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Foro de Teresina - Podcast (*Generated Transcript*), #255: Ordenhando a boiada - Part 2

#255: Ordenhando a boiada - Part 2

Bom Thais, temos além da Mata Atlântica o Marco Temporal, que ainda precisa ser aprovado pelo Senado, certo?

Certo. O Marco Temporal, você já explicou, o cerne dele é visto pelos ambientalistas como o mais grave dos projetos que estavam no radar no Congresso em termos de retrocesso para a pauta ambiental e indígena.

A tramitação dele acende um alerta político importante porque ele foi apresentado, esse projeto de lei, em 2007, tramitou lentamente por comissões e tal ao longo dos anos.

Em 2021 ele sofreu várias alterações e aí ele foi pra gaveta e em 2022 nada aconteceu, esse projeto dormiu em alguma gaveta, em alguma comissão e lá ficou.

E aí em 10 dias, em pleno governo Lula, em momentos de tensão, como a gente descreveu aqui, sai de uma comissão, em 30 dias ele vai pra plenário, aprova a urgência, na semana seguinte aprova,

num momento muito tumultuado em que as atenções não estavam devidamente voltadas a esse projeto em particular porque tinha toda a questão da esplanada e todas as negociações em curso.

É uma velocidade assustadora porque justamente não se viu no governo Bolsonaro. Conversei com a Sueli Araújo, que é ex-presidente do IBAMA e especialista do Observatório do Clima,

e ela relata que no governo Bolsonaro a boiada que passou foi uma boiada infralegal, ou seja, não legislativa, decretos editados pelo poder executivo, instruções normativas,

porque eles não tinham força no Congresso para aprovar projetos como esse. Tiveram derrotas, sim, projetos que passaram, sim, mas as ameaças eram muitas e a resistência foi relativamente eficaz nesse aspecto.

O que aconteceu com a medida provisória da Mata Atlântica, que foi aprovada e o Toledo acabou de explicar tão bem?

A medida provisória foi editada pelo governo Bolsonaro, mas toda a tramitação e aprovação dela aconteceu durante o governo Lula.

E o que aconteceu com o marco temporal na Câmara também é governo Lula. Agora o marco temporal vai para o Senado, o Pacheco indicou que vai segurar, que vai ir com calma, com esse andor,

é a grande esperança para que isso não passe de fato. Porque o marco temporal, além da questão da data que permite que a terra seja demarcada, tem outros aspectos que são considerados muito graves,

que é a flexibilização do uso da terra indígena para mineração, garimpo, soja, o que quiser, isso no entendimento da Sueli Araújo. Prever desdemarcação, ou seja, se um indígena usa telefone celular

ou foi para a cidade fazer faculdade, então ele pode não ser mais considerado um indígena, portanto perdeu o direito à terra que lhe foi demarcada, o que é uma controvérsia superada para os indigenistas.

Ele não deixa de ser um indígena se ele, enfim, usa telefone celular. Então esses dois projetos que passaram mostram esse alerta, sem contar todos os outros jabutis enfiados na medida provisória da esplanada,

que a gente já falou no programa passado, mas que eu retomo aqui, a saída da Agência Nacional de Águas do Ministério do Meio Ambiente para o Ministério do Valdesgóis,

o Ministério do Desenvolvimento Regional é muito importante, segundo a Sueli Araújo, porque o manejo da água, a gestão da água no Ministério do Meio Ambiente tem uma visão integrada do uso da água,

em determinados ministérios ela pode acabar sendo priorizada para irrigação, fabricação de energia, enfim, é uma visão enviesada, setorizada do uso da água.

E o Cadastro Ambiental Rural, que também foi tirado do Ministério do Meio Ambiente, é um assíntio para os ambientalistas, porque ele foi criado pelo Ministério do Meio Ambiente para reunir informações ambientais sobre os imóveis.

Ele não é um cadastro fundiário de a quem pertence qual imóvel, qual terreno, qual território. Ele tem informações ambientais para que se faça um manejo ambiental de proteção da vegetação.

Então, são retrocessos graves no entendimento da Sueli e mostram como essa tensão escalada pelo Centrão acaba favorecendo, abrindo uma avenida para passar essa boiada toda,

que no governo Bolsonaro, por N questões conjunturais, sobretudo, mas também estruturais, porque a bancada ruralista vem se organizando e o agronegócio vem assumindo um papel cada vez mais forte no período do Brasil,

então, naturalmente, se faz mais representar no Congresso. E aí cria essa situação em que o governo Bolsonaro não tinha tanta força e, aparentemente, no governo Lula o Congresso está medindo força para conseguir aprovar o que não conseguiu no governo passado.

Que ironia, né?

Só vamos lembrar que acabou de sair uma nova projeção do PIB com um crescimento acima do esperado, puxado pelo agronegócio.

É, isso é uma tomada de assalto, né? Um negócio que vai em várias frentes. A gente deu dois grandes exemplos desses últimos dias e isso é uma tendência, né? Terminamos?

Na verdade, tem uma coisa que eu esqueci de falar. É tanta barbaridade junta que, além de tudo, a medida provisória que foi aprovada, ela prevê mais um adiamento da implementação do Código Florestal,

que previa a necessidade não só de você evitar o desmatamento, mas começar a recuperar áreas plantando floresta.

Que, na verdade, adiou mais uma vez, né? Quer dizer, vai adiando...

É a sexta vez, sétima vez, sei lá.

Exato. Que esse, na verdade, era o conteúdo original da medida provisória.

Exato.

Os jabutis da Mata Atlântica veio na câmara depois, mas o objetivo inicial era esse.

Quer dizer, em vez de plantar floresta, você facilitou a derrubada de floresta.

É esse o nível da tragédia que nós assistimos. Estamos assistindo graças ao Arthur Lira e Companhia Limitada.

Estamos aqui há 500 anos matando o pau-Brasil. Continuamos, é. É uma metáfora isso, claro, gente.

Não estou falando do pau-Brasil ele próprio, mas pau-Brasil como metáfora.

Pau-Brasil. Cerramos o segundo bloco por aqui. Vamos direto para o número da semana, é isso, diretor?

Então vamos para o número da semana. Retirado da sessão Igualdades, do site da Piauí. Diga lá.

Fernando, o número da semana é 14.

Em apenas quatro meses de 2023, no Rio de Janeiro, 14 crianças e adolescentes foram baleados

porque estavam em locais onde acontecia perto ou uma operação policial ou criminosos estavam em confronto.

Três dessas 14 crianças estavam na fase de alfabetização. Cinco delas morreram.

O Igualdades dessa semana, assinado pela Maria Júlia Vieira, pelo Pedro Tavares e pela Renata Buono,

expõe os trágicos números da violência letal contra crianças e adolescentes a partir de dados do Instituto Fogo Cruzado,

do Instituto de Segurança Pública e da Defensoria Pública do Rio de Janeiro.

É tudo tragédia, mas essa é uma tragédia que não recebe nem um centésimo da atenção

que recebe um ataque a uma escola nos Estados Unidos, por exemplo.

E é um problema que os números mostram.

Exato, isso já se incorporou à nossa paisagem, né?

É um negócio que está realmente normalizado.

Exatamente.

