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Tempero Drag - Política, DEFENDER CRIANÇAS

DEFENDER CRIANÇAS

E ai Rogério nessa poderia eu tô tão

sozinha tô pensando em adotar uma

criatura pode ser uma criança um

labrador só depende da raça depender da

cor que pintar primeiro bom Como você já

deve ter visto em algum look ao desta

tela o tema do vídeo de hoje é quem

defende a criança cuia e eu vou logo

antecipando de que a gente vai falar

sobre um assunto tortuoso mas ao mesmo

tempo revelador de uma ideologia na qual

estamos todas todos e todos inseridos eu

não sei se vocês perceberam mas eu

comecei a Episódio de hoje com um trecho

de uma canção cotidiano de um casal

feliz duplo e em vaqueira Linda 2005 né

Eu como era uma LGBT no Rio de Janeiro

tava por dentro

e deixar parado e essa canção ela abre

uma piada mas também não o episódio

dessa semana porque a gente vai falar

sobre um tipo de ideologia conservadora

reacionária e retrógrada que tenta se

legitimar sempre como normal ou então

natural a gente vai falar muito sobre

isso material que vamos usar na produção

desse vídeo são alguns livros é da

Eliete saffioti brasileira maravilhosa

gênero patriarcado e violência da ajuris

butler né a nossa Bíblia para pensar

corpos e gênero o livro dos anos 90

corpos que importam e da dona Silvia

muito minha amiga né gente estava ali na

Europa na época da do cercamento de

terras da Silvia federici a gente vai

usar o pescado do salário e por último

porque é o que eu vou ler trechos com

vocês o apartamento em Urano crônica

e parecia do Gol preciado é o último

livro que ele mando só e o título do

episódio de hoje quem defende a criança

Cooler é uma das Crônicas que compõem o

livro eu começo a fazer uma piada mas

não tem nada de piada a gente veio falar

sobre uma das coisas mais sérias do

nosso tempo a pandemia de couve 19 ela

Explicita o fato de que a língua mais

falada no Brasil é a violência né Isso

não é uma novidade nas periferias do

Capital isso não é uma novidade no sul

Global isso não é uma novidade em

regiões onde existe grande disparidade

salarial grande diferença material entre

as classes mas ainda mais isso não é

novidade em sociedades que se

construíram sobre uma ficção social de

gênero do nariz tem amigo me confundir

ficção social de gênero é meus amores e

minhas Amoras e outras frutinhas que não

mencionei quando a gente pensa a cá

juntas né gênero a isso é um homem isso

é uma mulher

e tem que dar essa cor ela é sentimental

né ele tem que ele tem esse

comportamento ele gosta de carro quando

a gente definir né E aqui na nossa

realidade a gente define abre eterno a

gente define ao absurdo a gente define

posição de sentar gesto a gente define

tom de voz do jeito de falar a palavra

né a gente define tudo gênero e fica

tudo nessa sociedades onde os papéis de

gênero essa ficção social do gênero são

bastante é polarizados as violências de

gênero costumam ser maior Hoje a gente

vai falar um pouco sobre como a pandemia

escancara a violência doméstica contra

mulheres nenhuma novidade Brasil o

quinto país do mundo em feminicídio você

já sabem disso é Mas também como os

casos de violência contra a infância

violência contra criança tem nos chocado

mas parece algo escondido aí o periódico

de medicina New England os Estados

Unidos

e comenta que durante a pandemia de

covid-19 lá na terra do tio Sam houve

uma queda nas denúncias de violência

doméstica agressão de mulheres em casa

de cinquenta por cento para Que

maravilha então os casais foram ficar

confinados e tudo passou não mulheres

confinadas com seus agressores têm menos

possibilidades de denunciá-los não é

isso que o estudo conclui outro dado

importante mas também alarmante aqui em

2018 o CDC nos Estados Unidos que é um

