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BBC News 2021 (Brasil), Covid-19: 9 táticas de influenciadores para espalhar notícias falsas sobre vacinas

Covid-19: 9 táticas de influenciadores para espalhar notícias falsas sobre vacinas

Você já ouviu falar em Racoon?

Isso mesmo: R-A-C-O-O-N. Por mais que esse seja a palavra

em inglês para “guaxinim”, ela está sendo utilizada em vídeos no YouTube para divulgar

notícias falsas sobre as vacinas e a covid-19. Meu nome é André Biernath, sou repórter da BBC

News Brasil, em São Paulo, e no vídeo de hoje vou contar pra você as nove táticas

de influenciadores para espalhar desinformação sobre saúde no YouTube e em outras redes sociais.

Eu conversei com a jornalista Dayane Machado, que faz doutorado na Unicamp.

A pesquisa dela envolve ficar de olho nesses canais de desinformação para entender como

eles estão espalhando mentiras, boatos e teorias da conspiração durante a pandemia.

A Dayane me contou que acompanha 50 canais no YouTube e já analisou mais de 3 mil vídeos.

Ela reparou que a covid-19 foi um contexto perfeito para que muitos desses produtores

de conteúdo falso ampliassem seu público. Afinal, com as restrições, as pessoas ficaram com

mais tempo livre para mexer nas redes sociais. E, vamos combinar, todos nós estamos

ansiosos pra ouvir notícias boas. Daí esses canais aproveitam essa

expectativa para falar de curas milagrosas ou espalhar teorias da conspiração sobre a

origem do vírus ou o funcionamento das vacinas. Mas vamos direto a essas táticas usadas por eles.

A tática número um é usar o YouTube como um depósito de vídeos.

Recentemente, a plataforma adotou uma série de medidas mais restritivas para coibir a

divulgação de informações falsas por lá. Se você digitar covid-19 ou coronavírus

na busca do YouTube, pode reparar que os primeiros resultados sempre serão

conteúdos de órgãos oficiais, como a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde, ou de

veículos da imprensa, como a BBC News Brasil. Os influenciadores “desinformadores” então

começaram a dizer aos seus seguidores que eles estavam sendo perseguidos.

Se as pessoas quisessem ouvir “a verdade”, com todas as aspas do mundo, elas deveriam entrar em

grupos privados no Telegram ou no Patreon. Esses ambientes não são regulados,

e lá rolam links de vídeos com desinformação que não aparecem nos mecanismos de busca do YouTube.

A segunda tática preferida desses canais é jogar a isca para celebridades, políticos e jornalistas.

Muitas vezes, uma teoria da conspiração está restrita a um pequeno número de seguidores. Mas

daí alguém famoso compartilha uma mensagem e o tema ganha uma repercussão gigantesca.

Foi o que aconteceu no primeiro semestre de 2020, quando começou a rolar uma história

bizarra de que a covid-19 era uma farsa e os hospitais estavam fechados ou sem pacientes.

Bastou o presidente Jair Bolsonaro falar isso numa live em junho de 2020

para que algumas pessoas tentassem invadir hospitais no Brasil para fazer filmagens.

Inclusive, as informações que chegam para nós, seria bom você fazer, do outro lado da linha,

tem um hospital de campanha, um hospital público... Arranja uma maneira de entrar

e filmar. Muita gente está fazendo isso. Mais gente tem que fazer para mostrar.

Terceira tática dos influenciadores: dizerem que são vítimas de censura.

Isso reforça essa postura de vítima e dá ainda mais gás às teorias conspiratórias.

Com as restrições recentes do YouTube, muitos canais passaram a dizer que são barrados por não

apoiarem a chamada versão mainstream da medicina. Mas essa é uma área muito perigosa:

um indivíduo que divulga para milhões de seguidores que uma vacina está matando,

sem ter provas nenhuma disso, está exercendo a liberdade de expressão ou cometendo um crime?