É importante chamar atenção sobre isso, justamente porque parece que é que nem a chuva, é inevitável.

Muito bem, até baixamos o tom aqui da fala.

A gente encerra o número da semana, vamos para um rápido intervalo.

Na volta nós vamos falar das acrobacias retóricas de Lula a respeito de Maduro e da Venezuela.

A gente já volta.

Oi, eu sou a Branca Viana e eu estou aqui para te convidar a ouvir o Rádio Novelo Apresenta dessa semana.

A primeira história me lembrou dos tempos do Maria Vai com as Outras,

que é o podcast sobre mulher e mercado de trabalho que eu fazia aqui na revista Piauí.

Dessa vez, a Bárbara Rubira fala de um mercado de trabalho diferente.

Na segunda história, a Natália Silva conversa com uma historiadora que escolheu um trabalho

que deixou os colegas de mestrado dela muito incomodados.

Assim que terminar o foro, procura aí no seu aplicativo de podcasts Rádio Novelo Apresenta.

Toda quinta, um episódio novo.

Muito bem, Thais Bilenk, vou começar com você.

A gente evita a palavra narrativa, por razões óbvias, porque virou um clichê insuportável,

mas não dá para evitar a palavra narrativa quando o próprio presidente da República

disse que a narrativa no mundo de que a Venezuela não tem democracia, etc., não corresponde à verdade.

Lula sofismou e foi duramente atacado por isso.

Por que Lula sofisma tanto a respeito dessa questão, Thais?

Eu perguntei para as pessoas que convivem e vivem perto dele, e vou chegar lá.

Mas antes, eu acho importante constatar que as declarações do Lula relativizando

o autoritarismo na Venezuela, as violações de direitos humanos, a censura, enfim,

atrapalham ele dentro de casa e são justamente o contrário do discurso

que a frente ampla que se formou no entorno do Lula fez para elegê-lo contra o Bolsonaro.

Justamente quando grupos diferentes, de correntes políticas diferentes,

algumas inclusive antipetistas, historicamente, se uniram para derrotar o projeto do Bolsonaro

militarizado e autoritário de poder e enfrentaram no oponente, no Bolsonaro,

exatamente esse mesmo discurso de vítima de narrativa que era a forma que ele tinha

para angariar apoio popular e fomentar a empreitada golpista do Bolsonaro.

Quer dizer, o Lula deu um nó grave e, além de deixar o pessoal dessa frente ampla indignado,

deu palanque para os bolsonaristas dizerem que, olha aí, eu avisei, o Lula é amigo de ditadores, etc.

Assirrou a oposição no momento de fragilidade política do governo e ainda melindra os aliados conjunturais.

Eu perguntei no Palácio do Planalto se alguém viu sentido nessa história e a resposta foi o Lula.

Do ponto de vista diplomático, ponto pacífico, era importante o Brasil restabelecer relações com a Venezuela,

o país está aberto, o país conversa com todo mundo, tudo certo até aí, não tem controvérsia.

Mas ele fez muito mais do que ele deveria na forma e, sobretudo, no conteúdo, mas também é isso, o tiro no pé era calculado.

O Lula sabia, o entorno dele sabia, todo mundo sabia o que aconteceria depois.

E aí entra um aspecto da personalidade do Lula, de quem conhece ele, que diz teimosia, o orgulho de não querer se deixar ser cerceado

pela imprensa, pelos americanos, por quem quer que seja.

Ele mesmo, segundo me contaram, não morre de amores pelo Maduro, sabe que o Maduro não é o chave, está longe disso.

Mas as críticas sobre o posicionamento dele, Lula, na guerra da Ucrânia e o chapéu que ele tomou do Zelensky no Japão

acirraram ainda mais seu lado anti-imperialista americano e tal e faz com que ele queira se posicionar para não se vergar.

Mas mesmo essas pessoas que conhecem a alma do homem acham que ele errou na dosimetria, que acabou sendo prejudicial para ele próprio.

E aí o Planalto entrou, já no mesmo dia da recepção do Maduro e nos dias seguintes, numa tentativa também de mudar de assunto.

Sem querer tirar a importância dos assuntos para os quais eles tentaram mudar, houve esse esforço primeiro,

no episódio em que os soldados do exército que estavam fazendo a segurança do evento agrediram a Délice Ortiz, jornalista da Globo,

e outros jornalistas que estavam lá, que é algo execrável.

O Planalto primeiro inicialmente identificou o GSI como responsável, porque são soldados de 19 e 20 anos com seis meses de treinamento,

que não deveriam estar fazendo a guarda, a segurança palaciana, num evento com 12 presidentes da república de 12 países diferentes,

portanto com imprensa de no mínimo 12 países diferentes.

Quer dizer, foi muito amador, toda a organização, por onde passavam os chefes de Estado, todo mundo sabe que se um presidente está passando,

jornalistas vão para cima para tentar falar com ele.

Foi mal organizado, o Palácio do Planalto reconhece isso, e depois eles identificaram que não eram soldados do GSI,

eram do exército, que o Itamaraty tinha pedido reforço para um batalhão, e mandou, enfim, eles ficaram tentando também dividir responsabilidades

e também dividir a pauta com outros assuntos, que são importantes, reitero, porém tirar um pouco o foco da língua do Lula.

E o Lula, no meio dessa situação toda, não só em relação ao Maduro, em relação à aprovação da medida provisória na esplanada,

confirmou a indicação do Zanin para o Supremo Tribunal Federal, uma indicação que já estava confirmada para ele próprio há bastante tempo,

ele esperou este momento agora para confirmar.

É serviço completo, barba, cabelo e bigode, é isso, Zé?

Eu fui pedir para os universitários, os meus universitários, a ajuda para tentar avaliar o tamanho da estupidez que o governo cometeu com os elogios ao Maduro,

o governo e, mais especificamente, o Lula.

Arquimedes quer ele próprio, o universitário consulta ele próprio, Thaís, ele finge que é Arquimedes.

É bom se alimentar desse mito, eles vão ficar super felizes com você.

Eu pedi não só ajuda para Arquimedes, mas pedi para a Pauver, que faz monitoramento dos grupos de WhatsApp, e pedi para o pessoal do Google Trends.

E eles chegaram num diagnóstico comum, ou seja, comum no sentido igual entre os três, que pode ser resumido numa palavra do ponto de vista do governo.

Foi uma tragédia. Por quê? Primeiro, foi um vareio nas redes sociais.

Segundo, o Lula forneceu de mão beijada para a oposição material que vai ser usado contra ele e contra todos os candidatos que ele apoiar nas eleições de 2024, 2026, 2028, 2030, até o fim dos tempos.

Porque esse material já começou a circular na formato de memes, já tinha foto forjada do Lula garoto segurando a mão do Maduro,

essa parceria vem de longe, até a realidade que não precisava ser manipulada.

Então, assim, para vocês terem uma ideia do tamanho da estupidez, o Maduro, segundo o Google Trends,

foi a personalidade da categoria política mais buscada no Brasil nos últimos sete dias.

Ele só ficou atrás da Tina Turner, que morreu, e do Jeff Machado, que foi assassinado.

Tirando isso, o Maduro foi a pessoa mais buscada no Brasil, não foi na Venezuela, foi no Brasil.

