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Acessibilidade (Accessibility), Inclusão e Acessibilidade - Interferências na Aprendizagem

Inclusão e Acessibilidade - Interferências na Aprendizagem

Olá, muito obrigado pela sua audiência a partir de

agora nesta websérie Inclusão e Acessibilidade: esta causa também é sua.

Eu sou Márcio Fernandes e estarei com vocês nesta websérie, uma produção do

Núcleo de Educação a Distância da Unicentro o Nead com o apoio fundamental

da Proen a Pró Reitoria de Ensino da instituição e do Pia o Programa de

Inclusão e Acessibilidade. Neste episódio gravado aqui no campus de

Irati da instituição nós trataremos com uma convidada muito especial sobre

interferências na aprendizagem. Nossa convidada a quem já agradeço é a

professora Miriam Bedin Godoy.

Professora nós temos seis eixos para tratarmos inclusive fiz até uma colinha, doença,

deficiência, distúrbio, dificuldade, síndrome e transtorno. Mas antes de

falarmos disso eu lhe pediria quem é profissionalmente a professora Míriam

Bedin Godoy Bom, eu sou professora Mirian, trabalho

com educação já há 30 anos e tive a grata satisfação de percorrer desde a

educação infantil até o ensino superior. Sou formada em pedagogia, mestre em

educação, especialista em todas as áreas das deficiências e atualmente faço

doutorado em educação especial. Perfeito, muito obrigado.

Então vamos lá, vamos agrupar em dois níveis, doença, deficiência e distúrbio.

Bom, antes da gente falar em doença a gente precisa compreender o que é saúde.

Segundo o ministério, segundo a organização da saúde né mundial, o que é saúde?

É um completo bem estar físico, social e mental.

Então algo que vá prejudicar a questão física, social ou mental

você vai ter então uma doença, uma patologia. Perfeito! Dificuldade, síndrome

e transtorno, elas se assimilam aos primeiros a aquelas três doenças

deficiência e distúrbio são equivalentes? Imagino que as linhas sejam tênues

também de uma para outra.

Márcio, assim ó. Dificuldade, distúrbio e transtorno há

alguns educadores que até utilizam como sinônimo, mas cada uma tem a sua

especificidade, por exemplo transtorno o que é o

transtorno? Vamos pegar o transtorno por déficit de atenção e hiperatividade

que é o famoso déficit de atenção com hiperatividade ou não.

Então você tem algumas características também, alguns sinais e sintomas

observados na criança desde pequena, então por exemplo lá se você observar

seis comportamentos dessa criança em termos desatenção, em termos de

comportamento motor excessivo no caso a hiperatividade ou impulsividade, você

consegue então caracterizar essa criança tendo ou não, apresenta ou

não o transtorno por déficit de atenção. Então o que é um o transtorno?

Ele é um conjunto de sinais e sintomas que caracteriza um transtorno

específico. Não tem como nós da educação especial,

embora sejamos da educação, é desvincular por exemplo da área médica

os temos utilizados em educação especial estão muito embricados com a área

médica. Médica! Então o DSM, o DSM atual

ele caracteriza então que que são os transtornos.

Então são vários tipos de transtornos que nós temos né, um mais comum atualmente

na educação é o transtorno por déficit de atenção e hiperatividade que também vai

chegar desde a Educação Infantil até o Ensino Superior também. Síndrome é uma

palavra forte, todas elas são, mas síndrome uma palavra forte que já nos causa assim

um certo impacto. Como é que poderíamos caracterizar, como é que o

professor que está aqui dentro da Universidade que não têm essa formação

que você tem, como é que ele pode se situar nesse

universo? Assim, é fácil de ser identificado porque quando a pessoa

chegar à universidade ela já passou por vários diagnósticos, já passou por vários

especialistas para identificar aquela síndrome. Então por exemplo nós na questão

da educação nós temos várias vou falar as mais comuns. Perfeito! A Síndrome de

Down que é muito fácil de ser identificada

porque a Síndrome de Down está muito relacionada também a uma deficiência intelectual.

