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Foro de Teresina - Podcast (*Generated Transcript*), #253: Ladrão de manchetes - Part 2

#253: Ladrão de manchetes - Part 2

Geral o TSE costuma respeitar né que costuma priorizar no seu entendimento.

É o meu ele tropeçou na própria perna ele deu um passo maior que a perna.

Eu não estou dizendo que esse caso específico seja uma arbitrariedade

acho que há elementos muito consistentes e como Toledo disse

uma decisão por unanimidade do principal tribunal que cuida de eleição no país.

Isso tem legitimidade.

Eu fico um pouco preocupado com as arbitrariedades ou o obscurantismo

que possa haver no anti-lavajatismo não nesse caso no conjunto.

A gente tem esse processo para rever a leniência das empresas.

Eu acho que tem um elemento perigoso na política que tudo a pretexto

do anti-lavajatismo tudo vale interesses que não são republicanos

no anti-lavajatismo também.

Mas vamos lembrar que o Deltão Dallagnol foi o cara que foi no TCU

dizer para o Bruno Dantas que agora esse negócio de eu já fiz um acordo

com as empresas lá na Lava Jato e você não pode mais julgar esse caso

no TCU no Tribunal de Contas da União ou seja.

Não eu não estou.

No amor de Deus é ótimo se lembrar.

Eu tinha esquecido disso.

Eu não estou fazendo aqui advogado do que fazer um PowerPoint nisso daí.

Eu não estou fazendo o papel de advogado dele desse sujeito

porque eu tenho uma espécie de horror físico quase é um fundamentalista

um coxinha um demagogo fundamentalista demagogo que talvez acredite nas.

Enfim ele foi eleito com o mesmo discurso que o Dallagnol igualzinho

caça de Marajás é tudo tudo tem um elemento no caso do Dallagnol

tem um elemento religioso que agrava que dá uma

que exprime um pouco a política brasileira atual.

Essa coisa é mais oportunismo.

É mais do mesmo.

Só muda a forma só muda as referências.

Mas o que o Fernando aponta eu concordo é perigoso e devemos atentar para isso

que a pretexto de condenar o lava jatismo pelo seu moralismo e pelos seus abusos.

Considerar tudo que seja antelava jatismo garantista e legalista

e portanto perfeito.

Não tem muita gente que defendeu.

Tem muita não vou ser zero que muitos interesses

pessoais e excusos etc.

Nesse guarda chuva do antelava jatismo também.

Muito bem eu como apresentador desse PowerPoint

vou encerrar o segundo bloco do programa por aqui.

A gente faz um rápido intervalo e vamos falar de governo Lula

agora o salário de Marco Fiscal no terceiro bloco.

A gente já volta.

Oi aqui é a Natália Silva.

Eu estou passando aqui para te convidar a ouvir o Rádio Novela apresenta

no episódio dessa semana a gente fala sobre fama.

O problema da fama é que o que leva até ela nem sempre está sob o nosso controle

e pode acabar virando um pesadelo.

É o que acontece na primeira história que a gente conta

de um rapaz que se meteu num mal entendido no reino do caos o Twitter.

Na segunda parte do episódio a gente narra um jogo de futebol

cujo objetivo era selar a paz mundial.

Os jogadores em campo eram da seleção brasileira

mas não é isso que você está pensando.

No terceiro ato um médico brasileiro prova que conhecer um ídolo de perto

nem sempre é uma coisa boa.

Quando terminar de ouvir o foro vem ouvir a gente.

Rádio Novelo apresenta toda quinta um episódio novo.

Muito bem Thaís Bilenck vamos começar com você.

Começamos pela cozinha política da aprovação dessa urgência

do projeto do novo marco o arcabouço esse palavrão como falam alguns

arcabouço fiscal que vai ser votado agora nessa semana que começa.

No mérito né. No mérito.

A votação da urgência deu um placar bastante favorável ao governo

367 votos a 102 contra.

Foi a melhor votação do governo até agora em termos de concentração

e mesmo em relação a PEC da transição em dezembro do ano passado

antes do Lula tomar posse que era uma PEC portanto requer um quórum

de três quintos do plenário mínimo de 308 votos.

A PEC da transição teve uma votação de 331 votos a 163

repetindo o marco fiscal teve 367 votos favoráveis foi mesmo

a melhor votação do governo até agora.

O que é que a gente está fazendo com a gente?

A gente está fazendo com que a gente não tenha mais um PEC

no marco fiscal teve 367 votos favoráveis foi mesmo de fato

uma boa vitória para o governo um bom placar para o governo

e que está servindo de teste de termômetro para a votação da reforma

tributária que vai ficar para o segundo semestre

mas que requer quórum de três quintos porque é uma PEC.

Encerrada a votação no plenário da Câmara da urgência

o Alexandre Padilha ministro da Secretaria de Relações Institucionais

divulgou um vídeo todo entusiasmado falando que tinha sido uma super vitória

do governo e tal.

Sim é verdade mas no entorno do Lira do presidente da Câmara

há quem não pense exatamente como o Padilha.

O que eu ouvi de um deputado do grupo do Lira bem próximo ao Lira

a expectativa era chegar a 380 votos.

Então eles ficaram quase 20 com menos do que tinham.

Por quê?

Em parte por causa do núcleo duro da base do governo

pessoal e rede votaram contra e em parte por partidos da base do governo

que também votaram contra.

11 deputados do União Brasil votaram contra.

A União Brasil tem três ministérios e toda semana, toda votação

inventam um motivo para não entregar todos os votos para o Lula.

O motivo dessa semana é que o Lula chamou o ACM Neto de Grampinho na Bahia.

Grampinho é um apelido depreciativo por causa do avô do ACM Neto.

O ACM Neto tem uma relação adversa com o Lula digamos assim há décadas

e o União Brasil é um partido que o Lira se movimenta também através do União Brasil

não só através do PP do Progressistas que é o partido oficial dele.

Em Alagoas quem controla o União Brasil é o Arthur Lira.

O Elmar Nascimento que é um deputado influente na Câmara do União Brasil

da Bahia, da mesma Bahia que o ACM Neto, é da mais estreita confiança do Arthur Lira.

Eles jogam juntos.

Então esses votos, cinco votos do PP do Arthur Lira

também foram contrários à votação da urgência.

Então são todos recados permanentes do Lira para o governo federal.

O Lira ele próprio deu entrevista no início da semana ameaçando o governo

dizendo que o governo tinha que delegar, que o governo tinha que distribuir.

O Elmar Nascimento falou a mesma coisa em ONU essa semana

que o governo precisava disso, precisava aquilo.

Depois várias matérias contando de outras ameaças que o Centrão faz ao governo

de inclusive não validar a primeira medida provisória do Lula

que organizou a esplanada dos ministérios, querendo tirar poder de um ministério

querendo mudar outro ministério.

Se a coisa empacar de fato, o Lula vai ter que ser obrigado a conviver

com uma esplanada montada pelo Bolsonaro.

Porque se a medida provisória caducar, ele perde a organização de poder que ele fez.

Eles estão ameaçando implodir o governo.

E claro que eles vão negociar tudo isso.

Não é que o governo vai implodir no começo de junho

mas é o tom dos recados que estão sendo dados.

E aí com todo esse ambiente, ele vai entregar um placar bastante favorável ao governo.

Ele e Lira. Porque tem aí a totalidade dos votos dos republicanos

e conseguiu 29 votos dos 99 do PL do Bolsonaro.

Então tem gente bastante interessada numa coisa só sempre que são as emendas.

Houve liberação de emenda no dia da votação? Houve.

Mas o deputado com quem eu conversei, do entorno do Lira, disse

Bom, isso são emendas individuais, emendas impositivas.

Alguma hora o governo tem que liberar mesmo, o timing coincide.

Mas o que eles querem é o que substituiu o orçamento secreto, que é a RP2

que é uma emenda extra, digamos, que tem um poder maior

de classificar eleitoralmente os deputados nas suas bases.

E eles tratam o governo como trapalhões.

Abriram o cadastro das emendas semana passada, o sistema caiu.

Que eles não conseguem entregar o que prometem.

Tem um ambiente de muita crítica, insatisfação e espizinhamento mesmo

do governo Lula no centrão.

Dito isso, eu conversei com o Felipe Carreiras, que é o líder do bloco do Lira

na Câmara, do PSB de Pernambuco, PSB do Alckmin.

Mas é ligado ao Lira, enfim, tá liderando o grupo dele, que diz que é verdade.

O resto do governo não fez sua parte, mas é verdade.

O Haddad, sim, fez sua parte.

Negociou muito bem, foi humilde, ligou todos os dias pro Lira, fez o que combinou.

Então é uma vitória do Haddad também, essa votação.