Bateu todos os recordes de busca de Maduro, quer dizer, esse era um assunto que estava morto e sepultado,

e que o Lula foi lá e resgatou e transformou no assunto da semana.

É de uma estupidez raramente vista.

Ninguém está discutindo que o Brasil tem que ter relações diplomáticas e econômicas com a Venezuela,

que é um país vizinho com o qual a gente tem... isso não está em discussão.

É óbvio que sim, ao contrário do que fez o Bolsonaro.

A questão é, você não pode chamar um ditador de democrata como se o Lula não vai para a China e fala que o Xi é democrata, certo?

O Brasil se relaciona com várias ditaduras, tem relações políticas e econômicas importantes,

inclusive a maior parceira econômica com a China, que é uma ditadura.

Mas ele não vai lá e elogia o Xi, fala que o Xi é um grande democrata,

é uma narrativa americana dizer que a China não é uma ditadura.

Não faz isso, né? O que ele vai fazer com o Maduro?

Então, é inexplicável para mim, porque além de tudo, você é um anfitrião de uma reunião

que você chama 12 chefes de Estado para se afirmar como líder regional,

e daí você entrega de mão beijada para o convidado mais estrapalhão dos 12,

o predomínio daquela reunião.

Você pega o gráfico do Google Trends dos últimos 7 dias, tem vários momentos

em que tem mais buscas sobre o Maduro do que é sobre o Lula.

Quer dizer, ele tirou o foco dele e jogou em cima do Maduro.

Não tem justificativa, nada explica a estupidez.

E a consequência disso qual é?

Quando você vai lá para análise de sentimento que só dá para fazer através da pálvia,

é o pico de sentimento negativo em relação ao Lula nos últimos tempos.

Quer dizer, passou a bola para o Maduro e a atração que ele conseguiu,

quer dizer, ele conseguiu só atrair negatividade.

Então, é um desastre total e completo.

Se alguém fosse planejar a pior maneira de fazer um ato, uma festa, um evento, uma reunião,

não conseguiria planejar com tanta estupidez o que foi feito.

E para premiar, é isso, a história que a Thaís contou, que é a prova, é o CQD,

como queríamos demonstrar.

Aí a segurança, o exército brasileiro e os seguranças do Maduro vão lá e dão um soco

no peito da repórter da maior rede de televisão do Brasil.

Grande exemplo democrático.

E o Lula é reincidente nesse negócio, porque durante a campanha ele foi perguntado

sobre a ditadura do Ortega também e saiu falando as mesmas bobagens, as mesmas mentiras.

E foi contestado com muito rigor pela repórter do El País.

E ele acredita nisso, não é conveniência só, ele acredita nisso.

Não consigo encontrar uma explicação também razoável, a não ser o fato de que,

além de interesses, conveniências, agradar a plateia interna, ele é condescendente

com esse tipo de regime supostamente enviesado para a esquerda.

Mas basta ir na Venezuela para ver o que aconteceu, o que está acontecendo.

Eu lembro aqui do livro de uma jornalista venezuelana que morou bastante tempo no Brasil,

que é a Paula Ramon, uma grande jornalista, escreveu para a Piauí a respeito da família dela na Venezuela.

Eu sugiro a leitura, porque inclusive alguém de verdade presente para o Lula e para os seus áulicos ali esse livro.

Chama Mãe Pátria. O subtítulo é A Desintegração de uma Família na Venezuela em Colapso.

Eu acho que vale a pena dizer o seguinte, a consequência prática disso,

além do ponto de vista de imagem, ter fornecido munição para a oposição e blá blá blá blá blá,

é que o objetivo fundamental do Itamaraty, que era dar uma projeção internacional para o Lula,

fixá-lo como líder regional, para a partir daí tentar ter um trampolim,

para ter maior visibilidade e operacionalidade na política global, regrediu algumas casas.

A consequência prática é ainda pior.

É só coisas boas e coisas novas aqui hoje o programa.

Nesse caso nem novas, né? Porque é reiterada, né?

Encerramos o terceiro bloco por aqui, vamos para um rápido intervalo.

Na volta tem Kinder Ovo.

Oi, tudo bem? Aqui é Paulo Werneck, apresentador do 451 MHz,

e hoje eu tenho um convite especial para você.

De 7 a 11 de junho, durante o feriado de Corpus Christi,

a gente vai novamente ocupar a Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, em São Paulo,

com a segunda edição da Feira do Livro.

Um evento democrático de rua, que reúne mais de 140 editoras,

livrarias e organizações ligadas ao livro e à leitura.

A segunda edição inclui rodas de conversa com mais de 50 autores nacionais e internacionais.

Sessões de autógrafos, oficinas e atividades para todas as idades,

para todo mundo que gosta de ler.

Tudo sem catraca, sem cobrança de entrada.

Então anota aí, de 7 a 11 de junho, ali no feriadão de Corpus Christi,

na Praça Charles Miller.

E pode seguir aí as nossas redes sociais,

arroba AfeiraDolivro e arroba 451,

Então eu te vejo lá na Feira do Livro, na Praça Charles Miller.

A organização é da Associação 451 e da Maré Produções.

Vamos lá, voltamos, momento Kinder Ovo.

Taís já está preparada para brilhar mais uma vez.

Again and again.

É um áudio muito curto, então, por favor.

É tipo um haicai.

É tipo um haicai, exato.

Pois três e já.

Eu sou candidata no Marajó.

Eu quero dividir o Marajó, fazer um principado.

É a Márcia.

É a Maris.

Princesa regente do Marajó.

Falei que eu errei, gente.

Então empate triplo.

Errei.

Não, não, não.

Não, não, não.

Eu falei ministro, eu errei.

Eu pensei que fosse outro.

Eu sou a favor.

Eu sou a favor da criação do Principado do Marajó,

desde que não tenha relações com o Brasil.

E não possa haver trânsito de pessoas.

Melhor, para não ser injusto com a população do Marajó,

não pode haver trânsito de princesas entre o Marajó e o Brasil.

Sou totalmente a favor.

É Toledo e Taís, o acaso permite que a gente fale do caso.

Estava fora do programa e eu estava com dor a respeito disso.

Foi a PF, pegou um avião da Igreja do Evangelho Quadrangular,

que é do pastor Bengston, que é tio da Damares,

com 300 quilos de skunk, que veio a ser uma maconha turbinada.

Essa família Bengston é uma família exemplar.

Exemplar.

O filho é acusado, com muitas provas, muitas evidências,

de ser mandante do assassinato de um líder sem terra.

O pai foi caçado no escândalo do Sangsugas,

que é de 2006, ele foi caçado só em 2018,

da família Damares.

Todos esses foram o avião deles, da igreja que eles pilotam,

por amor de Deus, foi pego com essa maconha toda.

Direção, eu tinha esquecido desse caso, tinha que encaixar,

e você põe os Damares, Mari, justamente pra gente falar isso tudo.

O Paulo Bengston, Bengfilho,

disse que o avião, que por acaso é modelo Bonanza,

ou seja, faroeste,

ele é usado pra transportar pastores e pessoas doentes

em casos de necessidade.

Faltou dizer pessoas enlevadas.

Cannabis, como é que fala?

Cannabis terapêutica.

