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Acessibilidade (Accessibility), Inclusão e Acessibilidade - Deficiência Física

Inclusão e Acessibilidade - Deficiência Física

Olá, eu sou Márcio Fernandes e esse é mais um episódio da série

Inclusão e Acessibilidade: essa causa também é sua, uma produção

da Pró-Reitoria de Ensino da Unicentro, do Núcleo de Educação a Distância da

instituição e do PIA, o Programa de Inclusão e Acessibilidade.

O tema dessa vez é deficiência física e comigo a professora Verônica Volski.

Tudo bem, Verônica? Tudo bem, Marcio. Conte para a nossa audiência, profissionalmente,

quem é Verônica Volski? Bom, eu sou professora de Educação Física,

sou formada pela Unicentro, mestre em Educação também pela Unicentro e atuo no

Departamento de Educação Física aqui do campus Cedeteg em Guarapuava com a

disciplina chamada Atividade Física para Pessoa com Deficiência e também atuo em

alguns projetos de extensão, já atuei alguns projetos de extensão voltados à

pessoa com deficiência física, como por exemplo, o projeto de Basquetebol em

Cadeira de Rodas. Quantos praticantes temos nessa

modalidade em Guarapuava? É possível mensurar? Basquete em cadeira de rodas

nós temos mais ou menos uns 15 atletas atualmente. Regulares, né? Regulares, isso. Ok. Então vamos

lá. Pra gente iniciar bem a nossa conversa, melhor ainda, né? O que é a

deficiência física? Bom, a deficiência física é um problema,

é uma limitação que ela pode ser óssea, muscular, neurológica, que vai afetar a

estrutura ou a função do nosso corpo humano interferindo então na

movimentação desse corpo e na locomoção também, né. Muito bem. De uma maneira assim bem clara

que qualquer um de nós possa entender, é possível classificar as deficiências físicas

físicas? Sim! Existem aquelas deficiências físicas

que são congênitas. Ou seja: Aquelas que ocorrem no período gestacional e nós

temos as causas adquiridas, né? A deficiência física adquirida. Da mesma forma as

deficiências físicas elas podem ser agudas por um curto período de tempo,

elas podem ser progressivas. Ou seja... Que é o meu caso. É como se isso, mas no caso da

deficiência física a pessoa vai limitando os movimentos com o passar do

tempo, né? E também temos as permanentes que o

indivíduo fica com deficiência física por por todo o período da vida, por

exemplo, né? Dos principais nós temos a lesão

medular, nós temos o caso da paralisia cerebral,

que é considerada também uma deficiência física, né? As amputações e também as

pessoas que nascem com uma tem uma má formação congênita. É possível

também assim mensurar quais são as principais razões que que provocam

aquisição de uma deficiência? Ou seja, como você bem explicou, essas que não são

congênitas? Isso, no caso das adquiridas. Isso, adquiridas.

Esse é o termo. Isso mesmo. As principais causas da deficiência física elas estão associadas

aos principalmente aos acidentes. Se a gente for estimar dentro do

grupo dos deficientes físicos uma das principais causas envolvem os acidentes

automobilísticos né. Como os acidentes de carro, acidentes de moto em que o

indivíduo adquira deficiência física por conta desse acidente né. Também os

acidentes por armas de fogo, por arma branca.

Os acidentes de trabalho. Acidentes como, por exemplo, quedas.

e também tumores etc. São as principais causas no caso das adquiridas né.

A nossa região aqui centro do paraná não é exatamente uma zona

muito industrial com grandes indústrias, grandes fábricas né.

nós temos uma economia muito forte no comércio e na agricultura. Temos muitos

casos por exemplo no comércio ou isso tá mais assim através do nosso imaginário por

exemplo da construção civil, essas funções, ocupações que tem um certo

risco? Dos indivíduos com deficiência que eu tenho conhecimento, que a gente

trabalha por exemplo no projeto, as causas adquiridas elas são por armas de

fogo na grande maioria e no caso dos acidentes de trabalho, os casos

dos policiais né. Com acidente envolvendo armas de fogo também. No exercício da

profissão. Da profissão do dia a dia né. Você mencionou agora pouco a questão

da lesão medular. Conta pra gente o que é uma lesão medular? O que caracteriza? Se

de repente é possível indicar, por exemplo, familiar que tem alguma pessoa no seu

tecido social, no seu grupo familiar mesmo ou de amigos. Enfim, como é que a gente

é fácil entender melhor isso, né? Isso, Marcio, a lesão medular ela é obviamente, por

nome já diz, é uma lesão. É uma condição que acarreta uma lesão na vértebra ou

nos nervos da nossa coluna. Na coluna vertebral né.

essa lesão ela pode ser completa ou incompleta. E essa lesão, sendo ela

completa ou incompleta, ela pode levar alguns graus de paralisia.

