Inclusão e Acessibilidade - Altas Habilidades
Olá! Eu sou Mário Fernandes e temos mais um episódio na nossa série Inclusão e
Acessibilidade: esta causa também é sua. Uma produção da Universidade por meio de
diversos órgãos; da Proen a Pró-Reitoria de Ensino, do Nead (Núcleo de Educação a
Distância da Unicentro) e também do próprio Pia, o Programa de Inclusão e
Acessibilidade. Desta vez o tema é altas habilidades,
dentro daquele nosso cenário você já sabe de 10 episódios, dez grandes temas.
Desta vez mais uma convidada muito especial,
a professora Carla Vestena do Departamento de Pedagogia da Unicentro
no Campus Santa Cruz que serve de fundo para o nosso cenário. Carla, tudo bem?
Muito obrigado pela disposição em conversar conosco na nossa série.
De antemão eu te pergunto quem é a professora Carla? Olá a todos, obrigada pelo convite.
Uma satisfação estar aqui. Eu sou Carla Vestena, eu venho já por um algum tempo já
trabalhando com altas habilidades. O meu interesse por altas habilidades
surgiu, eu posso dizer, dentro de casa ao
vivenciar a experiência de ser mãe de um garotinho, na época de sete anos, que foi
avaliado é com esse diagnóstico de altas habilidades.
Isso aconteceu há oito anos atrás então desde esse período eu tenho me dedicado
a esses estudos, estudos dentro dessa área e cada vez mais eu me surpreendo com
eles né porque é uma área apaixonante. Muito bem, então vamos começar por aquele
momento que é capital o conceito de altas habilidades.
Então, quando a gente pensa em altas habilidades, a gente pensa numa pessoa
que apresenta uma alta capacidade de conhecimento em determinada área ou em
áreas conjuntas ou correlatas, né? Então quando a gente fala em altas
habilidades a gente pode pensar em dois dos tipos de pessoas;
uma pessoa que apresenta uma alta a cidade intelectual em uma determinada
área, que pode ser de repente uma pessoa que se dedica anos a estudar sobre um
tema, nós temos aí os filósofos, os
historiadores né, esse seria a característica ou exemplo desse tipo de
sujeito com altas habilidades e por outro lado nós temos aqueles que se
dedicam também a um determinado tema, mas é correlato, o que significa?
Nós juntamos áreas, então o que não é só do do fundo
acadêmico, mas que também pode ser do ponto de vista criativo, então nós temos
pessoas que desenvolvem talentos né, que podem ser musicais e mais que junto com o
talento musical que é dentro da área artística, ele pode ter também um talento,
um dentro de uma outra área que seria área linguística, por exemplo, né?
Então assim a gente diz que existem superdotados do âmbito geral, que seriam
os acadêmicos, são aqueles que entre aspas se dão bem em quase todos os
conteúdos escolares, e por outro lado nós temos os que são do ponto de vista
produtivo criativo, que não se dedicam a todas as áreas, mas em áreas afins.
A partir dessas características como é que uma família, como é que amigos, como
docentes, enfim né, podem fazer um, não sei se é a melhor impressão, mas um
pré-diagnóstico né e depois procurar um atendimento adequado?
Tão logo quando eles são pequenos na primeira infância assim entre três, quatro anos
de idade, que aquela fase em que a criança gosta muito de perguntar o porquê
de tudo, nós temos algumas diferenças dos porquês dessas crianças, né?
As crianças que têm, apresentam altas habilidades elas têm uma busca de um
porquê que é incessante, não aquele o porquê e a mãe explica
algo e ele cessa, e é um porquê que se a mãe não explicar ou o pai não explicar ele
vai por si só buscar. Então são aquelas crianças que pegam o tablet ou pegam
qualquer celular e conversam lá com o celular "me diz o
que que é tal coisa", então eles têm essa busca excessiva e pode ser motivado
por qualquer elemento, de repente eles querem saber mais sobre um bichinho que
eles encontraram no jardim ou sobre alguma coisa que eles ouviram falar na
escola, mas a professora não quis falar sobre aquele tema, ou sobre algo que eles
mesmos perguntaram para a professora e ficaram curiosos em saber mais.