Muita gente pode ser influenciada a não se imunizar e seguir com risco altíssimo de pegar a

covid-19, sofrer complicações e até morrer. Vamos à quarta estratégia:

usar codinomes criativos e preconceituosos. Lembra do racoon que a gente comentou lá no

início do vídeo? Esse termo tem as mesmas letras da palavra “corona”, só que de forma embaralhada.

Outros criadores de conteúdo usam termos xenófobos, trocando o R pelo

L ou citando pratos típicos, para acusar a a China de ser culpada pela pandemia.

Eles utilizam esses termos estranhos porque pensam que, ao falar ou escrever “covid-19”

ou “coronavírus”, serão barrados logo de cara pelos mecanismos do YouTube.

O esforço de não falar diretamente o nome da doença ou do vírus não para por aí:

como eles acham que os vídeos são vigiados, muitos influenciadores preferem usar lousas, plaquinhas,

telas, emojis ou letreiros eletrônicos. Essa, aliás, é a quinta sacada deles.

Quando eles vão falar da covid, eles apontam para esses recursos gráficos

sem mencioná-los diretamente e em voz alta. Assim, sentem que estão mais protegidos e seus

vídeos poderão alcançar mais gente pelas redes. Essa coisa do alcance, aliás,

é muito importante para essa turma. Eles se preocupam tanto com isso que

criam canais secundários no YouTube, onde postam o mesmo vídeo com outro título,

outra descrição e outra imagem de apresentação. Essa é a sexta estratégia de desinformação.

Assim, eles podem comparar os números de visualizações e interações e observar se eles

estão sendo podados ou não pela plataforma. Se os influenciadores percebem diferenças

gritantes nas performances dos conteúdos em diferentes canais, isso só reforça aquela sensação

de serem perseguidos pelo sistema que eles já têm. Olha, eu confesso que achei a sétima tática dos

influenciadores a mais surpreendente de todas. É que alguns deles estão invadindo o mundo

dos gamers para camuflar os boatos e as teorias da conspiração sobre as vacinas.

Não sei se você curte videogames, mas o YouTube tem vários canais com milhões de seguidores

dedicados exclusivamente a esse tema. Geralmente, a pessoa transmite a

tela do computador enquanto joga, faz comentários e interage com o público.

Os desinformadores da covid-19 e das vacinas perceberam que esse ambiente

gamer é teoricamente menos vigiado pelo YouTube. Com isso, eles botam algum jogo pra rodar na

tela e, enquanto isso, fazem os comentários mais absurdos sobre

temas relacionados à saúde e à ciência. Ainda no mundo das transmissões, a oitava

sacada desses canais é ganhar pelo cansaço: eles fazem vídeos ao vivo que duram horas e mais horas.

Daí nenhum mecanismo de monitoramento consegue acompanhar por tanto tempo.

A questão é que, além de dizerem absurdos nas lives, esses criadores de conteúdos logo editam

os vídeos em trechos menores, que depois são utilizados e espalhados nas redes sociais e

nos grupos ocultos de aplicativos de mensagem. Pra fechar nossa lista, não dá pra se esquecer

dos seguidores especiais e patronos. É que o YouTube oferece uma série de

ferramentas, como a funcionalidade de membros e os botões de super like ou comentário destacado.

Se o seguidor quer ver sua pergunta em destaque numa live, ele pode pagar de 2

a 500 reais e boa parte desse dinheiro vai direto para os criadores do canal.

Assim, eles recebem incentivo financeiro para continuarem se dedicando à produção de conteúdos

falsos sobre as vacinas e a covid-19. Bom, para saber como o YouTube analisa

todas essas estratégias, eu procurei os representantes da plataforma aqui no Brasil.

Eles me responderam por meio de uma nota. No texto, eles destacam que fizeram

investimentos em políticas, recursos e produtos necessários para cumprir o compromisso de

proteger a comunidade contra conteúdo duvidoso. Em 2020, o site removeu 34,7 milhões de vídeos,

sendo que 32 milhões deles foram identificados por sistemas automatizados e 40% foram removidos antes

de receber uma única visualização. Mas a jornalista Dayane Machado,

que acompanha de perto esse assunto no seu doutorado, acredita que dá pra fazer mais.