Cannabis terapêutica é isso daí.

E além de tudo, eles mentiram,

dizendo que eles é que tinham alertado a polícia,

e a polícia falou que não tem nada a ver,

que quem descobriu foi o núcleo de polícia aeroportuário

da Polícia Federal no aeroporto de Belém.

Quer dizer, além de tudo, é mentiroso.

Além de tudo, não, né?

Que era mentiroso, a gente já sabia,

porque a história das criancinhas com os dentes

supostamente arrancados no Marajó

foi da mentirosa mor da Damaris, né?

Que foi depois retratada.

Os caras estavam traficando 300 quilos de maconha no aviãozinho.

Thaís, você que acertou, não vai falar nada sobre a Damaris?

Marajó?

Ai, quanto mais eu puder não falar dela, eu não falo.

Só se precisar muito falar.

Meninas fumam maconha, meninas fumam skunk.

Vamos lá.

Depois dessa, passamos...

Vocês vêm aí se vocês querem deixar isso no ar ou não.

Eu não mando nada nesse programa mesmo.

Estou aqui só para divertir a audiência.

Encerrado esse Kinder Ovo, vamos para o Corrêa Elegante.

Eu já falei muito no Kinder Ovo.

Thaís Bilenk, começa com as cartinhas, por favor.

O Rafael Kuiatkowski disse que escreveu quase um desaforo.

Estou pesquisando racismo em organizações

para um projeto de doutorado em administração de empresas.

E por se tratar de uma pesquisa qualitativa com múltiplas fontes de dados,

as informações levantadas pelo Toledo no último episódio foram muito úteis

e já estão nas páginas da minha futura tese.

A parte chata é aprender a citar um podcast pelas normas da ABNT.

E isso sim é tão chato que é um desaforo.

Mas o nome dos três apresentadores queridos estará lá nas referências do trabalho.

O Toledo provavelmente dirá para eu não usar o foro no meu doutorado,

mas desobedecê-lo é um prazer.

Aliás, se ele fosse do Sete Anões, certamente seria o Zangado.

Poxa, abraçam vocês.

Muito bom.

Já estou pensando que anão eu seria.

Que é o Soneca, o outro o quê? Dengoso, Soneca.

Dunga.

Dunga, nossa.

A Thaís Becker mandou a seguinte mensagem.

Moro em São Paulo e dirigi a pra casa dos meus pais na Baixada Santista.

Sei dirigir relativamente bem, mas fico tensa na estrada.

Ainda mais viajando sozinha.

Pois dessa vez desci a serra pela Anchieta, em meio à neblina, de noite, com chuva

e caminhões me fechando incessantemente.

Estava com muito medo e tentando me concentrar em vocês para ajudar a passar.

Até que Toledo começa a tocar seu violão e as risadas e todo o clima me acalmaram,

me deram uma paz.

Quero agradecer vocês não só por esse momento, mas por todos desde o começo da pandemia.

Quando, ouvindo vocês, consegui ter essa paz, por mais que fossem momentos nebulosos ou de desespero.

Vocês sempre trouxeram luz.

Meu preferido continua sendo o Fernandinho.

Eu o chamo carinhosamente assim.

Além de ser o melhor mediador da bagunça, ele dá as melhores dicas de livros.

Mas quero mandar também um beijo especial para minha Xará, que faz as melhores matérias da Piauí.

Beijos em toda a equipe do Foro e especial na minha namorada Débora.

Tá aí a Thaís Becker.

E a gente quase provocou um acidente na Anchieta sem saber.

Thaís Becker!

Beijo pra Thaís Becker e pra Débora.

Muito bom.

Bom, eu vou ler aqui uma mensagem que a gente recebeu da Luisa Moraes Rolst.

A gente selecionou alguns trechos.

É uma carta muito comovente.

Sou médica, pesquisadora e imunologista.

Faço parte da ciência que gritava para as paredes sobre a importância das medidas de isolamento social,

sobre o papel fundamental do Estado nas emergências sanitárias, etc.

E nunca me senti tão traída e invisível quanto no dia em que descobri que meu pai estava com Covid.

Ele estava radiante de ter sobrevivido a uma cirurgia cardíaca, fazendo mil planos,

falando sobre a pesquisa dele, sobre comprar um terreno na serra, etc.

Foi durante a internação que ele pediu sugestões de podcast.

Sugeriu o foro e ele adorou, conversando muito sobre os episódios.

Mas um dia veio a febre, no outro a tosse, no outro a falta de ar e quando menos esperávamos, ele estava entubado.

Nas últimas mensagens que trocamos, ele abriu a conversa com o

Você ouviu o foro da semana passada? Eu acertei o Kinder Ovo, mas não tinha ninguém pra ver que eu tinha acertado.

Naquele mesmo dia, ele foi entubado e faleceu quatro semanas depois.

Depois disso, fiquei mais de dois anos olhando pro ícone do foro e lembrando dele.

No mês passado, senti falta dos dias que ouvi o foro e tomei coragem.

Botei pra ouvir, o coração deu uma acelerada com a trilha, ri um bocado,

chorei de saudade e acertei o Kinder, que nunca tinha acertado.

E assim como meu pai, nessa hora não tinha ninguém pra dividir o momento comigo.

Por um tempo tive medo de fazer as coisas que lembrassem dele,

mas o foro me fez sentir mais conectada com sua memória.

Não tenho mais medo do vazio, quando ele vem eu o encho de memórias.

Obrigado por seguirem firmes, com leveza, bom jornalismo, inteligência e bom humor.

Espero que aceitem de volta essa Teresiner que desertou,

mas está muito feliz em ouvi-los novamente e superar o seu medo de sentir.

Um abraço carinhoso. Poxa Luíza, um beijo pra você. Muito obrigado pela carta.

Você tá aceita com os braços abertos aqui. Receba um abraço da equipe toda do foro.

Linda a carta e linda a sua atitude e seu carinho com seu pai.

É isso. Bom, vamos terminando o programa de hoje.

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Pode seguir também no Apple Podcast, na Amazon Music, favoritar na Deezer,

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O Foro de Terezina é uma produção da Rádio Novelo,

para a revista Piauí, com a coordenação geral da Evelyn Argenta.

A direção é da Mari Faria, a produção é da Maria Júlia Vieira e do Marcos Amoroso.

O apoio de produção é da Fecriz Vasconcelos,

que também assina a nossa coordenação digital com a Bia Ribeiro.

A edição é da Evelyn Argenta e do Thiago Picado.

A finalização e a mixagem são do Luiz Rodrigues e do João Jabás,

do Pipoca Sound, Jabás que é também o intérprete da nossa melodia tema,

composta por Vanna Salles e Beto Boreno.

A checagem é do João Felipe Carvalho e a ilustração no site do Fernando Carvalho.

O Foro foi gravado nas nossas casas e eu me despeço dos meus amigos José Roberto de Toledo.

Tchau Toledo!

Tchau Fernando, tchau Thaís.

Tchau Thaís Bilenck.

Tchau, sobrevivemos a mais uma, bora para a próxima.

Sobrevivemos, essa semana não foi fácil.

Então é isso, boa semana a todos, até a semana que vem.

