escolhida, isso vai se resolver hoje.
Boa sorte, camarada.
Boa viagem.
Ah, quase que eu esqueço.
Esse é o número da doutora Beatriz.
Ela está hospedada num hotel aqui perto, Albergo del Sole.
Ela não foi para o aeroporto.
Ela não pode deter a Maria sozinha, sem você.
Só você pode convencer a Maria.
Ou não.
Leve a moeda da sorte.
Vai precisar dela.
Segundo a sua filha, que foi quem me deu, você sempre a carregava na carteira.
A minha filha?
Tua filha.
Maria Cristina Borges.
O CINEMA É A NOVA EDIÇÃO
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Paciente 63 é uma série original Spotify,
protagonizada por Mel Lisboa e Seu Jorge,
criada por Julio Rojas.