Geralmente ela está associado a algum grau de paralisia. Como por exemplo, a

paraplegia que é a paralisia da cintura pra baixo. Pra baixo! Paraplegia. E aí,

no caso do pescoço pra baixo, nós temos então é um exemplo da tetraplegia.

No caso dos acidente do trabalho né. Dessas duas assim qual é a mais mais

comum? Não sei se é possível dizer isso. É difícil estimar né.

Mas assim a lesão ela vai o grau de paralisia, se vai ser tetraplegia,

paraplegia, enfim, vai depender do local onde ocorreu a lesão. Ou seja, no

qual nervo, na qual vértebra da coluna é que ocorre a lesão.

Certo. Antes da gente fazer um pequeno intervalo para o segundo bloco, na nossa série né essa

produção toda que tem dez episódios, esse é um deles contigo, ela é pensada. Ou

melhor foi pensado inicialmente para professores, para professores da

universidade, de que maneira eles podem adquirir né. Pudessem adquirir um

conhecimento para de repente ao passarem por uma situação assim no dia a dia

né tivessem mais a habilidade, treinamento, enfim, capacitação pra saber lidar com o

caso. Dentro da unicentro nós temos muitas

licenciaturas, ou seja, aquele menino, menina que está se formando para ser

docente modo geral em que vai atuar lá na ponta, na rede básica, na rede de

ensino fundamental ou médio.

Que conselho a gente poderia dar, por exemplo pra um aluno da história, de artes

que não é exatamente o foco dele isso né aonde ele poderia procurar algum tipo de

subsídio, de auxílio pra entender melhor, uma literatura especializada

de repente buscar a frequentar a disciplina como essa que você ministra,

ser voluntário em um projeto de extensão, enfim, de que maneira assim né aquele

que nunca passou pela situação, mas que em algum momento poderá? Com certeza. Eu

acho que o fato de você conhecer né, você instigar o conhecimento, porque por

mais que um acadêmico ele não saiba se lá no ambiente escolar ele vai ter

contato ou não com uma pessoa com deficiência física ou faz quer

deficiências forem né, é o primeiro passo é a questão do conhecimento mesmo. É você

buscar a literatura, buscar em livros né ou buscar, hoje em dia nós temos a

informação via na internet e tantos outros meios de comunicação, então o

primeiro eu acredito que é conhecer. Quando

você começa a conhecer você começa a respeitar e valorizar essas pessoas

entender de que forma posso contribuir, eu na história posso contribuir,

eu na na minha disciplina de educação física posso contribuir para a parte

motora desse indivíduo, enfim, todas as outras licenciaturas como você mesmo

citou né. Então acredito que é você buscar o conhecimento não é só aquele que está lá

nos livros, ou tá lá nas matérias, ou que está lá no né.

O conhecimento de você tá próximo a esses indivíduos né. Por exemplo com

dentro como você mesmo citou né, os projetos de extensão né conhecer às vezes quer é ter um

contato com essas pessoas vai acompanhar um treino de basquetebol né e conhecer e

conversar com eles que é isso acredito que é uma das coisas

primordiais né. Então uma espécie de moral da história do

nosso primeiro bloco neste finalzinho é conhecer mais para se envolver mais? Sim.

Com certeza. Ok, já voltamos.

Tudo bem, Verônica. Voltamos. Antes do intervalo nós terminamos falando sobre o conhecer

mais, sobre a dimensão, a relevância disso. Como ser voluntário em guarapuava, por

exemplo? Muito legal tua pergunta, Márcio, nós temos

aqui em guarapuava uma associação que chama-se Associação dos Deficientes

Físicos de Guarapuava ADFG. ADFG? Isso! Ela fica localizada ali

próximo à Praça da Fé e ali eles desenvolvem vários trabalhos voltados à

pessoa com deficiência física. Então tem oficinas,

enfim, ser voluntário você abrir um leque para outras atividades né que eles

realizam ali na associação. Acontece durante todo a da semana atividades ali

pra eles e nos finais de semana geralmente o primeiro sábado de todo

todo mês eles fazem um encontro com todos os

associados né, os que buscam a associação. Então eles se encontram e conversam e

daí tem algumas atividades que eles desenvolvem. Eu já fiz algumas atividades

também com os acadêmicos lá, com palestras, dinâmicas, torneios né.

