Conto do Cão - parte 5
Seis horas. Recomecei a arrumação do apartamento, já estressada, pois tinha que sair às 6:30 para chegar a tempo no aeroporto.
Quando finalmente saí do banho, já eram quase sete horas e para “variar”, eu estava atrasada. O que me matava não era estar atrasada, mas eu estava atrasada para buscar Luciane. Da última vez em que ela esteve em Sampa me visitando, ela veio com uma amiga, e ambas chegaram de ônibus. Eu fiquei de buscá-las no meio da tarde no terminal rodoviário do Tietê, e de lá iríamos direto para uma exposição no Center Norte Expo - que fica bem próximo da rodoviária.
Do meu trabalho até a rodoviária, e naquele horário não tinha muito trânsito, demoraria apenas uns vinte minutos para chegar lá de carro.
Meia hora antes da hora prevista para o ônibus chegar, eu disse tchau para o povo do trabalho e contei que iria na exposição. Uma colega disse que tinha ganhado bilhetes de entrada para essa exposição e perguntou se eu não poderia dar uma carona para ela até lá, e ela então me daria uma das entradas.
Parecia ser uma oferta boa, mas nós tínhamos primeiro que passar na casa dela para buscar os bilhetes de entrada. Eu disse que não queria me atrasar, e ela respondeu que eu não me atrasaria, porque ela morava a cinco minutos dali. Então eu, e essa minha mania de querer ajudar a todos, disse OK. (Burrada, e burrada das grandes! )
Sampa = São Paulo