E que, enfim, o governo continua frágil.

Então é isso.

Foi uma votação boa, foi.

Mas o ambiente tá evidente e o recado pra quem tá em Brasília também

é tão evidente quanto.

É um bando de chantageistas, sempre foi e continuará sendo.

Isso não muda.

José Roberto de Toledão, arremate agora.

Eu vou divergir um pouquinho da relatora da Saúde.

Não na essência, a essência a gente concorda.

Mas assim, não tem como negar os números.

E os números são os seguintes.

Em abril, o governo tinha liberado 97 milhões de reais das emendas.

Em maio, que ainda tá no meio do mês, ele liberou 1 bilhão 382 milhões.

E é isso que fez a diferença.

Aí você vai dizer, não, mas são emendas impositivas.

São, mas quem controla o fluxo de liberação é o executivo.

Durante o ano de 2022, o PT tinha um direito a um determinado valor de emendas,

porque tinha a maior bancada da Câmara junto com o PSL.

Só que as emendas do PT foram liberadas pelo governo Bolsonaro depois da eleição.

Essa é a diferença.

Você controla o fluxo, você controla a velocidade.

Quem que recebeu mais emendas nesse período?

O PT.

O que aconteceu com o PT?

65 votos sim, nenhum voto não.

Tudo bem, não é só o número.

O número precisa ser visto, interpretado à luz dos fatos,

e das circunstâncias, e do contexto, é claro.

Mas é óbvio que a liberação das emendas impactou o resultado da votação.

Isso por um aspecto.

E vai continuar impactando, porque era um conta-gota.

Eu brinquei até na semana passada que eles estavam liberando como bica,

aí fizeram uma cascatinha, e daí, uma semana antes da votação

que mais importava para eles, virou uma catarata.

Eles vão administrar esse ritmo com menos ou mais competência,

mas certamente isso daqui tem um papel importante.

Segundo, coisa que os números mostram.

Você vai olhar lá a votação.

Quem votou não?

59 deputados do PL, que é o partido do Bolsonaro,

embora 29, como a Thaís disse, tenham votado sim.

Há uma coincidência entre liberação de emendas e votos sim, inclusive no PL.

E depois, quais foram os dois partidos que mais votaram não?

Ou seja, contra a urgência na votação do projeto mais importante do governo.

11 deputados do União Brasil e 11 deputados do PSOL.

PSOL, partido do Boulos,

partido que supostamente está na base do governo,

no coração da base governista.

100% dos votos, não, e dois deputados não votaram.

Qual outro partido que deu 100% de votos?

Não, o novo, que talvez seja o extremo oposto no espectro ideológico.

E qual foi o outro partido?

A Rede, que só tem um deputado que votou não, portanto 100% também.

Então, o Lula teve que enquadrar o PT,

porque o PT concorre com o PSOL, concorre com a Rede.

E a esquerda do PT estava querendo bombardear o arcabouço do Haddad.

Precisou ser enquadrada pelo Lula e precisou liberar muita emenda pra eles também.

Não foi à toa que o partido que mais recebeu emenda foi o PT.

Foi um calabouca com dinheiro e enquadramento.

E é assim que faz política.

Desculpa, é feio, é muito feio, cheira mal,

mas é assim que essa coisa funciona.

E nesse congresso, a frase

esse é o pior congresso da história,

ela é ridícula porque ela se repete a cada legislatura.

Todas são verdadeiras, mas esse é o pior congresso da história.

E o Arthur Lira é uma versão aperfeiçoada do Eduardo Cunha.

Então vai ter chantagem toda semana,

porque motivo não falta e elementos não faltam.

Porque a fragilidade da base do governo,

que não elegeu 171 deputados pra garantir que o Lula não seja empichado,

nem isso eles conseguiram, deixa o governo numa situação muito precária.

Então vai ter que liberar emenda.

Eles não vão, eu acho, chegar nesse extremo que a Thaís levantou a hipótese,

embora eles ameacem efetivamente com isso de não aprovar a MP,

porque isso implicaria eles perderem um monte de cargos na esplanada.

Então não sei se vão chegar a isso,

mas certamente usarão essa ameaça

pra que sejam preenchidas vagas de cargos públicos

que ainda não foram preenchidas,

justamente nos ministérios que eles acham que são deles.

Enfim, é um jogo feio, é um jogo sujo,

e é um jogo que custa caro pra caramba pra você, pra mim e pra todo mundo.

Mas é o jogo.

Tenho três comentários a te fazer sobre isso.

Primeiro, as emendas que o governo liberou, que o Toledo mencionou,

é quase como uma paçoquinha diet, entendeu?

Porque a emenda é individual, o que eles querem é a paçoca gorda mesmo,

bastante açúcar, que é o extra, que é o negociado politicamente,

que é o que tem de diferente entre um e outro.

Então tá certo, essas emendas individuais

e a liberação delas é fundamental pra roda girar? É verdade.

Mas eles querem muito mais do que isso, a ameaça é pra ter mais.

Segundo, a rede, Toledo mencionou, o seu único deputado votou contra.

E terceiro, eu concluo disso, dessa nossa discussão,

que é algo que a gente já vem falando, que é, está em marcha

a corrosão avançada do presidencialismo de coalizão,

que é um objetivo declarado publicamente pelo Arthur Lira.

Ele não quer esse sistema, ele quer um sistema

em que ele tenha tanto poder quanto executivo,

que o Congresso governe tanto quanto o executivo.

Ele chama de semi-parlamentarismo pra ficar chique, mas não é bem isso.

O que ele quer é dividir, e depois do orçamento secreto,

ele conseguiu um poder inédito

por um presidente da Câmara dos Deputados e acabou o orçamento secreto,

mas ele não quer abrir mão do poder que isso dava a ele.

Eu concordo com você, o presidencialismo de coalizão...

Eu já não gosto do nome, eu já não gosto da ideia,

eu acho que é mal formulada, mas esse sistema acabou.

Acabou no momento em que o governo eleito não conseguiu manter uma base

que permita a ele resistir minimamente à chantagem do fisiologismo,

que é quem manda no Brasil.

Quem manda é o Arenão.

Eu chamo de Arenão porque não é de centro, é de direita.

E eles estão no poder desde faz 30 anos, ou mais.

Mas nunca concordam, nunca tiveram tanto poder quanto tem agora.

Enfim, a gente divergiu, mas concordou, né?

É, foi uma ótima...

Agora, olha, sem ironia, uma ótima discussão.

A margem é muito estreita, né?

Essa que é a verdade para o governo Lula.

A situação é muito delicada, assim.

A gente tem a sensação, talvez mais, de que qualquer passinho fora desse script,

o governo fica refém à imagem do presidencialismo empoderado,

do quase imperial, né?

Que se formou no Brasil com o Fernando Henrique, com o próprio Lula e tal.

Isso está muito em xeque, né? Esse mandato.

Acho que essa é uma das novidades.

Não crescente, porque o fim desse sistema começa com o impeachment da Dilma,

com o Eduardo Cunha dando uma de escorpião,

matando o sapo no meio do lago, os dois se afogam.

Continua-se a profunda durante o governo Bolsonaro,

que ele tem que terceirizar boa parte do gasto público para o Artulir e companhia.

E continua no governo Lula.

Não conseguiu mexer nisso.

E o engraçado é que a gente nem discutiu o conteúdo do que estava sendo votado,

porque a gente só discutiu a forma, né?

Se ia ser urgência ou não urgência.

Porque é meio ridículo a gente ficar discutindo saneamento das contas públicas

quando o instrumento de votação, o que alimenta o voto,

é justamente o gasto não prioritário do dinheiro público.

Porque o que acontece com as emendas é que,

embora o governo possa orientar,

não, tem que ser em saúde, tem que ser no Fundo Nacional de Saúde,

o cara vai gastar com ambulância no colégio eleitoral dele,

na melhor das hipóteses,

quando não vai inventar despesa com dentista no país dos manguelas,

que tem mais dente extraído que gente na cidade.

Muito bem. Com essa imagem poética retirada dos titãs,

Toledo fez uma incursão velada aos titãs.

Jesus não tem dentes no país dos manguelas.

Bom, tem rápido intervalo antes do Kinder Ovo.

A gente já volta.

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Vamos lá, então.

Momento Kinder Ovo.

Todos apostos.

Vamos lá, Mari Faria.

Toda vez que ele precisar entrar em campo, vai entrar.

E é bom demais a gente ter o Pelé da política

para poder entrar em campo a hora que precisar entrar.

Quer mais um, para vocês tentarem? Um segundo.

Contando da Thaís em outro, porque é aniversário.

Outro só para... Thaís ganhou.

Matou o Padilha assim, em dois segundos.