Eles têm um espaço lá pra diversão deles, por lazer. Então a gente sempre faz um torneio

pra eles lá. Então é uma, é uma dica. É um caminho. Com certeza. Pra quem nos vê que

está em Irati, que está em Prudentópolis, Laranjeiras ou então em todos os outros

pólos espalhados pelo paraná, em que a Unicentro atua na educação a distância,

fica essa recomendação né, Verônica. De repente procurar na sua cidade,

na sua região ali o que tem que ficar atento pra quem está no âmbito escolar,

atento aos cartazes, as rádios universitárias, enfim né,

pra ser voluntário de alguma maneira. Muito bem! Voltemos às questões mais

técnicas. Paralisia cerebral é um tema que que a gente conhece muito pouco. Com

certeza. A paralisia cerebral muitas vezes as pessoas acreditam que ela é uma

doença né. É uma coisa que às vezes senso comum trás...

Exato. Mas a paralisia ela não é uma doença. É um dano nas estruturas do

cérebro. Que também pode ser congênita também pode ser também adquirido né. E

geralmente esse dano ele se dá em áreas do cérebro que são responsáveis pelo

nosso controle motor, os nossos movimentos. Então algumas áreas do

cérebro dependendo de onde foi a paralisia afeta os nossos

movimentos e esses danos eles eles podem gerar por exemplo paralisias leves como

pessoas que têm problemas com relação a fala né danos da paralisia leve....

Não permanentes né e há também as pessoas que tem paralisia cerebral

severa que aqueles indivíduos que têm aquela capacidade total de movimentação,

falarem e tudo mais. Amputações que você poderia nos esclarecer? Nos orientar?

Enfim, nos prevenir de alguma forma com que o seu conhecimento? Isso. A amputação ela

também é um tipo de deficiência física né e ela é um dano num membro do corpo né

um ou mais membros do corpo e ela pode ser geralmente ela é vinculada às

questões a nossas articulações. Então muitas as amputações elas ocorrem em nível

de joelho, cotovelo. Elas também podem ser congênitas ou adquiridas no caso das

congênitas nós temos as pessoas que têm uma má formação durante o período

gestacional e acabam nascendo sem um membro do corpo, ou mais do que um

membro. Por exemplo braços, pernas né e também temos as amputações

adquiridas e um exemplo é bem comum nas habitações adquiridas são aqueles

pacientes diabéticos chega num nível de diabetes que é necessário a amputação na perna

O senso comum nos diz que a pessoa que passa por esse processo extremamente né de

sofrimento, de dor física na questão do acidente ou por uma questão de doença né como

você mencionou, em geral a gente entende que há uma questão psicológica envolvida

de depressão de sintomas dessa natureza assim o

professor que está em sala de aula e que de repente se vê nessa situação de um

aluno enfim ele precisa dar uma atenção para esse aspecto mais emocional também logo

no começo. Com certeza. Toda a deficiência física adquirida seja ela por via

amputação, por uma lesão medular, por um acidente de trânsito como causas

comuns, por exemplo né, necessitam de uma atenção. Então o professor também que

demandar um olhar pra ele porque não é só o físico que é afetado. O psicológico é

extremamente afetado e nós temos muitos casos de pessoas que adquirem

deficiência física e acabam entrando no nível de depressão a ponto de querer

tirar a própria vida. Então é necessário sim, com certeza, um olhar mais

apurado para essa questão psicológica do indivíduo com deficiência. Não só o

professor como os próprios colegas de sala né. Sim, sim, com certeza.

Ok, ok. O esporte e atividade física, no seu trabalho, você mencionou a

questão da associação aqui e dos praticantes de basquetebol né.

São duas ferramentas importantíssimas de fatos pra tentar

combater nessas coisas ruins essas sentimentos ruins as sensações ruins? Com

certeza né. Tó falando da minha área, com certeza eu vou dizer que o esporte é muito bom.

O esporte ele traz muitos benefícios. A atividade física pra pessoa com

deficiência não ela é de extrema importância. Então pra pessoa com deficiência física o

que nós notamos é que ela traz um ganho na condição física da pessoa. Seja um

ganho de força, um ganho de velocidade de resistência como também condições

psicológicas como nós citamos a pessoa a partir do momento que ela entra numa

atividade física que ela participa do esporte

ela tem uma maior valor e auto-valorização, ela melhora a sua questão da

sua auto-imagem, ela tem mais motivação para viver né ela

reduz o stress o nervosismo ansiedade e a questão assim que eu acredito primordial

que o esporte e atividade física traz uma pessoa com deficiência

é o ganho social. O esporte ele pode ser um dos grandes veículos de inclusão social

da pessoa com deficiência é nosso caso deficiência física. É você

pertencer a um grupo, você ter pessoas que têm vários tipos de deficiência

nesse mesmo grupo, você cooperar você se socializar é isso traz um

benefício muito grande pra pessoa com deficiência física. Eu acredito que o

esporte, a atividade física o papel primordial dele é que ele nos mostra que o indivíduo é

capaz de superar os seus limites, ele é capaz de ter uma autonomia na sua

vida diária é melhorar a sua saúde, a sua condição física através da atividade

física e mostrar aquele papel que o esporte adaptado nos mostra por exemplo

nos jogos paralímpicos em que nós vemos imagens de superarão. Eu ia te perguntar

isso né, são de fato excelentes exemplos ou às vezes assim a pessoa é mesmo o

atleta com deficiência congênita ou adquirida e ele vê né o sujeito está lá na

paralimpíada assim como algo muito fantasioso ou apenas para poucos? Posso te

contar uma coisa? Claro. Nós temos um atleta paralímpico. Isto. Em Guarapuava.