Legendas pela comunidade Amara.org


#255: Ordenhando a boiada - Part 2 #Nr. 255: Melken der Herde - Teil 2 #255: Milking the herd - Part 2 #255: Ordeñar el ganado - Parte 2 #255: 牛の乳搾り - パート2

Bom Thais, temos além da Mata Atlântica o Marco Temporal, que ainda precisa ser aprovado pelo Senado, certo?

Certo. O Marco Temporal, você já explicou, o cerne dele é visto pelos ambientalistas como o mais grave dos projetos que estavam no radar no Congresso em termos de retrocesso para a pauta ambiental e indígena.

A tramitação dele acende um alerta político importante porque ele foi apresentado, esse projeto de lei, em 2007, tramitou lentamente por comissões e tal ao longo dos anos.

Em 2021 ele sofreu várias alterações e aí ele foi pra gaveta e em 2022 nada aconteceu, esse projeto dormiu em alguma gaveta, em alguma comissão e lá ficou.

E aí em 10 dias, em pleno governo Lula, em momentos de tensão, como a gente descreveu aqui, sai de uma comissão, em 30 dias ele vai pra plenário, aprova a urgência, na semana seguinte aprova,

num momento muito tumultuado em que as atenções não estavam devidamente voltadas a esse projeto em particular porque tinha toda a questão da esplanada e todas as negociações em curso.

É uma velocidade assustadora porque justamente não se viu no governo Bolsonaro. Conversei com a Sueli Araújo, que é ex-presidente do IBAMA e especialista do Observatório do Clima,

e ela relata que no governo Bolsonaro a boiada que passou foi uma boiada infralegal, ou seja, não legislativa, decretos editados pelo poder executivo, instruções normativas,

porque eles não tinham força no Congresso para aprovar projetos como esse. Tiveram derrotas, sim, projetos que passaram, sim, mas as ameaças eram muitas e a resistência foi relativamente eficaz nesse aspecto.

O que aconteceu com a medida provisória da Mata Atlântica, que foi aprovada e o Toledo acabou de explicar tão bem?

A medida provisória foi editada pelo governo Bolsonaro, mas toda a tramitação e aprovação dela aconteceu durante o governo Lula.

E o que aconteceu com o marco temporal na Câmara também é governo Lula. Agora o marco temporal vai para o Senado, o Pacheco indicou que vai segurar, que vai ir com calma, com esse andor,

é a grande esperança para que isso não passe de fato. Porque o marco temporal, além da questão da data que permite que a terra seja demarcada, tem outros aspectos que são considerados muito graves,

que é a flexibilização do uso da terra indígena para mineração, garimpo, soja, o que quiser, isso no entendimento da Sueli Araújo. Prever desdemarcação, ou seja, se um indígena usa telefone celular

ou foi para a cidade fazer faculdade, então ele pode não ser mais considerado um indígena, portanto perdeu o direito à terra que lhe foi demarcada, o que é uma controvérsia superada para os indigenistas.

Ele não deixa de ser um indígena se ele, enfim, usa telefone celular. Então esses dois projetos que passaram mostram esse alerta, sem contar todos os outros jabutis enfiados na medida provisória da esplanada,

que a gente já falou no programa passado, mas que eu retomo aqui, a saída da Agência Nacional de Águas do Ministério do Meio Ambiente para o Ministério do Valdesgóis,

o Ministério do Desenvolvimento Regional é muito importante, segundo a Sueli Araújo, porque o manejo da água, a gestão da água no Ministério do Meio Ambiente tem uma visão integrada do uso da água,

em determinados ministérios ela pode acabar sendo priorizada para irrigação, fabricação de energia, enfim, é uma visão enviesada, setorizada do uso da água.

E o Cadastro Ambiental Rural, que também foi tirado do Ministério do Meio Ambiente, é um assíntio para os ambientalistas, porque ele foi criado pelo Ministério do Meio Ambiente para reunir informações ambientais sobre os imóveis.

Ele não é um cadastro fundiário de a quem pertence qual imóvel, qual terreno, qual território. Ele tem informações ambientais para que se faça um manejo ambiental de proteção da vegetação.

Então, são retrocessos graves no entendimento da Sueli e mostram como essa tensão escalada pelo Centrão acaba favorecendo, abrindo uma avenida para passar essa boiada toda,

que no governo Bolsonaro, por N questões conjunturais, sobretudo, mas também estruturais, porque a bancada ruralista vem se organizando e o agronegócio vem assumindo um papel cada vez mais forte no período do Brasil,

então, naturalmente, se faz mais representar no Congresso. E aí cria essa situação em que o governo Bolsonaro não tinha tanta força e, aparentemente, no governo Lula o Congresso está medindo força para conseguir aprovar o que não conseguiu no governo passado.

Que ironia, né?

Só vamos lembrar que acabou de sair uma nova projeção do PIB com um crescimento acima do esperado, puxado pelo agronegócio.

É, isso é uma tomada de assalto, né? Um negócio que vai em várias frentes. A gente deu dois grandes exemplos desses últimos dias e isso é uma tendência, né? Terminamos?

Na verdade, tem uma coisa que eu esqueci de falar. É tanta barbaridade junta que, além de tudo, a medida provisória que foi aprovada, ela prevê mais um adiamento da implementação do Código Florestal,

que previa a necessidade não só de você evitar o desmatamento, mas começar a recuperar áreas plantando floresta.

Que, na verdade, adiou mais uma vez, né? Quer dizer, vai adiando...

É a sexta vez, sétima vez, sei lá.

Exato. Que esse, na verdade, era o conteúdo original da medida provisória.

Exato.

Os jabutis da Mata Atlântica veio na câmara depois, mas o objetivo inicial era esse.

Quer dizer, em vez de plantar floresta, você facilitou a derrubada de floresta.

É esse o nível da tragédia que nós assistimos. Estamos assistindo graças ao Arthur Lira e Companhia Limitada.

Estamos aqui há 500 anos matando o pau-Brasil. Continuamos, é. É uma metáfora isso, claro, gente.

Não estou falando do pau-Brasil ele próprio, mas pau-Brasil como metáfora.

Pau-Brasil. Cerramos o segundo bloco por aqui. Vamos direto para o número da semana, é isso, diretor?

Então vamos para o número da semana. Retirado da sessão Igualdades, do site da Piauí. Diga lá.

Fernando, o número da semana é 14.

Em apenas quatro meses de 2023, no Rio de Janeiro, 14 crianças e adolescentes foram baleados

porque estavam em locais onde acontecia perto ou uma operação policial ou criminosos estavam em confronto.

Três dessas 14 crianças estavam na fase de alfabetização. Cinco delas morreram.

O Igualdades dessa semana, assinado pela Maria Júlia Vieira, pelo Pedro Tavares e pela Renata Buono,

expõe os trágicos números da violência letal contra crianças e adolescentes a partir de dados do Instituto Fogo Cruzado,

do Instituto de Segurança Pública e da Defensoria Pública do Rio de Janeiro.

É tudo tragédia, mas essa é uma tragédia que não recebe nem um centésimo da atenção

que recebe um ataque a uma escola nos Estados Unidos, por exemplo.

E é um problema que os números mostram.

Exato, isso já se incorporou à nossa paisagem, né?

É um negócio que está realmente normalizado.