órgão público de saúde Federal né que te

matei a que documenta que catálogo

estatística vai nos dizer em 2018 antes

da pandemia o número piorou que uma em

cada quatro mulheres era vítima de

agressão e violência doméstica lá na

terra do tio Sam ai terra da Liberdade

eterna da igual não sei para quem né meu

anjo sou Dona Ritinha como que a gente

tá aqui no Brasil meus a gente tá na

merda né não é novidade vocês sabem que

a gente está aqui no Brasil a gente tem

a documentação de centro

o ponto 821 mil denúncias queixa-crime

de mulheres agredidas em suas casas

pelos seus parceiros e a partir de 2020

a gente tem um agravamento nessas

estatísticas o ministério né da mulher

dos direitos humanos sob o governo da

Damares muda a metodologia de pesquisa e

a partir de 2020 fica impossível

comparar os números de violência e

denúncia com anos anteriores porque a

metodologia de catalogar armazenar retém

informação trocou né Qualquer semelhança

com a distopia onde o governo fica

trocando os métodos de análise para

gente não poder fazer isso tudo

comparativo ano-a-ano mera coincidência

não é um projeto do governo tô deixando

também aqui na descrição do vídeo junto

com todas as referências que vão usar um

dossiê né organizado pela artigo 19

Brasil que faz o seguinte levantamento e

em 2010

o Brasil registra assombrosos cinco

espancamentos a cada dois minutos de

mulheres em suas casas no nosso país

2013 Três anos depois a gente tem um

feminicídio a cada 90 minutos e o

anuário brasileiro de Segurança Pública

vai nos dizer que no primeiro semestre

de 2020 ali no começo da pandemia a

gente teve 648 assassinatos de mulheres

porque elas eram mulheres dona Rita e só

absurdo só alarmante só estarrecedor é

meus só que eu tô usando a

jurisprudência ler corpos que importam

tô usando a Silvia federici it né o

patriarcado do salário tô usando Eliete

saffioti gênero patriarcado e violência

para tentar e salientando para vocês que

essa violência de onda essa condição de

corpo objeto é essa condição de corpo

sem valor é uma constante

a estrutura social tô tentando salientar

aqui para vocês que a mesma violência

não é tida de forma igual para corpos

diferentes corpos objetos corpos

subalternizados estão mais sujeitos à

violência do que os outros corpos agora

vamos falar um pouco sobre economia

psíquica né Ah pára para pensar que

recentemente a população brasileira foi

submetida a um choque né a um abismo

lamento por causa do caso do menino

Henry Borel esse menino foi violentado

torturado assassinado e houve uma

omissão conivência ou cumplicidade né

dos seus cuidadores nesse crime

inclusive um dos seus cuidadores eram

bolsonarista defensor da família né uma

imagem dele um um Arauto da Moral e dos

bons costumes o caso do menino Henry

Borel não acontece sozinho né é esse

caso de violência contra criança e

a fazer com a nossa memória social casos

como por exemplo da Isabella Nardoni né

casos esses dois que repercutiram muito

que foram notícia que foram debatidos

que foram investigados no entanto é

preciso que a gente faça uma pequena

pausa aqui esses Casos eles precisam nos

chocar nos abismar nos colocar para

debater sociedade rumos estruturas vivem

em seus valores mas no entanto Nossa

função enquanto proponentes desembarque

articuladores da educação é apontar

contradições e a contradição que existe

aqui é a mesma violência não existe para

corpos distintos quando a gente fala

sobre assassinatos de crianças esses

casos que todo mundo tem na ponta da

língua se lembra são muito diferentes

dos assassinatos promulgados pelo Estado

quando numa invasão da polícia é através

de bala perdida de uma tropa de

é através de uma ação criminosa o estado

mata crianças e coincidente mente né

magicamente As crianças que morrem são