Foi um negócio de louco esse.

Quem fala, então, para registro,

para os anais da história do foro,

ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência,

Alexandre Padilha, em entrevista no Palácio do Planalto.

Uma comitiva inteira com documentos falsos.

É o mourão.

Só falta entrar.

Alguém criticando a viagem do Bolsonaro ao...

Alessandro Vieira?

Boa!

Você colou? Fala a verdade.

Claro que eu colei. É óbvio que eu colei.

Mas ninguém falou que não pode.

Eu estou aqui dentro da lei, segundo o TSR,

que é o direito de todos os brasileiros

a ter acesso a um documento falso.

Eu não vou falar o nome do documento,

eu estou aqui dentro da lei, segundo o TSR.

Ele colou, porque viu no YouTube e na internet?

Não pode.

Não, não pode.

Eu deduzi.

Ele perguntou para Arquimedes, Thaís.

Quem era, vó?

Segundo Arquimedes, é o senador Alessandro Vieira.

Não, foi segundo o Google Trends,

que é o segundo patrocinador.

Só faltou o Paulo dar uma ajudazinha aí, nesse gol.

Urnas eletrônicas, fraude.

Eleições limpas nisso daí.

Thaís Bilenk ganhou, a do Toledo foi invalidada.

Momento invalidado.

Eu vou entrar com recurso no Supremo.

Tá certo.

Para registro, é o senador Alessandro Vieira.

PSDB de Sergipe, Alessandro Vieira.

Senador, muito bem.

Bom, depois desse momento conturbado, Kinder Ovo,

temos o momento cabeção essa semana.

A gente conversou antes do programa,

e o livro que eu estou lendo, o Zé também está lendo,

mas ele está mais avançado do que eu.

Então, vou começar por você, José Roberto Toledo.

Então, o Fernando indica, e eu avalizo,

Operação Impeachment, de Fernando Limongi,

cujo lançamento se dá oficialmente

nessa sexta-feira na Livraria da Vila.

Vale a pena você falar o subtítulo do livro, né, Zé?

Dilma Rousseff e o Brasil da Lava Jato.

Exatamente.

E tem tudo a ver com o que a gente discutiu no programa,

em todos os blocos, inclusive,

porque o Limongi desenvolve uma tese muito interessante,

usando uma metodologia muito curiosa,

que ele leu a imprensa, releu toda a imprensa da época,

e foi extraindo informações

e construindo uma versão muito diferente

do que a própria imprensa contou sobre as razões do impeachment.

Ele tenta demonstrar no livro

que foi o colapso da aliança de apoio

que provocou o impeachment,

e não propriamente um movimento revolucionário de rua

ou qualquer coisa do gênero.

Foi de dentro para fora, né?

Foi de dentro para fora, exatamente.

E é muito interessante o livro,

porque, além da narrativa que é muito fluida,

muito boa, gostosa de ler,

o final do livro é imenso.

Quase metade do livro são as notas

em que ele detalha reportagem por reportagem,

fato por fato.

É muito legal.

Me chamou a atenção isso também.

Ele tem... O livro, a parte antes das notas,

tem 180 páginas,

e o livro tem 300 páginas.

Ou seja, você tem 120 páginas de notas,

que são notas que são informativas também,

como você disse.

E comentadas, né?

É legal, é bacana.

Realmente inova na interpretação dos motivos do impeachment

e vai muito além dessa discussão meio rasa,

se foi golpe ou não foi golpe.

É muito mais complexo e interessante, na verdade, a história

do que essa mera qualificação, golpe ou não golpe.

Para não ficar só muito cabeção,

Fernando, eu queria indicar duas séries.

Uma é uma comédia,

que é Os Encarnadores da Casa Branca,

que trata do Watergate,

mostrando a quantidade inacreditável de atrapalhadas,

e a nível Bolsonaro,

a quantidade de atrapalhadas que o governo Nixon,

os republicanos, e os ex-CIA, ex-FBI,

cometeram.

Mas é ficção?

É ficção, mas é baseada em fatos reais.

Você acha que você não está vendo fatos reais.

E tem umas três séries sobre esse assunto,

tem Gas Lead também, trata do mesmo assunto,

tem uma outra muito parecida.

E todos mostram, e você fala,

não, isso daí não pode ser verdade.

Mas é, efetivamente, é verdade.

Não foi uma invasão, foram quatro.

Os caras esqueceram a chavinha para abrir a porta.

É uma coisa assim, inacreditável o grau de incompetência.

Está na HBO Max.

Tem uma outra que, se não me engano, também está na HBO,

que chama-se Palomares.

Essa é uma série estritamente documental,

e trata de um episódio que os espanhóis

e talvez os americanos da época se lembrem.

É um episódio que aconteceu em 1966,

que foi quando os Estados Unidos

simplesmente deixaram cair quatro bombas atômicas sobre a Espanha.

Poderíamos ter acabado com o sul da Espanha,

destruído o sul da Espanha.

Foi uma colisão de dois aviões

que provocou a queda dessas bombas sobre o território espanhol.

E eles perderam duas bombas.

E uma delas, a recuperação, é uma novela.

E aí você entende por que eu digo que inteligência militar é um oximorfo.

Porque a operação de resgate é realmente

para deixar o pessoal que invadiu o Watergate

se julgando muito competente.

Thais Vilenca.

Eu tenho uma indicação temática sobre Península Ibérica.

Vou ficar na Península Ibérica.

De livros, eu estou lendo

A Incrível História de Antônio Salazar,

o Ditador que Morreu Duas Vezes,

que é inacreditável.

Eu não terminei.

Eu acho que o autor, que é um italiano,

o Marco Ferrari, se perde nos detalhes, nos nomes.

Fica uma coisa que quase que te inviabiliza no começo do livro.

Mas a história é muito interessante.

O título é bem dado.

A Incrível História de Antônio Salazar,

o Ditador que Morreu Duas Vezes.

E aí, lá do lado, nos vizinhos,

eu vou indicar uma série da Netflix

sobre a Espanha chamada Os Pacientes do Dr. Garcia,

sobre o pós-guerra e Franco.

Que, assim, é uma série tecnicamente bastante questionável.

Está longe de ter um primor técnico.

Inclusive, eu estava me zoando que daria para fazer um jogo

de sete erros de continuidade,

questões de roteiro e tal.

Mas é uma série que se assiste,

dessas de entretenimento maravilhoso.

Está na Netflix, Os Pacientes do Dr. Garcia.

Eu adorei, apesar de não ter feito.

Agora, você dá dicas de restaurante no sul da Espanha.

Onde comer bacalhau em Portugal.

Exato. Daqui a pouco eu chego lá. Ainda não cheguei.

E para o meu momento cabe...

Eu vou rebatizar.

Em vez de momento cabecinha,

vou dar o nome de momento cabeçãozinha.

Porque os caras têm a melhor cabeça de todas.

Não é?

Momento cabeçãozinha, está certo.

Esse, na verdade, é o momento que eu tenho mais indicações.

Eu vou indicar um só que tem sido o livro do momento.

Que é um livro do Ferreira Goulart.

Muito legal.

Chama A Menina Cláudia e o Rinoceronte.

Que ele ilustra com colagens.

E faz poesia a lá Ferreira Goulart.

E é super legal.

E dá para medir se o livro é bom para criança ou não.

Se a criança se interessa.

E é sucesso.

Então, A Menina Cláudia e o Rinoceronte.

Muito bem. Olha, eu vou indicar...

Na verdade, eu vou sugerir à editora 34 que relance.

Porque até onde eu pude saber pela minha pesquisa,

esse livro está esgotado.

O livro A Divina Comédia dos Mutantes.

Que é de 1995.

Escrito pelo Carlos Calado.

Que é um jornalista de música.

O Carlos Calado escreveu esse livro dos Mutantes.

E escreveu um livro sobre a Tropicália também.

Que são muito bem documentados.

Com muitas entrevistas.

Esse dos Mutantes, eu nunca li.

Passei os olhos.

O da Tropicália é excepcional.

E vou indicar, já que é um programa de aniversário,

o romance que eu estou lendo com atraso.

Do Michel Ullebeck.

Eu nunca sei falar o nome dele.

Ullebeck.

Ullebeck, mas é com H.

Ullebeck.

É o Submissão.

Ele tem vários romances.

Tem romance mais recente.

Esse Serotonina.

Mas esse romance de 2015, se eu não me engano,

é sensacional, esse Submissão.

Narrado por um professor universitário desiludido.

E trata de uma eleição no ano de 2022.

É um romance distópico.

Que é vencida por um candidato muçulmano.

Da fraternidade muçulmana.

Contra um candidato de extrema direita.

E o livro nos coloca nesse mundo distópico.