Exatamente.

É importante chamar atenção sobre isso, justamente porque parece que é que nem a chuva, é inevitável.

Muito bem, até baixamos o tom aqui da fala.

A gente encerra o número da semana, vamos para um rápido intervalo.

Na volta nós vamos falar das acrobacias retóricas de Lula a respeito de Maduro e da Venezuela.

A gente já volta.

Oi, eu sou a Branca Viana e eu estou aqui para te convidar a ouvir o Rádio Novelo Apresenta dessa semana.

A primeira história me lembrou dos tempos do Maria Vai com as Outras,

que é o podcast sobre mulher e mercado de trabalho que eu fazia aqui na revista Piauí.

Dessa vez, a Bárbara Rubira fala de um mercado de trabalho diferente.

Na segunda história, a Natália Silva conversa com uma historiadora que escolheu um trabalho

que deixou os colegas de mestrado dela muito incomodados.

Assim que terminar o foro, procura aí no seu aplicativo de podcasts Rádio Novelo Apresenta.

Toda quinta, um episódio novo.

Muito bem, Thais Bilenk, vou começar com você.

A gente evita a palavra narrativa, por razões óbvias, porque virou um clichê insuportável,

mas não dá para evitar a palavra narrativa quando o próprio presidente da República

disse que a narrativa no mundo de que a Venezuela não tem democracia, etc., não corresponde à verdade.

Lula sofismou e foi duramente atacado por isso.

Por que Lula sofisma tanto a respeito dessa questão, Thais?

Eu perguntei para as pessoas que convivem e vivem perto dele, e vou chegar lá.

Mas antes, eu acho importante constatar que as declarações do Lula relativizando

o autoritarismo na Venezuela, as violações de direitos humanos, a censura, enfim,

atrapalham ele dentro de casa e são justamente o contrário do discurso

que a frente ampla que se formou no entorno do Lula fez para elegê-lo contra o Bolsonaro.

Justamente quando grupos diferentes, de correntes políticas diferentes,

algumas inclusive antipetistas, historicamente, se uniram para derrotar o projeto do Bolsonaro

militarizado e autoritário de poder e enfrentaram no oponente, no Bolsonaro,

exatamente esse mesmo discurso de vítima de narrativa que era a forma que ele tinha

para angariar apoio popular e fomentar a empreitada golpista do Bolsonaro.

Quer dizer, o Lula deu um nó grave e, além de deixar o pessoal dessa frente ampla indignado,

deu palanque para os bolsonaristas dizerem que, olha aí, eu avisei, o Lula é amigo de ditadores, etc.

Assirrou a oposição no momento de fragilidade política do governo e ainda melindra os aliados conjunturais.

Eu perguntei no Palácio do Planalto se alguém viu sentido nessa história e a resposta foi o Lula.

Do ponto de vista diplomático, ponto pacífico, era importante o Brasil restabelecer relações com a Venezuela,

o país está aberto, o país conversa com todo mundo, tudo certo até aí, não tem controvérsia.

Mas ele fez muito mais do que ele deveria na forma e, sobretudo, no conteúdo, mas também é isso, o tiro no pé era calculado.

O Lula sabia, o entorno dele sabia, todo mundo sabia o que aconteceria depois.

E aí entra um aspecto da personalidade do Lula, de quem conhece ele, que diz teimosia, o orgulho de não querer se deixar ser cerceado

pela imprensa, pelos americanos, por quem quer que seja.

Ele mesmo, segundo me contaram, não morre de amores pelo Maduro, sabe que o Maduro não é o chave, está longe disso.

Mas as críticas sobre o posicionamento dele, Lula, na guerra da Ucrânia e o chapéu que ele tomou do Zelensky no Japão

acirraram ainda mais seu lado anti-imperialista americano e tal e faz com que ele queira se posicionar para não se vergar.

Mas mesmo essas pessoas que conhecem a alma do homem acham que ele errou na dosimetria, que acabou sendo prejudicial para ele próprio.

E aí o Planalto entrou, já no mesmo dia da recepção do Maduro e nos dias seguintes, numa tentativa também de mudar de assunto.

Sem querer tirar a importância dos assuntos para os quais eles tentaram mudar, houve esse esforço primeiro,

no episódio em que os soldados do exército que estavam fazendo a segurança do evento agrediram a Délice Ortiz, jornalista da Globo,

e outros jornalistas que estavam lá, que é algo execrável.

O Planalto primeiro inicialmente identificou o GSI como responsável, porque são soldados de 19 e 20 anos com seis meses de treinamento,

que não deveriam estar fazendo a guarda, a segurança palaciana, num evento com 12 presidentes da república de 12 países diferentes,

portanto com imprensa de no mínimo 12 países diferentes.

Quer dizer, foi muito amador, toda a organização, por onde passavam os chefes de Estado, todo mundo sabe que se um presidente está passando,

jornalistas vão para cima para tentar falar com ele.

Foi mal organizado, o Palácio do Planalto reconhece isso, e depois eles identificaram que não eram soldados do GSI,

eram do exército, que o Itamaraty tinha pedido reforço para um batalhão, e mandou, enfim, eles ficaram tentando também dividir responsabilidades

e também dividir a pauta com outros assuntos, que são importantes, reitero, porém tirar um pouco o foco da língua do Lula.

E o Lula, no meio dessa situação toda, não só em relação ao Maduro, em relação à aprovação da medida provisória na esplanada,

confirmou a indicação do Zanin para o Supremo Tribunal Federal, uma indicação que já estava confirmada para ele próprio há bastante tempo,

ele esperou este momento agora para confirmar.

É serviço completo, barba, cabelo e bigode, é isso, Zé?

Eu fui pedir para os universitários, os meus universitários, a ajuda para tentar avaliar o tamanho da estupidez que o governo cometeu com os elogios ao Maduro,

o governo e, mais especificamente, o Lula.

Arquimedes quer ele próprio, o universitário consulta ele próprio, Thaís, ele finge que é Arquimedes.

É bom se alimentar desse mito, eles vão ficar super felizes com você.

Eu pedi não só ajuda para Arquimedes, mas pedi para a Pauver, que faz monitoramento dos grupos de WhatsApp, e pedi para o pessoal do Google Trends.

E eles chegaram num diagnóstico comum, ou seja, comum no sentido igual entre os três, que pode ser resumido numa palavra do ponto de vista do governo.

Foi uma tragédia. Por quê? Primeiro, foi um vareio nas redes sociais.

Segundo, o Lula forneceu de mão beijada para a oposição material que vai ser usado contra ele e contra todos os candidatos que ele apoiar nas eleições de 2024, 2026, 2028, 2030, até o fim dos tempos.

Porque esse material já começou a circular na formato de memes, já tinha foto forjada do Lula garoto segurando a mão do Maduro,

essa parceria vem de longe, até a realidade que não precisava ser manipulada.

Então, assim, para vocês terem uma ideia do tamanho da estupidez, o Maduro, segundo o Google Trends,

foi a personalidade da categoria política mais buscada no Brasil nos últimos sete dias.

Ele só ficou atrás da Tina Turner, que morreu, e do Jeff Machado, que foi assassinado.