Atualmente vocês sabem que pessoas com Síndrome de Down também estão no

Ensino Superior. A Síndrome de Williams também

apresenta características específicas. Então tanto os transtornos como as síndromes

né, os distúrbios, são sinais e sintomas de

determinada que você consegue é observar, por exemplo, na Síndrome de Williams o que é que

você vai observar nessa pessoa? Os dentes estão sempre protusos para

fora... Perfeito... a boca mais proeminente, o sujeito

tem cabelos enrolados, então é comum essa característica em todos os que

apresentam a Síndrome de Wilians assim como a Síndrome de Down, porque são

questões genéticas facilmente de serem identificadas de acordo com aquilo que

se enquadra à síndrome, tá? Então o que que é uma síndrome?

Ela é também um conjunto de sinais e sintomas que caracteriza. Ok!

É adequado falarmos em nível ou níveis de gravidade dessas interferências?

É adequado sim, por que? Por exemplo você tem outrora 50 anos

você poderia dizer assim a pessoa que nascia com Síndrome de Down ela ia viver

pouco, não ia falar e não ia andar, era o diagnóstico que se tinha, né?

Mas apesar de ter esses diagnósticos nós temos hoje muitos adultos e até

idosos com Síndrome de Down que conseguiram se adaptar, se desenvolver.

Então assim, na questão da aprendizagem especificamente então isso também vai

depender, por exemplo, da estimulação essencial que é a chamada estimulação

precoce, vai depender do meio que essa criança

está envolvida, vai depender das intervenções que ela

tem, se é uma intervenção já no início do desenvolvimento dela é diferente de

uma criança que vai ter uma intervenção com cinco anos, isso em todas as

características, em todas as patologias, síndromes, transtornos e distúrbios

você vai verificar isso né que a estimulação essencial, que a intervenção

precoce é de suma importância no desenvolvimento de qualquer patologia, de

qualquer síndrome, enfim. Para reforçar, então a palavra chave aqui antes da gente ir

para o intervalo é estimulação? A palavra chave sempre sempre será intervenção precoce,

estimulação, independente se é uma síndrome, se é um transtorno, se é uma dificuldade, se é um

distúrbio ou até mesmo uma doença. Ok. Quanto antes for identificada

para poder encaminhar aos profissionais adequados, mais sucesso nós vamos ter no

futuro, na aprendizagem, no desenvolvimento dessas pessoas.

Muito bom, nós já voltamos a continuamos a nossa conversa.

Logo depois do intervalo continuaremos tratando sobre interferências na

aprendizagem, num instante!

Voltamos com o nosso episódio sobre interferências na aprendizagem.

Aqui comigo a professora Miriam Bedin Godoy do Departamento de Educação do Campus

aqui de Irati onde gravamos essa conversa. Mirian, vamos tratar um pouquinho

agora, por favor, sobre três condições: distúrbio, dificuldade e deficiência a

partir de dois aspectos se possível, identificação e diagnóstico. Tá!

O que que é um distúrbio? Por exemplo, no processo de alfabetização da criança é comum a

criança apresentar uma dificuldade de leitura e escrita. Então a dificuldade

ela pode ser uma dificuldade passageira do processo natural de aprendizado dessa

criança na aprendizagem da leitura e da escrita, tá? Então o que ocorre muitas

vezes que além dessa dificuldade passageira ela tem um distúrbio.

O que significa distúrbio? Em nível de sistema nervoso central, uma área específica

ela tem um comprometimento um comprometimento de repente, por exemplo,

na questão da linguagem, qual é a área em nível de sistema nervoso central que vai