O candidato da fraternidade muçulmana

é justamente o moderado da situação.

Dá pra fazer um programa só com o momento cabeção.

Tem, inclusive, pedidos de ouvintes

que nos mandaram felicitações pelos cinco anos

de Folha de Terezinha.

Pedindo uma edição especial só com as indicações.

E que fossem colocadas no site

todas as indicações que nós já fizemos.

Então é trabalho pra vocês, amoroso.

Bom, vamos agora sim para o principal momento do programa.

O momento que eu me divirto.

Que é o Corrêa Elegante.

O momento de vocês.

As cartinhas, comentários.

Eu vou começar, então, com a Viviane Sesi.

Que se apresentou como uma orgulhosa tereziner.

Ela diz o seguinte.

Antes da eleição do Peidorreiro,

eu vivia sozinha em uma cidade muito conservadora de São Paulo.

Que tinha um governo tucano.

Chegava a sofrer com as dicas no local de trabalho

sobre em quem eu deveria votar.

E foi nesse contexto de opressão

que o Foro de Terezina se tornou um oásis

de análises políticas e humor.

E vocês me ajudaram a sobreviver a um período difícil.

E com a eleição do Peidorreiro,

eu e minha amada Gisele tivemos medo

e passamos a viver juntas.

Acreditávamos que não poderíamos nos casar.

Pois a promessa era de que não haveria

nem kit gay e nem casamento gay.

Mas antes tarde do que mais tarde, isso passou.

E no nosso aniversário de cinco anos de namoro-casamento,

no dia 19 de maio, realizaremos nosso casamento civil.

Gostaria muito de ganhar como presente de casamento um salve-salve.

E também pedir que incentivem a minha amada Gisele,

a Sabe Tu apaixonada,

a incluir a assinatura da revista no nosso orçamento.

Abraços, da Viviane.

Não, super vou dar salve-salve pra vocês duas.

Viva o amor de vocês.

Viva.

É isso?

Bom, eu vou ler a Luana Charlotte,

que é uma estudante de geologia de 19 anos,

e nos escreveu o seguinte.

Escrevo enquanto escuto o episódio 252 do Foro

num sábado ensolarado, comendo uma pizza gelada

e bebendo um chamate pra curar a minha monstruosa ressaca.

Quando comecei a ouvir o Foro de vez em quando,

não entendi esse negócio de correr elegante.

Pensava, por que pii?

As pessoas têm tanto carinho por um podcast de notícia.

Notícia é só desgraça, que gente doida.

Até que, numa quarta-feira, me peguei pensando em vocês.

Já tinha escutado todos os outros podcasts de notícia,

mas algo estava faltando.

Eu estava com saudade do Foro.

E foi aí que entendi o apego dos Terezinhers.

Porque tinha vontade de saber as opiniões

e os comentários bem-humorados do Fernando, do Toledo e da Thaís,

que é a única voz que eu consigo diferenciar.

Muito obrigada por me informarem toda semana.

Mesmo quando não quero mais saber de notícias do Brasil,

não consigo ficar sem escutar o Foro.

Queria aproveitar e mandar um beijo e um abraço

para minha querida mamãe, Leila de Barsolis.

Ela foi convertida para o semi-ouvinte do Foro,

porque não escuta todos, mas escuta alguns.

Mamãezinha, eu sei que não nos vemos muito pessoalmente,

porque somos mulheres extremamente ocupadas,

mas sempre que nos vemos é uma grande felicidade.

Tia, obrigada por cuidar de mim, mesmo de longe.

Um beijo. Bom fim de semana.

O Thiago Costa escreveu uma mensagem

que comemora dois aniversários.

Sou ouvinte assíduo desde 2018,

mas muitos javaporcos passaram por debaixo da ponte desde então

e, felizmente, os dias são outros, embora agridoces.

Ele faz uma referência ao ano horrível que foi 2018.

Nesse meio tempo, alguns dos meus melhores e mais antigos amigos

também se tornaram ouvintes, uns mais regulares que outros.

E nesta terceira semana de maio,

estamos reunidos para celebrar anos de amizade.

Zé, Eliel e Tiago com H vieram aqui para a Inglaterra,

onde Ricardo e eu, Tiago sem H, moramos.

Apenas para esse momento especial.

Celebramos, portanto, não só 20 anos de amizade,

mas um reencontro físico que levou 12 anos para acontecer.

Será a primeira vez que juntos escutaremos vocês.

E eles só saberão desta carta quando ela for lida ao final do programa.

Aproveito assim o microfone de alcance mundial do Foro

para agradecer aos meus amigos por essas duas décadas de história

e por termos mantido a amizade,

apesar da distância física tantas vezes incontornável.

Que venham outros 20 anos juntos.

A todos do Foro, meu muito obrigado

pela companhia semanal aqui no Hemisfério Norte.

Um grande abraço.

E assim comemoramos também os cinco anos de aniversário.

Do Foro.

Abraço para vocês todos, rapazes.

E agora eu vou falar que o assunto mais falado das semanas

é mais do que a Michelle, é o seu violão da Rita Lee.

Não, as massas clamam.

O que disse a Arquimedes?

Vai ter que fazer um pocket show da Rita Lee.

Nem apareceu, não apareceu no Google Trends,

não apareceu no levantamento.

Portanto, isso daí é fake news.

Eu tenho aqui dados da Arquimedes.

Tenho dados da Arquimedes.

Tem também no levantamento.

Inclusive, a gente dividiu esse levantamento

e disse que foi o assunto mais comentado.

E com avaliações 98% positivas.

Falaram que você ia atacar de doce vampiro, lança perfume.

Ó, a gente recebeu muitas mensagens muito bacanas

pelos cinco anos do programa.

E algumas sugestões, por exemplo,

que a gente fez um monte de balanço ali, estatístico,

sobre quantos ouvintes.

O Fernando já citou alguns no começo.

Mas aí falaram que ficou faltando, por exemplo,

quantas vezes o espírito maluf baixou no Fernando.

Essa estatística ninguém fez.

E está em baixa, coitado, doutor Paulo.

Aí teve uma que eu vou destacar, do Felipe Sintra,

que é o seguinte.

Ele falou que dos 252 programas que já foram ao ar,

sem contar esse,

ao menos 150 ele escutou dirigindo na estrada

entre Florianópolis e São Miguel do Oeste.

Então, como ele fez uma média de uma hora por programa

e 70 km por hora de velocidade média,

ele calculou que ele rodou conosco 10.500 km.

E agradece a companhia.

É isso que é bom.

Mas, bem, essa estrada foi construída por Paulo Maluf.

Essa estrada de Florianópolis foi construída por o Oeste.

É obra de Paulo Maluf.

Isso ele não sabia.

Isso ele não sabia.

Muito bem, o dever me chama.

Eu vou usar as minhas prerrogativas aqui.

Vamos terminando assim o programa de hoje.

Se você gostou de 5 Stars,

agora comente ou faça uma pergunta pra gente no Spotify.

Pode também seguir a gente no Apple Podcast,

na Amazon Music Favoritar, na Deezer.

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Foro de Terezinha é uma produção da Rádio Novelo

para a revista Piauí,

com a coordenação geral da Evelyn Argenta.

A direção é da Mari Faria, a produção do Marcos Amoroso.

O apoio de produção é da Bárbara Rubira.

A edição é da Evelyn Argenta e do Tiago Picado.

A finalização e a mixagem são do Luiz Rodrigues

e do João Jabási, do Pipoca Sound.

Jabási, que também é o intérprete da nossa melodia-tema,

composta por Vânia Salles e Beto Bore.

A nossa coordenação digital é feita pela Fecriz Vasconcelos

e pela Bia Ribeiro.

A checagem do programa é do João Felipe Carvalho.

A ilustração no site do Fernando Carvalho.

O foro foi gravado nas nossas casas em São Paulo.

Então, a gente reforça o pedido do Fernando ali,

uma estrelinha por ano de programa lá.

É isso.

Não, cinco.

É, tá.

Matemática?

Difícil esse negócio de aritmética, viu?

Raiz quadrada, tá?

Isso faltou na aula de cálculo, cálculo dois.

Ela fez engenharia, só faltou na aula de cálculo dois.

Eu me despeço dos meus amigos José Roberto de Toledo.

Tchau, Toledo.

Tchau, Fernando. Até os próximos cinco anos.

É isso.

Thaís Bilenk.

Tchau, Thaís.

Tchau, gente.

Antes que...

Antes...

Ai, que mal!

Antes só do que mal abandonado.

Acaba enquanto é tempo.

Essas são umas das frases prediletas da vida.

Muito bem.

Boa semana pra vocês.

Uma ótima semana e até a semana que vem.