Tirando isso, o Maduro foi a pessoa mais buscada no Brasil, não foi na Venezuela, foi no Brasil.

Bateu todos os recordes de busca de Maduro, quer dizer, esse era um assunto que estava morto e sepultado,

e que o Lula foi lá e resgatou e transformou no assunto da semana.

É de uma estupidez raramente vista.

Ninguém está discutindo que o Brasil tem que ter relações diplomáticas e econômicas com a Venezuela,

que é um país vizinho com o qual a gente tem... isso não está em discussão.

É óbvio que sim, ao contrário do que fez o Bolsonaro.

A questão é, você não pode chamar um ditador de democrata como se o Lula não vai para a China e fala que o Xi é democrata, certo?

O Brasil se relaciona com várias ditaduras, tem relações políticas e econômicas importantes,

inclusive a maior parceira econômica com a China, que é uma ditadura.

Mas ele não vai lá e elogia o Xi, fala que o Xi é um grande democrata,

é uma narrativa americana dizer que a China não é uma ditadura.

Não faz isso, né? O que ele vai fazer com o Maduro?

Então, é inexplicável para mim, porque além de tudo, você é um anfitrião de uma reunião

que você chama 12 chefes de Estado para se afirmar como líder regional,

e daí você entrega de mão beijada para o convidado mais estrapalhão dos 12,

o predomínio daquela reunião.

Você pega o gráfico do Google Trends dos últimos 7 dias, tem vários momentos

em que tem mais buscas sobre o Maduro do que é sobre o Lula.

Quer dizer, ele tirou o foco dele e jogou em cima do Maduro.

Não tem justificativa, nada explica a estupidez.

E a consequência disso qual é?

Quando você vai lá para análise de sentimento que só dá para fazer através da pálvia,

é o pico de sentimento negativo em relação ao Lula nos últimos tempos.

Quer dizer, passou a bola para o Maduro e a atração que ele conseguiu,

quer dizer, ele conseguiu só atrair negatividade.

Então, é um desastre total e completo.

Se alguém fosse planejar a pior maneira de fazer um ato, uma festa, um evento, uma reunião,

não conseguiria planejar com tanta estupidez o que foi feito.

E para premiar, é isso, a história que a Thaís contou, que é a prova, é o CQD,

como queríamos demonstrar.

Aí a segurança, o exército brasileiro e os seguranças do Maduro vão lá e dão um soco

no peito da repórter da maior rede de televisão do Brasil.

Grande exemplo democrático.

E o Lula é reincidente nesse negócio, porque durante a campanha ele foi perguntado

sobre a ditadura do Ortega também e saiu falando as mesmas bobagens, as mesmas mentiras.

E foi contestado com muito rigor pela repórter do El País.

E ele acredita nisso, não é conveniência só, ele acredita nisso.

Não consigo encontrar uma explicação também razoável, a não ser o fato de que,

além de interesses, conveniências, agradar a plateia interna, ele é condescendente

com esse tipo de regime supostamente enviesado para a esquerda.

Mas basta ir na Venezuela para ver o que aconteceu, o que está acontecendo.

Eu lembro aqui do livro de uma jornalista venezuelana que morou bastante tempo no Brasil,

que é a Paula Ramon, uma grande jornalista, escreveu para a Piauí a respeito da família dela na Venezuela.

Eu sugiro a leitura, porque inclusive alguém de verdade presente para o Lula e para os seus áulicos ali esse livro.

Chama Mãe Pátria. O subtítulo é A Desintegração de uma Família na Venezuela em Colapso.

Eu acho que vale a pena dizer o seguinte, a consequência prática disso,

além do ponto de vista de imagem, ter fornecido munição para a oposição e blá blá blá blá blá,

é que o objetivo fundamental do Itamaraty, que era dar uma projeção internacional para o Lula,

fixá-lo como líder regional, para a partir daí tentar ter um trampolim,

para ter maior visibilidade e operacionalidade na política global, regrediu algumas casas.

A consequência prática é ainda pior.

É só coisas boas e coisas novas aqui hoje o programa.

Nesse caso nem novas, né? Porque é reiterada, né?

Encerramos o terceiro bloco por aqui, vamos para um rápido intervalo.

Na volta tem Kinder Ovo.

Oi, tudo bem? Aqui é Paulo Werneck, apresentador do 451 MHz,

e hoje eu tenho um convite especial para você.

De 7 a 11 de junho, durante o feriado de Corpus Christi,

a gente vai novamente ocupar a Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, em São Paulo,

com a segunda edição da Feira do Livro.

Um evento democrático de rua, que reúne mais de 140 editoras,

livrarias e organizações ligadas ao livro e à leitura.

A segunda edição inclui rodas de conversa com mais de 50 autores nacionais e internacionais.

Sessões de autógrafos, oficinas e atividades para todas as idades,

para todo mundo que gosta de ler.

Tudo sem catraca, sem cobrança de entrada.

Então anota aí, de 7 a 11 de junho, ali no feriadão de Corpus Christi,

na Praça Charles Miller.

E pode seguir aí as nossas redes sociais,

arroba AfeiraDolivro e arroba 451,

Então eu te vejo lá na Feira do Livro, na Praça Charles Miller.

A organização é da Associação 451 e da Maré Produções.

Vamos lá, voltamos, momento Kinder Ovo.

Taís já está preparada para brilhar mais uma vez.

Again and again.

É um áudio muito curto, então, por favor.

É tipo um haicai.

É tipo um haicai, exato.

Pois três e já.

Eu sou candidata no Marajó.

Eu quero dividir o Marajó, fazer um principado.

É a Márcia.

É a Maris.

Princesa regente do Marajó.

Falei que eu errei, gente.

Então empate triplo.

Errei.

Não, não, não.

Não, não, não.

Eu falei ministro, eu errei.

Eu pensei que fosse outro.

Eu sou a favor.

Eu sou a favor da criação do Principado do Marajó,

desde que não tenha relações com o Brasil.

E não possa haver trânsito de pessoas.

Melhor, para não ser injusto com a população do Marajó,

não pode haver trânsito de princesas entre o Marajó e o Brasil.

Sou totalmente a favor.

É Toledo e Taís, o acaso permite que a gente fale do caso.

Estava fora do programa e eu estava com dor a respeito disso.

Foi a PF, pegou um avião da Igreja do Evangelho Quadrangular,

que é do pastor Bengston, que é tio da Damares,

com 300 quilos de skunk, que veio a ser uma maconha turbinada.

Essa família Bengston é uma família exemplar.

Exemplar.

O filho é acusado, com muitas provas, muitas evidências,

de ser mandante do assassinato de um líder sem terra.

O pai foi caçado no escândalo do Sangsugas,

que é de 2006, ele foi caçado só em 2018,

da família Damares.

Todos esses foram o avião deles, da igreja que eles pilotam,

por amor de Deus, foi pego com essa maconha toda.

Direção, eu tinha esquecido desse caso, tinha que encaixar,

e você põe os Damares, Mari, justamente pra gente falar isso tudo.

O Paulo Bengston, Bengfilho,

disse que o avião, que por acaso é modelo Bonanza,

ou seja, faroeste,

ele é usado pra transportar pastores e pessoas doentes

em casos de necessidade.

Faltou dizer pessoas enlevadas.

