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Parafernalha, CANUDO | PARAFERNALHA

- Suco, senhora. - Obrigada.

Moço, me arruma um canudo, por favor.

- Desculpa, a casa não trabalha mais com canudo, foi proibido, né?

- Ah, é?

Ei. Ei, mano.

- Tá falando comigo, moço? - Tô, mano.

- Quer canudo, mano? - Hã?

Canudo, mano. Quer canudo, mano?

- Mas você tá vendendo canudo? - Shhh!

Não explana, mano, não explana.

- Quer canudo ou não quer, mano? - Não, quero, não. Obrigada.

Beleza. Se mudar de ideia, eu tô aqui pelas sombras, mano.

Moço... psiu! Moço!

- Fala comigo, mano.

Me dá um canudo aí.

- Qual que tu quer, mano? - Qual canundo... eu quero um canudo, porra.

Tem vários canudos. Tem pequeno, grande, colorido, tem até o nosso carro-chefe, mano.

O bengalinha. Tá saindo direto esse.

Tá, me dá esse bengalinha aí. Só não sei se eu tenho trocado, moço quanto é que é?

- 50 contos, mano. - R$ 50 um canudo?

Tá de sacanagem, né? Isso eu compro três jarras de suco.

É o preço da pista, mano. A pista coloca o preço, a gente tem que respeitar o preço da pista, tá ligado?

Peraí, meu amigo, quem paga R$50 num canudo vagabundo, pelo amor de Deus.

Isso aqui é produto bom, de qualidade, é da gringa, mano. Diferente aí dos morros que tu encontra.

- Canudo fora da validade, com saco plástico amassado...

- Tá bom, moço, me dá o mais barato que você tem, então.

- É o canudo de Toddynho, quer? - Como é que eu vou tomar com canudo de Toddynho?

Mano, você me perguntou do mais barato, eu só respondi qual era o mais barato, mano.

- Tu não tem aquele gordinho, não?

- Que gordinho?

- Aquele gordo, de milkshake.

- A gente não se envolve com essas paradas da pesada, não, mano.

- Meu amigo até esses dias... partiu dessa para melhor. - Tá me dá, então, o bengalinha.

Beleza, mano.

Só espera pra abrir, tá bom? Deixa eu sair daqui. Tô tentando parar, mano.

Assassina!

Não olha para isso, filha, olha o papai. Esquece ela, Tamara.

Olha pra mim.

Isso.

Pega uma cenourinha.

Toma, filha.

Papai te ama.


- Suco, senhora. - Obrigada.

Moço, me arruma um canudo, por favor.

- Desculpa, a casa não trabalha mais com canudo, foi proibido, né?

- Ah, é?

Ei. Ei, mano.

- Tá falando comigo, moço? - Tô, mano.

- Quer canudo, mano? - Hã?

Canudo, mano. Quer canudo, mano?

- Mas você tá vendendo canudo? - Shhh!

Não explana, mano, não explana.

- Quer canudo ou não quer, mano? - Não, quero, não. Obrigada.

Beleza. Se mudar de ideia, eu tô aqui pelas sombras, mano.

Moço... psiu! Moço!

- Fala comigo, mano.

Me dá um canudo aí.

- Qual que tu quer, mano? - Qual canundo... eu quero um canudo, porra.

Tem vários canudos. Tem pequeno, grande, colorido, tem até o nosso carro-chefe, mano.

O bengalinha. Tá saindo direto esse.

Tá, me dá esse bengalinha aí. Só não sei se eu tenho trocado, moço quanto é que é?

- 50 contos, mano. - R$ 50 um canudo?

Tá de sacanagem, né? Isso eu compro três jarras de suco.

É o preço da pista, mano. A pista coloca o preço, a gente tem que respeitar o preço da pista, tá ligado?

Peraí, meu amigo, quem paga R$50 num canudo vagabundo, pelo amor de Deus.

Isso aqui é produto bom, de qualidade, é da gringa, mano. Diferente aí dos morros que tu encontra.

- Canudo fora da validade, com saco plástico amassado...

- Tá bom, moço, me dá o mais barato que você tem, então.

- É o canudo de Toddynho, quer? - Como é que eu vou tomar com canudo de Toddynho?

Mano, você me perguntou do mais barato, eu só respondi qual era o mais barato, mano.

- Tu não tem aquele gordinho, não?

- Que gordinho?

- Aquele gordo, de milkshake.

- A gente não se envolve com essas paradas da pesada, não, mano.

- Meu amigo até esses dias... partiu dessa para melhor. - Tá me dá, então, o bengalinha.

Beleza, mano.

Só espera pra abrir, tá bom? Deixa eu sair daqui. Tô tentando parar, mano.

Assassina!

Não olha para isso, filha, olha o papai. Esquece ela, Tamara.

Olha pra mim.

Isso.

Pega uma cenourinha.

Toma, filha.

Papai te ama.