Ele é mesatenista né. Nós temos na verdade o Welder, o Ezequiel mesatenistas e

que participam. Nós não temos por exemplo um atleta guarapuavano que o represente

nosso município nível olímpico. Nós temos a nível paralímpico e nós temos que

também pensar nisso né. Olhar, ter esse olhar também de que o esporte pode ser

um veículo de superação, um veículo de você mostrar uma imagem de como que as

pessoas podem superar os seus limites no dia a dia ser um campeão no esporte e na

vida. Na região aqui. Não precisa nem só ver quem está lá na televisão o tempo inteiro mesmo fora do

Brasil. Você falou agora a pouco do esporte da atividade física de modo

geral, como forma de inclusão de superação e tudo mais, que outras

maneiras né quem está nessa situação o familiar ou amigo ou nosso caso aqui o

objetivo professor, o aluno, de que outros modos eles podem estimular a inclusão e a acessibilidade?

Como eu falei na primeira na primeira

parte, no primeiro bloco o conhecimento eu acredito que o papel

primordial pra você pensar na inclusão e acessibilidade da pessoa com

deficiência física, visual auditiva é você conhecer, você conviver com a

pessoa com deficiência você começa a compreender que essas pessoas elas têm

seus limites, suas limitações diárias, mas elas também têm muito muita coisa

nos transmitir né que você começa a respeitá las e valorizá-las muito mais

então acredito que o conhecimento é o digamos o papel primordial. Eu vejo hoje

em dia com a nossa sociedade ela tem mudado esse olhar para a pessoa com

deficiência. Seja a inclusão, seja na acessibilidade.

No caso da deficiência física nós conseguimos visualizar isso bastante

quando nós vemos muitas rampas sendo construídas né para o cadeirante nesse

caso, os elevadores adaptados. Seja instituições públicas sejam instituições

privadas, sejam até na nossa casa muitas vezes o pensar o projetar um ambiente para

receber uma pessoa com deficiência física né e no papel da inclusão

também acredito que nossa sociedade tem construído uma um olhar para eles também

com a inclusão no na educação, no mercado de trabalho

a abertura de portas para as pessoas com deficiência física nos setores da

sociedade, mas acredito que ainda há muita coisa para ser melhorada. A gente

por mais que tanta coisa tenha sido feita a gente sabe que não temos um

carrinho no caminho a percorrer. Ainda temos discriminação, ainda temos o

preconceito, ainda temos dificuldades de acesso aos meios de transporte, acessos à

educação, ao mercado de trabalho também da pessoa com deficiência física entre

outros. Então ainda temos um caminho. Inclusive acho

que é muito bom, então aproveito né relembro o slogan da nossa série: Essa

causa também a sua né e agradeço a sua participação, a sua

disposição, seu conhecimento. Acho que nos trouxe informações preciosas algumas mais

amplas, outras mais específicas. Nos falou de uma realidade regional né. Bastante

produtiva. Alguma recomendação extra? Já a gente teve uma espécie de moral da

história do primeiro bloco, uma recomendaçãozinha final pra

encerramos o programa? Mostrar que a causa é nossa é de todos nós é sua é minha

e que nós temos que fazer uma transição do nosso olhar à pessoa com deficiência

física, como é o nosso tema hoje né, ela é a deficiência física é aquela que mais nos

chama a atenção pelos nossos olhos. Porque o indivíduo ele está às vezes sem uma

perna, às vezes sem um braço, às vezes ele está numa cadeira de rodas né. Então essas pessoas

são muito alvo de preconceito, muito alvo de discriminação muitas vezes pelo olhar.

Então, se nós mudarmos nosso olhar, nós já estamos percorrendo uma causa maior né e

já estamos entendendo que a causa é nossa também. Nós temos que olhar preciso

indivíduos com olhares de respeito de valorização né, de igualdade. Perfeito, muito bom!

Verônica, mais uma vez muito obrigado pela presença. Obrigado pela audiência também. Acompanha pelo site nead.unicentro.br todos os dez episódios

da nossa série Inclusão e Acessibilidade: essa causa também é sua.

Muito obrigado e até a próxima.