interferir? A área de Wernicke e a área de Brocar,

sobretudo, né? Mas hoje a gente sabe que com a plasticidade, a neurociência

aquela área específica cerebral que está com um distúrbio, que apresenta um dano

ela pode ser estimulada e outras áreas adjacentes ajudar naquele processo de

aprendizado no caso da leitura e da escrita. Mas o distúrbio mesmo então

nós temos o distúrbio de leitura escrita, o distúrbio de aritmética,

então temos vários distúrbios que comprometem a aprendizagem, o distúrbio de

ortografia que a gente chama disortografia, disgrafia, são as famosas

diz da aprendizagem, tá? Então o que ocorre, vão chegar na

universidade com esses distúrbios, por exemplo, a criança, a pessoa, depois o

adulto não consegue diferenciar é alguns fonemas, algumas

letras, não é que ele é desatento é que realmente organicamente naquela área

cerebral ele apresenta essa dificuldade, esse distúrbio. Perfeito! Fora do ar nós

estamos conversando você estava me orientando e apareceu uma palavra que eu

particularmente não conhecia comorbidades, eu te peço para traduzir

isso para a nossa audiência. Tá, o que é a comorbidade? São as

consequências que essa síndrome, esse transtorno, esse distúrbio traz

para a pessoa. Quer ver um distúrbio, uma síndrome que é muito pouca conhecida

ainda em educação? A síndrome do respirador oral. O que que é? A pessoa

apresenta uma condição orgânica, uma condição física, uma obstrução das vias

aéreas superiores, então uma famosa adenóide amídala,

isso compromete a respiração dela, ela passa a ter uma respiração de suplência

pela boca e isso vai trazer todo uma comorbidade vai trazer toda uma

dificuldade pra esse organismo na questão da respiração, na questão da fala,

da atenção, da aprendizagem, do sono, então as consequências que aquele transtorno,

aquela dificuldade, aquele distúrbio traz para a o conjunto da, da vida dessa

pessoa quer seja na questão social, quer seja na questão de aprendizagem, enfim,

do contexto que ela está inserida. Você mencionou agora essa questão do

contexto em que ela está inserida e eu já aproveitou o gancho e te pergunto; como

que o grupo social onde a pessoa está inserida né

e o grupo familiar podem contribuir nessas questões todas que nós ponderamos aqui,

que você ponderou aqui? Bom, a família ela tem um peso muito forte quando a pessoa

apresenta uma necessidade específica né, uma necessidade especial, por exemplo,

de repente ela não é cega, mas ela está tendo uma baixa visão, então

isso vai interferir no processo de escolarização, no processo de

aprendizagem, no processo de socialização dessa criança, as vezes ela vai andar vai

esbarrar, vai derrubar, vai ser aquele desajeitado, mas não porque ela é

desajeitada, é que a condição visual dela neste momento não permite. Então a

família ela entra aí para dar o suporte, para para encaminhar aos

profissionais adequados, por exemplo, se é um caso digamos de visão, ao oftalmo

se é um caso de audição ao otorrino, então a família é muito importante na questão da

saúde realmente dessa desse sujeito, ela é muito importante no trabalho com a

educação no suporte com uma educação e também acreditar no potencial do seu

filho, não olhar a deficiência com o D maiúsculo,

mas diminuir esse D e aumentar esse E para eficiente, ele também pode, ele

também consegue, desde que eu faça os manejos coerentes à necessidades e as

adaptações necessárias a realidade dele. Pego o gancho de novo na

sua fala. Nós estamos num ambiente universitário

não é, com uma gama muito grande de informações e visões de mundo de

procedências, enfim, em um ambiente pluridiversitário, pluriversitário talvez

seja o melhor termo. Como é que neste conjunto todo cada um de nós

aqui pode contribuir para fazer isso que você diz, tirar o D maiúsculo e minimizar

esse D? Aham.. O que que nós podemos faze Márcio?

Nós podemos fazer a primeira coisa é levar esse

conhecimento, é isso que nós estamos fazendo aqui hoje, nós estamos expandindo

esse conhecimento ao nosso público. Segundo ponto é a gente ter humildade

como o professor e entender que a gente não está preparado para receber todos os

alunos que a gente vai receber, que a diversidade é muito grande, então

eu tenho que ter humildade suficiente e entender que não basta só eu dominar o

conteúdo específico da minha matéria, mas eu preciso também conhecer um pouco

dessa realidade que ora se apresenta na instituição.