tão fortes que importam ou são corpos

sem importância as crianças que morrem

são ricas brancas da centralidade do

sistema ou São pretas pobres fundidas e

periféricas e nunca saberemos e você que

está me acompanhando sabe quem foi

Isabella Nardoni sabe do caso ficou

chocada chocado se lembra do menino

Henry Borel acha hediondo aquele crime

mas se conseguiria ter na memória os

três casos que eu vou citar agora aonde

morava aí o que que aconteceu com a

Agatha Félix a onde morava o que que

aconteceu com o Cauã Alves a onde morava

e o que que aconteceu com João Pedro

Matos e se você tá tendo alguma

dificuldade de se lembrar saiba que você

está instrumentalizado dentro de um

sistema cuja economia

a psíquica foi planejada desta forma

existe um levantamento encomendado por

um jornal aqui no Brasil que entre os

anos de 2017 a 2019 ou seja dois anos

mais de 2215 crianças foram assassinadas

por violência estatal Será que a gente

teria esses nomes Será que a gente

reverberou essas notícias Será que houve

investigação desses crimes ou será que

alguns corpos não recebem reconhecimento

das suas vidas pelo Estado por que será

que a última campanha política e social

que toma o mundo se chama vidas negras

importam Será que se a gente precisa

colocar isso no título da campanha é

porque materialmente falando

objectivamente falando o que a gente vê

documentado nas nossas realidades a que

essas vidas não importam é que essas

vidas são assassinadas são ceifadas

a parada sem que nada aconteça a ser Os

paradores Ceifadores e assassinos desde

o dia vinte e sete de dezembro de 2020

nós temos três meninos crianças pretas

pobres em Belford Roxo uma cidade pobre

da Baixada Fluminense desaparecidas e as

investigações até agora Descobriram

muito pouco ou quase nada Fernando

Henrique tem 11 anos de idade Alexandre

tem 10 e Lucas Mateus tem oito porque a

vida dessas três crianças não viram

notícia Porque que a gente não vê uma

investigação sendo feita para

descobrirmos onde estão essas três

crianças e aí eu vou caminhando para o

título do vídeo quem cuida da criança

Preta Quem cuida da criança pobre e

periférica e quem cuida da criança cuia

no Brasil a gente vê esses levantes né

contra o aborto pela família pela maçã

é mas onde estão esses advogados e

advogadas esses guerreiros e guerreiras

terrenos em nome da família Quando essas

famílias são destruídas em 2020 a gente

teve documentados e a gente sabe que

esse número é uma subnotificação oito

assassinatos de crianças trans no Brasil

quero um rapaz tinha 13 anos de idade

quando foi assassinada e Pietra

Valentina 16 essas duas crianças foram

assassinadas com Requinte de crueldade

foram vítimas de uma violência

transfóbica e absurda do nosso país e

você viu algum advogado da família se

pronunciar sobre esses casos o preciado

no livro dele vai dizer quando é

movimentos conservadores e reacionários

juntam mais de 600 mil pessoas para

advogar contra os direitos de se casarem

e constituírem família de pessoa

a GVT que ia mais o povo diz que esse

setores chegaram ao acordo para fazer do

direito da criança de ter um pai e uma

mãe o argumento Central para justificar

a limitação dos direitos dos

homossexuais e isso que a gente tá

falando e privilegiar um grupo e nesse

caso o grupos essa criança abstrata sem

cor sem nacionalidade sem etynia sem

gêneros tem que ser que fora da criança

criança não abstrato criança tem direito

de ter pai e mãe Mas criança tem direito

a definir seu gênero criança tem direito

a descobrir sua sexualidade criança tem

direito a ser pobre preta e periférica e

não desaparecer é Impossível não lembrar

daquele nojo de mulher amarga e Tati

quando ela implementa em 88 no Reino

Unido que era uma Emenda Constitucional