Ela destaca que vários vídeos com conteúdos falsos foram denunciados

e mesmo assim continuam no ar, inclusive recebendo dinheiro por meio de publicidade.

A pesquisadora também acha que é necessário unir os mecanismos de inteligência artificial

e a moderação feita por seres humanos bem treinados para conseguir separar o que é

desinformação do que é liberdade de opinião. Eu fico por aqui! Espero que tenha

gostado do vídeo e da discussão. Um abraço, se cuida e até a próxima


Covid-19: 9 táticas de influenciadores para espalhar notícias falsas sobre vacinas Covid-19: 9 influencers' tactics for spreading fake news about vaccines

Você já ouviu falar em Racoon? Have you ever heard of Racoon?

Isso mesmo: R-A-C-O-O-N. Por mais que esse seja a palavra That's right: RACOON. As much as that is the word

em inglês para “guaxinim”, ela está sendo  utilizada em vídeos no YouTube para divulgar

notícias falsas sobre as vacinas e a covid-19. Meu nome é André Biernath, sou repórter da BBC

News Brasil, em São Paulo, e no vídeo de  hoje vou contar pra você as nove táticas

de influenciadores para espalhar desinformação  sobre saúde no YouTube e em outras redes sociais.

Eu conversei com a jornalista Dayane  Machado, que faz doutorado na Unicamp.

A pesquisa dela envolve ficar de olho nesses  canais de desinformação para entender como

eles estão espalhando mentiras, boatos e  teorias da conspiração durante a pandemia.

A Dayane me contou que acompanha 50 canais no  YouTube e já analisou mais de 3 mil vídeos. Dayane told me that she follows 50 channels on YouTube and has analyzed more than 3,000 videos.

Ela reparou que a covid-19 foi um contexto  perfeito para que muitos desses produtores She noticed that covid-19 was a perfect context for many of these producers 彼女は、covid-19がこれらのプロデューサーの多くにとって完璧な状況であることに気づきました

de conteúdo falso ampliassem seu público. Afinal, com as restrições, as pessoas ficaram com of fake content to broaden their audience. After all, with the restrictions, people were left with 視聴者を広げるための偽のコンテンツ。結局のところ、制限付きで、人々は残されました

mais tempo livre para mexer nas redes sociais. E, vamos combinar, todos nós estamos more free time to play on social media. And, let's face it, we are all ソーシャルメディアをいじくり回すためのより多くの自由な時間。そして、同意しましょう、私たちは皆です

ansiosos pra ouvir notícias boas. Daí esses canais aproveitam essa 良い知らせを聞くのを楽しみにしています。したがって、これらのチャネルはこれを利用します

expectativa para falar de curas milagrosas  ou espalhar teorias da conspiração sobre a

origem do vírus ou o funcionamento das vacinas. Mas vamos direto a essas táticas usadas por eles. origin of the virus or the functioning of vaccines. But let's get right to these tactics used by them.

A tática número um é usar o  YouTube como um depósito de vídeos.

Recentemente, a plataforma adotou uma série  de medidas mais restritivas para coibir a プラットフォームは最近、抑制するための一連のより制限的な措置を採用しました

divulgação de informações falsas por lá. Se você digitar covid-19 ou coronavírus あそこに虚偽の情報を広める。 covid-19またはコロナウイルスと入力した場合

na busca do YouTube, pode reparar que  os primeiros resultados sempre serão YouTube検索では、最初の結果が常に次のようになることがわかります。

conteúdos de órgãos oficiais, como a Organização  Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde, ou de 世界保健機関や保健省などの公的機関の内容、または

veículos da imprensa, como a BBC News Brasil. Os influenciadores “desinformadores” então

começaram a dizer aos seus seguidores  que eles estavam sendo perseguidos. began telling their followers that they were being persecuted.

Se as pessoas quisessem ouvir “a verdade”, com  todas as aspas do mundo, elas deveriam entrar em If people wanted to hear "the truth", with all the quotes in the world, they should go into

grupos privados no Telegram ou no Patreon. Esses ambientes não são regulados, Private groups on Telegram or Patreon. These environments are not regulated,

e lá rolam links de vídeos com desinformação que  não aparecem nos mecanismos de busca do YouTube. and there scroll links to videos with disinformation that do not appear on YouTube search engines.