Inclusão e Acessibilidade - Deficiência Física Inclusion and Accessibility - Physical Disability Inclusión y accesibilidad - Discapacidad física

Olá, eu sou Márcio Fernandes e esse é mais um episódio da série

Inclusão e Acessibilidade: essa causa também é sua, uma produção

da Pró-Reitoria de Ensino da Unicentro, do Núcleo de Educação a Distância da

instituição e do PIA, o Programa de Inclusão e Acessibilidade.

O tema dessa vez é deficiência física e comigo a professora Verônica Volski.

Tudo bem, Verônica? Tudo bem, Marcio. Conte para a nossa audiência, profissionalmente,

quem é Verônica Volski? Bom, eu sou professora de Educação Física,

sou formada pela Unicentro, mestre em Educação também pela Unicentro e atuo no

Departamento de Educação Física aqui do campus Cedeteg em Guarapuava com a

disciplina chamada Atividade Física para Pessoa com Deficiência e também atuo em

alguns projetos de extensão, já atuei alguns projetos de extensão voltados à

pessoa com deficiência física, como por exemplo, o projeto de Basquetebol em

Cadeira de Rodas. Quantos praticantes temos nessa

modalidade em Guarapuava? É possível mensurar? Basquete em cadeira de rodas

nós temos mais ou menos uns 15 atletas atualmente. Regulares, né? Regulares, isso. Ok. Então vamos

lá. Pra gente iniciar bem a nossa conversa, melhor ainda, né? O que é a

deficiência física? Bom, a deficiência física é um problema,

é uma limitação que ela pode ser óssea, muscular, neurológica, que vai afetar a

estrutura ou a função do nosso corpo humano interferindo então na

movimentação desse corpo e na locomoção também, né. Muito bem. De uma maneira assim bem clara

que qualquer um de nós possa entender, é possível classificar as deficiências físicas

físicas? Sim! Existem aquelas deficiências físicas

que são congênitas. Ou seja: Aquelas que ocorrem no período gestacional e nós

temos as causas adquiridas, né? A deficiência física adquirida. Da mesma forma as

deficiências físicas elas podem ser agudas por um curto período de tempo,

elas podem ser progressivas. Ou seja... Que é o meu caso. É como se isso, mas no caso da

deficiência física a pessoa vai limitando os movimentos com o passar do

tempo, né? E também temos as permanentes que o

indivíduo fica com deficiência física por por todo o período da vida, por

exemplo, né? Dos principais nós temos a lesão

medular, nós temos o caso da paralisia cerebral,

que é considerada também uma deficiência física, né? As amputações e também as

pessoas que nascem com uma tem uma má formação congênita. É possível

também assim mensurar quais são as principais razões que que provocam

aquisição de uma deficiência? Ou seja, como você bem explicou, essas que não são

congênitas? Isso, no caso das adquiridas. Isso, adquiridas.

Esse é o termo. Isso mesmo. As principais causas da deficiência física elas estão associadas

aos principalmente aos acidentes. Se a gente for estimar dentro do

grupo dos deficientes físicos uma das principais causas envolvem os acidentes

automobilísticos né. Como os acidentes de carro, acidentes de moto em que o

indivíduo adquira deficiência física por conta desse acidente né. Também os

acidentes por armas de fogo, por arma branca.

Os acidentes de trabalho. Acidentes como, por exemplo, quedas.

e também tumores etc. São as principais causas no caso das adquiridas né.

A nossa região aqui centro do paraná não é exatamente uma zona

muito industrial com grandes indústrias, grandes fábricas né.

nós temos uma economia muito forte no comércio e na agricultura. Temos muitos

casos por exemplo no comércio ou isso tá mais assim através do nosso imaginário por

exemplo da construção civil, essas funções, ocupações que tem um certo

risco? Dos indivíduos com deficiência que eu tenho conhecimento, que a gente

trabalha por exemplo no projeto, as causas adquiridas elas são por armas de

fogo na grande maioria e no caso dos acidentes de trabalho, os casos

dos policiais né. Com acidente envolvendo armas de fogo também. No exercício da

profissão. Da profissão do dia a dia né. Você mencionou agora pouco a questão

da lesão medular. Conta pra gente o que é uma lesão medular? O que caracteriza? Se

de repente é possível indicar, por exemplo, familiar que tem alguma pessoa no seu

tecido social, no seu grupo familiar mesmo ou de amigos. Enfim, como é que a gente

é fácil entender melhor isso, né? Isso, Marcio, a lesão medular ela é obviamente, por

nome já diz, é uma lesão. É uma condição que acarreta uma lesão na vértebra ou

nos nervos da nossa coluna. Na coluna vertebral né.

essa lesão ela pode ser completa ou incompleta. E essa lesão, sendo ela

completa ou incompleta, ela pode levar alguns graus de paralisia.