#253: Ladrão de manchetes - Part 2 #253: Schlagzeilendieb - Teil 2 #253: Headline Thief - Part 2 #253: Robo de titulares - Parte 2 #253 : Attraction des titres - Partie 2 #第253回:ヘッドライン・グラバー その2 #253: Chwytacz nagłówków - część 2 #253: Manşet yakalayıcı - Bölüm 2

Geral o TSE costuma respeitar né que costuma priorizar no seu entendimento.

É o meu ele tropeçou na própria perna ele deu um passo maior que a perna.

Eu não estou dizendo que esse caso específico seja uma arbitrariedade

acho que há elementos muito consistentes e como Toledo disse

uma decisão por unanimidade do principal tribunal que cuida de eleição no país.

Isso tem legitimidade.

Eu fico um pouco preocupado com as arbitrariedades ou o obscurantismo

que possa haver no anti-lavajatismo não nesse caso no conjunto.

A gente tem esse processo para rever a leniência das empresas.

Eu acho que tem um elemento perigoso na política que tudo a pretexto

do anti-lavajatismo tudo vale interesses que não são republicanos

no anti-lavajatismo também.

Mas vamos lembrar que o Deltão Dallagnol foi o cara que foi no TCU

dizer para o Bruno Dantas que agora esse negócio de eu já fiz um acordo

com as empresas lá na Lava Jato e você não pode mais julgar esse caso

no TCU no Tribunal de Contas da União ou seja.

Não eu não estou.

No amor de Deus é ótimo se lembrar.

Eu tinha esquecido disso.

Eu não estou fazendo aqui advogado do que fazer um PowerPoint nisso daí.

Eu não estou fazendo o papel de advogado dele desse sujeito

porque eu tenho uma espécie de horror físico quase é um fundamentalista

um coxinha um demagogo fundamentalista demagogo que talvez acredite nas.

Enfim ele foi eleito com o mesmo discurso que o Dallagnol igualzinho

caça de Marajás é tudo tudo tem um elemento no caso do Dallagnol

tem um elemento religioso que agrava que dá uma

que exprime um pouco a política brasileira atual.

Essa coisa é mais oportunismo.

É mais do mesmo.

Só muda a forma só muda as referências.

Mas o que o Fernando aponta eu concordo é perigoso e devemos atentar para isso

que a pretexto de condenar o lava jatismo pelo seu moralismo e pelos seus abusos.

Considerar tudo que seja antelava jatismo garantista e legalista

e portanto perfeito.

Não tem muita gente que defendeu.

Tem muita não vou ser zero que muitos interesses

pessoais e excusos etc.

Nesse guarda chuva do antelava jatismo também.

Muito bem eu como apresentador desse PowerPoint

vou encerrar o segundo bloco do programa por aqui.

A gente faz um rápido intervalo e vamos falar de governo Lula

agora o salário de Marco Fiscal no terceiro bloco.

A gente já volta.

Oi aqui é a Natália Silva.

Eu estou passando aqui para te convidar a ouvir o Rádio Novela apresenta

no episódio dessa semana a gente fala sobre fama.

O problema da fama é que o que leva até ela nem sempre está sob o nosso controle

e pode acabar virando um pesadelo.

É o que acontece na primeira história que a gente conta

de um rapaz que se meteu num mal entendido no reino do caos o Twitter.

Na segunda parte do episódio a gente narra um jogo de futebol

cujo objetivo era selar a paz mundial.

Os jogadores em campo eram da seleção brasileira

mas não é isso que você está pensando.

No terceiro ato um médico brasileiro prova que conhecer um ídolo de perto

nem sempre é uma coisa boa.

Quando terminar de ouvir o foro vem ouvir a gente.

Rádio Novelo apresenta toda quinta um episódio novo.

Muito bem Thaís Bilenck vamos começar com você.

Começamos pela cozinha política da aprovação dessa urgência

do projeto do novo marco o arcabouço esse palavrão como falam alguns

arcabouço fiscal que vai ser votado agora nessa semana que começa.

No mérito né. No mérito.

A votação da urgência deu um placar bastante favorável ao governo

367 votos a 102 contra.

Foi a melhor votação do governo até agora em termos de concentração

e mesmo em relação a PEC da transição em dezembro do ano passado

antes do Lula tomar posse que era uma PEC portanto requer um quórum

de três quintos do plenário mínimo de 308 votos.

A PEC da transição teve uma votação de 331 votos a 163

repetindo o marco fiscal teve 367 votos favoráveis foi mesmo

a melhor votação do governo até agora.

O que é que a gente está fazendo com a gente?

A gente está fazendo com que a gente não tenha mais um PEC

no marco fiscal teve 367 votos favoráveis foi mesmo de fato

uma boa vitória para o governo um bom placar para o governo

e que está servindo de teste de termômetro para a votação da reforma

tributária que vai ficar para o segundo semestre

mas que requer quórum de três quintos porque é uma PEC.

Encerrada a votação no plenário da Câmara da urgência

o Alexandre Padilha ministro da Secretaria de Relações Institucionais

divulgou um vídeo todo entusiasmado falando que tinha sido uma super vitória

do governo e tal.

Sim é verdade mas no entorno do Lira do presidente da Câmara

há quem não pense exatamente como o Padilha.

O que eu ouvi de um deputado do grupo do Lira bem próximo ao Lira

a expectativa era chegar a 380 votos.

Então eles ficaram quase 20 com menos do que tinham.

Por quê?

Em parte por causa do núcleo duro da base do governo

pessoal e rede votaram contra e em parte por partidos da base do governo

que também votaram contra.

11 deputados do União Brasil votaram contra.

A União Brasil tem três ministérios e toda semana, toda votação

inventam um motivo para não entregar todos os votos para o Lula.

O motivo dessa semana é que o Lula chamou o ACM Neto de Grampinho na Bahia.

Grampinho é um apelido depreciativo por causa do avô do ACM Neto.

O ACM Neto tem uma relação adversa com o Lula digamos assim há décadas

e o União Brasil é um partido que o Lira se movimenta também através do União Brasil

não só através do PP do Progressistas que é o partido oficial dele.

Em Alagoas quem controla o União Brasil é o Arthur Lira.

O Elmar Nascimento que é um deputado influente na Câmara do União Brasil

da Bahia, da mesma Bahia que o ACM Neto, é da mais estreita confiança do Arthur Lira.

Eles jogam juntos.

Então esses votos, cinco votos do PP do Arthur Lira

também foram contrários à votação da urgência.

Então são todos recados permanentes do Lira para o governo federal.

O Lira ele próprio deu entrevista no início da semana ameaçando o governo

dizendo que o governo tinha que delegar, que o governo tinha que distribuir.

O Elmar Nascimento falou a mesma coisa em ONU essa semana

que o governo precisava disso, precisava aquilo.

Depois várias matérias contando de outras ameaças que o Centrão faz ao governo

de inclusive não validar a primeira medida provisória do Lula

que organizou a esplanada dos ministérios, querendo tirar poder de um ministério

querendo mudar outro ministério.

Se a coisa empacar de fato, o Lula vai ter que ser obrigado a conviver

com uma esplanada montada pelo Bolsonaro.

Porque se a medida provisória caducar, ele perde a organização de poder que ele fez.

Eles estão ameaçando implodir o governo.

E claro que eles vão negociar tudo isso.

Não é que o governo vai implodir no começo de junho

mas é o tom dos recados que estão sendo dados.

E aí com todo esse ambiente, ele vai entregar um placar bastante favorável ao governo.

Ele e Lira. Porque tem aí a totalidade dos votos dos republicanos

e conseguiu 29 votos dos 99 do PL do Bolsonaro.

Então tem gente bastante interessada numa coisa só sempre que são as emendas.

Houve liberação de emenda no dia da votação? Houve.

Mas o deputado com quem eu conversei, do entorno do Lira, disse

Bom, isso são emendas individuais, emendas impositivas.

Alguma hora o governo tem que liberar mesmo, o timing coincide.

Mas o que eles querem é o que substituiu o orçamento secreto, que é a RP2

que é uma emenda extra, digamos, que tem um poder maior

de classificar eleitoralmente os deputados nas suas bases.

E eles tratam o governo como trapalhões.

Abriram o cadastro das emendas semana passada, o sistema caiu.

Que eles não conseguem entregar o que prometem.

Tem um ambiente de muita crítica, insatisfação e espizinhamento mesmo

do governo Lula no centrão.

Dito isso, eu conversei com o Felipe Carreiras, que é o líder do bloco do Lira

na Câmara, do PSB de Pernambuco, PSB do Alckmin.

Mas é ligado ao Lira, enfim, tá liderando o grupo dele, que diz que é verdade.