A segunda tática preferida desses canais é jogar  a isca para celebridades, políticos e jornalistas. The second favorite tactic of these channels is to bait celebrities, politicians and journalists.

Muitas vezes, uma teoria da conspiração está  restrita a um pequeno número de seguidores. Mas

daí alguém famoso compartilha uma mensagem  e o tema ganha uma repercussão gigantesca. then someone famous shares a message and the theme gets huge repercussions.

Foi o que aconteceu no primeiro semestre de  2020, quando começou a rolar uma história That's what happened in the first half of 2020, when a story started to roll

bizarra de que a covid-19 era uma farsa e os  hospitais estavam fechados ou sem pacientes. that covid-19 was a hoax and hospitals were closed or without patients.

Bastou o presidente Jair Bolsonaro  falar isso numa live em junho de 2020

para que algumas pessoas tentassem invadir  hospitais no Brasil para fazer filmagens.

Inclusive, as informações que chegam para nós,  seria bom você fazer, do outro lado da linha, Including, the information that comes to us, it would be good for you to do it, on the other end of the line,

tem um hospital de campanha, um hospital  público... Arranja uma maneira de entrar there's a field hospital, a public hospital... Find a way in

e filmar. Muita gente está fazendo isso.  Mais gente tem que fazer para mostrar. and shoot. A lot of people are doing this. More people have what it takes to show it.

Terceira tática dos influenciadores:  dizerem que são vítimas de censura.

Isso reforça essa postura de vítima e dá  ainda mais gás às teorias conspiratórias. This reinforces this victim posture and gives even more gas to conspiracy theories.

Com as restrições recentes do YouTube, muitos  canais passaram a dizer que são barrados por não With YouTube's recent restrictions, many channels have come to say they are blocked by not

apoiarem a chamada versão mainstream da medicina. Mas essa é uma área muito perigosa: support the so-called mainstream version of medicine. But this is a very dangerous area:

um indivíduo que divulga para milhões de  seguidores que uma vacina está matando, an individual who publicizes to millions of followers that a vaccine is killing,

sem ter provas nenhuma disso, está exercendo a  liberdade de expressão ou cometendo um crime? without any proof of this, are you exercising freedom of expression or committing a crime?

Muita gente pode ser influenciada a não se  imunizar e seguir com risco altíssimo de pegar a Many people can be influenced not to be immunized and remain at a very high risk of getting the

covid-19, sofrer complicações e até morrer. Vamos à quarta estratégia: covid-19, suffer complications and even die. Let's go to the fourth strategy:

usar codinomes criativos e preconceituosos. Lembra do racoon que a gente comentou lá no use creative and prejudiced codenames. Remember the racoon we commented on there in

início do vídeo? Esse termo tem as mesmas letras  da palavra “corona”, só que de forma embaralhada. start of the video? This term has the same letters as the word “corona”, only in a scrambled form.

Outros criadores de conteúdo usam  termos xenófobos, trocando o R pelo

L ou citando pratos típicos, para acusar  a a China de ser culpada pela pandemia. L or quoting typical dishes, to accuse China of being blamed for the pandemic.

Eles utilizam esses termos estranhos porque  pensam que, ao falar ou escrever “covid-19” They use these strange terms because they think that when they say or write "covid-19"

ou “coronavírus”, serão barrados logo  de cara pelos mecanismos do YouTube. or “coronavirus”, will be blocked right away by YouTube engines.

O esforço de não falar diretamente o nome  da doença ou do vírus não para por aí: The effort not to speak directly the name of the disease or virus does not stop there:

como eles acham que os vídeos são vigiados, muitos  influenciadores preferem usar lousas, plaquinhas, as they think the videos are watched, many influencers prefer to use blackboards, placards,

telas, emojis ou letreiros eletrônicos. Essa, aliás, é a quinta sacada deles. screens, emojis or electronic signs. This, by the way, is their fifth balcony.