que proíbe a que as escolas falassem

sobre gênero e

a idade né eu vou lhe para vocês como

está descrita A Lei e uma declaração da

Margaret Thatcher a lei diz o seguinte

fica proibido promover o ensino da

aceitação da homossexualidade como uma

pretensa forma de relação familiar Ou

seja família só a deles a nossa não e

amargar e taxa eu tô deixando um vídeo

aqui na descrição dela falando isso ela

diz o seguinte as crianças que

precisariam ser ensinadas a respeitarem

os valores morais para adicionais estão

sendo ensinadas que elas têm um direito

inalienável de serem gays todas essas

crianças estão sendo corrompidas e

privadas de um início seguro na vida né

sorte que morreu essa velha filha da

[ ] porque essas crianças elas não

estão sendo privadas Na verdade o que tá

acontecendo é que todas as crianças

corriam estão sem

o moradas para um abismo de violência de

ostracismo de alienação de tortura

enquanto protege-se o direito dessa

criança no abstrato que é sempre

cisgênero e heterossexual todas as

outras crianças que não são terão suas

vidas transformadas e enfermos Vale

lembrar que eu tô falando de 88 tô

falando de um dos áudios e Picos da

pandemia de HIV e AIDS no mundo e vamos

tocar não vamos transformar em Itabuna e

proíbe foi apreciado faz as seguintes

perguntas quem defende os direitos da

criança diferente quem defende os

direitos do menino que gosta de vestir

Rosa da menina que sonha em se casar com

a sua melhor amiga quem defende os

direitos da criança homossexual da

criança transexual da criança

transgênero quem defende o direito da

criança de mudado e gênero caso assim

deseje o direito da criança a livre

autodeterminação sexual do seu gênero

quem defende o direito da criança de

crescer no mundo sem violência de gênero

a violência sexual o povo é dizer que

esses discursos retrógrado os

conservadores reacionários mobilizam é

um silogismo né silogismo é Um

fundamento da filosofia aristotélica né

lá na Grécia antiga é que faz a gente

pensar em um conjunto de três por

exemplo todo homem é mortal Platão é um

homem Platão e mortal né o silogismo que

existe aqui operado por esse discurso de

gênero esse discurso ideológico de

gênero é sempre sobre natureza ayu

natural é isso resta saber natural para

quem né a gente já catalogou já

documentou que comportamento

heterossexual na natureza não é regra

depois desse discurso começa a falar

sobre a vontade de Deus mas é um Deus

deles né é o Deus de quem acredita nesse

Deus então é a natureza deles o Deus

deles EA moral deles

Oi e aí a gente tem um grupo criando um

conjunto de tecnologias biopolíticas de

regras de leis de regimentar ações que

uma sociedade baseada neles mesmo se a

gente cai na paranoia de nós eles matem

eles ficamos nós o pão nos diz o

seguinte a política de gênero nos vigia

desde os berços para transformarmo-nos

todos em corpos de crianças

heterossexuais ou você é heterossexual

ou a morte e depois o Pou conta de um

episódio na vida dele que quando ainda

criança e ao nascer ele foi designado

Beatriz uma menina é a escola pediu que

as crianças desenhassem como imaginavam

suas famílias no futuro ou se imaginava

casado com a sua melhor amiga com três

filhos e vários animais gatos e

cachorros o desenho foi parar na

diretoria os pais foram chamados na

escola e o pão nos diz o seguinte

e os dias depois do colégio enviou uma

carta para casa dos meus pais

aconselhando-os a me levarem a um

psiquiatra para cortar o quanto antes o

problema da minha identificação sexual a

visita o psiquiatra veio acompanhada de

fortes represálias o desprezo Do meu pai

a vergonha EA culpa da minha mãe

espalhou-se no colégio a ideia de que eu

era uma lésbica uma manifestação de

naturalistas conservadores esperava por

mim todo dia ao sair da aula [ ]