Então formar grupos de pesquisas, formação continuada,

o Pia assessora e dá o suporte muito importante também neste processo.

Então é basicamente isso; é buscar esse conhecimento, formar pesquisas em cima da

realidade que a gente tem, grupos de estudo focando naquilo que a gente tem

de real e concreto não o que vêm de fora porque em educação e sobretudo em

educação especial a gente busca muito de fora, mas a gente tem que começar a olhar

para o nosso centro aqui, olhar para o nosso, aquilo que é específico nosso.

Então é formar isso mesmo, grupos de pesquisa, formação continuada, e assim a

gente vai conseguir melhorar as nossas práticas pedagógicas também.

Muito bom Mirian! Te agradeço a presença e pego duas

palavras, formar ou informar e disseminar, esse é o caminho? Esse é o caminho com certeza!

Além desse caminho a gente aqui, a gente faz uma formação uma fala muito

abrangente, é estudar hoje e ter assim a a clareza que a pessoa aprende, uns vão

demorar mais, outros vão demorar menos. Infelizmente Márcio na educação é muito

formatado, então um semestre tenho que dar conta desse rol de conteúdos, num ano

letivo tem que dominar isto e o sujeito da educação especial

ele é um sujeito que demanda mais tempo, que demanda mais ritmo diferenciado e

assim pra ele obter o sucesso acadêmico e o sucesso profissional. Muito bom!

Muito obrigado pela sua presença, muito obrigado por compartilhar a sua expertise e espero

que a nossa audiência também goste bastante.

Eu conversei com a professora Miriam Bedin Godoy do Departamento de

Educação aqui do Campus de Irati dentro da nossa websérie

Inclusão e Acessibilidade: esta causa também a sua.

você pode acompanhar de novo este episódio e os outros pelo endereço que

está aqui na tela e nos ajudar a disseminar, ok? Muito obrigado pela audiência

muito obrigado por estar conosco, até a próxima. Tchau!


Inclusão e Acessibilidade - Interferências na Aprendizagem Inclusion and Accessibility - Interferences on Learning Inclusión y accesibilidad - Interferencias en el aprendizaje

Olá, muito obrigado pela sua audiência a partir de

agora nesta websérie Inclusão e Acessibilidade: esta causa também é sua.

Eu sou Márcio Fernandes e estarei com vocês nesta websérie, uma produção do

Núcleo de Educação a Distância da Unicentro o Nead com o apoio fundamental

da Proen a Pró Reitoria de Ensino da instituição e do Pia o Programa de

Inclusão e Acessibilidade. Neste episódio gravado aqui no campus de

Irati da instituição nós trataremos com uma convidada muito especial sobre

interferências na aprendizagem. Nossa convidada a quem já agradeço é a

professora Miriam Bedin Godoy.

Professora nós temos seis eixos para tratarmos inclusive fiz até uma colinha, doença,

deficiência, distúrbio, dificuldade, síndrome e transtorno. Mas antes de

falarmos disso eu lhe pediria quem é profissionalmente a professora Míriam

Bedin Godoy Bom, eu sou professora Mirian, trabalho

com educação já há 30 anos e tive a grata satisfação de percorrer desde a

educação infantil até o ensino superior. Sou formada em pedagogia, mestre em

educação, especialista em todas as áreas das deficiências e atualmente faço

doutorado em educação especial. Perfeito, muito obrigado.

Então vamos lá, vamos agrupar em dois níveis, doença, deficiência e distúrbio.

Bom, antes da gente falar em doença a gente precisa compreender o que é saúde.

Segundo o ministério, segundo a organização da saúde né mundial, o que é saúde?

É um completo bem estar físico, social e mental.

Então algo que vá prejudicar a questão física, social ou mental

você vai ter então uma doença, uma patologia. Perfeito! Dificuldade, síndrome

e transtorno, elas se assimilam aos primeiros a aquelas três doenças

deficiência e distúrbio são equivalentes? Imagino que as linhas sejam tênues

também de uma para outra.