O resto do governo não fez sua parte, mas é verdade.

O Haddad, sim, fez sua parte.

Negociou muito bem, foi humilde, ligou todos os dias pro Lira, fez o que combinou.

Então é uma vitória do Haddad também, essa votação.

E que, enfim, o governo continua frágil.

Então é isso.

Foi uma votação boa, foi.

Mas o ambiente tá evidente e o recado pra quem tá em Brasília também

é tão evidente quanto.

É um bando de chantageistas, sempre foi e continuará sendo.

Isso não muda.

José Roberto de Toledão, arremate agora.

Eu vou divergir um pouquinho da relatora da Saúde.

Não na essência, a essência a gente concorda.

Mas assim, não tem como negar os números.

E os números são os seguintes.

Em abril, o governo tinha liberado 97 milhões de reais das emendas.

Em maio, que ainda tá no meio do mês, ele liberou 1 bilhão 382 milhões.

E é isso que fez a diferença.

Aí você vai dizer, não, mas são emendas impositivas.

São, mas quem controla o fluxo de liberação é o executivo.

Durante o ano de 2022, o PT tinha um direito a um determinado valor de emendas,

porque tinha a maior bancada da Câmara junto com o PSL.

Só que as emendas do PT foram liberadas pelo governo Bolsonaro depois da eleição.

Essa é a diferença.

Você controla o fluxo, você controla a velocidade.

Quem que recebeu mais emendas nesse período?

O PT.

O que aconteceu com o PT?

65 votos sim, nenhum voto não.

Tudo bem, não é só o número.

O número precisa ser visto, interpretado à luz dos fatos,

e das circunstâncias, e do contexto, é claro.

Mas é óbvio que a liberação das emendas impactou o resultado da votação.

Isso por um aspecto.

E vai continuar impactando, porque era um conta-gota.

Eu brinquei até na semana passada que eles estavam liberando como bica,

aí fizeram uma cascatinha, e daí, uma semana antes da votação

que mais importava para eles, virou uma catarata.

Eles vão administrar esse ritmo com menos ou mais competência,

mas certamente isso daqui tem um papel importante.

Segundo, coisa que os números mostram.

Você vai olhar lá a votação.

Quem votou não?

59 deputados do PL, que é o partido do Bolsonaro,

embora 29, como a Thaís disse, tenham votado sim.

Há uma coincidência entre liberação de emendas e votos sim, inclusive no PL.

E depois, quais foram os dois partidos que mais votaram não?

Ou seja, contra a urgência na votação do projeto mais importante do governo.

11 deputados do União Brasil e 11 deputados do PSOL.

PSOL, partido do Boulos,

partido que supostamente está na base do governo,

no coração da base governista.

100% dos votos, não, e dois deputados não votaram.

Qual outro partido que deu 100% de votos?

Não, o novo, que talvez seja o extremo oposto no espectro ideológico.

E qual foi o outro partido?

A Rede, que só tem um deputado que votou não, portanto 100% também.

Então, o Lula teve que enquadrar o PT,

porque o PT concorre com o PSOL, concorre com a Rede.

E a esquerda do PT estava querendo bombardear o arcabouço do Haddad.

Precisou ser enquadrada pelo Lula e precisou liberar muita emenda pra eles também.

Não foi à toa que o partido que mais recebeu emenda foi o PT.

Foi um calabouca com dinheiro e enquadramento.

E é assim que faz política.

Desculpa, é feio, é muito feio, cheira mal,

mas é assim que essa coisa funciona.

E nesse congresso, a frase

esse é o pior congresso da história,

ela é ridícula porque ela se repete a cada legislatura.

Todas são verdadeiras, mas esse é o pior congresso da história.

E o Arthur Lira é uma versão aperfeiçoada do Eduardo Cunha.

Então vai ter chantagem toda semana,

porque motivo não falta e elementos não faltam.

Porque a fragilidade da base do governo,

que não elegeu 171 deputados pra garantir que o Lula não seja empichado,

nem isso eles conseguiram, deixa o governo numa situação muito precária.

Então vai ter que liberar emenda.

Eles não vão, eu acho, chegar nesse extremo que a Thaís levantou a hipótese,

embora eles ameacem efetivamente com isso de não aprovar a MP,

porque isso implicaria eles perderem um monte de cargos na esplanada.

Então não sei se vão chegar a isso,

mas certamente usarão essa ameaça

pra que sejam preenchidas vagas de cargos públicos

que ainda não foram preenchidas,

justamente nos ministérios que eles acham que são deles.

Enfim, é um jogo feio, é um jogo sujo,

e é um jogo que custa caro pra caramba pra você, pra mim e pra todo mundo.

Mas é o jogo.

Tenho três comentários a te fazer sobre isso.

Primeiro, as emendas que o governo liberou, que o Toledo mencionou,

é quase como uma paçoquinha diet, entendeu?

Porque a emenda é individual, o que eles querem é a paçoca gorda mesmo,

bastante açúcar, que é o extra, que é o negociado politicamente,

que é o que tem de diferente entre um e outro.

Então tá certo, essas emendas individuais

e a liberação delas é fundamental pra roda girar? É verdade.

Mas eles querem muito mais do que isso, a ameaça é pra ter mais.

Segundo, a rede, Toledo mencionou, o seu único deputado votou contra.

E terceiro, eu concluo disso, dessa nossa discussão,

que é algo que a gente já vem falando, que é, está em marcha

a corrosão avançada do presidencialismo de coalizão,

que é um objetivo declarado publicamente pelo Arthur Lira.

Ele não quer esse sistema, ele quer um sistema

em que ele tenha tanto poder quanto executivo,

que o Congresso governe tanto quanto o executivo.

Ele chama de semi-parlamentarismo pra ficar chique, mas não é bem isso.

O que ele quer é dividir, e depois do orçamento secreto,

ele conseguiu um poder inédito

por um presidente da Câmara dos Deputados e acabou o orçamento secreto,

mas ele não quer abrir mão do poder que isso dava a ele.

Eu concordo com você, o presidencialismo de coalizão...

Eu já não gosto do nome, eu já não gosto da ideia,

eu acho que é mal formulada, mas esse sistema acabou.

Acabou no momento em que o governo eleito não conseguiu manter uma base

que permita a ele resistir minimamente à chantagem do fisiologismo,

que é quem manda no Brasil.

Quem manda é o Arenão.

Eu chamo de Arenão porque não é de centro, é de direita.

E eles estão no poder desde faz 30 anos, ou mais.

Mas nunca concordam, nunca tiveram tanto poder quanto tem agora.

Enfim, a gente divergiu, mas concordou, né?

É, foi uma ótima...

Agora, olha, sem ironia, uma ótima discussão.

A margem é muito estreita, né?

Essa que é a verdade para o governo Lula.

A situação é muito delicada, assim.

A gente tem a sensação, talvez mais, de que qualquer passinho fora desse script,

o governo fica refém à imagem do presidencialismo empoderado,

do quase imperial, né?

Que se formou no Brasil com o Fernando Henrique, com o próprio Lula e tal.

Isso está muito em xeque, né? Esse mandato.

Acho que essa é uma das novidades.

Não crescente, porque o fim desse sistema começa com o impeachment da Dilma,

com o Eduardo Cunha dando uma de escorpião,

matando o sapo no meio do lago, os dois se afogam.

Continua-se a profunda durante o governo Bolsonaro,

que ele tem que terceirizar boa parte do gasto público para o Artulir e companhia.

E continua no governo Lula.

Não conseguiu mexer nisso.

E o engraçado é que a gente nem discutiu o conteúdo do que estava sendo votado,

porque a gente só discutiu a forma, né?

Se ia ser urgência ou não urgência.

Porque é meio ridículo a gente ficar discutindo saneamento das contas públicas

quando o instrumento de votação, o que alimenta o voto,

é justamente o gasto não prioritário do dinheiro público.

Porque o que acontece com as emendas é que,

embora o governo possa orientar,

não, tem que ser em saúde, tem que ser no Fundo Nacional de Saúde,

o cara vai gastar com ambulância no colégio eleitoral dele,

na melhor das hipóteses,

quando não vai inventar despesa com dentista no país dos manguelas,

que tem mais dente extraído que gente na cidade.

Muito bem. Com essa imagem poética retirada dos titãs,

Toledo fez uma incursão velada aos titãs.

Jesus não tem dentes no país dos manguelas.

Bom, tem rápido intervalo antes do Kinder Ovo.

A gente já volta.

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Vamos lá, então.

Momento Kinder Ovo.

Todos apostos.

Vamos lá, Mari Faria.

Toda vez que ele precisar entrar em campo, vai entrar.

E é bom demais a gente ter o Pelé da política

para poder entrar em campo a hora que precisar entrar.