Geralmente ela está associado a algum grau de paralisia. Como por exemplo, a

paraplegia que é a paralisia da cintura pra baixo. Pra baixo! Paraplegia. E aí,

no caso do pescoço pra baixo, nós temos então é um exemplo da tetraplegia.

No caso dos acidente do trabalho né. Dessas duas assim qual é a mais mais

comum? Não sei se é possível dizer isso. É difícil estimar né.

Mas assim a lesão ela vai o grau de paralisia, se vai ser tetraplegia,

paraplegia, enfim, vai depender do local onde ocorreu a lesão. Ou seja, no

qual nervo, na qual vértebra da coluna é que ocorre a lesão.

Certo. Antes da gente fazer um pequeno intervalo para o segundo bloco, na nossa série né essa

produção toda que tem dez episódios, esse é um deles contigo, ela é pensada. Ou

melhor foi pensado inicialmente para professores, para professores da

universidade, de que maneira eles podem adquirir né. Pudessem adquirir um

conhecimento para de repente ao passarem por uma situação assim no dia a dia

né tivessem mais a habilidade, treinamento, enfim, capacitação pra saber lidar com o

caso. Dentro da unicentro nós temos muitas

licenciaturas, ou seja, aquele menino, menina que está se formando para ser

docente modo geral em que vai atuar lá na ponta, na rede básica, na rede de

ensino fundamental ou médio.

Que conselho a gente poderia dar, por exemplo pra um aluno da história, de artes

que não é exatamente o foco dele isso né aonde ele poderia procurar algum tipo de

subsídio, de auxílio pra entender melhor, uma literatura especializada

de repente buscar a frequentar a disciplina como essa que você ministra,

ser voluntário em um projeto de extensão, enfim, de que maneira assim né aquele

que nunca passou pela situação, mas que em algum momento poderá? Com certeza. Eu

acho que o fato de você conhecer né, você instigar o conhecimento, porque por

mais que um acadêmico ele não saiba se lá no ambiente escolar ele vai ter

contato ou não com uma pessoa com deficiência física ou faz quer

deficiências forem né, é o primeiro passo é a questão do conhecimento mesmo. É você

buscar a literatura, buscar em livros né ou buscar, hoje em dia nós temos a

informação via na internet e tantos outros meios de comunicação, então o

primeiro eu acredito que é conhecer. Quando

você começa a conhecer você começa a respeitar e valorizar essas pessoas

entender de que forma posso contribuir, eu na história posso contribuir,

eu na na minha disciplina de educação física posso contribuir para a parte

motora desse indivíduo, enfim, todas as outras licenciaturas como você mesmo

citou né. Então acredito que é você buscar o conhecimento não é só aquele que está lá

nos livros, ou tá lá nas matérias, ou que está lá no né.

O conhecimento de você tá próximo a esses indivíduos né. Por exemplo com

dentro como você mesmo citou né, os projetos de extensão né conhecer às vezes quer é ter um

contato com essas pessoas vai acompanhar um treino de basquetebol né e conhecer e

conversar com eles que é isso acredito que é uma das coisas

primordiais né. Então uma espécie de moral da história do

nosso primeiro bloco neste finalzinho é conhecer mais para se envolver mais? Sim.

Com certeza. Ok, já voltamos.

Tudo bem, Verônica. Voltamos. Antes do intervalo nós terminamos falando sobre o conhecer

mais, sobre a dimensão, a relevância disso. Como ser voluntário em guarapuava, por

exemplo? Muito legal tua pergunta, Márcio, nós temos

aqui em guarapuava uma associação que chama-se Associação dos Deficientes

Físicos de Guarapuava ADFG. ADFG? Isso! Ela fica localizada ali

próximo à Praça da Fé e ali eles desenvolvem vários trabalhos voltados à

pessoa com deficiência física. Então tem oficinas,

enfim, ser voluntário você abrir um leque para outras atividades né que eles

realizam ali na associação. Acontece durante todo a da semana atividades ali

pra eles e nos finais de semana geralmente o primeiro sábado de todo

todo mês eles fazem um encontro com todos os

associados né, os que buscam a associação. Então eles se encontram e conversam e

daí tem algumas atividades que eles desenvolvem. Eu já fiz algumas atividades

também com os acadêmicos lá, com palestras, dinâmicas, torneios né.