Márcio, assim ó. Dificuldade, distúrbio e transtorno há

alguns educadores que até utilizam como sinônimo, mas cada uma tem a sua

especificidade, por exemplo transtorno o que é o

transtorno? Vamos pegar o transtorno por déficit de atenção e hiperatividade

que é o famoso déficit de atenção com hiperatividade ou não.

Então você tem algumas características também, alguns sinais e sintomas

observados na criança desde pequena, então por exemplo lá se você observar

seis comportamentos dessa criança em termos desatenção, em termos de

comportamento motor excessivo no caso a hiperatividade ou impulsividade, você

consegue então caracterizar essa criança tendo ou não, apresenta ou

não o transtorno por déficit de atenção. Então o que é um o transtorno?

Ele é um conjunto de sinais e sintomas que caracteriza um transtorno

específico. Não tem como nós da educação especial,

embora sejamos da educação, é desvincular por exemplo da área médica

os temos utilizados em educação especial estão muito embricados com a área

médica. Médica! Então o DSM, o DSM atual

ele caracteriza então que que são os transtornos.

Então são vários tipos de transtornos que nós temos né, um mais comum atualmente

na educação é o transtorno por déficit de atenção e hiperatividade que também vai

chegar desde a Educação Infantil até o Ensino Superior também. Síndrome é uma

palavra forte, todas elas são, mas síndrome uma palavra forte que já nos causa assim

um certo impacto. Como é que poderíamos caracterizar, como é que o

professor que está aqui dentro da Universidade que não têm essa formação

que você tem, como é que ele pode se situar nesse

universo? Assim, é fácil de ser identificado porque quando a pessoa

chegar à universidade ela já passou por vários diagnósticos, já passou por vários

especialistas para identificar aquela síndrome. Então por exemplo nós na questão

da educação nós temos várias vou falar as mais comuns. Perfeito! A Síndrome de

Down que é muito fácil de ser identificada

porque a Síndrome de Down está muito relacionada também a uma deficiência intelectual.

Atualmente vocês sabem que pessoas com Síndrome de Down também estão no

Ensino Superior. A Síndrome de Williams também

apresenta características específicas. Então tanto os transtornos como as síndromes

né, os distúrbios, são sinais e sintomas de

determinada que você consegue é observar, por exemplo, na Síndrome de Williams o que é que

você vai observar nessa pessoa? Os dentes estão sempre protusos para

fora... Perfeito... a boca mais proeminente, o sujeito

tem cabelos enrolados, então é comum essa característica em todos os que

apresentam a Síndrome de Wilians assim como a Síndrome de Down, porque são

questões genéticas facilmente de serem identificadas de acordo com aquilo que

se enquadra à síndrome, tá? Então o que que é uma síndrome?

Ela é também um conjunto de sinais e sintomas que caracteriza. Ok!

É adequado falarmos em nível ou níveis de gravidade dessas interferências?

É adequado sim, por que? Por exemplo você tem outrora 50 anos

você poderia dizer assim a pessoa que nascia com Síndrome de Down ela ia viver

pouco, não ia falar e não ia andar, era o diagnóstico que se tinha, né?

Mas apesar de ter esses diagnósticos nós temos hoje muitos adultos e até

idosos com Síndrome de Down que conseguiram se adaptar, se desenvolver.

Então assim, na questão da aprendizagem especificamente então isso também vai

depender, por exemplo, da estimulação essencial que é a chamada estimulação

precoce, vai depender do meio que essa criança

está envolvida, vai depender das intervenções que ela

tem, se é uma intervenção já no início do desenvolvimento dela é diferente de

uma criança que vai ter uma intervenção com cinco anos, isso em todas as

características, em todas as patologias, síndromes, transtornos e distúrbios

você vai verificar isso né que a estimulação essencial, que a intervenção

precoce é de suma importância no desenvolvimento de qualquer patologia, de

qualquer síndrome, enfim. Para reforçar, então a palavra chave aqui antes da gente ir

para o intervalo é estimulação? A palavra chave sempre sempre será intervenção precoce,

estimulação, independente se é uma síndrome, se é um transtorno, se é uma dificuldade, se é um

distúrbio ou até mesmo uma doença. Ok. Quanto antes for identificada

para poder encaminhar aos profissionais adequados, mais sucesso nós vamos ter no

futuro, na aprendizagem, no desenvolvimento dessas pessoas.

