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Músicas brasileiras, Sertanejo - Menino da Porteira

Sertanejo - Menino da Porteira

Hoje vamos falar da dupla caipira Chitãozinho e Xororó.

Eles são do estado do Paraná, o estado onde eu cresci. Ninguém sabe dizer quando foi exatamente que essa dupla lançou seu primeiro disco, mas foi em 1970 que a música 'Galopeira' fez um sucesso tremendo.

Essa música tem um ritmo que lembra as músicas típicas do Paraguai. A carreira deles emplacou em meados dos anos 80, com a música 'Fio de Cabelo'.

Aliás, foi nos anos 80 que a música sertaneja, em geral, começou a estourar nas paradas por todo o país, com shows e mais shows na TV.

Músicas cantadas por Chitãozinho e Xororó que ficaram muito famosas são: Galopeira, Fio de Cabelo, No Rancho Fundo, Pura Emoção.

No material dessa lição eu disponibilizo links para o youtube, onde você poderá escutar a maioria dessas músicas que citei.

No entanto a letra que escolhi para hoje é a da canção Menino da Porteira.

Letra da música

Toda vez que eu viajava pela estrada de Ouro Fino De longe eu avistava a figura de um menino Que corria abrir a porteira, depois vinha me pedindo "Toque o berrante, seu moço, que é pra eu ficar ouvindo" Quando a boiada passava que a poeira ia baixando Eu jogava uma moeda e ele saía pulando: "Obrigado, boiadeiro, que Deus vá lhe acompanhando" Pra aquele sertão afora meu berrante ia tocando Nos caminhos desta vida muitos espinhos encontrei Mas nenhum calou mais fundo do que isso que eu passei Na minha viagem de volta qualquer coisa eu cismei Vendo a porteira fechada, e o menino eu não avistei Apeei do meu cavalo e no ranchinho beira chão Vi uma mulher chorando, quis saber qual a razão "Boiadeiro veio tarde, veja a cruz no estradão Quem matou o meu filhinho foi um boi sem coração" Lá pras bandas de Ouro Fino levando gado selvagem Quando eu passo na porteira até vejo a sua imagem O seu rangido tão triste mais parece uma mensagem Daquele rosto trigueiro desejando-me boa viagem A cruzinha no estradão do pensamento não sai Eu já fiz um juramento e não esqueço jamais Nem que o meu gado estoure, que eu precise ir atrás Neste pedaço de chão berrante eu não toco mais


Sertanejo - Menino da Porteira Land - Menino da Porteira Sertanejo - Menino da Porteira Campo - Menino da Porteira

Hoje vamos falar da dupla caipira Chitãozinho e Xororó. Heute sprechen wir über das Redneck-Duo Chitãozinho und Xororó.

Eles são do estado do Paraná, o estado onde eu cresci. Ninguém sabe dizer quando foi exatamente que essa dupla lançou seu primeiro disco, mas foi em 1970 que a música 'Galopeira' fez um sucesso tremendo.

Essa música tem um ritmo que lembra as músicas típicas do Paraguai. A carreira deles emplacou em meados dos anos 80, com a música 'Fio de Cabelo'. Ihre Karriere begann Mitte der 80er Jahre mit dem Song „Fio de Cabelo“. Their career took off in the mid-80s, with the song 'Fio de Cabelo'.

Aliás, foi nos anos 80 que a música sertaneja, em geral, começou a estourar nas paradas por todo o país, com shows e mais shows na TV. In fact, it was in the 80's that country music, in general, started to break out on the charts all over the country, with shows and more shows on TV.

Músicas cantadas por Chitãozinho e Xororó que ficaram muito famosas são: Galopeira, Fio de Cabelo, No Rancho Fundo, Pura Emoção. Songs sung by Chitãozinho and Xororó that became very famous are: Galopeira, Fio de Cabelo, No Rancho Fundo, Pura Emotion.

No material dessa lição eu disponibilizo links para o youtube, onde você poderá escutar a maioria dessas músicas que citei. In the material for this lesson I provide links to youtube, where you can listen to most of these songs that I mentioned.

No entanto a letra que escolhi para hoje é a da canção Menino da Porteira. However, the lyrics I chose for today is the song Menino da Porteira.

Letra da música

Toda vez que eu viajava pela estrada de Ouro Fino De longe eu avistava a figura de um menino Que corria abrir a porteira, depois vinha me pedindo "Toque o berrante, seu moço, que é pra eu ficar ouvindo" Every time I traveled on the Ouro Fino road From a distance, I could see the figure of a boy who was running to open the gate, then he was asking me "Play the gaudy man, I have to listen" Quando a boiada passava que a poeira ia baixando Eu jogava uma moeda e ele saía pulando: "Obrigado, boiadeiro, que Deus vá lhe acompanhando" Pra aquele sertão afora meu berrante ia tocando Als die Herde vorbeikam, begann sich der Staub zu legen, ich warf eine Münze und er sprang heraus: „Danke, Cowboy, möge Gott dich begleiten.“ Für diesen Sertão draußen spielte mein Horn When the cattle passed that the dust was settling I threw a coin and he jumped out: "Thank you, cowboy, may God accompany you" For that sertão outside my bellowing was playing Nos caminhos desta vida muitos espinhos encontrei Mas nenhum calou mais fundo do que isso que eu passei Na minha viagem de volta qualquer coisa eu cismei Vendo a porteira fechada, e o menino eu não avistei In the paths of this life many thorns I found But none of them went any deeper than what I went through On my return trip I thought about seeing the gate closed, and the boy I didn't see Apeei do meu cavalo e no ranchinho beira chão Vi uma mulher chorando, quis saber qual a razão "Boiadeiro veio tarde, veja a cruz no estradão Quem matou o meu filhinho foi um boi sem coração" I dismounted from my horse and at the ranch by the ground I saw a woman crying, I wanted to know the reason "Boiadeiro came late, see the cross on the road Who killed my son was a heartless ox" Lá pras bandas de Ouro Fino levando gado selvagem Quando eu passo na porteira até vejo a sua imagem O seu rangido tão triste mais parece uma mensagem Daquele rosto trigueiro desejando-me boa viagem There for bands of Ouro Fino taking wild cattle When I pass by the gate I even see his image His creaking so sad looks more like a message From that dark face wishing me a good trip A cruzinha no estradão do pensamento não sai Eu já fiz um juramento e não esqueço jamais Nem que o meu gado estoure, que eu precise ir atrás Neste pedaço de chão berrante eu não toco mais The little cross in the road of thought does not come out I have already taken an oath and I never forget Not even if my cattle burst, that I need to go behind In this piece of gaudy ground I don't play anymore