Quer mais um, para vocês tentarem? Um segundo.

Contando da Thaís em outro, porque é aniversário.

Outro só para... Thaís ganhou.

Matou o Padilha assim, em dois segundos.

Foi um negócio de louco esse.

Quem fala, então, para registro,

para os anais da história do foro,

ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência,

Alexandre Padilha, em entrevista no Palácio do Planalto.

Uma comitiva inteira com documentos falsos.

É o mourão.

Só falta entrar.

Alguém criticando a viagem do Bolsonaro ao...

Alessandro Vieira?

Boa!

Você colou? Fala a verdade.

Claro que eu colei. É óbvio que eu colei.

Mas ninguém falou que não pode.

Eu estou aqui dentro da lei, segundo o TSR,

que é o direito de todos os brasileiros

a ter acesso a um documento falso.

Eu não vou falar o nome do documento,

eu estou aqui dentro da lei, segundo o TSR.

Ele colou, porque viu no YouTube e na internet?

Não pode.

Não, não pode.

Eu deduzi.

Ele perguntou para Arquimedes, Thaís.

Quem era, vó?

Segundo Arquimedes, é o senador Alessandro Vieira.

Não, foi segundo o Google Trends,

que é o segundo patrocinador.

Só faltou o Paulo dar uma ajudazinha aí, nesse gol.

Urnas eletrônicas, fraude.

Eleições limpas nisso daí.

Thaís Bilenk ganhou, a do Toledo foi invalidada.

Momento invalidado.

Eu vou entrar com recurso no Supremo.

Tá certo.

Para registro, é o senador Alessandro Vieira.

PSDB de Sergipe, Alessandro Vieira.

Senador, muito bem.

Bom, depois desse momento conturbado, Kinder Ovo,

temos o momento cabeção essa semana.

A gente conversou antes do programa,

e o livro que eu estou lendo, o Zé também está lendo,

mas ele está mais avançado do que eu.

Então, vou começar por você, José Roberto Toledo.

Então, o Fernando indica, e eu avalizo,

Operação Impeachment, de Fernando Limongi,

cujo lançamento se dá oficialmente

nessa sexta-feira na Livraria da Vila.

Vale a pena você falar o subtítulo do livro, né, Zé?

Dilma Rousseff e o Brasil da Lava Jato.

Exatamente.

E tem tudo a ver com o que a gente discutiu no programa,

em todos os blocos, inclusive,

porque o Limongi desenvolve uma tese muito interessante,

usando uma metodologia muito curiosa,

que ele leu a imprensa, releu toda a imprensa da época,

e foi extraindo informações

e construindo uma versão muito diferente

do que a própria imprensa contou sobre as razões do impeachment.

Ele tenta demonstrar no livro

que foi o colapso da aliança de apoio

que provocou o impeachment,

e não propriamente um movimento revolucionário de rua

ou qualquer coisa do gênero.

Foi de dentro para fora, né?

Foi de dentro para fora, exatamente.

E é muito interessante o livro,

porque, além da narrativa que é muito fluida,

muito boa, gostosa de ler,

o final do livro é imenso.

Quase metade do livro são as notas

em que ele detalha reportagem por reportagem,

fato por fato.

É muito legal.

Me chamou a atenção isso também.

Ele tem... O livro, a parte antes das notas,

tem 180 páginas,

e o livro tem 300 páginas.

Ou seja, você tem 120 páginas de notas,

que são notas que são informativas também,

como você disse.

E comentadas, né?

É legal, é bacana.

Realmente inova na interpretação dos motivos do impeachment

e vai muito além dessa discussão meio rasa,

se foi golpe ou não foi golpe.

É muito mais complexo e interessante, na verdade, a história

do que essa mera qualificação, golpe ou não golpe.

Para não ficar só muito cabeção,

Fernando, eu queria indicar duas séries.

Uma é uma comédia,

que é Os Encarnadores da Casa Branca,

que trata do Watergate,

mostrando a quantidade inacreditável de atrapalhadas,

e a nível Bolsonaro,

a quantidade de atrapalhadas que o governo Nixon,

os republicanos, e os ex-CIA, ex-FBI,

cometeram.

Mas é ficção?

É ficção, mas é baseada em fatos reais.

Você acha que você não está vendo fatos reais.

E tem umas três séries sobre esse assunto,

tem Gas Lead também, trata do mesmo assunto,

tem uma outra muito parecida.

E todos mostram, e você fala,

não, isso daí não pode ser verdade.

Mas é, efetivamente, é verdade.

Não foi uma invasão, foram quatro.

Os caras esqueceram a chavinha para abrir a porta.

É uma coisa assim, inacreditável o grau de incompetência.

Está na HBO Max.

Tem uma outra que, se não me engano, também está na HBO,

que chama-se Palomares.

Essa é uma série estritamente documental,

e trata de um episódio que os espanhóis

e talvez os americanos da época se lembrem.

É um episódio que aconteceu em 1966,

que foi quando os Estados Unidos

simplesmente deixaram cair quatro bombas atômicas sobre a Espanha.

Poderíamos ter acabado com o sul da Espanha,

destruído o sul da Espanha.

Foi uma colisão de dois aviões

que provocou a queda dessas bombas sobre o território espanhol.

E eles perderam duas bombas.

E uma delas, a recuperação, é uma novela.

E aí você entende por que eu digo que inteligência militar é um oximorfo.

Porque a operação de resgate é realmente

para deixar o pessoal que invadiu o Watergate

se julgando muito competente.

Thais Vilenca.

Eu tenho uma indicação temática sobre Península Ibérica.

Vou ficar na Península Ibérica.

De livros, eu estou lendo

A Incrível História de Antônio Salazar,

o Ditador que Morreu Duas Vezes,

que é inacreditável.

Eu não terminei.

Eu acho que o autor, que é um italiano,

o Marco Ferrari, se perde nos detalhes, nos nomes.

Fica uma coisa que quase que te inviabiliza no começo do livro.

Mas a história é muito interessante.

O título é bem dado.

A Incrível História de Antônio Salazar,

o Ditador que Morreu Duas Vezes.

E aí, lá do lado, nos vizinhos,

eu vou indicar uma série da Netflix

sobre a Espanha chamada Os Pacientes do Dr. Garcia,

sobre o pós-guerra e Franco.

Que, assim, é uma série tecnicamente bastante questionável.

Está longe de ter um primor técnico.

Inclusive, eu estava me zoando que daria para fazer um jogo

de sete erros de continuidade,

questões de roteiro e tal.

Mas é uma série que se assiste,

dessas de entretenimento maravilhoso.

Está na Netflix, Os Pacientes do Dr. Garcia.

Eu adorei, apesar de não ter feito.

Agora, você dá dicas de restaurante no sul da Espanha.

Onde comer bacalhau em Portugal.

Exato. Daqui a pouco eu chego lá. Ainda não cheguei.

E para o meu momento cabe...

Eu vou rebatizar.

Em vez de momento cabecinha,

vou dar o nome de momento cabeçãozinha.

Porque os caras têm a melhor cabeça de todas.

Não é?

Momento cabeçãozinha, está certo.

Esse, na verdade, é o momento que eu tenho mais indicações.

Eu vou indicar um só que tem sido o livro do momento.

Que é um livro do Ferreira Goulart.

Muito legal.

Chama A Menina Cláudia e o Rinoceronte.

Que ele ilustra com colagens.

E faz poesia a lá Ferreira Goulart.

E é super legal.

E dá para medir se o livro é bom para criança ou não.

Se a criança se interessa.

E é sucesso.

Então, A Menina Cláudia e o Rinoceronte.

Muito bem. Olha, eu vou indicar...

Na verdade, eu vou sugerir à editora 34 que relance.

Porque até onde eu pude saber pela minha pesquisa,

esse livro está esgotado.

O livro A Divina Comédia dos Mutantes.

Que é de 1995.

Escrito pelo Carlos Calado.

Que é um jornalista de música.

O Carlos Calado escreveu esse livro dos Mutantes.

E escreveu um livro sobre a Tropicália também.

Que são muito bem documentados.

Com muitas entrevistas.

Esse dos Mutantes, eu nunca li.

Passei os olhos.

O da Tropicália é excepcional.

E vou indicar, já que é um programa de aniversário,

o romance que eu estou lendo com atraso.

Do Michel Ullebeck.

Eu nunca sei falar o nome dele.

Ullebeck.

Ullebeck, mas é com H.

Ullebeck.

É o Submissão.

Ele tem vários romances.

Tem romance mais recente.

Esse Serotonina.

Mas esse romance de 2015, se eu não me engano,

é sensacional, esse Submissão.

Narrado por um professor universitário desiludido.