Eles têm um espaço lá pra diversão deles, por lazer. Então a gente sempre faz um torneio

pra eles lá. Então é uma, é uma dica. É um caminho. Com certeza. Pra quem nos vê que

está em Irati, que está em Prudentópolis, Laranjeiras ou então em todos os outros

pólos espalhados pelo paraná, em que a Unicentro atua na educação a distância,

fica essa recomendação né, Verônica. De repente procurar na sua cidade,

na sua região ali o que tem que ficar atento pra quem está no âmbito escolar,

atento aos cartazes, as rádios universitárias, enfim né,

pra ser voluntário de alguma maneira. Muito bem! Voltemos às questões mais

técnicas. Paralisia cerebral é um tema que que a gente conhece muito pouco. Com

certeza. A paralisia cerebral muitas vezes as pessoas acreditam que ela é uma

doença né. É uma coisa que às vezes senso comum trás...

Exato. Mas a paralisia ela não é uma doença. É um dano nas estruturas do

cérebro. Que também pode ser congênita também pode ser também adquirido né. E

geralmente esse dano ele se dá em áreas do cérebro que são responsáveis pelo

nosso controle motor, os nossos movimentos. Então algumas áreas do

cérebro dependendo de onde foi a paralisia afeta os nossos

movimentos e esses danos eles eles podem gerar por exemplo paralisias leves como

pessoas que têm problemas com relação a fala né danos da paralisia leve....

Não permanentes né e há também as pessoas que tem paralisia cerebral

severa que aqueles indivíduos que têm aquela capacidade total de movimentação,

falarem e tudo mais. Amputações que você poderia nos esclarecer? Nos orientar?

Enfim, nos prevenir de alguma forma com que o seu conhecimento? Isso. A amputação ela

também é um tipo de deficiência física né e ela é um dano num membro do corpo né

um ou mais membros do corpo e ela pode ser geralmente ela é vinculada às

questões a nossas articulações. Então muitas as amputações elas ocorrem em nível

de joelho, cotovelo. Elas também podem ser congênitas ou adquiridas no caso das

congênitas nós temos as pessoas que têm uma má formação durante o período

gestacional e acabam nascendo sem um membro do corpo, ou mais do que um

membro. Por exemplo braços, pernas né e também temos as amputações

adquiridas e um exemplo é bem comum nas habitações adquiridas são aqueles

pacientes diabéticos chega num nível de diabetes que é necessário a amputação na perna

O senso comum nos diz que a pessoa que passa por esse processo extremamente né de

sofrimento, de dor física na questão do acidente ou por uma questão de doença né como

você mencionou, em geral a gente entende que há uma questão psicológica envolvida

de depressão de sintomas dessa natureza assim o

professor que está em sala de aula e que de repente se vê nessa situação de um

aluno enfim ele precisa dar uma atenção para esse aspecto mais emocional também logo

no começo. Com certeza. Toda a deficiência física adquirida seja ela por via

amputação, por uma lesão medular, por um acidente de trânsito como causas

comuns, por exemplo né, necessitam de uma atenção. Então o professor também que

demandar um olhar pra ele porque não é só o físico que é afetado. O psicológico é

extremamente afetado e nós temos muitos casos de pessoas que adquirem

deficiência física e acabam entrando no nível de depressão a ponto de querer

tirar a própria vida. Então é necessário sim, com certeza, um olhar mais

apurado para essa questão psicológica do indivíduo com deficiência. Não só o

professor como os próprios colegas de sala né. Sim, sim, com certeza.

Ok, ok. O esporte e atividade física, no seu trabalho, você mencionou a

questão da associação aqui e dos praticantes de basquetebol né.

São duas ferramentas importantíssimas de fatos pra tentar

combater nessas coisas ruins essas sentimentos ruins as sensações ruins? Com

certeza né. Tó falando da minha área, com certeza eu vou dizer que o esporte é muito bom.

O esporte ele traz muitos benefícios. A atividade física pra pessoa com

deficiência não ela é de extrema importância. Então pra pessoa com deficiência física o

que nós notamos é que ela traz um ganho na condição física da pessoa. Seja um

ganho de força, um ganho de velocidade de resistência como também condições

psicológicas como nós citamos a pessoa a partir do momento que ela entra numa

atividade física que ela participa do esporte

ela tem uma maior valor e auto-valorização, ela melhora a sua questão da

sua auto-imagem, ela tem mais motivação para viver né ela

reduz o stress o nervosismo ansiedade e a questão assim que eu acredito primordial

que o esporte e atividade física traz uma pessoa com deficiência

é o ganho social. O esporte ele pode ser um dos grandes veículos de inclusão social

da pessoa com deficiência é nosso caso deficiência física. É você

pertencer a um grupo, você ter pessoas que têm vários tipos de deficiência

nesse mesmo grupo, você cooperar você se socializar é isso traz um

benefício muito grande pra pessoa com deficiência física. Eu acredito que o

esporte, a atividade física o papel primordial dele é que ele nos mostra que o indivíduo é

capaz de superar os seus limites, ele é capaz de ter uma autonomia na sua

vida diária é melhorar a sua saúde, a sua condição física através da atividade

física e mostrar aquele papel que o esporte adaptado nos mostra por exemplo

nos jogos paralímpicos em que nós vemos imagens de superarão. Eu ia te perguntar

isso né, são de fato excelentes exemplos ou às vezes assim a pessoa é mesmo o

atleta com deficiência congênita ou adquirida e ele vê né o sujeito está lá na

paralimpíada assim como algo muito fantasioso ou apenas para poucos? Posso te

contar uma coisa? Claro. Nós temos um atleta paralímpico. Isto. Em Guarapuava.