nojenta eles diziam vamos estuprar você

para que você aprenda a preparar como

Deus manda eu tive pai eu tive mãe no

entanto eles não foram capazes de me

proteger da repressão da humilhação da

exclusão da violência eu tive pai eu

tive mãe mas nenhum dos dois me protegeu

do meu direito a livre autodeterminação

do Meu gênero da minha sexualidade

e o Pou conta que em 2005 quando o

governo socialista sobe ao poder na

França e eles começam a legislar pela

igualdade entre sexualidade e gêneros os

pais do Povo agora já passados pela

experiência de ter um filho transexual

vão marchar em defesa dessa criança e aí

eles entendem Nós também temos o direito

de ser seus pais eu termino lendo a

conclusão da crônica do Povo O que é

preciso defender é o direito de todo o

corpo independentemente da sua idade dos

seus órgãos sexuais ou genitais dos seus

fluidos reprodutivos e de seus órgãos

gestacionais a auto-determinação do seu

gênero e da sua sexualidade O que é

preciso defender é o direito de todo o

corpo de não ser educado para

transformar-se compulsoriamente em força

de trabalho ou força de reprodução é

preciso defender o direito das crianças

em todas as crianças de serem

consideradas como subjetividades

políticas irredutíveis a uma identidade

de gênero de sexo ou de raça bom eu

espero que da próxima vez que vocês se

depararem com discurso reacionário

conser vador retrógrado vocês sejam

capazes de perguntar e quem defende a

diferença é isso da semana que vem um

beijinho tchau tchau tchau

E aí


DEFENDER CRIANÇAS ADVOCATE FOR CHILDREN DIFENDERE I BAMBINI

E ai Rogério nessa poderia eu tô tão

sozinha tô pensando em adotar uma

criatura pode ser uma criança um

labrador só depende da raça depender da

cor que pintar primeiro bom Como você já

deve ter visto em algum look ao desta

tela o tema do vídeo de hoje é quem

defende a criança cuia e eu vou logo

antecipando de que a gente vai falar

sobre um assunto tortuoso mas ao mesmo

tempo revelador de uma ideologia na qual

estamos todas todos e todos inseridos eu

não sei se vocês perceberam mas eu

comecei a Episódio de hoje com um trecho

de uma canção cotidiano de um casal

feliz duplo e em vaqueira Linda 2005 né

Eu como era uma LGBT no Rio de Janeiro

tava por dentro

e deixar parado e essa canção ela abre

uma piada mas também não o episódio

dessa semana porque a gente vai falar

sobre um tipo de ideologia conservadora

reacionária e retrógrada que tenta se

legitimar sempre como normal ou então

natural a gente vai falar muito sobre

isso material que vamos usar na produção

desse vídeo são alguns livros é da

Eliete saffioti brasileira maravilhosa

gênero patriarcado e violência da ajuris

butler né a nossa Bíblia para pensar

corpos e gênero o livro dos anos 90

corpos que importam e da dona Silvia

muito minha amiga né gente estava ali na

Europa na época da do cercamento de

terras da Silvia federici a gente vai

usar o pescado do salário e por último

porque é o que eu vou ler trechos com

vocês o apartamento em Urano crônica

e parecia do Gol preciado é o último

livro que ele mando só e o título do

episódio de hoje quem defende a criança

Cooler é uma das Crônicas que compõem o

livro eu começo a fazer uma piada mas

não tem nada de piada a gente veio falar

sobre uma das coisas mais sérias do

nosso tempo a pandemia de couve 19 ela

Explicita o fato de que a língua mais

falada no Brasil é a violência né Isso

não é uma novidade nas periferias do

Capital isso não é uma novidade no sul

Global isso não é uma novidade em

regiões onde existe grande disparidade

salarial grande diferença material entre

as classes mas ainda mais isso não é

novidade em sociedades que se

construíram sobre uma ficção social de

gênero do nariz tem amigo me confundir

ficção social de gênero é meus amores e

minhas Amoras e outras frutinhas que não

mencionei quando a gente pensa a cá

juntas né gênero a isso é um homem isso

é uma mulher

e tem que dar essa cor ela é sentimental

né ele tem que ele tem esse

comportamento ele gosta de carro quando

a gente definir né E aqui na nossa

realidade a gente define abre eterno a

gente define ao absurdo a gente define

posição de sentar gesto a gente define

tom de voz do jeito de falar a palavra

né a gente define tudo gênero e fica

tudo nessa sociedades onde os papéis de

gênero essa ficção social do gênero são

bastante é polarizados as violências de

gênero costumam ser maior Hoje a gente

vai falar um pouco sobre como a pandemia

escancara a violência doméstica contra