Então a característica marcante é essa incessável vontade de saber mais sobre
alguma coisa. Ok! Você nos apresentou um conceito, nos apresentou uma série de
características dos elementos que são indicativos desse cenário
desse perfil. Agora vamos inverter um pouquinho o
raciocínio; mitos que rondam né esse tema e essa categoria de pessoas. Então, um dos
primeiros mitos que é muito comum a gente ouvir né é que todo superdotado
ele é bom em tudo, o que significa isso? Vamos dar um exemplo na escola, que teria
que ser aquela criança que tira sempre nota dez em tudo, que é falante, que é
participante, que gosta de se expressar bem né, que se expressa bem com o grupo
em público, então isso é um mito porque nem todos tiram notas boas, né?
Como eu havia comentado antes, a característica de notas boas em várias
matérias é característica de um tipo de superdotação, que seria o tipo acadêmico
ou geral. Esse é raro nós temos um estatisticamente um número muito mínimo
de pessoas que são identificados dentro desta superlotação.
O que é mais comum encontrarmos na sala de aula e a estatística nos diz que temos
entre um a dois né alunos com superlotação em salas
independente do nível escolar e isso acontece também na universidade
encontrar o criativo produtivo. Então por isso que muitos professores ao olharem esse
aluno que não tira nota dez em tudo criam um mito de que ele
não é o superdotado né porque ele só tira nota é bom em algumas disciplinas
que a disciplina de área de interesse. Você mencionou universidade agora né,
antes do intervalo queria que você comentasse conosco o seguinte; como procurar atendimento, quer dizer, uma
vez o menino ou a menina dentro da universidade já no primeiro ano, no segundo, enfim, como é
que o professor ou mesmo os colegas ou mesmo né
outros órgãos da instituição podem dar um encaminhamento? Olha muitas
vezes esses essas pessoas que têm altas habilidades eles não têm um diagnóstico,
o que que significa isso? Eles passam anos dentro da escola, mas muitas vezes não
são vistos. Existem alguns autores dentro da área da superdotação que dizem
o seguinte; que essas pessoas são invisíveis. Por que elas são invisíveis?
Porque como elas se destacam, elas quase que estudam sozinhas, são quase que
autodidatas, o professor acaba não se dedicando muito a ter um cuidado com
eles, né? A gente sabe que a nossa história em que
nós temos ainda a nossa educação brasileira é uma história em que nós
dedicamos mais um cuidado especial às crianças e jovens que não aprendem,
mas como esses aprendem, e aprendem com facilidade, eles ficam esquecidos. Quando
eles chegam na universidade eles não têm ainda essa identidade, que nós chamamos
construída, de uma pessoa com altas habilidades, então eles chegam confusos,
eles chegam inquietos, chegam... vou usar até uma palavra mais utilizada ainda, que
é perdidos, e quando eles se aproximam de repente de alguma disciplina ou pode ser
até algum professor que eles tenham ou consigam estabelecer uma transferência
positiva, que a gente fala dentro da psicologia, eles acabam se abrindo para o professo.
O que seria isso? Dizendo olha eu não tenho amigos, não tô legal, me parece que o
curso não é isso que eu quero,. Começa a vir todas as insatisfações que
não foram sanadas e nem foram trabalhadas antes que é a crise mesmo da construção da
identidade desses sujeitos, né? Muitos deles chegam bem
sucedidos, a gente encontra eu tenho algumas experiências, alguns alunos dentro
da Universidade que chegaram com fluência em três quatro línguas né e que
na verdade nunca tiveram um professor de línguas estrangeiras, que aprenderam
por conta, mas que emocionalmente chegam extremamente arrasados e a melhor melhor
forma de lidar com tudo isso eu já diria é que cada professor tivesse um pouco de
empatia, o que significaria isso, né? Se tivessem um cuidado de observar
entre os seus alunos esses especialmente que se destacam em
determinadas áreas e perceber se eles estão se estão bem né, digo
isso emocionalmente porque às vezes academicamente eles estão bem e tenta-se
ouvi-los, não fazendo uma escuta psicoterapêutica
ou terapêutica, mas escuta mesmo enquanto uma caracterização assim de
educação enquanto humanidade né? Então fazer uma escuta de repente perceber se
ele precisa de um atendimento porque muitas vezes eles não tiveram em função de n
situações né, na vida, e só vão ter esse atendimento
especializado dentro do âmbito da psicologia na Universidade,
eu tenho vários casos assim. E para a pessoa que possui altas habilidades é muito
importante o atendimento psicoterapêutico,
porque veja, se essa pessoa já tem essa crise né
e ainda nunca foi trabalhado com essa pessoa as questões de
quem é ele né, por que ele gosta tanto de um determinado assunto, por que ele busca
aquilo? Ele pode passar horas, dia e noite pesquisando isso, né?
