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Músicas brasileiras, Tipos de frevo parte 3 de 3

Tipos de frevo parte 3 de 3

Continuando com o mesmo vídeo, a partir dos 6:30 até o final. Essa é, na minha opinião, a melhor parte do vídeo. A mais engraçada também.

Eu gosto do jeito como o Marcílio explica a tática para a escolha do frevo abafo.

Agora eu queria convidar aqui, chamar também mais uma vez aqui, pedir ajuda aos universitários, Marcílio.

- Você que tem prática disso como ninguém, diga aí, num momento desse, faz de conta, rapaz, faz de conta que aqui é a Pitombeira e a gente é Elefante. Numa hora dessa, diga um frevo abafo daquele pra abafar mesmo, diga.

- Eu vou lhe dar esse exemplo, mas antes eu queria fazer um comentário rápido.

- faça

- Pode ser? É o seguinte. Paciência maestro, microfone é comigo mesmo.

Quando liderando uma orquestra de frevo, lá nas ladeiras de Olinda, que eu notava, noto que vem um clube, uma agremiação, no sentido oposto à minha orquestra, eu tenho sempre a preocupação – antes de colocar um frevo abafo – de ver qual é o clube e quem é o maestro que está com aquela orquestra.

- Oxi, por que?

- Porque se aquele clube e um clube pelo qual eu tenho uma simpatia, um clube que eu gosto, aí, coincidentemente, aquele maestro é um cara que é meu amigo pessoal. Aí eu tenho a preocupação com a continuidade da nossa amizade após a quarta-feira de cinzas.

Então nesse momento eu coloco um frevo abafo na versão light.

- versão light?

- É, de leve.

- tem essa modalidade agora?

- É aquele frevo que não acaba com a amizade de maestro.

- Um frevo de leve. Agora, quando eu, logicamente, aproveitando dos meus 1,90 m quase, dou aquela olhada panorâmica e vejo que está vindo lá um maestro que é uma pessoa que eu não tenho lá muita simpatia por ele, aí eu digo: rapaz, é a hora da vingança agora.

Pense num abafo ignorante, nessa hora.

- Pronto, é esse! Diga um abafo ignorante, como eu falei, faz de conta que aqui é Pitombeira e a gente... vamos abafar mesmo.

- Olhe, Spok, esse encontro de Pitombeira com Elefante de Olinda, o único frevo que resolve é um frevo chamado "Cabelo de Fogo", do maestro Nunes. - Puxa um frevo, aí, Augusto.

"Cabelo de Fogo", do maestro Nunes. Um dos homenageados do carnaval do centenário, mestre nosso.

Ah, uma curiosidade, uma curiosidade: Quando a orquestra está ali no meio da rua, e como não tem como o maestro falar "Cabelo de Fogo", são criados códigos pros frevos. "Cabelo de Fogo' é isso aqui, ó. Entendeu? Se você quiser ouvir "Cabelo de Fogo" na rua, diga: Maestro! Ele vai atacar. Né?

Ou então, quando ele fizer assim, você já sabe o que é que vai vir.

Então, vamos lá. Agora, vamos tocar forte, meu amigo. Mas vamos abafar a Pitombeira. Toque sem se preocupar com nada, como a gente toca lá na rua. Tá bom? Vai lá!

"Cabelo de Fogo", Maestro Nunes. (♪ ♫ ♪)

- Salve nossos mestres.


Tipos de frevo parte 3 de 3 Types of frevo part 3 of 3 Tipos de frevo parte 3 de 3 Types de frevo partie 3 de 3 Rodzaje frevo część 3 z 3

Continuando com o mesmo vídeo, a partir dos 6:30 até o final. Essa é, na minha opinião, a melhor parte do vídeo. A mais engraçada também.

Eu gosto do jeito como o Marcílio explica a tática para a escolha do frevo abafo.

Agora eu queria convidar aqui, chamar também mais uma vez aqui, pedir ajuda aos universitários, Marcílio. Now I wanted to invite you here, call again here, ask the university students for help, Marcílio.

- Você que tem prática disso como ninguém, diga aí, num momento desse, faz de conta, rapaz, faz de conta que aqui é a Pitombeira e a gente é Elefante. Numa hora dessa, diga um frevo abafo daquele pra abafar mesmo, diga.

- Eu vou lhe dar esse exemplo, mas antes eu queria fazer um comentário rápido.

- faça

- Pode ser? É o seguinte. Paciência maestro, microfone é comigo mesmo.

Quando liderando uma orquestra de frevo, lá nas ladeiras de Olinda, que eu notava, noto que vem um clube, uma agremiação, no sentido oposto à minha orquestra, eu tenho sempre a preocupação – antes de colocar um frevo abafo – de ver qual é o clube e quem é o maestro que está com aquela orquestra.

- Oxi, por que?

- Porque se aquele clube e um clube pelo qual eu tenho uma simpatia, um clube que eu gosto, aí, coincidentemente, aquele maestro é um cara que é meu amigo pessoal. Aí eu tenho a preocupação com a continuidade da nossa amizade após a quarta-feira de cinzas.

Então nesse momento eu coloco um frevo abafo na versão light.

- versão light?

- É, de leve.

- tem essa modalidade agora?

- É aquele frevo que não acaba com a amizade de maestro.

- Um frevo de leve. Agora, quando eu, logicamente, aproveitando dos meus 1,90 m quase, dou aquela olhada panorâmica e vejo que está vindo lá um maestro que é uma pessoa que eu não tenho lá muita simpatia por ele, aí eu digo: rapaz, é a hora da vingança agora.

Pense num abafo ignorante, nessa hora.

- Pronto, é esse! Diga um abafo ignorante, como eu falei, faz de conta que aqui é Pitombeira e a gente... vamos abafar mesmo.

- Olhe, Spok, esse encontro de Pitombeira com Elefante de Olinda, o único frevo que resolve é um frevo chamado "Cabelo de Fogo", do maestro Nunes. - Puxa um frevo, aí, Augusto.

"Cabelo de Fogo", do maestro Nunes. Um dos homenageados do carnaval do centenário, mestre nosso.

Ah, uma curiosidade, uma curiosidade: Quando a orquestra está ali no meio da rua, e como não tem como o maestro falar "Cabelo de Fogo", são criados códigos pros frevos. "Cabelo de Fogo' é isso aqui, ó. Entendeu? Se você quiser ouvir "Cabelo de Fogo" na rua, diga: Maestro! Ele vai atacar. Né?

Ou então, quando ele fizer assim, você já sabe o que é que vai vir.

Então, vamos lá. Agora, vamos tocar forte, meu amigo. Mas vamos abafar a Pitombeira. Toque sem se preocupar com nada, como a gente toca lá na rua. Tá bom? Vai lá!

"Cabelo de Fogo", Maestro Nunes. (♪ ♫ ♪)

- Salve nossos mestres.