mulheres nenhuma novidade Brasil o

quinto país do mundo em feminicídio você

já sabem disso é Mas também como os

casos de violência contra a infância

violência contra criança tem nos chocado

mas parece algo escondido aí o periódico

de medicina New England os Estados

Unidos

e comenta que durante a pandemia de

covid-19 lá na terra do tio Sam houve

uma queda nas denúncias de violência

doméstica agressão de mulheres em casa

de cinquenta por cento para Que

maravilha então os casais foram ficar

confinados e tudo passou não mulheres

confinadas com seus agressores têm menos

possibilidades de denunciá-los não é

isso que o estudo conclui outro dado

importante mas também alarmante aqui em

2018 o CDC nos Estados Unidos que é um

órgão público de saúde Federal né que te

matei a que documenta que catálogo

estatística vai nos dizer em 2018 antes

da pandemia o número piorou que uma em

cada quatro mulheres era vítima de

agressão e violência doméstica lá na

terra do tio Sam ai terra da Liberdade

eterna da igual não sei para quem né meu

anjo sou Dona Ritinha como que a gente

tá aqui no Brasil meus a gente tá na

merda né não é novidade vocês sabem que

a gente está aqui no Brasil a gente tem

a documentação de centro

o ponto 821 mil denúncias queixa-crime

de mulheres agredidas em suas casas

pelos seus parceiros e a partir de 2020

a gente tem um agravamento nessas

estatísticas o ministério né da mulher

dos direitos humanos sob o governo da

Damares muda a metodologia de pesquisa e

a partir de 2020 fica impossível

comparar os números de violência e

denúncia com anos anteriores porque a

metodologia de catalogar armazenar retém

informação trocou né Qualquer semelhança

com a distopia onde o governo fica

trocando os métodos de análise para

gente não poder fazer isso tudo

comparativo ano-a-ano mera coincidência

não é um projeto do governo tô deixando

também aqui na descrição do vídeo junto

com todas as referências que vão usar um

dossiê né organizado pela artigo 19

Brasil que faz o seguinte levantamento e

em 2010

o Brasil registra assombrosos cinco

espancamentos a cada dois minutos de

mulheres em suas casas no nosso país

2013 Três anos depois a gente tem um

feminicídio a cada 90 minutos e o

anuário brasileiro de Segurança Pública

vai nos dizer que no primeiro semestre

de 2020 ali no começo da pandemia a

gente teve 648 assassinatos de mulheres

porque elas eram mulheres dona Rita e só

absurdo só alarmante só estarrecedor é

meus só que eu tô usando a

jurisprudência ler corpos que importam

tô usando a Silvia federici it né o

patriarcado do salário tô usando Eliete

saffioti gênero patriarcado e violência

para tentar e salientando para vocês que

essa violência de onda essa condição de

corpo objeto é essa condição de corpo

sem valor é uma constante

a estrutura social tô tentando salientar

aqui para vocês que a mesma violência

não é tida de forma igual para corpos

diferentes corpos objetos corpos

subalternizados estão mais sujeitos à

violência do que os outros corpos agora

vamos falar um pouco sobre economia

psíquica né Ah pára para pensar que

recentemente a população brasileira foi

submetida a um choque né a um abismo

lamento por causa do caso do menino

Henry Borel esse menino foi violentado

torturado assassinado e houve uma

omissão conivência ou cumplicidade né

dos seus cuidadores nesse crime

inclusive um dos seus cuidadores eram

bolsonarista defensor da família né uma

imagem dele um um Arauto da Moral e dos

bons costumes o caso do menino Henry

Borel não acontece sozinho né é esse

caso de violência contra criança e

a fazer com a nossa memória social casos

como por exemplo da Isabella Nardoni né

casos esses dois que repercutiram muito

que foram notícia que foram debatidos

que foram investigados no entanto é

preciso que a gente faça uma pequena

pausa aqui esses Casos eles precisam nos

chocar nos abismar nos colocar para

debater sociedade rumos estruturas vivem

em seus valores mas no entanto Nossa

função enquanto proponentes desembarque

articuladores da educação é apontar

contradições e a contradição que existe

aqui é a mesma violência não existe para

corpos distintos quando a gente fala

sobre assassinatos de crianças esses

casos que todo mundo tem na ponta da

língua se lembra são muito diferentes

dos assassinatos promulgados pelo Estado

quando numa invasão da polícia é através

de bala perdida de uma tropa de

é através de uma ação criminosa o estado

mata crianças e coincidente mente né

magicamente As crianças que morrem são

tão fortes que importam ou são corpos