Muitos deles não dormem bem a noite também é uma característica porque eles
são extremamente insaciáveis pelo conhecimento e quando eles estão
produzindo, que a gente chama isso né, quando estão produzindo algo,
pesquisando sobre aquilo para gerar algum produto alguma
coisa assim, eles passam dia e noite sem dormir e às vezes sem se
alimentar. Então é o tipo adolescente que fica trancado
no quarto compondo uma música, mas enquanto eu não
terminar de compor essa música não saio daqui né, então esse
cuidado seria algo extremamente essencial. Muito bom.
Carla, muito obrigado por enquanto. Nós vamos para um rápido intervalo e já voltamos com
o nosso tema.
Estamos de volta com o nosso episódio altas habilidades dentro da websérie
Inclusão e Acessibilidade. Desta vez nossa convidada é a professora
Carla Vestena do departamento de Pedagogia do Campus Santa Cruz aqui em Guarapuava.
Carla, nós estamos falando antes do intervalo
sobre a questão dos mitos. Na literatura científica na área tem uma palavra que
me chamou a atenção e inatismo. Bom, então, considerar os superdotados com
a sua essência inata é um pouco ou tanto quanto complicado né porque a gente pode
encontrar se a gente for pensar nos grandes gênios, pessoas que apresentaram
o seu talento um pouquinho depois então não foi na infância.
Por outro lado a gente encontra grandes gênios vamos dar um exemplo de ..do Bach ou Mozart
que logo na infância, na primeira infância quatro ou cinco anos já compunham. Então é
muito complicado dizer que... ou simplificar a superlotação pela
questão inata. O que a gente pode dizer é que existe um
talento e que todos nós nascemos com talentos,
só que a grande dificuldade é a gente diferenciar o que é ser talentoso de uma
pessoa que tem superdotação, então vou dar um exemplo; eu posso ter
uma criança que desde pequenininha me demonstrou muito interesse por
instrumentos musicais e eu não ter nem eu, nem o meu marido,
nenhuma pessoa na minha família alguém que seja músico, mas a
pelo acesso a esses instrumentos de repente na escola ou em algum outro
lugar ela fez ela demonstrar o tempo inteiro um interesse musical ela ter
é por exemplo: sensibilidade aos sons, ela ter melodia, ela ter ritmo
por exemplo eu colocar uma música para ouvir, quando era pequenininha, e ela
cantar e dançar no som e ao ritmo. Então essa sensibilidade a
gente vai percebendo e isso vai só tendendo a aumentar, então é aquela criança
que me pede um instrumento musical, mas ela não quer um brinquedo ela quer um de
verdade né, por exemplo, eu acompanho uma menininha que ela dizia assim, "eu não
quero um violãozinho eu quero um violão de verdade aquele que faz aquele som"
então eu dizia, mas que som é esse, então eu colocava uma música e ela identificava
dentre vários sons de outros instrumentos o som do violão. Então esse é o talento nato, né?
Ela pode ser um gênio? Pode chegar a
ser gênio. Outro mito é a confusão de que todos os superdotados são gênios ou são
prodígios, eu acho que isso é legal a gente falar.
O que que é um gênio? O gênio é uma pessoa que deixa uma marca
na sociedade, né? Ele tem uma produção em função do
talento que ele desenvolve e ele pode desenvolver esse talento e gerar esse
produto, que é essa produção inédita, pequenininho ou depois na fase adulta.
Então eu citei o exemplo do Mozart dentro da música, mas tem outros aí
tanto na história, em outras áreas. No caso do prodígio a gente pode
dizer assim; que prodígio é apenas uma forma da gente nomear essas
pessoas que são gênios né, mas que demonstrar o seu talento quando
eram pequenininhos na infância, então eles são gênios e são protegidos
porque eles demonstraram isso na infância quando eram pequenininhos. O que significa isso?