Cannabis, como é que fala?

Cannabis terapêutica.

Cannabis terapêutica é isso daí.

E além de tudo, eles mentiram,

dizendo que eles é que tinham alertado a polícia,

e a polícia falou que não tem nada a ver,

que quem descobriu foi o núcleo de polícia aeroportuário

da Polícia Federal no aeroporto de Belém.

Quer dizer, além de tudo, é mentiroso.

Além de tudo, não, né?

Que era mentiroso, a gente já sabia,

porque a história das criancinhas com os dentes

supostamente arrancados no Marajó

foi da mentirosa mor da Damaris, né?

Que foi depois retratada.

Os caras estavam traficando 300 quilos de maconha no aviãozinho.

Thaís, você que acertou, não vai falar nada sobre a Damaris?

Marajó?

Ai, quanto mais eu puder não falar dela, eu não falo.

Só se precisar muito falar.

Meninas fumam maconha, meninas fumam skunk.

Vamos lá.

Depois dessa, passamos...

Vocês vêm aí se vocês querem deixar isso no ar ou não.

Eu não mando nada nesse programa mesmo.

Estou aqui só para divertir a audiência.

Encerrado esse Kinder Ovo, vamos para o Corrêa Elegante.

Eu já falei muito no Kinder Ovo.

Thaís Bilenk, começa com as cartinhas, por favor.

O Rafael Kuiatkowski disse que escreveu quase um desaforo.

Estou pesquisando racismo em organizações

para um projeto de doutorado em administração de empresas.

E por se tratar de uma pesquisa qualitativa com múltiplas fontes de dados,

as informações levantadas pelo Toledo no último episódio foram muito úteis

e já estão nas páginas da minha futura tese.

A parte chata é aprender a citar um podcast pelas normas da ABNT.

E isso sim é tão chato que é um desaforo.

Mas o nome dos três apresentadores queridos estará lá nas referências do trabalho.

O Toledo provavelmente dirá para eu não usar o foro no meu doutorado,

mas desobedecê-lo é um prazer.

Aliás, se ele fosse do Sete Anões, certamente seria o Zangado.

Poxa, abraçam vocês.

Muito bom.

Já estou pensando que anão eu seria.

Que é o Soneca, o outro o quê? Dengoso, Soneca.

Dunga.

Dunga, nossa.

A Thaís Becker mandou a seguinte mensagem.

Moro em São Paulo e dirigi a pra casa dos meus pais na Baixada Santista.

Sei dirigir relativamente bem, mas fico tensa na estrada.

Ainda mais viajando sozinha.

Pois dessa vez desci a serra pela Anchieta, em meio à neblina, de noite, com chuva

e caminhões me fechando incessantemente.

Estava com muito medo e tentando me concentrar em vocês para ajudar a passar.

Até que Toledo começa a tocar seu violão e as risadas e todo o clima me acalmaram,

me deram uma paz.

Quero agradecer vocês não só por esse momento, mas por todos desde o começo da pandemia.

Quando, ouvindo vocês, consegui ter essa paz, por mais que fossem momentos nebulosos ou de desespero.

Vocês sempre trouxeram luz.

Meu preferido continua sendo o Fernandinho.

Eu o chamo carinhosamente assim.

Além de ser o melhor mediador da bagunça, ele dá as melhores dicas de livros.

Mas quero mandar também um beijo especial para minha Xará, que faz as melhores matérias da Piauí.

Beijos em toda a equipe do Foro e especial na minha namorada Débora.

Tá aí a Thaís Becker.

E a gente quase provocou um acidente na Anchieta sem saber.

Thaís Becker!

Beijo pra Thaís Becker e pra Débora.

Muito bom.

Bom, eu vou ler aqui uma mensagem que a gente recebeu da Luisa Moraes Rolst.

A gente selecionou alguns trechos.

É uma carta muito comovente.

Sou médica, pesquisadora e imunologista.

Faço parte da ciência que gritava para as paredes sobre a importância das medidas de isolamento social,

sobre o papel fundamental do Estado nas emergências sanitárias, etc.

E nunca me senti tão traída e invisível quanto no dia em que descobri que meu pai estava com Covid.

Ele estava radiante de ter sobrevivido a uma cirurgia cardíaca, fazendo mil planos,

falando sobre a pesquisa dele, sobre comprar um terreno na serra, etc.

Foi durante a internação que ele pediu sugestões de podcast.

Sugeriu o foro e ele adorou, conversando muito sobre os episódios.

Mas um dia veio a febre, no outro a tosse, no outro a falta de ar e quando menos esperávamos, ele estava entubado.

Nas últimas mensagens que trocamos, ele abriu a conversa com o

Você ouviu o foro da semana passada? Eu acertei o Kinder Ovo, mas não tinha ninguém pra ver que eu tinha acertado.

Naquele mesmo dia, ele foi entubado e faleceu quatro semanas depois.

Depois disso, fiquei mais de dois anos olhando pro ícone do foro e lembrando dele.

No mês passado, senti falta dos dias que ouvi o foro e tomei coragem.

Botei pra ouvir, o coração deu uma acelerada com a trilha, ri um bocado,

chorei de saudade e acertei o Kinder, que nunca tinha acertado.

E assim como meu pai, nessa hora não tinha ninguém pra dividir o momento comigo.

Por um tempo tive medo de fazer as coisas que lembrassem dele,

mas o foro me fez sentir mais conectada com sua memória.

Não tenho mais medo do vazio, quando ele vem eu o encho de memórias.

Obrigado por seguirem firmes, com leveza, bom jornalismo, inteligência e bom humor.

Espero que aceitem de volta essa Teresiner que desertou,

mas está muito feliz em ouvi-los novamente e superar o seu medo de sentir.

Um abraço carinhoso. Poxa Luíza, um beijo pra você. Muito obrigado pela carta.

Você tá aceita com os braços abertos aqui. Receba um abraço da equipe toda do foro.

Linda a carta e linda a sua atitude e seu carinho com seu pai.

É isso. Bom, vamos terminando o programa de hoje.

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Pode seguir também no Apple Podcast, na Amazon Music, favoritar na Deezer,

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O Foro de Terezina é uma produção da Rádio Novelo,

para a revista Piauí, com a coordenação geral da Evelyn Argenta.

A direção é da Mari Faria, a produção é da Maria Júlia Vieira e do Marcos Amoroso.

O apoio de produção é da Fecriz Vasconcelos,

que também assina a nossa coordenação digital com a Bia Ribeiro.

A edição é da Evelyn Argenta e do Thiago Picado.

A finalização e a mixagem são do Luiz Rodrigues e do João Jabás,

do Pipoca Sound, Jabás que é também o intérprete da nossa melodia tema,

composta por Vanna Salles e Beto Boreno.

A checagem é do João Felipe Carvalho e a ilustração no site do Fernando Carvalho.

O Foro foi gravado nas nossas casas e eu me despeço dos meus amigos José Roberto de Toledo.

Tchau Toledo!

Tchau Fernando, tchau Thaís.

Tchau Thaís Bilenck.

Tchau, sobrevivemos a mais uma, bora para a próxima.

Sobrevivemos, essa semana não foi fácil.

Então é isso, boa semana a todos, até a semana que vem.

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