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Parafernalha, MEU PAI NA TERAPIA | PARAFERNALHA

É isso, Carla, eu não sei mais o que fazer com meu filho. Já tentei dar todo tipo de castigo que eu podia...

Outro dia até perdi a paciência, dei uma palmada nele, sabe, mas não adianta.

- Olha só, André, violência não é uma opção, tá? - Tá, eu sei que não é uma opção mas...

eu vou fazer o quê? Esse garoto não me respeita de jeito nenhum.

Olha, a melhor coisa a se fazer nessa hora é não usar da violência e nem do abuso verbal.

Porque dessa forma você acaba inibindo seu filho...

Desculpa André, só um minutinho, eu posso atender aqui?

- Só um segundo. - Sim.

Alô. Fala desgraça. Não, não fiz almoço, e daí?

Esquenta a porra da lasanha no microondas, cacete.

Caguei se tu não come lasanha, meu amor, come essa merda ou fica com.

Te vira, porra. Onde é que eu parei?

- Ah, do abuso verbal. - Mas então, você acha que eu devia dialogar mais com ele?

- Você acha que... - Sim, claro, diálogo é super importante, André.

Por que é só dessa maneira você vai conseguir entender qual é a raiz do problema...

O que que tá... mil perdões, André, desculpa, posso atender só mais um segundo?

Claro, à vontade.

Alô, caralha.

Como assim não vai fazer lasanha?

É lasanha de microondas, porra, qualquer imbecil sabe fazer lasanha de microondas.

Eu lá sei quanto tempo que bota. Lê na caixa. Caguei se tu jogou a caixa fora, meu amor, te vira.

Então, André, o que a gente precisa entender é que toda criança...

todo ser humano precisa ser tratado com respeito, com compaixão ,com... CARALHA!

Que inferno! Que que você quer, desgraça? Tô no trabalho, porra!

Como assim deixou o prato cair no chão? Limpa esta merda agora.

Ah, não tem pano? Limpa com a cara!

Olha só, Fernando, se eu chegar em casa e tiver bolinha de carne moída no tapete...

Ah, Fernando, você não me conhece, eu sou maluca.

Eu sou MALUCA!!!

Compaixão. Compaixão. Essa palavra que eu queria falar hoje nessa sessão.

Ô, Carla, você me desculpa me meter nisso, mas é assim que você fala com teu filho?

Não, imagina, não é meu filho, não.

- É o meu pai. - Ah, tá.

- Pô velho é foda, né? - Porra...

Mas, então, eu tava querendo imaginar como seria um...


É isso, Carla, eu não sei mais o que fazer com meu filho. Já tentei dar todo tipo de castigo que eu podia...

Outro dia até perdi a paciência, dei uma palmada nele, sabe, mas não adianta.

- Olha só, André, violência não é uma opção, tá? - Tá, eu sei que não é uma opção mas...

eu vou fazer o quê? Esse garoto não me respeita de jeito nenhum.

Olha, a melhor coisa a se fazer nessa hora é não usar da violência e nem do abuso verbal.

Porque dessa forma você acaba inibindo seu filho...

Desculpa André, só um minutinho, eu posso atender aqui?

- Só um segundo. - Sim.

Alô. Fala desgraça. Não, não fiz almoço, e daí?

Esquenta a porra da lasanha no microondas, cacete.

Caguei se tu não come lasanha, meu amor, come essa merda ou fica com.

Te vira, porra. Onde é que eu parei?

- Ah, do abuso verbal. - Mas então, você acha que eu devia dialogar mais com ele?

- Você acha que... - Sim, claro, diálogo é super importante, André.

Por que é só dessa maneira você vai conseguir entender qual é a raiz do problema...

O que que tá... mil perdões, André, desculpa, posso atender só mais um segundo?

Claro, à vontade.

Alô, caralha.

Como assim não vai fazer lasanha?

É lasanha de microondas, porra, qualquer imbecil sabe fazer lasanha de microondas.

Eu lá sei quanto tempo que bota. Lê na caixa. Caguei se tu jogou a caixa fora, meu amor, te vira.

Então, André, o que a gente precisa entender é que toda criança...

todo ser humano precisa ser tratado com respeito, com compaixão ,com... CARALHA!

Que inferno! Que que você quer, desgraça? Tô no trabalho, porra!

Como assim deixou o prato cair no chão? Limpa esta merda agora.

Ah, não tem pano? Limpa com a cara!

Olha só, Fernando, se eu chegar em casa e tiver bolinha de carne moída no tapete...

Ah, Fernando, você não me conhece, eu sou maluca.

Eu sou MALUCA!!!

Compaixão. Compaixão. Essa palavra que eu queria falar hoje nessa sessão.

Ô, Carla, você me desculpa me meter nisso, mas é assim que você fala com teu filho?

Não, imagina, não é meu filho, não.

- É o meu pai. - Ah, tá.

- Pô velho é foda, né? - Porra...

Mas, então, eu tava querendo imaginar como seria um...