É aquela criança que você olha e diz nossa não acredito que ela faz tudo
isso né, ela pega o microfone e canta uma
música em inglês e ninguém ensinou inglês para ela, e ela não é não é uma
aprendizagem mecânica é algo dela, ela ouve
ela é extremamente atenta, e ela tem um desejo e um talento que vai se
expressando. Carla, nós estamos indo para as alturas na nossa conversa, nós estamos falando de
talento, de superdotação, de altas habilidades, você mencionou agora de
genialidade. Vamos para outra esfera de novo; frustração, como administrar isso tanto
da pessoa que tem essas características positivas que você comenta quanto da
família que às vezes espera muito né do seu filho, enfim, do seu ente querido?
Como é que administra isso? Então as pesquisas que eu tenho acompanhado
dentro da área da família no Brasil elas são ainda pouco, é uma área pouco
estudada a gente já diz assim, né? Por que? Porque quando aí a superlotação começou
a ser estudada no Brasil, começou por um caminho que seria o caminho da
identificação. Então nós temos ainda, se for pensar em
Guarapuava, um processo de identificação das
crianças. O que seria isso? Eu não tenho como partir já
para um trabalho estruturado, organizado de atendimento educacional especializado.
Nós temos aí a nível de Estado os AE que são as salas de
atendimento especializado educacional para eles, as salas multifuncionais,
mas se a gente não identifica a gente não encaminha. Então o grande problema ainda no
Brasil é a identificação, por isso que as pesquisas estão muito em cima desse
termo. Por outro lado também tem a questão da
formação continuada dos professores. Nós, assim como eu também, nós viemos de
uma formação dentro da área, quando a gente pensa educacional, em que nem se
falava sobre esse tema. Então, tema recente, os professores têm
que buscar uma formação continuada sobre o tema, tem que desfazer esses mitos né,
eu já digo que tem que se colocar numa situação mais aberta
de diálogo, dentro da escola com seus pares também, então tirando essas três
situações em relação à pesquisa a dificuldade da identificação porque é
muito caro identificar, né? Os pais quando a gente fala assim olha seu filho
necessita uma avaliação, os pais já sabem que não vai ser nada
barato porque avaliar dentro da área de altas habilidades não é só aplicar um
teste de QI como se faz em outras áreas, ela envolve uma uma avaliação
multidimensional; então você tem um teste de avaliação de
coeficiência e inteligência, mas você tem uma anamnese que você tem que fazer com a
família, você tem um questionário uma entrevista
que tem que fazer com os professores, você tem que juntar muitos elementos
para que você feche uma avaliação, um diagnóstico e isso é muito caro.
Outra questão, você não consegue fazer isso em duas três sessões então as
crianças têm que permanecer num ritmo de sequência de sessões para que você faça
a avaliação e uma outra questão que a gente tem que ser colocada dentro da
área da superlotação a gente valoriza muito a questão da identificação quanto
mais cedo melhor, só que no Brasil essa avaliação com
crianças com menos de seis anos de idade ela é bem complicada, porque primeiro nós
vamos identificar essas crianças, eu tenho um trabalho que estou realizando sobre
isso né com as crianças dos centros
de educação infantil, mas vamos fazer o quê depois? Porque já que elas não têm
um ambiente para atendimento especializado.
Então a gente tem que ponderar todos esses fatores.
A avaliação nunca pode ser apenas para você ter um diagnóstico,
a gente sempre fala isso, não é só para rotular, identificar, então a avaliação é
um processo em que todo sujeito ele tem o direito de saber quem ele é;
eu sempre falo isso né as pessoas têm o direito de saber que possui uma
deficiência, têm o direito de saber que possui superdotação para elas poderem
se constituir enquanto sujeitos dentro das suas individualidade. A partir
disso a gente vai pensar qual é o melhor projeto para essa pessoa,
então será que o melhor trajeto para ela é enriquecer o currículo, falando em
encaminhamento, é a escola enriquecer o currículo dela, é propor para essa pessoa
atividades diferenciadas, trabalhos com projetos dinâmicos ou é de
repente acelerar? Então dentro das altas habilidades no âmbito
escolar a gente tem várias estratégias depois da identificação, mas a família
ela fica numa situação bem difícil, posso falar né, que primeiro, até antes da
identificação eu apenas tinha um filho, a gente sempre fala assim, eu tive um filho mas
que eu vivia na escola porque eu era chamada por questões pedagógicas de que
ele ia muito bem, que ele fazia cálculo mental enquanto os outros coleguinhas
tinham que anotar tudo no papel ele punha o resultado.