Ele é mesatenista né. Nós temos na verdade o Welder, o Ezequiel mesatenistas e

que participam. Nós não temos por exemplo um atleta guarapuavano que o represente

nosso município nível olímpico. Nós temos a nível paralímpico e nós temos que

também pensar nisso né. Olhar, ter esse olhar também de que o esporte pode ser

um veículo de superação, um veículo de você mostrar uma imagem de como que as

pessoas podem superar os seus limites no dia a dia ser um campeão no esporte e na

vida. Na região aqui. Não precisa nem só ver quem está lá na televisão o tempo inteiro mesmo fora do

Brasil. Você falou agora a pouco do esporte da atividade física de modo

geral, como forma de inclusão de superação e tudo mais, que outras

maneiras né quem está nessa situação o familiar ou amigo ou nosso caso aqui o

objetivo professor, o aluno, de que outros modos eles podem estimular a inclusão e a acessibilidade?

Como eu falei na primeira na primeira

parte, no primeiro bloco o conhecimento eu acredito que o papel

primordial pra você pensar na inclusão e acessibilidade da pessoa com

deficiência física, visual auditiva é você conhecer, você conviver com a

pessoa com deficiência você começa a compreender que essas pessoas elas têm

seus limites, suas limitações diárias, mas elas também têm muito muita coisa

nos transmitir né que você começa a respeitá las e valorizá-las muito mais

então acredito que o conhecimento é o digamos o papel primordial. Eu vejo hoje

em dia com a nossa sociedade ela tem mudado esse olhar para a pessoa com

deficiência. Seja a inclusão, seja na acessibilidade.

No caso da deficiência física nós conseguimos visualizar isso bastante

quando nós vemos muitas rampas sendo construídas né para o cadeirante nesse

caso, os elevadores adaptados. Seja instituições públicas sejam instituições

privadas, sejam até na nossa casa muitas vezes o pensar o projetar um ambiente para

receber uma pessoa com deficiência física né e no papel da inclusão

também acredito que nossa sociedade tem construído uma um olhar para eles também

com a inclusão no na educação, no mercado de trabalho

a abertura de portas para as pessoas com deficiência física nos setores da

sociedade, mas acredito que ainda há muita coisa para ser melhorada. A gente

por mais que tanta coisa tenha sido feita a gente sabe que não temos um

carrinho no caminho a percorrer. Ainda temos discriminação, ainda temos o

preconceito, ainda temos dificuldades de acesso aos meios de transporte, acessos à

educação, ao mercado de trabalho também da pessoa com deficiência física entre

outros. Então ainda temos um caminho. Inclusive acho

que é muito bom, então aproveito né relembro o slogan da nossa série: Essa

causa também a sua né e agradeço a sua participação, a sua

disposição, seu conhecimento. Acho que nos trouxe informações preciosas algumas mais

amplas, outras mais específicas. Nos falou de uma realidade regional né. Bastante

produtiva. Alguma recomendação extra? Já a gente teve uma espécie de moral da

história do primeiro bloco, uma recomendaçãozinha final pra

encerramos o programa? Mostrar que a causa é nossa é de todos nós é sua é minha

e que nós temos que fazer uma transição do nosso olhar à pessoa com deficiência

física, como é o nosso tema hoje né, ela é a deficiência física é aquela que mais nos

chama a atenção pelos nossos olhos. Porque o indivíduo ele está às vezes sem uma

perna, às vezes sem um braço, às vezes ele está numa cadeira de rodas né. Então essas pessoas

são muito alvo de preconceito, muito alvo de discriminação muitas vezes pelo olhar.

Então, se nós mudarmos nosso olhar, nós já estamos percorrendo uma causa maior né e

já estamos entendendo que a causa é nossa também. Nós temos que olhar preciso

indivíduos com olhares de respeito de valorização né, de igualdade. Perfeito, muito bom!

Verônica, mais uma vez muito obrigado pela presença. Obrigado pela audiência também. Acompanha pelo site nead.unicentro.br todos os dez episódios

da nossa série Inclusão e Acessibilidade: essa causa também é sua.

Muito obrigado e até a próxima.