E trata de uma eleição no ano de 2022.

É um romance distópico.

Que é vencida por um candidato muçulmano.

Da fraternidade muçulmana.

Contra um candidato de extrema direita.

E o livro nos coloca nesse mundo distópico.

O candidato da fraternidade muçulmana

é justamente o moderado da situação.

Dá pra fazer um programa só com o momento cabeção.

Tem, inclusive, pedidos de ouvintes

que nos mandaram felicitações pelos cinco anos

de Folha de Terezinha.

Pedindo uma edição especial só com as indicações.

E que fossem colocadas no site

todas as indicações que nós já fizemos.

Então é trabalho pra vocês, amoroso.

Bom, vamos agora sim para o principal momento do programa.

O momento que eu me divirto.

Que é o Corrêa Elegante.

O momento de vocês.

As cartinhas, comentários.

Eu vou começar, então, com a Viviane Sesi.

Que se apresentou como uma orgulhosa tereziner.

Ela diz o seguinte.

Antes da eleição do Peidorreiro,

eu vivia sozinha em uma cidade muito conservadora de São Paulo.

Que tinha um governo tucano.

Chegava a sofrer com as dicas no local de trabalho

sobre em quem eu deveria votar.

E foi nesse contexto de opressão

que o Foro de Terezina se tornou um oásis

de análises políticas e humor.

E vocês me ajudaram a sobreviver a um período difícil.

E com a eleição do Peidorreiro,

eu e minha amada Gisele tivemos medo

e passamos a viver juntas.

Acreditávamos que não poderíamos nos casar.

Pois a promessa era de que não haveria

nem kit gay e nem casamento gay.

Mas antes tarde do que mais tarde, isso passou.

E no nosso aniversário de cinco anos de namoro-casamento,

no dia 19 de maio, realizaremos nosso casamento civil.

Gostaria muito de ganhar como presente de casamento um salve-salve.

E também pedir que incentivem a minha amada Gisele,

a Sabe Tu apaixonada,

a incluir a assinatura da revista no nosso orçamento.

Abraços, da Viviane.

Não, super vou dar salve-salve pra vocês duas.

Viva o amor de vocês.

Viva.

É isso?

Bom, eu vou ler a Luana Charlotte,

que é uma estudante de geologia de 19 anos,

e nos escreveu o seguinte.

Escrevo enquanto escuto o episódio 252 do Foro

num sábado ensolarado, comendo uma pizza gelada

e bebendo um chamate pra curar a minha monstruosa ressaca.

Quando comecei a ouvir o Foro de vez em quando,

não entendi esse negócio de correr elegante.

Pensava, por que pii?

As pessoas têm tanto carinho por um podcast de notícia.

Notícia é só desgraça, que gente doida.

Até que, numa quarta-feira, me peguei pensando em vocês.

Já tinha escutado todos os outros podcasts de notícia,

mas algo estava faltando.

Eu estava com saudade do Foro.

E foi aí que entendi o apego dos Terezinhers.

Porque tinha vontade de saber as opiniões

e os comentários bem-humorados do Fernando, do Toledo e da Thaís,

que é a única voz que eu consigo diferenciar.

Muito obrigada por me informarem toda semana.

Mesmo quando não quero mais saber de notícias do Brasil,

não consigo ficar sem escutar o Foro.

Queria aproveitar e mandar um beijo e um abraço

para minha querida mamãe, Leila de Barsolis.

Ela foi convertida para o semi-ouvinte do Foro,

porque não escuta todos, mas escuta alguns.

Mamãezinha, eu sei que não nos vemos muito pessoalmente,

porque somos mulheres extremamente ocupadas,

mas sempre que nos vemos é uma grande felicidade.

Tia, obrigada por cuidar de mim, mesmo de longe.

Um beijo. Bom fim de semana.

O Thiago Costa escreveu uma mensagem

que comemora dois aniversários.

Sou ouvinte assíduo desde 2018,

mas muitos javaporcos passaram por debaixo da ponte desde então

e, felizmente, os dias são outros, embora agridoces.

Ele faz uma referência ao ano horrível que foi 2018.

Nesse meio tempo, alguns dos meus melhores e mais antigos amigos

também se tornaram ouvintes, uns mais regulares que outros.

E nesta terceira semana de maio,

estamos reunidos para celebrar anos de amizade.

Zé, Eliel e Tiago com H vieram aqui para a Inglaterra,

onde Ricardo e eu, Tiago sem H, moramos.

Apenas para esse momento especial.

Celebramos, portanto, não só 20 anos de amizade,

mas um reencontro físico que levou 12 anos para acontecer.

Será a primeira vez que juntos escutaremos vocês.

E eles só saberão desta carta quando ela for lida ao final do programa.

Aproveito assim o microfone de alcance mundial do Foro

para agradecer aos meus amigos por essas duas décadas de história

e por termos mantido a amizade,

apesar da distância física tantas vezes incontornável.

Que venham outros 20 anos juntos.

A todos do Foro, meu muito obrigado

pela companhia semanal aqui no Hemisfério Norte.

Um grande abraço.

E assim comemoramos também os cinco anos de aniversário.

Do Foro.

Abraço para vocês todos, rapazes.

E agora eu vou falar que o assunto mais falado das semanas

é mais do que a Michelle, é o seu violão da Rita Lee.

Não, as massas clamam.

O que disse a Arquimedes?

Vai ter que fazer um pocket show da Rita Lee.

Nem apareceu, não apareceu no Google Trends,

não apareceu no levantamento.

Portanto, isso daí é fake news.

Eu tenho aqui dados da Arquimedes.

Tenho dados da Arquimedes.

Tem também no levantamento.

Inclusive, a gente dividiu esse levantamento

e disse que foi o assunto mais comentado.

E com avaliações 98% positivas.

Falaram que você ia atacar de doce vampiro, lança perfume.

Ó, a gente recebeu muitas mensagens muito bacanas

pelos cinco anos do programa.

E algumas sugestões, por exemplo,

que a gente fez um monte de balanço ali, estatístico,

sobre quantos ouvintes.

O Fernando já citou alguns no começo.

Mas aí falaram que ficou faltando, por exemplo,

quantas vezes o espírito maluf baixou no Fernando.

Essa estatística ninguém fez.

E está em baixa, coitado, doutor Paulo.

Aí teve uma que eu vou destacar, do Felipe Sintra,

que é o seguinte.

Ele falou que dos 252 programas que já foram ao ar,

sem contar esse,

ao menos 150 ele escutou dirigindo na estrada

entre Florianópolis e São Miguel do Oeste.

Então, como ele fez uma média de uma hora por programa

e 70 km por hora de velocidade média,

ele calculou que ele rodou conosco 10.500 km.

E agradece a companhia.

É isso que é bom.

Mas, bem, essa estrada foi construída por Paulo Maluf.

Essa estrada de Florianópolis foi construída por o Oeste.

É obra de Paulo Maluf.

Isso ele não sabia.

Isso ele não sabia.

Muito bem, o dever me chama.

Eu vou usar as minhas prerrogativas aqui.

Vamos terminando assim o programa de hoje.

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Foro de Terezinha é uma produção da Rádio Novelo

para a revista Piauí,

com a coordenação geral da Evelyn Argenta.

A direção é da Mari Faria, a produção do Marcos Amoroso.

O apoio de produção é da Bárbara Rubira.

A edição é da Evelyn Argenta e do Tiago Picado.

A finalização e a mixagem são do Luiz Rodrigues

e do João Jabási, do Pipoca Sound.

Jabási, que também é o intérprete da nossa melodia-tema,

composta por Vânia Salles e Beto Bore.

A nossa coordenação digital é feita pela Fecriz Vasconcelos

e pela Bia Ribeiro.

A checagem do programa é do João Felipe Carvalho.

A ilustração no site do Fernando Carvalho.

O foro foi gravado nas nossas casas em São Paulo.

Então, a gente reforça o pedido do Fernando ali,

uma estrelinha por ano de programa lá.

É isso.

Não, cinco.

É, tá.

Matemática?

Difícil esse negócio de aritmética, viu?

Raiz quadrada, tá?

Isso faltou na aula de cálculo, cálculo dois.

Ela fez engenharia, só faltou na aula de cálculo dois.

Eu me despeço dos meus amigos José Roberto de Toledo.

Tchau, Toledo.

Tchau, Fernando. Até os próximos cinco anos.

É isso.

Thaís Bilenk.

Tchau, Thaís.

Tchau, gente.

Antes que...

Antes...

Ai, que mal!

Antes só do que mal abandonado.

Acaba enquanto é tempo.

Essas são umas das frases prediletas da vida.

Muito bem.

Boa semana pra vocês.

Uma ótima semana e até a semana que vem.