Muito bom, nós já voltamos a continuamos a nossa conversa.

Logo depois do intervalo continuaremos tratando sobre interferências na

aprendizagem, num instante!

Voltamos com o nosso episódio sobre interferências na aprendizagem.

Aqui comigo a professora Miriam Bedin Godoy do Departamento de Educação do Campus

aqui de Irati onde gravamos essa conversa. Mirian, vamos tratar um pouquinho

agora, por favor, sobre três condições: distúrbio, dificuldade e deficiência a

partir de dois aspectos se possível, identificação e diagnóstico. Tá!

O que que é um distúrbio? Por exemplo, no processo de alfabetização da criança é comum a

criança apresentar uma dificuldade de leitura e escrita. Então a dificuldade

ela pode ser uma dificuldade passageira do processo natural de aprendizado dessa

criança na aprendizagem da leitura e da escrita, tá? Então o que ocorre muitas

vezes que além dessa dificuldade passageira ela tem um distúrbio.

O que significa distúrbio? Em nível de sistema nervoso central, uma área específica

ela tem um comprometimento um comprometimento de repente, por exemplo,

na questão da linguagem, qual é a área em nível de sistema nervoso central que vai

interferir? A área de Wernicke e a área de Brocar,

sobretudo, né? Mas hoje a gente sabe que com a plasticidade, a neurociência

aquela área específica cerebral que está com um distúrbio, que apresenta um dano

ela pode ser estimulada e outras áreas adjacentes ajudar naquele processo de

aprendizado no caso da leitura e da escrita. Mas o distúrbio mesmo então

nós temos o distúrbio de leitura escrita, o distúrbio de aritmética,

então temos vários distúrbios que comprometem a aprendizagem, o distúrbio de

ortografia que a gente chama disortografia, disgrafia, são as famosas

diz da aprendizagem, tá? Então o que ocorre, vão chegar na

universidade com esses distúrbios, por exemplo, a criança, a pessoa, depois o

adulto não consegue diferenciar é alguns fonemas, algumas

letras, não é que ele é desatento é que realmente organicamente naquela área

cerebral ele apresenta essa dificuldade, esse distúrbio. Perfeito! Fora do ar nós

estamos conversando você estava me orientando e apareceu uma palavra que eu

particularmente não conhecia comorbidades, eu te peço para traduzir

isso para a nossa audiência. Tá, o que é a comorbidade? São as

consequências que essa síndrome, esse transtorno, esse distúrbio traz

para a pessoa. Quer ver um distúrbio, uma síndrome que é muito pouca conhecida

ainda em educação? A síndrome do respirador oral. O que que é? A pessoa

apresenta uma condição orgânica, uma condição física, uma obstrução das vias

aéreas superiores, então uma famosa adenóide amídala,

isso compromete a respiração dela, ela passa a ter uma respiração de suplência

pela boca e isso vai trazer todo uma comorbidade vai trazer toda uma

dificuldade pra esse organismo na questão da respiração, na questão da fala,

da atenção, da aprendizagem, do sono, então as consequências que aquele transtorno,

aquela dificuldade, aquele distúrbio traz para a o conjunto da, da vida dessa

pessoa quer seja na questão social, quer seja na questão de aprendizagem, enfim,

do contexto que ela está inserida. Você mencionou agora essa questão do

contexto em que ela está inserida e eu já aproveitou o gancho e te pergunto; como

que o grupo social onde a pessoa está inserida né

e o grupo familiar podem contribuir nessas questões todas que nós ponderamos aqui,

que você ponderou aqui? Bom, a família ela tem um peso muito forte quando a pessoa