sem importância as crianças que morrem

são ricas brancas da centralidade do

sistema ou São pretas pobres fundidas e

periféricas e nunca saberemos e você que

está me acompanhando sabe quem foi

Isabella Nardoni sabe do caso ficou

chocada chocado se lembra do menino

Henry Borel acha hediondo aquele crime

mas se conseguiria ter na memória os

três casos que eu vou citar agora aonde

morava aí o que que aconteceu com a

Agatha Félix a onde morava o que que

aconteceu com o Cauã Alves a onde morava

e o que que aconteceu com João Pedro

Matos e se você tá tendo alguma

dificuldade de se lembrar saiba que você

está instrumentalizado dentro de um

sistema cuja economia

a psíquica foi planejada desta forma

existe um levantamento encomendado por

um jornal aqui no Brasil que entre os

anos de 2017 a 2019 ou seja dois anos

mais de 2215 crianças foram assassinadas

por violência estatal Será que a gente

teria esses nomes Será que a gente

reverberou essas notícias Será que houve

investigação desses crimes ou será que

alguns corpos não recebem reconhecimento

das suas vidas pelo Estado por que será

que a última campanha política e social

que toma o mundo se chama vidas negras

importam Será que se a gente precisa

colocar isso no título da campanha é

porque materialmente falando

objectivamente falando o que a gente vê

documentado nas nossas realidades a que

essas vidas não importam é que essas

vidas são assassinadas são ceifadas

a parada sem que nada aconteça a ser Os

paradores Ceifadores e assassinos desde

o dia vinte e sete de dezembro de 2020

nós temos três meninos crianças pretas

pobres em Belford Roxo uma cidade pobre

da Baixada Fluminense desaparecidas e as

investigações até agora Descobriram

muito pouco ou quase nada Fernando

Henrique tem 11 anos de idade Alexandre

tem 10 e Lucas Mateus tem oito porque a

vida dessas três crianças não viram

notícia Porque que a gente não vê uma

investigação sendo feita para

descobrirmos onde estão essas três

crianças e aí eu vou caminhando para o

título do vídeo quem cuida da criança

Preta Quem cuida da criança pobre e

periférica e quem cuida da criança cuia

no Brasil a gente vê esses levantes né

contra o aborto pela família pela maçã

é mas onde estão esses advogados e

advogadas esses guerreiros e guerreiras

terrenos em nome da família Quando essas

famílias são destruídas em 2020 a gente

teve documentados e a gente sabe que

esse número é uma subnotificação oito

assassinatos de crianças trans no Brasil

quero um rapaz tinha 13 anos de idade

quando foi assassinada e Pietra

Valentina 16 essas duas crianças foram

assassinadas com Requinte de crueldade

foram vítimas de uma violência

transfóbica e absurda do nosso país e

você viu algum advogado da família se

pronunciar sobre esses casos o preciado

no livro dele vai dizer quando é

movimentos conservadores e reacionários

juntam mais de 600 mil pessoas para

advogar contra os direitos de se casarem

e constituírem família de pessoa

a GVT que ia mais o povo diz que esse

setores chegaram ao acordo para fazer do

direito da criança de ter um pai e uma

mãe o argumento Central para justificar

a limitação dos direitos dos

homossexuais e isso que a gente tá

falando e privilegiar um grupo e nesse

caso o grupos essa criança abstrata sem

cor sem nacionalidade sem etynia sem

gêneros tem que ser que fora da criança

criança não abstrato criança tem direito

de ter pai e mãe Mas criança tem direito

a definir seu gênero criança tem direito

a descobrir sua sexualidade criança tem

direito a ser pobre preta e periférica e

não desaparecer é Impossível não lembrar

daquele nojo de mulher amarga e Tati

quando ela implementa em 88 no Reino

Unido que era uma Emenda Constitucional

que proíbe a que as escolas falassem

sobre gênero e

a idade né eu vou lhe para vocês como

está descrita A Lei e uma declaração da

Margaret Thatcher a lei diz o seguinte

fica proibido promover o ensino da

aceitação da homossexualidade como uma

pretensa forma de relação familiar Ou

seja família só a deles a nossa não e

amargar e taxa eu tô deixando um vídeo

aqui na descrição dela falando isso ela

diz o seguinte as crianças que

precisariam ser ensinadas a respeitarem

os valores morais para adicionais estão

sendo ensinadas que elas têm um direito

inalienável de serem gays todas essas

crianças estão sendo corrompidas e

privadas de um início seguro na vida né

sorte que morreu essa velha filha da

[ __ ] porque essas crianças elas não

estão sendo privadas Na verdade o que tá