Quando eles vão falar da covid, eles  apontam para esses recursos gráficos When they go to talk about covid, they point to these graphical features

sem mencioná-los diretamente e em voz alta. Assim, sentem que estão mais protegidos e seus without mentioning them directly and out loud. Thus, they feel that they are more protected and their

vídeos poderão alcançar mais gente pelas redes. Essa coisa do alcance, aliás, videos will be able to reach more people through the networks. This reach thing, by the way,

é muito importante para essa turma. Eles se preocupam tanto com isso que is very important for this class. They care so much about it that

criam canais secundários no YouTube, onde  postam o mesmo vídeo com outro título, create secondary YouTube channels, where they post the same video with another title,

outra descrição e outra imagem de apresentação. Essa é a sexta estratégia de desinformação.

Assim, eles podem comparar os números de  visualizações e interações e observar se eles

estão sendo podados ou não pela plataforma. Se os influenciadores percebem diferenças

gritantes nas performances dos conteúdos em  diferentes canais, isso só reforça aquela sensação

de serem perseguidos pelo sistema que eles já têm. Olha, eu confesso que achei a sétima tática dos

influenciadores a mais surpreendente de todas. É que alguns deles estão invadindo o mundo

dos gamers para camuflar os boatos e as  teorias da conspiração sobre as vacinas.

Não sei se você curte videogames, mas o YouTube  tem vários canais com milhões de seguidores

dedicados exclusivamente a esse tema. Geralmente, a pessoa transmite a

tela do computador enquanto joga, faz  comentários e interage com o público.

Os desinformadores da covid-19 e das  vacinas perceberam que esse ambiente

gamer é teoricamente menos vigiado pelo YouTube. Com isso, eles botam algum jogo pra rodar na

tela e, enquanto isso, fazem os  comentários mais absurdos sobre

temas relacionados à saúde e à ciência. Ainda no mundo das transmissões, a oitava

sacada desses canais é ganhar pelo cansaço: eles  fazem vídeos ao vivo que duram horas e mais horas.

Daí nenhum mecanismo de monitoramento  consegue acompanhar por tanto tempo.

A questão é que, além de dizerem absurdos nas  lives, esses criadores de conteúdos logo editam

os vídeos em trechos menores, que depois são  utilizados e espalhados nas redes sociais e

nos grupos ocultos de aplicativos de mensagem. Pra fechar nossa lista, não dá pra se esquecer

dos seguidores especiais e patronos. É que o YouTube oferece uma série de

ferramentas, como a funcionalidade de membros e  os botões de super like ou comentário destacado.

Se o seguidor quer ver sua pergunta em  destaque numa live, ele pode pagar de 2

a 500 reais e boa parte desse dinheiro  vai direto para os criadores do canal.

Assim, eles recebem incentivo financeiro para  continuarem se dedicando à produção de conteúdos

falsos sobre as vacinas e a covid-19. Bom, para saber como o YouTube analisa

todas essas estratégias, eu procurei os  representantes da plataforma aqui no Brasil.

Eles me responderam por meio de uma nota. No texto, eles destacam que fizeram

investimentos em políticas, recursos e produtos  necessários para cumprir o compromisso de

proteger a comunidade contra conteúdo duvidoso. Em 2020, o site removeu 34,7 milhões de vídeos,

sendo que 32 milhões deles foram identificados por  sistemas automatizados e 40% foram removidos antes

de receber uma única visualização. Mas a jornalista Dayane Machado,

que acompanha de perto esse assunto no seu  doutorado, acredita que dá pra fazer mais.

Ela destaca que vários vídeos com  conteúdos falsos foram denunciados

e mesmo assim continuam no ar, inclusive  recebendo dinheiro por meio de publicidade.

A pesquisadora também acha que é necessário  unir os mecanismos de inteligência artificial

e a moderação feita por seres humanos bem  treinados para conseguir separar o que é

desinformação do que é liberdade de opinião. Eu fico por aqui! Espero que tenha

gostado do vídeo e da discussão. Um abraço, se cuida e até a próxima