apresenta uma necessidade específica né, uma necessidade especial, por exemplo,

de repente ela não é cega, mas ela está tendo uma baixa visão, então

isso vai interferir no processo de escolarização, no processo de

aprendizagem, no processo de socialização dessa criança, as vezes ela vai andar vai

esbarrar, vai derrubar, vai ser aquele desajeitado, mas não porque ela é

desajeitada, é que a condição visual dela neste momento não permite. Então a

família ela entra aí para dar o suporte, para para encaminhar aos

profissionais adequados, por exemplo, se é um caso digamos de visão, ao oftalmo

se é um caso de audição ao otorrino, então a família é muito importante na questão da

saúde realmente dessa desse sujeito, ela é muito importante no trabalho com a

educação no suporte com uma educação e também acreditar no potencial do seu

filho, não olhar a deficiência com o D maiúsculo,

mas diminuir esse D e aumentar esse E para eficiente, ele também pode, ele

também consegue, desde que eu faça os manejos coerentes à necessidades e as

adaptações necessárias a realidade dele. Pego o gancho de novo na

sua fala. Nós estamos num ambiente universitário

não é, com uma gama muito grande de informações e visões de mundo de

procedências, enfim, em um ambiente pluridiversitário, pluriversitário talvez

seja o melhor termo. Como é que neste conjunto todo cada um de nós

aqui pode contribuir para fazer isso que você diz, tirar o D maiúsculo e minimizar

esse D? Aham.. O que que nós podemos faze Márcio?

Nós podemos fazer a primeira coisa é levar esse

conhecimento, é isso que nós estamos fazendo aqui hoje, nós estamos expandindo

esse conhecimento ao nosso público. Segundo ponto é a gente ter humildade

como o professor e entender que a gente não está preparado para receber todos os

alunos que a gente vai receber, que a diversidade é muito grande, então

eu tenho que ter humildade suficiente e entender que não basta só eu dominar o

conteúdo específico da minha matéria, mas eu preciso também conhecer um pouco

dessa realidade que ora se apresenta na instituição.

Então formar grupos de pesquisas, formação continuada,

o Pia assessora e dá o suporte muito importante também neste processo.

Então é basicamente isso; é buscar esse conhecimento, formar pesquisas em cima da

realidade que a gente tem, grupos de estudo focando naquilo que a gente tem

de real e concreto não o que vêm de fora porque em educação e sobretudo em

educação especial a gente busca muito de fora, mas a gente tem que começar a olhar

para o nosso centro aqui, olhar para o nosso, aquilo que é específico nosso.

Então é formar isso mesmo, grupos de pesquisa, formação continuada, e assim a

gente vai conseguir melhorar as nossas práticas pedagógicas também.

Muito bom Mirian! Te agradeço a presença e pego duas

palavras, formar ou informar e disseminar, esse é o caminho? Esse é o caminho com certeza!

Além desse caminho a gente aqui, a gente faz uma formação uma fala muito

abrangente, é estudar hoje e ter assim a a clareza que a pessoa aprende, uns vão

demorar mais, outros vão demorar menos. Infelizmente Márcio na educação é muito

formatado, então um semestre tenho que dar conta desse rol de conteúdos, num ano

letivo tem que dominar isto e o sujeito da educação especial

ele é um sujeito que demanda mais tempo, que demanda mais ritmo diferenciado e

assim pra ele obter o sucesso acadêmico e o sucesso profissional. Muito bom!

Muito obrigado pela sua presença, muito obrigado por compartilhar a sua expertise e espero

que a nossa audiência também goste bastante.

Eu conversei com a professora Miriam Bedin Godoy do Departamento de

Educação aqui do Campus de Irati dentro da nossa websérie

Inclusão e Acessibilidade: esta causa também a sua.

você pode acompanhar de novo este episódio e os outros pelo endereço que

está aqui na tela e nos ajudar a disseminar, ok? Muito obrigado pela audiência

muito obrigado por estar conosco, até a próxima. Tchau!