Então a posição que a família ocupa é uma posição de cuidado, de proteção né, de
evitar que a criança passe por situações de sofrimento, angústia, e nessa tentativa
muitas vezes a a família se perde, porque uma das pesquisas que
eu tenho acompanhado demonstra que a família do superlotado recebe pouco
apoio, então que significa isso? A gente identifica a pessoa com a
superdotação, mas depois a gente não sabe o que fazer com a família,
é como se dissesse assim: até então eu não sabia o que ele tinha, mas agora eu
sei é superdotado e faço o quê com ele? O que que eu faço, eu continuo mantendo a minha
posição de mãe, ponho limite, não ponho limite,
digo que é certo, digo que é errado, mantenho ele na aula que ele já fazia ou
amplio o horário de aula do tema que ele tem interesse, o que eu faço agora?
Então as famílias hoje em dia elas estão
necessitando muito dois desses aconselhamentos, que a gente chama dentro
da psicologia, do acompanhamento maior. Em função disso tem uma escola aqui no
município de Guarapuava que nós temos realizado um trabalho de muita parceria,
que é uma escola que eu denomino como uma escola totalmente inclusive, ela tem
mais de 30 alunos hoje com alguma necessidade educacional
especial e dentre elas ela tem cinco crianças identificadas com altas
habilidades e nessa escola esse ano nós recebemos um convite da escola, que foi
muito bonito isso, de implantarmos um projeto do professor Renzulli, que é um estudioso
norte americano que trabalha com altas habilidade e trabalha com o
enriquecimento curricular, então nós iniciamos já faz um mês o
trabalho com os professores e nós vamos fazer uma formação e um acompanhamento
na equipe, nós temos pedagogos, psicólogos,
arte-educadores, nós temos um pessoas que são de várias áreas,
alguns voluntários, outros engajados em algumas atividades na universidade ou
até docentes, para trabalhar nessa ideia de mais totalidade do sujeito e propor
para que eles desenvolvam não só com as crianças com altas habilidades esse
enriquecimento, mas com todos os alunos da escola que é possível. Isso nos
permite perceber que um dos elementos que a gente não pode deixar de fora num
trabalho de si dentro da escola é a família,
então nós temos destinado nesses encontros mensais três encontros que
nós vamos fazer apenas com os familiares para poder passar para eles e diminuir um
pouco a angústia que eles acabam gerando
em função da identificação e do diagnóstico.
Muito bem Carla, eu diria que primeiro infelizmente o nosso tempo acabou,
mas eu diria que primeiro foi excelente, aprendi muito
e que não foi uma entrevista na verdade foi uma aula, um minicurso, no meu caso
especificamente para a equipe que está aqui atrás das câmeras e para toda a
nossa audiência. Eu agradeço a sua disposição e se tiver um último ponto que
você queira destacar...Bom acho que destacaria o seguinte: numa situação de não saber o
que fazer busque ajuda. Então se você tem um amigo,
de repente você tem um colega de turma que você percebe que esse colega está
angustiado, está em crise com ele mesmo, não sabe direito o que está acontecendo com
o que passa, busque ajuda. Nós temos aí o Pia, nós temos Assistência
Estudantil, eu sou muito vinculada à Assistência Estudantil e o Pia,
e temos também o Laboratório de Psicologia Educacional que é o laboratório
que eu coordeno e temos cinco psicólogos à disposição para um trabalho voluntário de
atendimento, fora o plantão psicológico da instituição que também presta esta
assistência. Porque em primeiro lugar o ser humano. Muito bom! Ok Carla, muito
obrigado pelos ensinamentos, muito obrigado por compartilhar sua sabedoria
e colocar o seu laboratório à disposição. Nós ficamos por aqui desta vez, você
acaba de acompanhar mais um episódio da série Inclusão e Acessibilidade: esta
causa também é sua, falando sobre Altas Habilidades.
Aqui no endereço que passa na tela você pode acompanhar todos os outros nossos
episódios, e tão importante quanto isso, é compartilhar esse conhecimento tal qual
a professora Carla fez conosco dessa vez. Muito obrigado pela sua audiência e até a
próxima!
ah
hum