O julgamento tão aguardado

Quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012, o julgamento de Lindenberg Alves, acusado de sequestrar e matar a ex-namorada, Eloá Pimentel, em outubro de 2008, entra hoje em seu terceiro dia. No banco dos réus, além do motobói, estão também o machismo e a imprensa brasileira, a todo momento condenada pela opinião pública pela tentativa de espetacularização da notícia, ou seja, o excesso de participação da mídia em casos policiais.

Na busca frenética pela audiência, parece que o código de ética quase sempre é colocado de lado. No caso Eloá, houve uma clara interferência da mídia nas negociações. Tanto assim que jornalistas foram convocados a depor no primeiro dia do julgamento de Lindenberg. Mas além deles, pra a surpresa geral da nação, a mãe e o irmão de Eloá foram convocados pela advogada de Lindenberg como testemunhas de defesa.

Pra que a gente possa melhor entender essa estratégia da Dra. Ana Lúcia Asaad, Viva Maria entrevista uma operadora do Direito que, como nós, acompanha com grande expectativa o julgamento em Santo André, São Paulo. Falo da Dra. Cláudia Luna. Vamos saber como é que ela está vendo essa história toda e a estratégia da defesa.

“O Tribunal de Júri tem esse espaço onde defesa e acusação vão, vão utilizar esse palco, vamos dizer assim, esse espaço para utilizarem as suas estratégias de defesa ou de acusação. Dentre as estratégias utilizadas pela defesa, ela escolheu por ouvir a mãe e o irmão da vítima, da Eloá pra que ela possa talvez extrair da mãe, do irmão da Eloá que o réu era uma boa pessoa.”

Na hora agá, o que a gente viu ontem é que ela não topou deixar a mãe de Eloá se pronunciar, né? Acabou dando a maior confusão e a gente não sabe em que medida isso vai pesar no julgamento, né?

Bom, até o fechamento desta edição do nosso Viva Maria de hoje, ainda não sabíamos se haveria tempo do Lindenberg ser ouvido como estava previsto porque com o adiantado da hora, pode ser que fique mesmo pra hoje. De qualquer forma, nós vamos continuar em contato com a Dra. Cláudia até que o veredicto final dessa triste história seja consagrado, né, pelo júri popular.