acontecendo é que todas as crianças

corriam estão sem

o moradas para um abismo de violência de

ostracismo de alienação de tortura

enquanto protege-se o direito dessa

criança no abstrato que é sempre

cisgênero e heterossexual todas as

outras crianças que não são terão suas

vidas transformadas e enfermos Vale

lembrar que eu tô falando de 88 tô

falando de um dos áudios e Picos da

pandemia de HIV e AIDS no mundo e vamos

tocar não vamos transformar em Itabuna e

proíbe foi apreciado faz as seguintes

perguntas quem defende os direitos da

criança diferente quem defende os

direitos do menino que gosta de vestir

Rosa da menina que sonha em se casar com

a sua melhor amiga quem defende os

direitos da criança homossexual da

criança transexual da criança

transgênero quem defende o direito da

criança de mudado e gênero caso assim

deseje o direito da criança a livre

autodeterminação sexual do seu gênero

quem defende o direito da criança de

crescer no mundo sem violência de gênero

a violência sexual o povo é dizer que

esses discursos retrógrado os

conservadores reacionários mobilizam é

um silogismo né silogismo é Um

fundamento da filosofia aristotélica né

lá na Grécia antiga é que faz a gente

pensar em um conjunto de três por

exemplo todo homem é mortal Platão é um

homem Platão e mortal né o silogismo que

existe aqui operado por esse discurso de

gênero esse discurso ideológico de

gênero é sempre sobre natureza ayu

natural é isso resta saber natural para

quem né a gente já catalogou já

documentou que comportamento

heterossexual na natureza não é regra

depois desse discurso começa a falar

sobre a vontade de Deus mas é um Deus

deles né é o Deus de quem acredita nesse

Deus então é a natureza deles o Deus

deles EA moral deles

Oi e aí a gente tem um grupo criando um

conjunto de tecnologias biopolíticas de

regras de leis de regimentar ações que

uma sociedade baseada neles mesmo se a

gente cai na paranoia de nós eles matem

eles ficamos nós o pão nos diz o

seguinte a política de gênero nos vigia

desde os berços para transformarmo-nos

todos em corpos de crianças

heterossexuais ou você é heterossexual

ou a morte e depois o Pou conta de um

episódio na vida dele que quando ainda

criança e ao nascer ele foi designado

Beatriz uma menina é a escola pediu que

as crianças desenhassem como imaginavam

suas famílias no futuro ou se imaginava

casado com a sua melhor amiga com três

filhos e vários animais gatos e

cachorros o desenho foi parar na

diretoria os pais foram chamados na

escola e o pão nos diz o seguinte

e os dias depois do colégio enviou uma

carta para casa dos meus pais

aconselhando-os a me levarem a um

psiquiatra para cortar o quanto antes o

problema da minha identificação sexual a

visita o psiquiatra veio acompanhada de

fortes represálias o desprezo Do meu pai

a vergonha EA culpa da minha mãe

espalhou-se no colégio a ideia de que eu

era uma lésbica uma manifestação de

naturalistas conservadores esperava por

mim todo dia ao sair da aula [ __ ]

nojenta eles diziam vamos estuprar você

para que você aprenda a preparar como

Deus manda eu tive pai eu tive mãe no

entanto eles não foram capazes de me

proteger da repressão da humilhação da

exclusão da violência eu tive pai eu

tive mãe mas nenhum dos dois me protegeu

do meu direito a livre autodeterminação

do Meu gênero da minha sexualidade

e o Pou conta que em 2005 quando o

governo socialista sobe ao poder na

França e eles começam a legislar pela

igualdade entre sexualidade e gêneros os

pais do Povo agora já passados pela

experiência de ter um filho transexual

vão marchar em defesa dessa criança e aí

eles entendem Nós também temos o direito

de ser seus pais eu termino lendo a

conclusão da crônica do Povo O que é

preciso defender é o direito de todo o

corpo independentemente da sua idade dos

seus órgãos sexuais ou genitais dos seus

fluidos reprodutivos e de seus órgãos

gestacionais a auto-determinação do seu

gênero e da sua sexualidade O que é

preciso defender é o direito de todo o

corpo de não ser educado para

transformar-se compulsoriamente em força

de trabalho ou força de reprodução é

preciso defender o direito das crianças

em todas as crianças de serem

consideradas como subjetividades

políticas irredutíveis a uma identidade

de gênero de sexo ou de raça bom eu

espero que da próxima vez que vocês se

depararem com discurso reacionário

conser vador retrógrado vocês sejam

capazes de perguntar e quem defende a

diferença é isso da semana que vem um

beijinho tchau tchau tchau

E aí