×

We use cookies to help make LingQ better. By visiting the site, you agree to our cookie policy.


image

Gloss Brazilian Portuguese Level 3, Filme Além das Telas

Filme Além das Telas

Desde o começo dos estudos sobre as perspectivas da indústria cultural, constatou-se o interesse e a importância que o tema suscitava ainda no século XXI. E mais do que isso, se tornara essencial para a discussão sobre os caminhos da arte contemporânea, uma vez que os bens culturais se encontram, agora, dispostos em infinitas formas de mídias e espaços. Entre esses espaços encontram-se os cineclubes, que são organizações sociais sem fins lucrativos que visam desvendar mistérios, explicar ângulos e multiplicar olhares sobre um determinado filme. Diante da paixão nacional pelo cinema, os cineclubes foram escolhidos para fazer a relação entre a arte, a indústria e comunicação, a fim de entender quais são os aspectos que diferenciam os cineclubes das demais salas de exibição dos cinemas comerciais.

Desde os primeiros passos da cinematografia, com a invenção do cinematógrafo, até os primeiros filmetes que registraram imagens em movimento, o cinema foi relacionado com a modernidade, com a indústria cultural e com a linguagem artística, com o intuito de mostrar de que maneira o filme se consolida como um dos principais elementos da comunicação de massa e é dentro do contexto da cinematografia, que surgem os cineclubes, que são lugares destinados a exibição de filmes alternativos.

A escolha do filme é feita a partir do que eles consideram “arte”, o que difere do cinema puramente mercadológico. Deste modo, a importância dos cineclubes se evidencia na busca de uma comunicação audiovisual “diferenciada”, que se constrói a partir de uma apuração seletiva das obras de cinema.

Os cineclubes pretendem, por meio do filme escolhido, proporcionar uma experiência cinematográfica que vai além do puro entretenimento. Sob esse viés “O filme além da tela” se debruçou, sobre os desdobramentos do domínio do cinema norte-americano e suas implicações para o mundo do cinema. Uma característica essencial da prática cineclubista é o debate. É através do debate, que o cineclube trava outro tipo de interação com o espectador, que não acontece no cinema comercial, que é a interação face-a-face.

A partir de uma análise comunicacional, observa-se como os cineclubes se depararam com esse universo complexo chamado de cinema e suas transformações. O cinema já nascia como moderno por causa do avanço de sua técnica, que conduzia a um outro tipo de comportamento social e sua reprodutibilidade. Assim, podemos considerar o cinema como comunicação de massa, como o rádio e a televisão. O embate, neste sentido, se ateve na influência dessa “comunicação massificadora” para a sociedade, desde ideias do consumismo, da construção de uma indústria do entretenimento e da produção de símbolos que atraem pessoas para as salas de cinema.

Em relação a arte, com o cinema, ela perdeu sua “aura”. A arte agora não é feita para ser apenas contemplada e apreciada de forma única, a arte cria formas de interagir com o próprio objeto artístico. Passa a ser produzida de maneira serial, uma mudança que começa com o nascimento da fotografia e se consolida com o cinema. Entendemos, então, o cinema como símbolo da modernidade, como indústria cultural e como arte.

A realidade contemporânea mudou de maneira profunda e o cinema, aqui e no mundo, se transformou muito comparado à época das sessões dos irmãos Lumière. Entramos na era dos filmes 3D, com efeitos visuais impressionantes. O público é quase que “engolido” pelos filmes com produções estrangeiras, e que lotam as salas de cinemas dentro dos shoppings centers. Mesmo diante desse quadro, o cineclube consegue sobreviver por meio de parcerias com instituições, associações, governos municipais, entre outros colaboradores.


Filme Além das Telas Film Beyond The Screens

Desde o começo dos estudos sobre as perspectivas da indústria cultural, constatou-se o interesse e a importância que o tema suscitava ainda no século XXI. E mais do que isso, se tornara essencial para a discussão sobre os caminhos da arte contemporânea, uma vez que os bens culturais se encontram, agora, dispostos em infinitas formas de mídias e espaços. Entre esses espaços encontram-se os cineclubes, que são organizações sociais sem fins lucrativos que visam desvendar mistérios, explicar ângulos e multiplicar olhares sobre um determinado filme. Diante da paixão nacional pelo cinema, os cineclubes foram escolhidos para fazer a relação entre a arte, a indústria e comunicação, a fim de entender quais são os aspectos que diferenciam os cineclubes das demais salas de exibição dos cinemas comerciais.

Desde os primeiros passos da cinematografia, com a invenção do cinematógrafo, até os primeiros filmetes que registraram imagens em movimento, o cinema foi relacionado com a modernidade, com a indústria cultural e com a linguagem artística, com o intuito de mostrar de que maneira o filme se consolida como um dos principais elementos da comunicação de massa e é dentro do contexto da cinematografia, que surgem os cineclubes, que são lugares destinados a exibição de filmes alternativos.

A escolha do filme é feita a partir do que eles consideram “arte”, o que difere do cinema puramente mercadológico. Deste modo, a importância dos cineclubes se evidencia na busca de uma comunicação audiovisual “diferenciada”, que se constrói a partir de uma apuração seletiva das obras de cinema.

Os cineclubes pretendem, por meio do filme escolhido, proporcionar uma experiência cinematográfica que vai além do puro entretenimento. Sob esse viés “O filme além da tela” se debruçou, sobre os desdobramentos do domínio do cinema norte-americano e suas implicações para o mundo do cinema. Uma característica essencial da prática cineclubista é o debate. É através do debate, que o cineclube trava outro tipo de interação com o espectador, que não acontece no cinema comercial, que é a interação face-a-face.

A partir de uma análise comunicacional, observa-se como os cineclubes se depararam com esse universo complexo chamado de cinema e suas transformações. O cinema já nascia como moderno por causa do avanço de sua técnica, que conduzia a um outro tipo de comportamento social e sua reprodutibilidade. Assim, podemos considerar o cinema como comunicação de massa, como o rádio e a televisão. O embate, neste sentido, se ateve na influência dessa “comunicação massificadora” para a sociedade, desde ideias do consumismo, da construção de uma indústria do entretenimento e da produção de símbolos que atraem pessoas para as salas de cinema.

Em relação a arte, com o cinema, ela perdeu sua “aura”. A arte agora não é feita para ser apenas contemplada e apreciada de forma única, a arte cria formas de interagir com o próprio objeto artístico. Passa a ser produzida de maneira serial, uma mudança que começa com o nascimento da fotografia e se consolida com o cinema. Entendemos, então, o cinema como símbolo da modernidade, como indústria cultural e como arte.

A realidade contemporânea mudou de maneira profunda e o cinema, aqui e no mundo, se transformou muito comparado à época das sessões dos irmãos Lumière. Entramos na era dos filmes 3D, com efeitos visuais impressionantes. O público é quase que “engolido” pelos filmes com produções estrangeiras, e que lotam as salas de cinemas dentro dos shoppings centers. Mesmo diante desse quadro, o cineclube consegue sobreviver por meio de parcerias com instituições, associações, governos municipais, entre outros colaboradores.